Who Are You, Butler? escrita por Uchiha Bibis


Capítulo 8
A comida


Notas iniciais do capítulo

Hello!
Flores, como estão? Bem? Espero que sim. Fiquei pasma com o número de leitores que aumentou tão rápido que eu nem sabia o que fazer. Hahaha. As flores estão acompanhando, e estou muito feliz com o número que vai crescendo. Só não entendo por que não aparece. Só aparece três como se só três pessoas acompanhassem! Que injusto isso. Mas eu fico feliz que não é. Hehe. Bem, acho que é isso.
Tipo, leiam e não percam tempo!



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O mercado que o chefinho resolveu ir fica no centro da cidade. É o maior mercado que eu já fui em meus 17 anos. Fica á uns 50 minutos da casa dele, já que a casa não fica bem na cidade. Quero dizer, chegamos em 50 minutos com a velocidade absurda dele, mas numa velocidade de 80 ou 90 Km/h chegaríamos lá depois de umas duas horas e meia e ou três no máximo. Ele estacionou o carro, e quando nós finalmente paramos, desci do carro com as pernas bambas. Nunca cheguei tão perto da morte. Isso foi louco e extremamente excitante. Opa, acho que peguei a loucura dele. Ele riu ao ver o meu estado, chegou do meu lado para me ajudar, mas eu tremia de mais e ele riu mais alto dessa vez, e eu caí não tendo forças nas pernas. Nunca mais eu saio com o Castiel enquanto ele estiver no comando do volante.

– Você, é impossível. – Diz ele ainda rindo.

– Que bom que se divertiu. – Sorrio irônica pra ele e tentando me levantar, com algum esforço insignificante, consegui e me apoiei bruscamente nele, quando percebi que a minha bunda faria contato com o chão gélido do estacionamento. Ele se segurou para não rir de novo e me segurou pela sintura, eu já com um equilíbrio meio regulado, sai andando o estacionamento.

– Onde você vai? – Perguntou-me.

– Vou entrar no mercado? – Digo irritada, e já com o equilíbrio recuperado, saio batendo pé.

– Está indo para o lugar errado. – Virei bruscamente para ele. Castiel estava apontando para o lado oposto do meu, segui o seu ponto e avistei uma porta automática há uns poucos centímetros de nós. Mas isso só pode ser brincadeira do destino. Palhaçada. Pensei enquanto tomava o rumo certo. Passei por ele séria, sem mover o olhar na direção dele. Então eu sinto um puxão no braço, me obrigando a dar meia volta.

– Vai ficar de cara amarrada agora? – Ele diz rispidamente e seu tom de voz era furioso. Odeio admitir isso, mas fiquei com medo agora. Recomponha-se Elizabeth! ‘Isso, não pense na cara monstruosamente furiosa dele.’ Valeu, ajudou muito.

– Q-Quem tá de cara amarrada aqui é você. – Gaguejei.

– Oh, perdão. Assustei você? – Ele perguntou. A voz rouca ecoou pelos meus ouvidos.

– Não tenho medo de você. – Falei confiante. Ou pelo menos tentei.

– Não devia ter dito isso. – Ele dá o seu sorriso de canto, mostrando seus dentes brancos. Castiel chega um pouco mais perto e eu fico imóvel. Juro que eu acharia que petrifiquei, se não fosse pelo batimento descompensado do meu coração e minha respiração desregulada. Mas de repente, sua expressão muda. Ele ergue as sobrancelhas, os lábios rígidos numa linha reta. – Estou esperando que um dia desses, você saia correndo aos gritos. – Disse casualmente.

– Por que eu faria isso?

– Você faria, ou melhor devia fazer isso, se você for inteligente.

– E se eu não for inteligente?

– Você é. Mas não está sendo estando perto de mim. Não devemos nem ser amigos.

– Tarde de mais. – Digo ficando irritada. – Não chegue me beijando então!

– Eu sei que não devia, mas não consigo! Queria estar longe de você, mas não consigo. Acho que vou me mudar e você muda de emprego. – Murmura ele.

– Diga-me onde vou achar outro emprego?

