Battle Cry - Interativa escrita por Mizuhina, Hinamori Mizuki


Capítulo 4
Irmão?


Notas iniciais do capítulo

Bom, não teve nada de muito extraordinário porque estamos apenas no começo da fic ainda, as coisas ficam interessantes daqui pra frente, eu acho. De qualquer modo espero que o capitulo não esteja ruim e bem não deixem de comentar por favor, isso é muio importante ^^



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Aquele lugar assombroso e repleto de energia negativa parecia não ter fim, tanto Laura quanto as outras pessoas que estavam com ela temiam que a cada passo estivessem mais perdidos do que nunca. Embora aquela teoricamente fosse a parte mais segura de um dos lugares mais temidos existentes.

– Droga! – Skye praguejou ao ter seu pé preso entre alguns cipós negros e espinhosos. Ela começou a cortá-los com a adaga, mas imediatamente o grupo se via cercado por vários daqueles movendo-se por todos os lados como serpentes que rastejam no chão, agarrando os pés, as mãos, prendendo-os mais a cada movimento.

Lily por ter um porte bastante atlético e conhecer vários tipos de esportes começou a se movimentar e deu um salto parando acima de um galho de uma das árvores, já que os cipós pareciam se mover apenas no chão. Os espinhos começavam a rasgar a pele, machucar, deixar marcas. Klaus estava ficando extremamente incomodado com aquilo e quanto mais o tempo passava o odor podre como se fosse um pântano aumentava. O cheiro de sangue impregnava o ar, ainda que para eles não fosse forte o suficiente para senti-lo.

Em um instante os tremores ficaram cada vez mais rápidos, como se uma manada de animais gigantes tivesse correndo naquela direção. Grunhidos roucos e assustadores, parecendo arrotos em sons bastante agudos deixavam-os perturbados. Que tipo de criaturas eram aquelas?

– Alguém ai além da Skye tem algum tipo de arma? – Laura perguntou, mas tanto Klaus quanto Lily balançaram a cabeça de forma negativa. Claro, um tinha saído de uma festa e a outra de um concurso de natação, como eles poderiam ter alguma coisa letal em mãos?

– Como você sabe de tanta coisa? Que coisas são essas que estão nos seguindo? – Skye perguntou de forma autoritária, enquanto que tentava se desvencilhar dos cipós ferindo ainda mais sua pele, ela estava ficando bastante irritada com essa situação. Porque afinal de contas estava num lugar tão estranho?

– Eu não sei, eu só vi esse lugar algumas vezes nos meus sonhos porque li a droga de um livro sobre ele. No livro falava sobre a floresta negra e que quando houvesse cheiro de sangue, de qualquer tipo, os ogros viriam imediatamente devorar os restos. – Laura respondeu bastante nervosa.

Aquilo era um absurdo sem pé nem cabeça, mas tinha jeito de questionar isso no momento? –Eles são muitos, não temos chances contra eles!

– E então o que vamos fazer? – Lily perguntou enquanto de cima da árvore, via o topo das árvores se moverem indicando que os inimigos estavam relativamente perto. Também era possível ver um pequeno clarão, como se eles estivessem usando tochas ao se aproximar.

– Vamos usar as armas deles contra eles. – Laura respondeu formulando um plano em sua cabeça. Ela não sabia exatamente como estava fazendo aquilo ou lembrando-se de um lugar onde só existia em seus sonhos, mas se aquilo era realmente verdade as coisas deveriam ser iguais. – Apenas fiquem parados e os galhos irão parar de se mover. Respirem bem devagar e apenas esperem.

Embora contra gosto, Skye fez exatamente isso e os outros também, a medida com que os inimigos se aproximavam o lugar ficava cada vez mais claro com a luz das tochas, e aquele odor fétido aumentava fazendo a todos terem vontade de vomitar.

Por um instante, criaturas gordas com a pele meio esverdeada; e os corpos sujos de lama e lodo tinham surgido. Seus dentes pontiagudos estavam sujos de sangue indicando que provavelmente tinham devorado algo pelo caminho, seus olhos eram amarelos como de víboras e sua expressão parecia a de criaturas famintas. – Farejo comida. – um deles murmurou com sua voz extremamente aguda e assustadora, enquanto caminhava lentamente com sua tocha, sendo seguido pelos outros ogros logo atrás.

Laura murmurou algo para Klaus que se encontrava mais próximo, seus olhos verdes se encontraram e ele sorriu em confirmação de sua coragem. Skye que estava bem a frente viu que Laura fazia algum movimento com os dedos indicando que na hora certa ela usasse sua adaga, enquanto Lily observou a aproximação dos ogros de cima do galho. Todos estavam bem escondidos por causa dos cipós e da quantidade de árvores, Lily tentou avistar uma rota mais segura que não fosse por entre as árvores de cipós.

Os ogros continuaram a avançar e quando o primeiro pisou naquele meio os cipós começaram a se mover e agarrá-lo, atrapalhado ele tentava tirá-los de seus pés, e braços enquanto as árvores o puxavam, infelizmente ele era obviamente mais forte que os humanos e por isso conseguia arrancá-los com facilidade ficando apenas mais irritado. – Agora!- Laura disse alto e olhou para as mãos do ogro.

Skye entendeu o raciocínio e jogou a adaga cortando a mão dele e fazendo-o soltar a tocha em chamas que começou a incendiar alguns cipós. Aquele calor apenas deixava as bestas mais furiosas e famintas e logo os ogros restantes começaram a se aproximar arrancando árvores e devastando o caminho. Laura arrancou um cipó que lhe prendia e o balançou nas mãos de forma que acertou os olhos do primeiro ogro fazendo-o sangrar intensamente. A criatura gritou agoniando de dor e seguiu as cegas, batendo com uma clava que fazia estremecer o chão.

