Ok, nada de pânico. Bianca só te pegou na cozinha... Enquanto você praticamente agarrava o Castiel que é o amor da vida da irmã dela. Senhor, por que a Bianca? Dentre tantas pessoas nessa casa, tinha que ser justo ela? ‘Nada de pânico Liza!’

– Bianca... Não é o que parece – Digo nervosa. Ah, grande fala Elizabeth. Não tinha uma desculpa melhor não?

– Olha, sinceramente eu não me importo com o que vocês dois fazem ou deixam de fazer. Me poupe. – Ela revira os olhos e vira o rosto. Vejo que a bochecha dela se elevou um pouquinho. Devia estar segurando o sorriso.

– Então Bibi. – Castiel fala empolgado. Me solta e vai até ela. – Os convidados...?

– Ah, sim! Já os chamei. Eles já devem estar vindo. – Bianca responde tão empolgada quanto Castiel.

– Ótimo!

Nossa... Eles estão muito empolgados... Agora eu fiquei com medo! Essa empolgação toda é por causa da comida? O que eles colocaram nela? Oh, Deus.

Os amigos do Castiel começaram a entrar na cozinha e vão até a mesa que já estava posta. Castiel cumprimenta os garotos com um tapinha nas costas, murmurando um “quanto tempo!” feliz e com um sorriso largo no rosto. As garotas foi diferente. Com a Kelly, a namorada do Lysandre foi um aceno. Rosa o abraçou e tascou-lhe um beijo na bochecha barulhento. Todos eles começaram a conversar animados, parecia que não se viam á séculos. Castiel olhou pra mim, que estava no mesmo lugar ainda e veio na minha direção.

– Não vá flertar ein. – Brinca ele. Eu reviro os olhos.

– Ah, ah, engraçadinho. – Digo sem achar graça e vou até a mesa. Vejo Castiel voltando para a mesa com a panela do estrogonofe. Vejo que só sobraram dois lugares, um de frente pro outro. Me sento ao lado de Rosa e Castiel se senta ao lado do Lysandre, na minha frente.

Enquanto todos se serviam eu esperava a minha vez e sentia o olhar do Castiel em mim. Eu olhava para qualquer outro lugar, menos para aquelas órbitas prateadas como diamantes. Beleza! Eu já estou pensando até nos olhos dele... Que maravilha! Depois de me servir, pego o refri e sirvo no meu copo. Enquanto todos continuavam conversando animadamente, eu encarava a comida do meu prato. Aparencia: Okay. Cheiro: Okay. Me pergunto... O que acontecerá comido se eu comer... Pego o refri e tomo.

– Então é namorada do Nathaniel? – Rosa me pegou de surpresa e eu engasgo.

– Perdão? – Pergunto limpando os pingos que tinham saído da minha boca. – O que disse? – Olho pra ela com os olhos arregalados.

– Você é a namorada do Nathaniel? – Rosa pergunta num tom meio baixo que só eu poderia escutar.

– Não! – Sussurro pra Ela.

– Sério? Bem é que, como foi ele quem te apresentou, achei que você era a namorada dele. – Sinto que o indivíduo que está sentado na minha frente está me fuzilando com o olhar. Puta merda! Agora ferrou de vez.

– Não fale mais disso por favor! – Suplico pra Rosa e ela me olha confusa.

– Eh? Por que? – Ela pergunta. Desvio o olhar pra pessoa que me fuzilava, mas sem olhá-lo diretamente e volto a olhar pra ela. Rosa parece entender e o olha descaradamente.

– Algum problema Castiel? – NÃÃÃOOO! DESCARADA DEMAIS! EU PRETENDO VIVER SABIA? Sério. Não entendo o Castiel, mas ele fica uma fera quando o nome do Nathaniel está no meio. Dá ultima vez achei que fosse ser despedida por supostamente “flertar” com o Nathaniel!

– Não. Apenas escutei algo sem querer. – Ele responde parecendo incrivelmente calmo. Viro minha cabeça devagar na direção dele. Congelo ao ver o sorriso que tem em seu rosto.

