Battle Cry - Interativa escrita por Mizuhina, Hinamori Mizuki


Capítulo 3
Floresta Negra.


Notas iniciais do capítulo

Como eu ainda não tenho os dois escolhidos da água e da terra eu improvisei no capítulo, espero que esteja bom -rs.
e por favor não deixem de comentar e dar a opinião de vocês sobre os personagens, dicas para melhora-los, sugestões de criaturas nos comentários e etc... Eu vou ficar muito feliz se vocês se inteirarem bem na fanfic. *-*



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Com o feitiço atrapalhado de Olaf, o príncipe Fernando fora obrigado a ir às pressas para a floresta negra resgatar os novos escolhidos, isso porque ele sabia o quão perigoso era aquele lugar e que sem o poder necessário eles não sobreviveriam, mas acima de tudo seu coração de irmão palpitava com medo de novamente perder a única família que tinha restado na face da terra.

Ele seguiu uma pequena estrela feita pela maga Gretel, uma bela garota de cabelos castanhos e olhos azuis, a qual obviamente tinha mais juízo do que Olaf. Como estava anoitecendo a luz poderia clarear melhor o caminho além de guia-lo, mas havia o enorme problema que isso também chamaria a atenção dos inimigos.

– Esteja bem, minha irmã.- O príncipe disse para si mesmo, sentindo um aperto no coração.

[...]

Laura Hendrik, até então uma garota normal de uma cidade grande, não entendia como tinha ido parar no meio de uma floresta com características tão sombrias como aquela. Ela tinha cabelos negros bem longos e lisos, olhos verdes e pele branca, e até então se lembrava de estar dormindo tranquilamente em sua cama, quando que por ventura não estava mais. O confortável colchão fora substituído por um chão frio e sujo; o calor da cidade naturalmente quente, pelo frio intenso da noite; e a luz fraca, pelo breu em que se encontrava sem poder enxergar nada.

Ela tinha atualmente 19 anos, seu corpo era esbelto e sua personalidade equilibrada.

– Devo estar em mais um pesadelo. – Ela disse consigo mesma se recostando a uma árvore meio sonolenta, afinal mal tinha percebido o que tinha acontecido. Embora a sensação dejavu fosse enorme. – Tenho a impressão de já ter visto esse lugar antes. Várias vezes nos meus sonhos, com certeza foi por lá.

Os minutos foram passando e aos poucos ela foi se convencendo de que definitivamente aquele lugar era real, então ficou a andar de um lado para o outro em circulos. Massageou as têmporas, passou as mãos pelos cabelos, queria pensar numa solução o quanto antes, quando de repente ouviu um arbusto se movendo.

Institivamente Laura recuou para trás, não era muito o que conseguia enxergar com a pouca luminosidade proporcionada pela lua, então decidiu ficar na parte mais clara possível, de costas para uma enorme árvore para que não fosse surpreendida.

– Ora isso é uma surpresa, eu não esperava ver uma garota por aqui. – O dono da voz era um rapaz alto, aparentemente bem humorado. – Que foi? O gato comeu sua língua? Sou Klaus Hastings. – O desconhecido a cumprimentou num tom afável, embora a situação fosse critica.

Ele se aproximou ficando sob a pouca claridade da lua, e então Laura o observou da cabeça aos pés, ele tinha cabelos curtos e escuros. O rosto era másculo embora tivesse traços delicados, o nariz era fino, lábios avermelhados e olhos também verdes. Ele vestia roupas elegantes e de cor escura, no rosto mantinha um sorriso de canto como se estivesse numa situação perfeitamente normal.

– Eu me chamo Laura Hendrik. – A garota respondeu com o tom de voz normal, enquanto aquele estranho parecia querer devorá-la com o olhar. – De onde você veio?