– Pois é. Mesmo que eu pensasse em me mudar, não conseguiria. Dake ainda está solto por ai, não sei do que ele é capaz. – Sua expressão começou a ficar dura.

– Então. Se você se mudar e ele aparecer, sabe que a culpa vai ser sua?! – Digo irritada. Ele me olha e sorri. Me puxou um pouco mais pra perto de si e sussurrou no meu ouvido:

– Não vou me mudar, se é o que deseja.

Castiel me soltou e por impulso pegou na minha mão, me puxando em direção à porta de entrada do mercado. Entramos num pulo e ele largou a minha mão, pegou um carrinho e começou a andar rápido, a procura de comida.

– O que você pretende comprar? – Digo retomando o fôlego do choque anterior.

– Uhm... Boa pergunta. – Ele disse parecendo confuso.

– Você não sabe o que vai fazer de almoço?

– Opa. Pera ai. Fazer? Fazer o que? Eu vou comprar comida pronta.

– E o que normalmente você costuma comprar?

Estávamos num corredor, de comida enlatada, e no corredor próximo era de comida congelada. Senti um frio ao chegar perto das máquinas. Ótimo. Usar shorts para ir há um super mercado, não é lá uma boa ideia.

– Eu compro isso. – Ele pegou uma lata de comida. Arroz enlatado. Olhei o resto de comida enlatada que tinha nas prateleiras. Uma lata era azul, e dizia “Comida de unicórnio.” Carne suína. Tinha gliter em volta da carne na foto da lata. Acho que vou vomitar.

– Você come... Isso? – Perguntei engolindo em seco. Imagino como aquilo deve ficar no prato, mole parecendo comida de gato. Eca. – Não. Não vamos almoçar isso. Credo. - Digo. Pego a lata da mão dele e coloco bruscamente de volta na prateleira. – Você vai fazer uma comida.

– Eu? Não, não, não, não. Eu não sei cozinhar. Eu apenas pego o que tiver enlatado ou congelado na geladeira e meto ele no micro-ondas.

– Não acredito. – Massageei as têmporas pensando no que fazer com ele. – Precisa mudar isso. Comer comida de verdade. Não comida enlatada.

– Como congelada também, já disse.

– Não! Comida congelada não adianta. – Digo e vou pra um corredor com comida de verdade. – Você ao menos come pão, essas coisas né? – Claro que come. Eu vi ele no café da manhã hoje comendo...

– Como. – Ufa... Uma coisa a menos. – Pão enlatado. Vem com uma pasta doce. – Ai, acho que vou realmente vomitar. – A pasta é bem pastosa, com umas pedrinhas quando você mastiga com o pão enlatado. – CALA A BOCA! CREDO!

– Está bem. – Coloquei a mão no ombro dele. – Já escutei o bastante. – Tiro a mão do ombro dele e vou andando na frente e ele vem logo atrás com o carrinho.

– Então. – Começou empolgado. – O que vamos fazer de almoço?

Vamos? Não, eu não vou fazer nada. Quem vai se encarregar do almoço hoje é você chefinho. – Digo me divertindo. Imagino que ele não saiba cozinhar, já que nunca tentou antes. Ah, ah, quero só ver o que ele vai fazer. Peça-me de joelhos, uma ajuda. Hahahahahaha! ...... QUE? ‘Parece que o demoniosinho se manifestou.’

– Ok, então. Mas não vejo por que não compramos uma comida congelada pelo menos. – Ele dá de ombros. Continuo tranquila meu trajeto. Eu ia pegando os pacotes e sacos e as bebidas e ia colocando no carrinho. Quando o carrinho estava cheio de comida e de bebidas, achei um caixa vazio. Fui até lá puxando o carrinho de compras. Cheguei no caixa e fui colocando as compras ali, o caixa foi passando tudo muito rápido. Por que eu sou a única passando as compras? Olhei pra trás e não vi o Castiel em lugar nenhum.

– Castiel? – Dei uma volta no mesmo lugar, procurando por ele. – Castiel! Para com isso. – Falei. – Cadê você? – Perguntei. Não. Ele deve estar brincando comigo.

– Moça. – Escutei o caixa me chamar.