Ele está sorrindo para desfarçar a raiva? Sério? Eu não caio nessa! Ele está muito puto, que droga. Consigo até sentir a tenção perto dele. Que medo! Nunca vi um sorriso tão falsamente e estupidamente brilhante antes! Isso chega a arder os meus olhos! ‘Liza, parece que Rosa caiu na dele.’ Olho pra ela e Rosa parece mesmo convencida de que aquele sorriso é radiante. Não acredito... Ela está sobre o “Efeito Castiel” Nossa! Ele é bom. Pega até mesmo se o sorriso for falso!

– Ata. – Ela sorri alegremente e me olha. – O que foi? Se não é namorada do Nath, é amiga do Cas? – Rosa pergunta e eu a fito nervosa. Ainda nesse assunto?!

– B-Basicamente... Acho que sim. - Gaguejo.

– Hum... Vou pensar num apelido para você. – Ela fala e eu ergo as sobrancelhas surpresa. – O que combina com Elizabeth...? Liz, Lizzy... Elli... Ella... Bells... Uhm... Qual fica melhor com você? – Ela me olha pensativa. Nunca escutei tantos apelidos para mim antes... – Não tenho certeza... – Ela olha pro Castiel e pergunta. – Qual você acha que combina com ela? – Por que perguntou pra ele? Oh, Deus...

– Bem eu... – Ele me olha com aquele seu famoso sorriso de canto. Eu disse que o meu coração virou um idoso! Não me olhe desse jeito. – Particularmente gosto de Liza. – É claro que gosta. Foi você quem me apelidou assim. Olho pra ele e ele pisca. Tento não rir de tão nervosa que fico.

– Liza? É. Esse é bom! – Ela me olha alegre. – Vou te chamar de Liza então. Mas vou intercalar entre Ella e Liz. – Sério? Gostei de Ella. Mas realmente me acostumei com Liza. Por que, o estranho é que... Ah, sei lá.

– Okay.

– Ótimo! Então, de noite vamos sair? Podemos ir na floresta e ver os... – Rosa parecia bastante empolgada mas foi interrompida pelo Lysandre.

– Rosa, não é uma boa ideia. – Lysandre fala fazendo sinal de negação mas com a feição calma.

– Qual é o problema? – Ela pergunta meio triste e surpresa.

– Liza tem que fazer... Algumas coisas esta noite. – Lysandre fala ainda calmo e olha pro Castiel.

– É. Desculpe, acho que não vou poder deixar que a roube de mim está noite. - C-C-C-C-C-OMO ASSIM? MEU DEUS! É HOJE QUE EU ENFARTO!

Rosa me olha surpresa, parece pensar um pouco e depois abre o maior sorriso que alguém poderia dar.

– Vocês...? Então ela é a sua namorada! – Rosa grita excitada e eu me encolho na cadeira. Todos olham na minha direção.

– Rosa... – Repreendo ela e ela murmura um “Opa.”

– Gente, parem de olhar! – Ela fala pras pessoas que me olhavam curiosas. Está sendo descarada novamente! Céus! Dou uma garfada na minha comida e enfio tudo de uma só vez na boca, nervosa. Droga. Que vacilo. Mastigo já não podendo fazer mais nada e engulo. ISSO... É HORRIPILANTEMENTE BOM! PUTA QUE ME PARIU! Dou outra garfada e como. Não pode ser. Como ele pode fazer algo tão bom? Não acredito. Não foi ele. Não pode!

– Pela cara que você está fazendo, presumo que tenha gostado. – Murmura ele satisfeito.

– Prior que Xim. – Digo de boca cheia.

– Pior?... Ah, estou vendo. – Ele ri. – Nunca achei que cozinhar fosse tão divertido. Prefiro caçar ou... – Caçar? Ele arregala os olhos e balança a cabeça freneticamente de um lado pro outro. – Esqueça. – Ele suspira e coça a nuca.

– Você caça? – Pergunto interessada.

Ele desvia o olhar e não responde.

Não vou perguntar mais... Por agora. Pois com toda certeza vou querer detalhes disso mais tarde. Talvez... Em detalhes não. Termino de comer a minha comida. Todos já haviam terminado e estavam se levantando para voltar à sala, eles estavam pensando em passar a tarde na cidade e de noite ir na floresta fazer fogueira. Comecei a recolher os pratos.