Lily pulou de cima da árvore onde estava, posicionando o corpo e utilizando um pouco de artes marciais, conseguiu derrubar outro ogro usando o próprio peso dele para derrubá-lo, por serem bastante gordos e pesados eles eram lentos.

Klaus pegou algumas pedras no chão e começou a lança-las na direção deles, o que deu a Skye a ideia de fazer a mesma coisa e com sua mira precisa ela tentava acertar os olhos para que eles não pudessem enxergar e se atrapalharem com a dor intensa. Eles se embolavam no curto espaço, tentando agarrar os humanos a frente, mas sem sucesso, pois quanto maior a fúria pior ficava a situação.

A essa altura as roupas de todos estavam rasgadas e completamente deploráveis, assim como a pele ardia a qualquer movimento.

Lily indicou uma saída e enquanto Laura e Skye seguiam na direção da ruiva, Klaus avançou na direção dos ogros espalhando o fogo da tocha que pegou, tentando também derrubar as tochas restantes incendiando as árvores e prendendo-os em meio ao fogo. Por um momento as garotas pensavam que ele ficaria encurralado, mas de uma forma bastante surpreendente ele pulou do meio das chamas com os braços na frente do rosto, parando de pé frente a elas sem conter nenhuma queimadura.

– Vamos isso não vai segurá-los por muito tempo. – Ele disse seguindo-as na direção em que Lily apontará.

Eles já estavam ficando cansados, com os corpos dormentes, mas não podiam parar, até que foram obrigados a tal ao se depararem com um rio de águas violentas. Havia muitas pedras e a maneira como elas corriam era muito rápidas em relação a qualquer corredeira que eles já tivessem visto antes.

– Droga não tem como atravessar! – Skye disse controlando-se para não demonstrar sua fobia, ela sabia que não teria chance alguma de sobreviver caso caísse ali dentro. – Temos que achar uma ponte.

– Não temos tempo. - Lily olhou para trás, seus cabelos ruivos balançaram com o vento e ela podia sentir que os inimigos se aproximavam de novo. – Da pra pular por cima das pedras.

– Não tem como elas devem ser escorregadias, mas podemos dar um jeito. – Klaus disse de maneira determinada e parou diante de uma árvore com um enorme tronco. – Se conseguirmos derrubá-la, nós podemos usar como ponte. – então imediatamente ele começou a bater na árvore, tomando impulso e se jogando para se chocar com os ombros.

Ele obviamente queria demonstrar que era forte, e, além disso, também era muito habilidoso. Apesar de sua participação na fuga, sendo corajoso o suficiente para enfrentar as chamas, ele sentia-se na responsabilidade de proteger as garotas. Ele queria que elas realmente pudessem admirá-lo, ser o centro das atenções e fazer algo heroico. Lily e Laura concordaram com isso e foram ajuda-lo a derrubar a árvore, enquanto que Skye recusava-se a trabalhar em grupo.

Os três com uma força sobre-humana empurraram tanto o tronco que este caiu exatamente como Klaus previa, e também o fato da madeira já estar meio apodrecida ajudava com isso. Ambos começaram a cruzar o rio andando cautelosamente, exceto Skye que começava a ser tomada por um medo incontrolável.

Os ogros enfurecidos se aproximaram, deixando-a encurralada entre seu pior medo a possibilidade de ser morta, mas antes que qualquer coisa fatal pudesse realmente acontecer, uma luz branca brilhou intensamente quase que ofuscando os rostos de todos.

Skye olhou para trás viu um rápido cavalo negro correr do outro lado, numa velocidade tão grande que o animal fora capaz dar um salto longo capaz de passar por cima do rio. Montado nele estava um rapaz alto, aparentemente já um adulto uando roupas diferentes que consistiam numa calça comum, botas longas uma camisa social coberta por um colete marrom, em seguida vestido por uma capa negra com bordados elegantemente bem colocados. O rapaz retirou de sua bainha uma espada e avançou em seu cavalo na direção dos ogros, encarando-os com seus olhos verdes e esvoaçando seus cabelos negros ao vento.

– SKYE ATRAVESSA LOGO! – Lily gritou da margem do outro lado balando as mãos e chamando a atenção da garota.

Mas não adiantava, ela não encararia a remota possibilidade de cair naquele rio assassino, com toda certeza não. Ela não queria parecer tão hesitante na frente daquelas pessoas, odiava parecer fraca, o que de fato não era e nunca fora.

Fernando o nobre salvador que tinha aparecido bem no momento certo, continuava a combater seus inimigos com destreza e habilidade. Ele retirou uma espécie de pequeno saco de um bolso e jogou na direção dos ogros, aquilo era uma poção mágica de adormecer. Ele logo deu meia volta com seu cavalo e agarrou Skye pela cintura, segurando-a no braço e saltando com ela por cima da margem.

– Você ficou maluco? – Ela voltou-se para o rapaz completamente enfurecida quando foi posta no chão, estava a ponto de soca-lo.

– Quem é você? – Laura perguntou curiosa a respeito da identidade daquele que tinha acabado de salvá-los da morte certa. Com certeza aquele era um homem muito corajoso e astuto.

Ele voltou seus olhos verdes para encará-la, parecendo feliz e aliviado. Então desceu de seu cavalo negro e se aproximou enquanto guarda sua espada. – Não se lembra de mim? Sou Fernando Hendrik, seu irmão. – Ele não sabia se ficava triste ou feliz com aquela pergunta, naquele momento seu desejo era abraça-la, embora não pudesse.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo - Amigos Elfos.



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