– O-Oi? – Gaguejei nervosa.

– Como você vai pagar? Cartão ou cheque? – Olhei pasma pro valor de tudo. Engoli em seco. MEU DEUS! DÁ ONDE TUDO ISSO DEU 900 DÓLARES? EM QUE MUNDO VIVEMOS CARO DESSE JEITO?

– É... P-Pagar? Sabe o que é.... É que, pelo que parece, meu.... Meu... – O que ele é meu mesmo? Minha mente acaba de ficar completamente em branco. Vou viver a minha vida pagando isso.

– Opa. Esqueci isso. – Vi braços passarem por cima dos meus ombros. Ele largou no caixa, dois refrigerantes de dois litros e meio. Olhei pra trás e o Castiel estava com um sorriso de canto. Ele olhou pro caixa, pegou a carteira e suspirou. – Como você gasta ein. – Reclamou tirando um cartão de credito da carteira. A cara que eu fiz foi de choque e de indignação misturada com irritação.

– Eu gasto? Isso tudo é pra sua alimentação! – Me defendo empurrando ele com o dedo indicador.

– Está tão preocupada assim com a minha alimentação? – Diz ele debochado.

– Claro! – Digo sincera de mais. – Por que, afinal se você não se alimentar direito, ou melhor se eu não te alimentar direito, sou despedida no mínimo! – Digo. Ele fica alarmado com o que eu digo.

– Por um momento... Ah. – Ele suspira. Passa um braço por cima por cima de mim para chegar mais perto da maquininha de passar cartão e, passa o cartão e logo depois coloca a senha. Retira o cartão e me fita sério. – Você tem que parar de gastar tanto assim. – Ele reclama de novo. Até parece que você não pode pagar por isso...

Me viro de volta pro caixa e me dirijo para pegar as compras, que o empacotador colocou num carrinho. Castiel pegou o carrinho e nos dirigimos até o estacionamento.

Ficamos o caminho inteiro em silencio. E quando chegamos no carro, depois que ele colocou as compras no porta malas, percebeu que eu tinha pego as chaves.

– Me da aqui as chaves. – Disse ele.

– Não. Eu dirijo. – Falei.

– Você mal conseguia andar, quer que eu te deixe dirigir?

– Ficou maluco? – Protestei.

– Posso dirigir melhor do que você em seu melhor dia – Zombou ele. – Você tem reflexos muito mais lentos.

– Não sei bem se isso é verdade, mas não acho que meus nervos possam aguentar.

– Um pouco de confiança por favor, Liza.

Minha mão estava no bolso, enroscada com força na chave. Franzi os lábios, pensei, depois sacudi a cabeça com um sorriso duro.

– Nada disso. Nem pensar.

Ele ergueu as sobrancelhas, sem acreditar.

Comecei a andar em torno dele, indo para o lado do motorista. Ele podia ter me deixado passar se eu não tivesse cambaleado um pouco. Mas também podia ter feito o contrário. Seu braço criou uma armadilha inescapável em minha cintura.

– Liza, já gastei muito esforço pessoal a essa altura para manter Dake longe de você. Não vou deixar você se sentar ao volante de um carro, quando nem consegue andar direito. E além disso, as pessoas não deixam que seus amigos dirijam bêbados. – Citou ele com uma risadinha. Conseguia sentir o cheiro insuportavelmente doce vindo de seu peito.

– Bêbada? – Objetei.

– Está embriagada com a minha presença. – Ele dava aquele sorriso brincalhão de novo. Que cara convencido! Isso me enerva. ‘Ele está certo Liza, está bêbada’ Que coisa mais idiota de se dizer. Francamente...

– N-Não estou não. Estou perfeitamente bem! – Minto casualmente.

– ... Tem certeza? Estou sentindo cheiro de bebida. – Ele aproxima o rosto no meu pescoço e sinto sua respiração batendo contra minha pele. Ele roçou delicadamente seus lábios no meu pescoço, tremi com o ato. – Viu? Totalmente bêbada.