– Quer ajuda? – Bianca pergunta.

– Não obrigada. Pode ir com seu irmão. Eles já estão indo?

– Sim. Você não vai?

– Acho que vou. Mas depois de arrumar aqui. – Digo e ela sai. – Ainda quero clocar em prática o “plano”. – Digo. Ela entende sorri e se vai.

Não é só por que eu “talvez goste do Castiel” que eu não vou fazer a minha vingança. O que ele fez, é algo que não se faz. ‘Achei que você não iria mais fazer.’ É claro que vou. Do mesmo jeito que ele fez, eu vou fazer. Mas um pouco diferente....

Levo os pratos para a pia e começo a lavá-los. Sinto braços fortes me envolverem pela cintura. SENA TÍPICA DE FILME! SÉRIO! ISSO JÁ ESTÁ SE TORNANDO REPETITIVO!

– O que foi agora? – Pergunto tentando me concentrar em lavar os pratos.

– Vim te buscar para irmos à cidade. – Ele diz e roça seus lábios lentamente no meu pescoço, subindo e descendo. Tremo e ele abafa o riso no meu cangote.

– Vou ficar aqui. – Digo tentando deixar a minha respiração normal. Coração que, bate bate, coração que já bateu... Ai, ai. Não aguento. Efeito Castiel é forte de mais! ‘Força Liza!’ Estou tentando!

– Não vou te deixar aqui sozinha! – Ele fala parecendo um pouco nervoso.

– E por que não? O Dake pode aparecer aqui? – Pergunto e ele fica rígido atrás de mim. – Castiel?

– Talvez. – Oh mas que merda.

– Por quê? O que ele ainda quer aqui? – Pergunto e me viro pra ele. Ele continua com a mão na minha cintura.

– Lysandre descobriu algo... – Murmura ele. Engulo em seco.

– Algo?

– Nada com que precise se preocupar. Vamos para a cidade. – Isso não foi uma pergunta.

– Deixe-me terminar de arrumar a cozinha pelo menos. – Digo e ele aperta suas mãos contra a minha cintura. Sinto que algo não muito legal está por vir...

– Será que vou ter que te fazer dar aqueles pulinhos? – Ele pergunta com uma sobrancelha arqueada e da um aperto de leve me fazendo reprimir um pulo.

– Não! Isso é um ponto fraco! Não, isso não! - O repreendo brava. Ele ri e então parece pensar e por fim fala.

– Se você não for para a cidade comigo agora, vou te encher de beijos. Será que é o que você quer? – Ele pergunta malicioso e aproxima o rosto com um olhar brincalhão.

– Não, não, não, não! Isso também não! Seu pervertido! – Dou um tapa nele ele ri. ‘Espera, achei que você fosse finalmente por o seu plano em prática!’ É verdade. Mas agora, vou fazer diferente. ‘Entendi! Legal essa.’

– Então vamos logo. – Castiel pega minha mão e sai comigo da cozinha. Paro de andar, ele me olha confuso e eu respiro fundo. Nossa... Não acredito que vou mesmo fazer isso...

– Castiel eu... – Começo e ele chega perto de mim. – Quero ir para o... – Será que o meu ou o dele é melhor? ‘Vá no dele! Não! No seu, seria estranho no dele.’ É... – meu quarto. – Digo e baixo o olhar. Pense em mais alguma coisa, isso está estranho! – Trocar de roupa. – Falo por fim e olho pra ele. Castiel estava vermelho com os olhos brilhantes.

– Você quer...?

– Não! Seu pervertido! Não é isso! – Digo ficando vermelha. – Apenas preciso ir trocar de roupa! – Digo nervosa. O que esse cara penso afinal? Meu Deus! Será que ele só pensa naquilo? ‘Ele é homem antes de ser o seu chefe, Elizabeth’ Eu sei disso.

– Ah, é... Desculpe. Pensei que fosse outra coisa... – Ele devia o olhar ainda corado. Ai, mas olhando bem, ele fica tão bonitinho corado... ARGH! EFEITO CASTIEL!

– Okay. Vou me trocar e já volto. – Digo, solto a mão dele e subo as escadas. Entro no meu quarto e vou para o banheiro.

