Who Are You, Butler? escrita por Uchiha Bibis


Capítulo 10
Cachorros e o Lobo mau


Notas iniciais do capítulo

Oiee! Tem alguém ai?
Como estão pessoas lindas do meu core? Bem? Que bom, eu vou bem. Postei hoje apenas pra deixar vocês com mais vontade de ler! Não joguem pedras virtuais em mim, por favor! Só queria saber, será que funcionou? E também, não tive tempo de postar mais cedo, sorry.
O capítulo ficou meio grandinho, mas vocês tem que me entender, não aguentei gente. Quando eu vi, eu não parava mais de escrever!
Boa leitura!



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Acordei com uma dor significativa no abdômen. Provavelmente pelo ataque de cócegas que Castiel me deu ontem. Levanto me sentando na beirada da cama e estico os braços. Levanto-me da cama sem os chinelos e vou até o banheiro. Me espanto ao deparar com o meu cabelo todo descabelado. Eu já devia imaginar... Penso enquanto balanço a cabeça negativamente. Pego a minha escova de dentes dentro do potinho, escovo os dentes, ligo a torneira e, cuspo a espuma branca logo depois faço uma conchinha com as mãos em baixo da torneira que se enche de água. Levo a conchinha até a boca e faço bochecho para logo depois cuspir novamente. Fecho a torneira e saio do banheiro. Pego a minha escova na mesinha de centro e me sento na cama para desembaraçar o meu cabelo, começando de baixo pelas pontas e depois subindo. É realmente uma técnica muito boa. Termino com o meu cabelo e vou até o guarda roupa, que ainda está vazio. Avisto a minha blusa dos Beatles e a pego. Tiro a camisola azul clara e ponho a blusa, que ficou um pouco justa no meu corpo. Acho que engordei um pouquinho... Dou de ombros e procuro alguma calça ou shorts, mas não encontro nada. Lembro que Bianca disse para mim ir ao quarto dela. Vou aproveitar que eles todos foram acampar na floresta e vou agora no quarto da Bianca. Eu nunca sairia de calcinha desse quarto, mas como não tem ninguém aqui mesmo... Pera! Merda. O Castiel ficou... Tinha me esquecido. Oh droga e agora? Não vou aparecer de calcinha na frente dele! Corro pro banheiro e pego uma toalha. Saio do banheiro tentando amarrar a toalha na cintura e me deparo com um ser na porta do meu quarto. Só o que me faltava...

Castiel está parado na minha porta. Ele me olha da cabeça aos pés e ali permanece. Olho pra ele de baixo pra cima. E ai eu percebo que eu estou sem calça, com apenas a minha blusa dos Beatles, tentando amarrar uma toalha na cintura, que acaba de cair com o susto de o encontrar aqui. Maldita Bianca.

– O que você quer aqui? – Tento não me importar com o fato de estar de calcinha na frente dele. Ele já viu aquela parte mesmo... Do que adianta eu me esconder, se nem tenho com o que me cobrir? É uma merda. Mas eu não me importo. Eu não me importo nem um pouquinho... Droga. EU ME IMPORTO! Sinto o meu rosto arder e tento puxar a blusa um pouco pra baixo.

– O que você estava fazendo? – Ele pergunta e por fim tira seus olhos das minhas pernas e me olha com curiosidade.

– Nada do seu interesse, por quê?

– Obvio que é do meu interesse! Afinal... – Deu uma pausa. – Você é a minha namorada.

– Ainda não me lembro de ter aceito. O pedido ficou em Stand By. – Digo e sorrio irônica.

– Mesmo assim... – Ele fala e vai entrando no meu quarto. – Me interesso em saber.

– Por que? – Pergunto indignada.

– Estava se divertindo sozinha? – Me divertindo... Hã? ‘Você se ligou no duplo sentido da pergunta né?’ ... Filho da mãe! Como eu....! Não demonstre a sua irritação...

– Claro que não? – Digo e forço uma risada. – Eu sou um anjo. Não faço esse tipo de coisa. – Digo brincando e dou-lhe um beijo para provocar.

– Anjo é? – Ele pergunta eu rio e ele também.

– Sim!