– N-Não posso contestar isso! – Suspirei. Isso é golpe baixo. Por que você tem esse efeito? Mas... Odeio admitir isso, mas não tem como fugir. Não tem como escapar não importa o quanto eu tente. Entreguei a chave do carro pra ele e bufei. – Vá com calma... Sinto que meu coração virou um cidadão idoso.

– Muito sensível. – Aprovou ele.

– E você não está nada afetado? – Perguntei aborrecida - Com a minha presença?

Novamente suas feições mutáveis se transformaram, a expressão tornando-se suave e quente. Ele não respondeu a princípio; simplesmente aproximou o rosto do meu e roçou os lábios lentamente, de minha orelha ao queixo, descendo e subindo. Eu tremi novamente.

– Apesar disso – Murmurou ele, enfim. – tenho reflexos melhores.

Então me deixou passar, indo de volta para o meu lugar cambaleando. Mas que droga... Isso é muito injusto. Já disse várias vezes que o meu pobre coração não aguenta isso! Entrei no carro, ele já estava no lugar do motorista. Ligou o carro e saiu do estacionamento do mercado.

Eu tinha que admitir que ele dirigia bem, quando mantinha a velocidade razoável. Parecia que aquilo não exigia esforço nenhum dele. Ele mal olhava a estrada, com apenas uma mão no volante, ele olhava pra natureza que surgia, conforme chegávamos perto de sua casa.

– Tenho mais uma pergunta. – Falo olhando pra janela.

– Diga. – Ele suspira.

– Por que o seu nome é Butler se o nome da mansão é Walker? Por que você usa o Butler em vez do Walker, Castiel? É uma coisa que fiquei me perguntando. Tem haver com a sua família ou algo parecido?– Acho que acabei fazendo pergunta de mais.

– Isso não é uma pergunta. – Diz ele sério.

– É que... Fiquei realmente curiosa.

– Não é uma boa ideia. – Disse ele.

– Por quê?

– Por quê! – Ele repete indignado. – Você não aguentaria saber.

– Até parece. Por favor? – Peço e ele se da por vencido e suspira pesadamente.

– Bem. O nome “Butler” é da minha mãe. E o “Walker” é do meu pai. A mansão é do me pai, e eu uso o nome Butler por que... – Ele deu uma pausa pensando em algo, ou talvez reformulando a frase. – Afinal, era da minha mãe. Então comecei a usar o dela.

– Você sente raiva do seu pai? – Pergunto.

– Não. Ele realmente amava a minha mãe.

– Me pergunto por que ele a traiu...

– Ele tinha ido num bar, depois do trabalho. Estava comemorando a segunda gravidez de minha mãe. – Segunda gravidez? – Ele estava realmente feliz, mas bebeu de mais. – Sua voz ficou melancólica.

– Uma mulher. – Murmurou ele. – Se aproveitou dele e o agarrou. Meu pai estava fora de sí e confundiu a mulher com a minha mãe. – Como ele sabe disso? Ele me olhou como se soubesse o que eu estava pensando.

– Eu estava no bar junto com ele. Quando a mulher o beijou, escutei ele falar o nome da minha mãe – Ele me olhava fundo nos olhos. – Patrícia. Mas ele a chamava de Trícia. E foi o que ele disse. Tentei chamá-lo, mas fui tirado do bar, por ser menor de idade. Então, depois disso, ele confessou para a minha mãe. Ela ficou realmente triste e melancólica quase entrando em depressão, num dia dessas tristezas dela, ela rolou escada a baixo. – Ele apertou a mão no volante e a outra se fechou. Voltou a olhar a estrada. – Ela perdeu o filho que carregava. Aquilo tinha sido a gota final para ela. Ela ficou depressiva. Nunca tinha esquecido o caso da traição. Uns dias se passaram, e tudo parecia normal. Mas ai, eu a encontro numa banheira, cheia de sangue, com a gilete em uma de suas mãos, e os pulsos estraçalhados. Meu pai não se perdoou. Ele nunca mais saia de casa, não comia, não fazia nada. Ficou depressivo. Tentamos fazê-lo sair do quarto, mas nada adiantava. Eu não sabia que ele se drogava. – Disse ele ficando com raiva. – Então, teve um dia que ele saiu de casa. Mas ele não voltou. – Ele deu uma pausa e suspirou. – Uma semana depois acharam o corpo dele, e os médicos disseram que ele morreu de overdose. – Então ele parou de falar.