Caralho. Meu coração está á mil! Será que vai dar certo? ‘Você queria atrai-lo para o seu quarto, certo?’ Certo. ‘E ai, você o beijaria e o deixaria excitado.’ Bem excitado. ‘Isso. Ai você falaria que quer, faz com que ele acredite mesmo e então BOM! Você o deixa no seu quarto excitado como ele fez com você ontem.’ É isso aê! ‘Sinto pena do pobre homem.’ Eu não. Vou me divertir com isso. Me olho no espelho e sorrio vitoriosa. Será que ele vem? Saio da banheiro e começo a mexer nas gavetas, jogando algumas roupa no chão. Tenho que demorar, assim ele vem me chamar. Olho pro relógio em cima da cômoda. Nossa... Que horas nos almoçamos? UAU! Já são três e meia. Bem, daqui a pouco ele está batendo na porta. E bem na hora. Castiel bate na porta e entra.

– Não se trocou ainda? – Ele pergunta alarmado ao entrar no quarto.

– Não estou achando roupa. – Por que será né Bianca? Tipo, foram para o lixo!

– Liza você está muito bem do jeito que está, vamos logo! – Ele chega perto de mim. Finjo que procuro alguma roupa do chão, mas apenas olho, não me agacho! Estou de vestido.

– Será que vou ter que assaltar o closet da Bianca? – Olho em volta e paro olhando pro Castiel. – Que foi? – Pergunto. Ele tem um olhar divertido.

– Acho que mudei de ideia. – Murmura o ruivo. – Podemos ficar. A casa ta vazia mesmo. – Ele me puxa pela cintura e me fita malicioso. – Agora, o que você é minha, Elizabeth? Por que, minha você é. Mas o que? Apenas a minha empregada? Apenas ficante? Ou minha namorada? – Ele ergue uma sobrancelha. Eu que devia fazer essa pergunta!

– Castiel, não me lembro de você ter me pedido em namoro. Então sou apenas a empregada. – Digo debochada.

– Uhm... – Murmura. Sua feição muda. Quente novamente e suave. Ele roça seus lábios no meu pescoço. - Devo pedir-lhe em namoro, então? – Pergunta sobre o meu cangote. Tremo com a vibração de sua voz batendo contra minha pele sensível. Solto um suspiro longo e sinto que ele sorri. – Vou levar isso como um “sim”. – Ele afasta seu rosto do meu pescoço e me olha firme. Seus olhos prateados nos meus verdes. – Elizabeth Gray, quer ser a minha namorada? – Ele pergunta com a voz rouca. Não acredito que ele está mesmo fazendo isso. Fico quieta. Meio que em estado de choque. – Vou ter que ser um pouco clichê? Okay. – Castiel num ato rápido me ergue em seu colo e me pega como “noiva”, novamente. Saio do estado de choque no mesmo instante.

– Ei! – Reclamo ele ri e me pergunta novamente.

– Elizabeth Gray, será que você pode me dar à honra de ser minha namorada?

Um pedido assim... Céus! Isso só pode ser um sonho... Ou um pesadelo, talvez? Por que eu? Por que ele? Então é assim, não é? Eu que o odiei no instante em que o conheci, ‘Ou pelo menos é o que você acha né.’ Agora apaixonada por ele e... Namorada dele? Esse efeito Castiel, me pegou em cheio. PORRA! EU DISSE QUE O MEU CORAÇÃO VIROU UM IDOSO! ELE NÃO AGUENTA ISSO! Dito e feito. Eu desmaiei.

– Liza? – Pergunta surpreso. – Dormiu agora? – Ele parece indignado.

– Você... me... cansa... – Digo tentando não desmaiar novamente.

– O que faço com você? – Ele pergunta sério. – Ontem você me ataca, e hoje desmaia em meus braços!

– A culpa é sua. – Murmuro e abro os olhos para encará-lo. – Eu te disse que o meu coração virou um cidadão idoso!

– Ah, certo. – Ele revira os olhos. – É nisso que dá ser tão bom.

– É nisso que dá esse efeito que você tem! Isso é tão injusto. – Digo indignada.

Castiel muda sua expreção novamente. Ele fica sério mas com a expreção suave.