Castiel chega perto de mim, e me empurra contra a parede com velocidade. Ele me beija, um beijo intenso que não sei muito bem explicar, minha cabeça está girando no momento. Ele beija com voracidade e ardor, empurrando a sua língua contra a minha, que mais parecem sincronizadas aos movimentos. Penso em me separar um pouco, por falta de ar, mas ele apenas separa um pouco seus lábios dos meus. Eu pensava, mas não estava pronta ainda. Minha língua roçou na borda do lábio superior dele e ele puxou ar entre os dentes e os soltou fazendo um som de que aquilo, o deixava ansioso. Sorrio. Seu rosto a centímetros do meu, nossas respirações descontroladas se misturando e o sorriso que tinha no seu rosto era o reflexo do meu. Puxo Castiel para mais um beijo intenso e trocas de saliva que podem parecer nojentas, e podem te babar toda. Mas quem se importa? Castiel puxa minha perna até a sua cintura e aperta a minha coxa. Ele sorri entre o beijo e do nada, aperta a minha cintura, eu no susto pulo e com a outra mão ele pega minha perna que antes estava solta, e me segura. Prendo minhas pernas em torno dele e acaricio os seus cabelos macios, que ultimamente eu andei me perguntando; como ele os deixa tão macios? Sempre achei que o cabelo dele fosse um pouco arrepiado e duro, com fios grossos. Mas os fios são finos e incrivelmente macios. Afasto um pouco meus lábios dos dele, deixando míseros centímetros entre os nossos lábios e contorno a boca dele com a língua, bem devagar apenas para provocar um pouquinho. Ele estremece e aperta as minhas coxas com força.

– Parece que eu achei um ponto fraco interessante... – Digo respirando com calma.

– Esse ponto fraco... – Ele aproxima os lábios ao meu ouvido e sussurra com a voz rouca e sedutora. – Não é algo bom para que a dona anjinho mexa. Se não quiser arcar com as consequências desse ponto fraco. Bem, já é tarde de mais para isso.

– Consequências? – Mentira! Ele vai realmente me matar de ataque de risos? Não quero mais. – Acho que paramos por aqui. – Digo e desprendo as minhas pernas da cintura dele. Ele me olha com os olhos estreitados.

– Como assim? – Balbuciou irritado.

– Você não disse que era para mim te parar? Então. – Digo e tento o empurrar, mas ele fica rígido parecendo uma estátua de pedra. – Castiel...

– Liza, olhe! – Ele aponta pra baixo, eu automaticamente olho. Droga. Não devia ter olhado.

– Ah! – Tapo a cara ao ver um volume na calça dele. Tento sair, mas ele me prensa contra a parede. Merda. Sinto o volume dele me tocando! Ta encostando em mim, Castiel! Tira pelo amor de Deus! Ontem foi uma coisa diferente! Por que era a minha vingança que falava mais alto. Mas agora... Senhor! Que que é isso?

– Me desculpa. Mas eu não controlo isso! – Ele parece um pouco irritado, mas fala com um pingo de deboche. - Você pretende sair e me deixar assim? Quem nem ontem?

– E-Eu não tenho culpa nenhuma disto! – Falo ainda com o rosto entre as mãos.

– Claro que tem! – Ele fala, sinto ele me pressionar mais contra a parede. Então ele sussurra. – A culpa é toda sua. – Santo Deus! Como é? E eu lá tenho culpa? ‘Se ele disse... Pelo que parece você o seduziu bonito Liza, igualzinho a ontem.’ Obrigada. Mas, não pera. Isso é realmente culpa minha? Tipo... Eu nem apertei "aquilo" que nem ontem. – Você tem que fazer algo com isto. – Diz ele com a voz rouca. Tiro minhas mãos do meu rosto e o encaro indignada.

– Eu? E o que você quer que eu faça som isto? – Ohou. Não devia ter perguntado isso.

– Já que perguntou... – O interrompo pensando rápido.

– Okay. Então vem. – Pego a mão dele e ele me olha surpreso e então sorri, me segue sem falar nada. Vou com ele até o banheiro. – Aqui. – Abro a porta e ele entra. – Dê um jeito nisso sozinho. – Falo e fecho a porta bem rápido, não dando tempo dele protestar algo contra. Eu sou de mais, eu sei. Escuto ele murmurar xingamentos por que ele queria que Eu desse um jeito. E Eu dei um jeito. Dele parar aquilo sozinho oras. Existem várias maneiras. Ficou excitado? Vai pro banheiro e fica lá, ué! Ou faz com as próprias mãos, ou faz com as próprias mãos, o que eu posso dizer? É nojento, é. Mas é a vida.