A mãe dele se matou. O pai morreu de overdose. Traição. Perda. Castiel não merecia isso. Me sinto horrível de novo. Com vontade de chorar. Mas chorar de raiva, raiva de mim mesma. Por que eu sempre toco nesses assuntos? Eu podia ter ficado quieta na minha! Burra! Castiel, não deve ter sido fácil. Nada do que aconteceu parece ter sido fácil pra ele.

– Mas, ei. – Ele me chamou. Olhei pra ele e ele me olhava. – Não chore. – Pediu. Então percebi que estava com os olhos transbordando. Ele aproximou a mão do meu rosto e limpou as lágrimas que caiam. – Viu? Por isso não queria te contar.

– Foi bom você ter me contado. Assim não pergunto nada nunca mais. – Digo chorosa e ele ri.

– Não que não possa perguntar. – Ele fala e eu dou de ombros. – É bom deixarmos as evasivas pra trás.

– É. Desculpa.

– Eu to legal. Você que está chorando.

– Não estou mais!

Então ficamos o resto do caminho em silêncio. Não demorou muito para que chegássemos na mansão. Ele voltou pelo mesmo lugar que havia saído e em poucos segundos, estávamos dentro da enorme garagem idêntica a do Tony Stark.

Pegamos as compras e fomos para a cozinha. Chegando lá, largamos as compras e eu suspirei.

– Até que enfim vocês chegaram! – Escutei Bianca entrando na cozinha. – O que compraram? – Perguntou enfiando a cara nas compras.

– Nada que esteja pronto. – Reclamou Castiel olhando pra mim.

– É. Está tudo para se fazer, pelo Castiel. – Digo. – Vai querer ajuda? – Pergunto.

– Já que perguntou. – Ele sorri.

– Bianca quer nos ajudar também? – Pergunto.

– Eu? Cozinhar? NÃO OBRIGADA! – Bianca fica nervosa e eu a olho surpresa.

– Ah, não sabe cozinhar? – Castiel pergunta com uma sobrancelha arqueada.

– Nunca cozinhei. – Admitiu.

– Então está na hora! – Digo. Ela me olha furiosa.

– Vamos cozinhar então! – Castiel fala empolgado.

– Ok. Vocês comecem que eu vou esperar os convidados, e agir como uma convidada. – Digo saindo da cozinha.

– Te vejo mais tarde então agindo como minha namorada. – Escuto Castiel falando e quase caio tropeçando no meu próprio pé.

– Ficou maluco? – Grito nervosa. Sinto meu rosto arder.

– Namorada? – Bianca pergunta e me olha incrédula. Castiel ri se divertindo com a minha reação.

– E-Ele ficou louco! Não caia nessa Bianca! – Digo e corro em direção à escada.

Mas como ele pode falar aquilo? Antes não podíamos nem ser amigos e agora ele quer que eu namore com ele? Eu não o entendo! Acho que vou desmaiar um dia desses.

[...]

Uma hora depois, o almoço já estava pronto. Eu sabia por causa do cheiro que invadiu o andar de cima. Já tinha trocado de roupa e desci as escadas. Os amigos do Castie já tinham chegado. Eles todos param de falar e me observaram. Ok, o que eu faço agora? Me apresento... Talvez?

– Oi. - Digo engolindo em seco.

– Oi. - Reconheço Lysandre. Nathaniel chega perto de mim, e me puxa gentilmente pelo braço.

– Está mais linda que antes. - Ele sussurra no meu ouvido e eu coro.

Eu estava com um vestido que Bianca tinha deixado em cima da minha cama. Ele é tomara que caia, branco em cima e a saia é azul pérola bem clarinho.

– Obrigada. - Respondi e ele me aproximou dos amigos.

– Pessoal, esta aqui é a Elizabeth. - Ele me apresenta.

– Oi. - Eu digo e aceno envergonhada.

– Oi! - Eles respondem em uníssono.