– Eu estava numa festa quando de repente tudo desapareceu, não sei se bebi de mais ou se alguém fez uma brincadeira de mau gosto comigo. – Ele riu, parecendo descontraído e tentava causar uma boa impressão. – Mas já que estou perdido aqui com você, não tenho muito que reclamar.

Laura percebeu que ele tinha um olhar bastante sedutor, apenas lhe deu as costas e saiu andando. – Espera aonde você vai?

– Sair daqui. – Ela respondeu.

Embora aquela floresta lhe desse calafrios, principalmente porque as árvores estranhamente tinham troncos negros e folhas tão secas que pareciam mortas, ela ainda tinha a impressão de que conseguiria sair dali se quisesse. – Você vem? – Ela disse convidativa, era muito melhor andar acompanhada do que sozinha e as cegas. Além disso, Laura sabia que ele poderia ser confiável, uma vez que ela podia sentir a energia da natureza vinda dele, algo que parecia não existir naquele lugar sombrio.

Antes que Klaus respondesse, ambos ouviram gritos de uma pessoa bastante apavorada vindos de um canto da floresta. – O que foi isso? – Ele perguntou meio preocupado e olhou na direção de onde vinha o som.

– Alguém parece em perigo, vamos até lá. – Laura disse correndo naquela direção e ele a seguiu, afinal o que eles tinham a perder?

A dona dos gritos não estava muito longe, e logo quando pode chegar Laura viu que ela estava rodeada de alguns morcegos. Era uma garota, que até o momento estava encolhida com as mãos na cabeça como se estivesse em pânico, ela tinha pele branca, cabelos ruivos e compridos e olhos verdes, embora repleto de lágrimas. Respirava tão rápido que a qualquer momento poderia desmaiar.

– Deixa que eu ajudo! – Klaus ofereceu-se indo na direção dos morcegos e espantando-os com as mãos, mas o que ele conseguiu fazer era apenas deixa-los mais irritadiços ainda. Obviamente a atitude heroica não deu em nada, Laura pensou numa maneira de poder ajudar os dois, afinal eles poderiam ser carnívoros e isso seria um problema.

Mas antes que pudessem realmente fazer alguma coisa, os morcegos começaram a cair um a um, mortos até que não havia mais nenhum voando. Klaus se aproximou dos bichos e pegou um deles fazendo a garota ao seu lado se afastar apavorada. – Eles estão mortos. – Ele disse descontraído, segurando o animal pelas asinhas e sacudindo. – Eu sou o conde Drácula. - Brincou.

– Nossa, que idiota. – Uma pessoa disse do nada, todos olharam para frente e viram uma garota de estatura médio-alta. Ela tinha cabelo castanho e comprido, preso por uma trança lateral, seus olhos se destacavam numa cor azul e sua expressão não era muito amigável.

Ela tinha em mãos uma adaga e na outras estacas que provavelmente esculpiu com o objeto para atirar nos morcegos. Sua pontaria parecia ser impecável e garota parecia bem tranquila.

– Uau, estou preso numa floresta com três lindas garotas, começo a pensar que morri e vim pro paraíso. – Klaus disse divertido, aparentemente era o único ali que parecia não ter mal humor.

– Quem são vocês? – a ruiva perguntou já mais calma e logo recuperou um tom mais corado, pois quando a encontraram estava muito pálida.

– Eu sou Laura e ele é o Klaus. – Laura aparentemente tinha muita facilidade de guardar nomes.

– Eu sou Skye Wild. – A garota com a adaga disse com o semblante sério.

– Eu sou Lily Jokerlem. – a ruiva respondeu de maneira educada. – Algum de vocês sabe o que está acontecendo? Eu tinha acabado de sair de uma competição de natação e de repente apareci aqui nesse lugar estranho.

– Todos nós estamos nos fazendo à mesma pergunta. – Klaus disse encostando-se a uma árvore.