Saio de perto da porta do banheiro. Não quero escutar nada que não deva... Saio do meu quarto e vou para o da Bianca. Abro o closet dela e pego uma calça jeans com uma marca que eu não tenho, obviamente, por que é super cara. Simplesmente é uma calça da BillaBong. Coloco o mesmo, fecho o closet, saio do quarto e entro no meu. Castiel ainda estava no banheiro. Vou até a porta, escuto o chuveiro ligado. Então ele foi pro chuveiro? Juro... Não sei se rio ou se choro, por ele realmente estar fazendo isso. Desvencilho-me da porta e saio do quarto novamente. Vou para o andar de baixo, passo pela cozinha, abro a porta que dá pro jardim e vou a procura do meu cachorro e os de Iris. Como será que eles são? Pluffy e Fluffy... Tem cara de ser aqueles Chihuahua... De inicio não vejo nenhum sinal de cachorro. Até que escuto uns grunhidos e latidos. Sigo o som e vejo quatro cachorros. Um deles é o Xande, o outro é o que me atacou na piscina. Ele é um Pastor de Beauce pelo que eu saiba e acho ser o Dragon. Os outros dois, não são nem um pouco como eu imaginava. São dois da raça Dogue Alemão. Céus! Só tem cachorro grande aqui! Um deles é de uma cor dourada meio bege e o outro é que nem um Dálmata. Fico impressionada com a tamanha beleza desses cachorros. O meu, é claro ta incluso. Até mesmo o monstrinho que me atacou na piscina. Eles são lindos! Mas Pluffy e Fluffy, são nomes propaganda enganosa viu? Nossa. A pose que eles tem são impecáveis, as orelhas em pé e a postura digna de um cachorro de uma raça cara como essa. Devo admitir, fiquei com vergonha do meu cachorro, que não tem uma postura como essa. Mas bem, ele tem o seu jeito rabugento e brincalhão, ele não é um duque. Vou até os cachorros devagar. Eles me ouvem, me fitam curiosos e então o alemão dourado vem até mim. Me cheira e eu dou carinho em sua cabeça. Pelos incrivelmente macios. Como eu suspeitava. Acaricio mais sua cabeça, passando pelas orelhas e até o queixo dele, ele lambe a minha mão sem parar. E ainda por cima é um babão.

– Que lindo que você é. – Falo e ele abana o rabo. – É, é sim. Lindão! – Nem preciso me agachar para dar carinho nele, por que consigo perfeitamente. Esse cachorro é grande e belíssimo. Fico feliz em saber que é da mesma raça do Scooby Doo. Adoro aquele cachorro! Xande chega do meu lado e solta um grunhido em reprovação.

– Ah. Agora você entende como eu me senti? – Falo debochada para o meu rabugento. Ele late e os outros latem também, solto um “Uou” e depois rio. Vejo que na coleira do Marmaduke – Marmaduke é o nome do cachorro dourado. Nome que eu dei por causa do Marmaduke o filme, já que ele é igualzinho e não sei se ele é o Pluffy ou o Fluffy. – está escrito a rua e o endereço da casa, mas não tem o nome dele.

– Parece que vou ter mesmo que te chamar de Marmaduke. – Falo e ele late e abana o rabo. – Vou interpretar isso como um sim. Não é como se eu tivesse escolha ou você. – Digo ainda acariciando a cabeça dele. O que parece um dálmata chega perto cauteloso e vejo que não é ele, é ela. Será que o Marmaduke é o Pluffy e a Dálmata é a Fluffy. Ou é a Pluffy e o Fluffy? Puts da no mesmo os dois! Vou continuar chamando ele de Marmaduke e ela eu vou chamar de Brenda que é o nome da Dálmata dos 101 Dálmatas. Pronto resolvido.

– Você eu vou chamar de Brenda. – Digo para ela que late. – Okay, vai ser esse mesmo. - Os cachorros começam a me “atacar” me enchendo de baba, e Xande se junta a eles. Até que eu tento enxergar onde está Dragon e ele está deitado com uma postura de um cachorro digno de ser um rei. Se eu invejo esses cachorros, imagina o Xande... Tento parar eles mas o Marmaduke fica só nas duas patas, ficando gigante e me empurra, eu caio no chão e eles recomeçam a me lamber. EU NÃO RESPIRO!