– Devo lhe mostrar o quanto você mexe comigo? – Pergunta me pegando de surpresa. Por essa, eu realmente não esperava.

– O que? – Pergunto meio que tonta. Ele me joga na cama. Vou de encontro com a minha cama e ele fica por cima de mim.

– Está com medo? – Ele pergunta sorrindo.

– Sinto ter que estourar a sua bolha, mas eu não tenho medo de você. – Digo casualmente. Ele ergue as sobrancelhas surpreso e logo depois dá o seu famoso sorriso de canto.

– Você realmente não deveria ter dito isso. – Ele ergue seus lábios num sorriso malicioso e vai até o meu pescoço roçando seus lábios nele, subindo e descendo, chegando perto do queixo, dá orelha, até parar no canto da minha boca. Ele deposita um beijo curto nos meus lábios e eu ergo meus braços para alcançar seus cabelos e o puxo para mim. Afasto meus lábios e ele afasta os dele. Plano em ação. Deixo a língua de Castiel passar aprofundando o beijo. Ele passa sua mão pela minha cintura e a desce até a minha coxa, ergue ela até a sua cintura e aperta de leve mas com intensidade. Quando ele morde meu lábio inferior puxo os cabelos incrivelmente macios dele. O álito de menta invadia minha boca desejando por mais. Agora é hora do jogo virar. Num ato rapido, jogo Castiel pro lado e fico por cima dele, sentando no seu abdomem. Ele me olha surpreso.

– Agora é a minha vez. – Falo tentado ser sexy, mas como eu sei que não sou, acho que não deu muito certo. Ele riu.

– O que vai fazer? – Seu filho da mãe desgraçado. Não me faça uma pergunta difícil! Deixe-me me concentrar!

– Quem sabe... – Pensa rápido Elizabeth! – Uma marca onde possa ser vista. – Nossa, esse foi o melhor que eu consegui? Fala sério! Eu vou deixar um chupão nele?

– Então depois é a minha vez. Mas faça uma, onde possa e outra onde não possa. – Castiel diz calmo sorrindo de canto. O-Onde não possa ser vista? Calma... Não surte de vez...

Me aproximo lentamente do pescoço dele, roço meus lábios lentamente na pele dele, e logo depois mordo. Escuto ele gemer baixo e logo suspira. Me afasto do pescoço dele e o encaro.

– Liza... Isso não é um chupão. Isso é uma mordida. – Ele fala de olhos fechados e suspira novamente.

– Foi divertido. – Pior que foi.

– Você não sabe como deixar um chupão? – Ele pergunta. – Você tem que sugar a pele, com força, sugue teimosamente. Assim vai deixar uma marca roxa na pele, como se fosse um hematoma. – Ele fala como se já tivesse praticado isso com um monte de mulheres. Isso de alguma forma me deixa com raiva. Viro a cara. Ele quer que eu faça algo que ele já fez em outras mulheres? Ou que elas já fizeram nele?!– Liza?

– Você quer... – Olho pra ele. - Que eu use uma técnica que outras mulheres já usaram em você? – Digo séria. Me levanto, saio da cama e ando em direção a porta.

– Onde vai? – Ele pergunta surpreso.

– Vou a cidade. Parece que não sou boa o bastante para você. Então vou treinar com alguém. Garanto que vou encontrar alguém para isso. – Digo e aro a porta mas ela é imediatamente fechada com força. Sinto um braço ao meu redor me impedindo de avançar. Castiel estava com um braço contra a porta e outro ao meu redor. Olho pra cima, e ele tem um olhar sério e duro. Está bravo. – Até parece. – Digo indiferente. Ele ergue uma sobrancelha. – Você achou mesmo que eu fosse fazer algo do tipo? Eu só ia para a cidade com os seus amigos. – Digo e abro a porta. Ele a fecha com força novamente.

– Você não vai a lugar nenhum. – Ele fala e me pega no colo colocando-me sobre o seu ombro.

– Ei! Me ponha no chão! – Grito e ele apenas me ajeita, abre a porta, passa pelo corredor e desce as escadas. – Aonde você vai? Castiel me solta!

– Vou esfriar a sua cabeça, está muito esquentadinha. – Ele fala e eu arregalo os olhos.