Reconheço o Lysandre, ele estava sentado no sofá, com a namorada dele em seu colo. Acho né...

– Eu sou o Alexy. - Um menino de cabelos azuis chega e me abraça. - Que lindinha, Nath! - Ele se vira pro Nathaniel.

– Armin. - Um menino idêntico ao de cabelos azuis se apresenta. Mas ele tem cabelos pretos e olhos azuis. Ele sorri de canto. Que bonitinho...

– Elizabeth, este é o meu irmão Leigh, e a namorada dele, Rosa. - Lysandre aponta conforme disse os nomes. Acenei para eles e eles acenaram de volta.

Todos já haviam se apresentado para mim. Eles começaram a conversar comigo, como se já me conhecessem a anos! Um dos meninos me chamou a atenção. Ele não havia se apresentado e estava quieto num canto da sala, olhando pela janela. Ele tem cabelos castanhos, e o que me intrigou é que ele tem um tapa-olho, mas mesmo assim é muito bonito. Ele tinha o olho verde. Ele olhava atentamente para a janela e eu fiquei o fitando, pensando que já o conhecia de algum lugar. Ele então virou apenas o olho na minha direção e eu levei um susto e fiquei nervosa.

– Onde está o Castiel? - Pergunto desviando o olhar.

– Ele está na cozinha. - Responde Lysandre.

Me levanto imediatamente e vou para a cozinha. Por que me senti tão intimidada por ele? Quem é ele afinal? Parece que eu o conheço de algum lugar, mas não sei de onde...

– Castiel, esse almoço sai ou não sai? - Pergunto entrando na cozinha.

– Já está pronto. Eles tem que vir buscar. - Ele responde, de costas.

– Vamos comer na sala de estar? - Pergunto e chego no fogão, para ver o que ele tinha feito. Percebi que a Bianca não estava mais na cozinha.

– Não, mas não vou colocar na mesa, a Bianca já pôs a mesa, agora cada um se serve! - Ele disse e por fim me olhou. - Onde vai?

– Não vou a lugar algum. - Respondo e abro a tampa de uma panela. - Vamos comer estrogonofe de carne? Uhm... O cheiro tá bom. - Digo e logo olho pra ele. - Que foi?

– Está linda. - Disse ele sorrindo de canto.

– Que houve com você e o Nathaniel? - Pergunto e rio. - Obrigada.

– O que o Nathaniel tem a ver com isso? - Ele pergunta.

– Ele me elogiou também. Não entendo vocês dois. Sério.

Nada acostumada a receber elogios... Nada.

– Já falou com o pessoal? - Perguntou ele agora num tom divertido.

– Já. Respondo.

– E se apresentou como minha namorada?

– Não! - Ele riu e me puxou pela cintura.

– Então o que você é minha, Liza?

– Nada! - Respondo tentando me soltar.

– Acho que não. - Ele diz para o meu esforço inútil de tentar sair da jaula de seus braços. - Está embriagada de novo.

Esse vai ser um longo dia pelo visto. Mas não ache que só por isso, não vou fazer nada.

Castiel me beija suavemente e eu o puxo que nem fiz antes, dessa vez ele não para. Separo os lábios e ele separa os dele também me puxando mais para sí. Passo os braços em volto do seu pescoço e puxo os cabelos vermelhos, incrivelmente macios. O hálito doce com sabor de menta, invadia a minha boca. Então quando ele quis colocar a língua, me afastei dele.

– Droga. - Murmura ele. - Juro Liza, você vai me matar um dia desses! Não me ataque de surpresa!

– Você... me... cansa... - Digo tomando fôlego.

– Sério, será que podem para de se agarrar na cozinha?

Olhei bruscamente para a entrada da cozinha e lá estava a Bianca nos encarando. Quis me soltar do Castiel, mas ele continuava imóvel me fitando enquanto sorria de orelha a orelha.

Oh, mas que droga.


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Notas finais do capítulo

Oie! Novamente.
O que acharam? Aqui a roupa da Liza
http://imageshack.com/a/img191/411/wjh4.jpg
Enrolei muito nesse cap. Talvez?
Até quarta-feira!



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