– OKAY! GENTE! SAIAM DE CIMA DE MIM! – Suplico quase gritando e a Brenda lambe a minha cara enquanto o Xande lambe a minha orelha e o Marmaduke o meu pescoço. Eu não aguento e começa a rir sem parar. Vou morrer com outro ataque de cócegas! Ai, não por favor, parem com isto! Ai minha barriga já tá doendo.

– Xande... Haha, por favor! PARA! – Grito pro meu cachorro que para e senta assim como os outros dois. Respiro e reviro os olhos. Fico sentada na grama e lanço um olhar de reprovação para os cachorros. – Seus danadinhos... Quase me mataram! – Digo e me levanto batendo nas minhas coxas pra tirar a grama da calça jeans. Olho em volta e vejo dois pares de olhos curiosos na minha direção. É o Jade, está sorrindo levanto uma sobrancelha e sorrio também. Vou na direção dele.

– Oi Jade! – Cumprimento-o.

– Oi Elizabeth. – Ele faz reverencia e eu o imito só que fingindo que levanto um vestido imaginário de lado.

– Vejo que a madame está se divertindo com os cachorros.

– Certamente meu caro amigo. Mas não me chame de madame, já lhe disse para me chamar apenas de Liza, Jade. – Digo educada e recobrando a pose.

– Desculpe-me mada... Liza. – Ele ri e eu o acompanho. Dês de que conheci Jade, nós brincamos de falar assim por causa da casa. Ele fala que é como se eu fosse uma rainha ou madame enquanto ele é o jardineiro ou o mordomo da casa. Ele viaja.

– O que está fazendo caro amigo? – Pergunto com curiosidade.

– Podando as plantas cara amiga. – Responde-me, ele pega a grande tesoura, que é como eu chamo já que não sei o nome, e me mostra ela.

– É realmente grande, não?

– Certamente. Afinal, ela foi feita para podar os galhos mais grossos das árvores.

– Impressionante! – Digo. – Aprecio o seu trabalho Jade. Esse jardim está sempre bem cuidado.

– Obrigado. Mas é apenas o meu trabalho.

– Humilde você.

– Talvez. – Ele volta a podar as árvores, escuto barulho de portão grande se abrindo e vou para a frente da casa. E lá estão a Bianca e o Nathaniel.

– Liza! – Bianca acena, aceno de volta. – Viemos apenas dar tchau pra vocês e pegar o carro, estamos indo! Nossa casa já está pronta. – Ela fala ao chegar mais perto de mim. – Não contamos, e aposto que nem o Castiel te contou, mas viemos aqui por que a nossa casa estava sendo dedetizada. Mas agora já podemos voltar. – Ela fala e vai pra dentro da casa correndo.

– Então vocês já vão? Os amigos do Castiel já foram embora? – Pergunto quando o Nathaniel chega perto.

– Sim, eles já foram. E estamos indo. Desculpe causar tanta bagunça. – Ele coça a nuca e eu rio.

– Sem problemas. Estou aqui pra isso afinal. – Digo e dou uma cotovelada de leve no braço dele.

– É. – Concorda ele. Começamos a andar, indo pra casa. Entramos e ele sobe as escadas e eu fico na sala. Ainda bem que eu consegui arrumar as coisas, tipo... Meio que ficou uma bagunça grandinha até eles saírem pra acampar... Mas que bom que eu forcei o Castiel a me ajudar, apesar dele ser o dono da casa e eu a empregada, os amigos eram dele, e a Iris disse que seria tudo por conta dele e... Ah foda-se. Saio do sofá e vou para a cozinha. Melhor preparar a mesa do café, a Iris finalmente volta. ‘Ui finalmente, ela só ficou um dia fora.’ Ah, é eu sei. Vou até um armário e o abro, pego a toalha e coloca na mesa, o telefone toca. Vou até ele e o atendo.

– Alô.

– Percebi que a empregadinha continua na casa. – Fala a voz do telefone. Não consegui reconhecer a voz.

– Quem é? – Pergunto.

– Não se lembra de mim? Seu querido amigo, Dake. – Engulo em seco, minha garganta parece que se fechou. – Escute bem. Será que você é uma boa netinha?

– O que você...

– Calada queridinha. Não diga. Apenas escute. - Ele ri e dá uma pausa. Por Deus, o que ele quer agora?– Amanhã, vou precisar de você. Se você estiver sozinha agora, diga “sim”.

– Sim. – Gaguejo.