– Vocês ainda não perceberam? – Laura disse olhando atentamente ao seu redor. – Somos as únicas pessoas nesse lugar que parecem emitir algum tipo de energia positiva. Tudo aqui parece tão morto e tão bagunçado, como se houvesse um conflito. Eu acho isso tudo familiar. – Laura deu uma breve pausa, quando imediatamente sentiu algo bastante perturbador. – Precisamos sair daqui agora!

– Eu não recebo ordens de você. – Skyle disse ríspida e encarou Laura com desdém.

– O que está acontecendo? – Lily disse olhando para o lado, quando percebeu que um odor podre e extremamente forte começa a impregnar o local.

– Apenas corram! – Laura disse num tom firme como se soubesse de algo que os outros não sabiam.

– Vamos por esse lado. – Skyle tomou à dianteira e seguiu numa direção onde aparentemente o odor era menor, era de jeito algum obedeceria uma completa desconhecida. – Se vocês ficarem para trás e me atrasarem, não volto pra buscar ninguém.

– Nossa, mas que pessoa agradável. – Klaus disse com ironia e a seguiu junto das outras.

Aos poucos a terra começava a tremer como se tivesse um pequeno exército marchando ali perto e quanto mais eles corriam, maior era o odor e a sensação de estarem sendo alcançados. Aparentemente a chacina de morcegos fez o sangue dos animais chamarem a atenção de criaturas extremamente perigosas.

[...]

Olaf quando chegou ao castelo da cidade submersa ficou bastante empolgado em ver novamente o príncipe de Atlantida, Thiago Voltair, o herdeiro legitimo e soberano dos mares. Ele governava sua cidade de forma firme e decidida, e até então era uma das poucas forças a resistir a dominação de Daymon uma vez que sua cidade era naturalmente protegida pela água. Mas nem sempre foi assim, ele assim como Fernando e outros guerreiros já tinham passado por enormes dificuldades, nos até então chamados tempos sombrios.

–Majestade o meu jovem príncipe pediu para informar que o plano já está em ação. – O mago disse de forma bastante educada ao rapaz que sentado em seu trono de entalhes prateados, mantinham um ar respeitável. Thiago tinha cabelos castanhos médios, lisos e olhos castanhos.

– Isso quer dizer que Laura retornou? – O príncipe disse com empolgação, em seus 23 anos não esperava uma noticia tão boa tão cedo.

Olaf seria mais descontraído se os conselheiros da corte de Atlantida não ficassem lhe encarando de forma séria, ele com certeza faria uma careta para aqueles velhos rabugentos. – Mas teve um problema, eles foram parar na floresta negra, mas o jovem príncipe já foi encontra-los.

Thiago já era meio que acostumado com as artimanhas do velho mago, então o que podia fazer no momento era confiar no amigo. – Está certo. Por hora descanse, e creio que a chegada dos escolhidos seja em boa hora. Daymon está agindo de novo e matando os governantes de outras nações que se recusam a ceder ao seu poder.

– O que? Mas isso é terrível! – O mago disse alarmado. – Ele está indo tão longe assim?

– Ele matou o imperador da cidade Nero, o lugar está em caos. Sem um governante para organizar as coisas tudo está bagunçado, logo as nações começarão a ruir e não teremos mais como adiar uma guerra.

– E qual será nosso primeiro passo então?

– Temos de tomar Aquária de volta e banir Daymon, enquanto ele estiver lá nós não poderemos agir da maneira como deveríamos.


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Notas finais do capítulo

A fanfic tem uma linha do tempo meio que fixa independente dos personagens, ela começa com nossos inexperientes escolhidos, sendo seguida pela fase do treinamento junto das missões importantes, o que eles vão encarar na floresta não é nada perto do que eles realmente vão ter que encarar. Como é um capitulo introdutório eles estão apenas se conhecendo, e claro que as personalidads podem não estar exatamente como nas fichas -ou será que estão?- mas ao longo da fic irei desenvolvê-las junto com o restante da história. XD