– Não! Nem pensar! – Protesto, mas ele já estava passando pela porta, e chegando na piscina. Droga. O que? Ele não vai fazer isso. ‘Liza, nada de pânico, é uma chance melhor para a sua vingança!’ Não sei como!

– Vamos dar um mergulho. – Ele fala e antes que eu proteste, ele pula na piscina comigo junto. Entra um pouco de água pelo meu nariz, acho que fico um pouco no fundo e sinto braços me erguerem pela cintura até a superfície. – Engoliu muita água? - Ele pergunta. Eu tusso um pouco, abro os olhos e o encaro brava.

– Não, nem um pouco! – Digo irônica. – Você é louco Butler! – Digo.

– E você é louca por mim. – Ele fala e me beija. Passo meus braços em volta do pescoço dele e acaricio a sua nuca, ele arrepia, sorrio com o resultado entre o beijo. Ele me ergue mais e eu passo minhas pernas em volta de sua cintura. Ele fica alegre, e o alegre é tanto em cima quanto me baixo. Ótimo. Está indo melhor do que eu imaginava! Ele aperta a minha cintura e eu não sei como mas pulo, e escorrego um pouco pra baixo, ele ofega suspirando, seguido por um gemido. – Liza, você está me matando. – Ele fala com a voz rouca.

– Castiel... – Digo o seu nome e o puxo para mim. Dou passagem para sua língua que explora ligeiramente cada canto da minha boca. Ele passa suas mãos para a parte de baixo das minhas coxas e me levanta me puxa para mais perto. Sério estou começando a ficar louca! Não posso continuar com isso... Mas é tão bom. Não! Não posso mais! É agora a hora de dar o fora. ‘Isso aproveita que ele já ficou excitado e dá o fora da piscina!’ Mas antes, acho que posso provocar um pouco mais... Paro o beijo e o olho. Minha respiração está tão descompensada, ele ofega e suspira. – Isso... É bom. – Digo tomando fôlego.

– Muito bom. – Ele concorda e sorri de canto. Tento descer, tiro minhas pernas da sua cintura, mas ele segura uma delas me impedindo de descer totalmente. Consigo sentir uma certa elevação... – Ah. – Ele suspira. – Sério... Isso já é demais. Estou ficando louco!

– Okay. Então antes que você tenha um colapso nervoso, quem sabe você não solta a minha perna? – Pergunto debochada e ele ri.

– Nem pensar. Você não vai sair daqui. – Castiel diz com um sorriso largo no rosto. Será mesmo? Acho que não. Sorrio pra ele e aperto a sua elevação. Ele leva um susto e me solta. Ele ofega. Saio de perto dele na água e seguro o riso. Isso é realmente divertido. Haha. Pô, correr na água é algo impossível. Consigo subir as escadinhas e olho pra ele.

– Agora estamos quites. – Digo feliz. – Agora é sem rixas ou tréguas. Ou jogos. Quem sabe você não se esfria um pouquinho? Está muito quente. – E me afasto.

Eu sou demais! ‘ Você foi incrível! Viu só a cara dele?’ Aquela foi a melhor cara de todas. Excitado, nervoso e irritado. Nunca vi algo parecido. Mas foi legal. Gostei bastante. Quem sabe o que ele irá fazer? Paro de andar. PUTA MERDA! O QUE ELE VAI FAZER COMIGO? EU ME FODI! Olho pra trás e vejo uma silhueta saindo da água. NÃÃÃÃOOO! ELE JÁ ESTÁ VINDO? PUTA QUE ME PARIU! ‘Corre Liza!’ Começo a andar rápido e entro na casa. Consigo escutar passos fortes e pesados se aproximando. Entro na cozinha e me abaixo atrás do balcão. Tapo a minha boca. Tomara que ele não me ache. Deus! Não quero nem ver a cara dele! Me perdoa senhor! Sei que peguei um pouco pesado, já que com homem é pior... Mas ele bem que mereceu! Não escuto mais passos. A casa está silenciosa. O silêncio é tão grande que chega a me dar medo.

– Booh!

– AH! – Grito ao ver a cara dele me encarando. Morri. De. Susto. Puta. Merda.