– Não assim não vai dar certo. – Ele murmura se divertindo. Canalha. – Vou dar uma visitinha para a sua vovozinha querida, chapeuzinho vermelho. Espero que você venha vê-la antes de mim. E traga seus biscoitinhos, o lobo mau está com fome, muita fome. E se você vier com a retaguarda, sua vovozinha é quem sofrerá as consequências desse ato. Então para ser franco. Você tem até amanhã para vê-la. Depois disso, quero bater um papinho com você. De chapeuzinho para lobo. – E ele desliga. Fico em estado de choque e permaneço rígida com o telefone na orelha.

Me diga que eu não escutei direito. Me diga, senhor que isso não está acontecendo. Ele... Sabe o hospital em que a minha avó está internada? Como?! Desgraçado! Não posso deixá-lo ir! Ela é a única pessoa da minha família, ele não pode fazer isso. Não! Ela... Ai... Vó, não vou deixar que ele te machuque!

– O que aconteceu? – Pergunta a Bianca na cozinha. Não posso dizer pra ela... Ai meu Deus!

– E-Eu, preciso sair. – Digo e saio da cozinha deixando Bianca com um ponto de interrogação na cabeça. Me deparo com Castiel me encarando no final da escada.

– Liza... Não saia. – Diz ele sério. Mas como ele...? Ah, o telefone do andar de cima. Merda.

– Não sei do que está falando. – Minto descaradamente e passo reto por ele.

– Você não está vendo? É isso o que ele quer!

– E eu vou fazer o que Castiel? – Grito com ele. – Deixar que ele... Sei lá mate a minha avó? Nunca! – Digo e ele range os dentes.

– Liza ele vai te matar se você for! – Vociferou ele.

– Antes eu do que ela. – Digo e começo a correr até a garagem.

Queria sair da casa o mais rápido possível. Entro no carro da Melani e Castiel aparece na frente me impedindo de ir embora.

– Elizabeth! Pare! Pelo menos deixe-me te ajudar! – Pede ele e abre os braços.

– Não! Pra que? Pare ele matar ela? Castiel, você escutou ele! Só eu posso ir. – Digo e giro a chave. O motor range.

– Liza... Por favor... Me escuta!

– Se você não sair da minha frente, eu vou passar por cima, Castiel! – Digo nervosa e irritada.

– Você não tem coragem. – Diz ele confiante. Ah, ele não devia ter dito isso. No estado de espírito que estou agora, faço até o impossível!

Piso no acelerador e o carro arranca pra frente mas para, sem encostar nele por pouco. Ergo uma sobrancelha irritada. Quem é que não tem coragem aqui ein?

– Liza! Sério... Pense um pouco, por favor!

– Sai do caminho Castiel! – Rujo pra ele. Ele não se mexe. – Então tá. – Piso no acelerador com tudo e o carro arranca pra frente eu fecho os olhos na esperança de que ele pelo menos saia da frente, tipo, se jogando de lado como nos filmes e não se machuque. Escuto um estrondo, o carro bate em algo e eu vou pra frente com tudo, bato com a cabeça no volante e volto pra trás violentamente. Fico tonta, minha visão fica turva e logo começa a ficar escura, depois clareia aos poucos. Levo a mão na cabeça por conta da dor terrível. Merda... O que foi isso? Olho pra minha mão meio grogue e vejo que ela está com sangue. – Droga. – Murmuro e lembro-me de Castiel. Mas estou com uma puta dor e não consigo erguer a cabeça. Abro a porta do carro e saio de cabeça baixa e vou até a frente do carro, cambaleando e tudo girando.

– Você está bem? – Escuto mas não dou bola. Minha mente está me pregando peças.

Olho pro carro e vejo um amassado gigante nele. Puta merda.

– Não... – Digo e levo as duas mãos pra cabeça, sinto mais dor ainda. Urro de dor.

– Liza, sua louca! Você está bem? – Castiel pergunta entrando no meu campo de visão embaçado.

Será que bati a cabeça com tanta força? Ele está intacto ou é impressão minha?

– Acho que não. – Respondo grogue. – Em que bati? Você saiu da frente né? – Pergunto e cambaleio pra frente, Castiel me segura me mantendo firme no chão.

– Não, você bateu em mim. – Ele responde. Acho que eu escutei alguma coisa errada. Minha cabeça está tão embaralhada.

– Como? – Pergunto parecendo surpresa. Ele suspira e desvia o olhar. Fica quieto durante um tempo e então fala:

– Digamos que... – Ele me olha. – Sei lá! Esqueça o que eu falei. Não importa. Você está sangrando sua doida! – Ele fala e nesse momento meu olhar volta pro carro, parece que eu recupero apenas um pouco os sentidos e olho espantada pro Castiel. - Aquilo não foi eu...

– Não acredito... – Digo e me desvencilho dele indo pra trás.

– Liza, me escuta. É melhor deixarmos isso pra lá. Você deve ter batido a cabeça com muita força.

– Você amassou o carro! – Digo alto com as mãos na cabeça.

O que eu vou falar pra Mel? Ai meu Deus! Isso é um pesadelo, só pode! EU SÓ POSSO ESTAR LOUCA! É, acho que é isso. Eu estou louca e estou dormindo num hospício.

Você está preocupada com o carro? Tipo, não se pergunta como o amassado se formou? – Ele pergunta indignado. Claro meu amigo. Você me diz que não saiu da frente. Eu só posso estar dormindo, enquanto estou internada no hospício. Mas não, eu não estou! POR QUE A VIDA ESFREGA OS LIMÕES NA MINHA CARA, EM VEZ DE EU ESFREGAR NA CARA DELA!

– Castiel, você pode ser um ricaço, mas eu não passo de uma pobre inútil. Então pare de se achar o super herói com super poderes, que podem amassar um carro! Isso só acontece em quadrinhos da Marvel, ou na TV. E não na realidade. Isso aqui é a realidade. Sinto estourar a sua bolha imaginária, mas super heróis não existem aqui. - Digo indignada. - E olhe! - Aponto pro braço dele. - Por mais que seja pequeno, é um arranhão!

– Você tem razão. - Murmura ele. - Eu não sou nem de longe um super herói. Talvez eu seja o vilão da história.

– Eu vou pro hospital - Digo irritada e caminho pra sair da garagem. Se ele não quer falar sério, ótimo! Pra mim Já chega.

– Nem pensar! - Castiel fala, me pega pela cintura e me coloca no ombro dele, me levando pra dentro da casa.

– ME SOLTA! - Grito pra ele e começo a me debater e a chutar o ar, quase chutando a cara dele. Seria muito bem feito se isso acontecesse.– Preciso ir para o hospital ver a minha avó! - Digo irritada.

– Não mesmo. - Murmura bravo. - Você vai descansar e eu vou chamar um médico para ele examinar a sua cabecinha oca. Vou falar com os caras pra eles irem ao hospital ver a sua avó e manter o Dake longe dela, satisfeita?

– Nunca! - Grito no ouvido dele. - Não quero que chame um médico e muito menos que chame os "caras" para vigiar a minha avó seu maluco! Apenas me solte para mim não quebrar a sua fuça. - Sem paciência digo irritadíssima.

– Ótimo. Então vou te trancar no quarto.

– Seu bastardo! Me solta! - Grito novamente e ele já está passando pela sala de estar. - Castiel... - Algumas lágrimas se formam no canto dos meus olhos. - Eu não quero perder a minha vó... Ela é a única pessoa que eu tenho. Por favor... Não quero que ele a mate. - Digo lutando contra as lágrimas já parando de me debater.

– Não vou deixar que ele machuque ela. Mas não vou correr o risco de você se machucar. - Esse cara, é um cabeça dura! Nem mesmo o truquezinho da choradeira funcionou!

Me perdoa vovozinha querida. Gostaria de ir no lugar da senhora. MAS ESSE RUIVO IMBECIL NÃO ME LARGA DE JEITO NENHUM! Sério. Não sei se aguento... Aquele maldito do Dake. Outro imbecil do caralho. Se eu sou a chapeuzinho vermelho, então vou matar o lobo mau.

Mas... Nossa. A minha cabeça ta girando tanto... Será que eu bati mesmo com tanta força assim? Pisco os olhos com força, tentando me manter acordada. Escuto os passos do Castiel subindo as escadas. Minha visão fica turva, e logo depois com o corpo já mole, fico numa escuridão sem fim.


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Notas finais do capítulo

O.O
Pois é pessoal, a história tinha que se desenrolar, vocês não acham? Eu acho!
O que vocês querem me dizer? Algo?
Fantasminhas, eu disse já que temo vocês, então por favor, sejam humanos e me deem oi! Hahaha
O lobo maus está com fome gente. XD



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