Who Are You, Butler? escrita por Uchiha Bibis


Capítulo 20
Battleground


Notas iniciais do capítulo

Oiee!

E ai, quanto tempo neh? Pois é. Muito tempo eu sei.
Mas tenho que admitir hein, a criatividade para esse capitulo me deixou. Ainda estou pensando sobre como ele está, mas preciso que me digam o que acharam por que fazia séculos que eu não escrevia novamente, então neh...

Perfeito eu sei que ele não está, ainda preciso melhorar muitas coisas.
E sim, o cap foi pequeno dessa vez em comparação aos outros.

Enfim, para introduzir este cap para vocês, digo que nele, vocês estarão acompanhando o Castiel logo depois da Liza ter deixado ele T-T. Então gente, o bicho vai pegar.

Ah! E mais uma coisinha. É aconselhável escutar esta música aqui ó >>> https://www.youtube.com/watch?v=tChbvW-l5Ao

Caso alguém não conseguir acessar o link, o nome da música é The One Who Laughs Last do Downplay. É isso ai.

Boa Leitura pessoas queridas do meu ♥



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Castiel

Ao acordar, pensei ter tido um péssimo pesadelo. A festa de Bianca tinha sido arruinada por Dake, assim como meu quase relacionamento intacto com Liza. Sinto o canto do olho molhado, e estranho esse fato. Um feixe de luz passa por minha cabeça, fazendo com que eu me lembre de cada detalhe, do sonho. Olhei desesperado pra tela do meu celular, procurando a data do dia de hoje. A data do baile já tinha passado. Merda. Não aconteceu. Calma Castiel. Sua namorada não está no hospital, e ela não te deixou. Você vai vê-la no quarto, é só ir lá conferir...

Levanto da cama tropeçando em tudo pelo caminho, sinto uma pontada de esperança, vai que ela está apenas dormindo? Vou aos trancos e barrancos até a porta, a abro e num pulo abro a porta do quarto de Elizabeth. Merda. Mil vezes Merda. Ela não está. Seu quarto está do mesmo jeito de antes... Mas sem sua presença. Sinto meu coração apertar e mesmo sabendo que não era apenas um sonho... Torço para que seja um.

Voltei ao meu quarto, pensando na noite do hospital.

– Então é isso? Esse é o fim. Acabou tudo. Elizabeth não quer mais me ver.

Nossa... Falar isso em voz alta dói mais do que em pensamento.

Me jogo na cama de costas, deixo o ar sair pelos meus pulmões e ponho o braço sobre o rosto. Nunca me senti assim antes. É como se ela tivesse levado embora uma parte de mim junto com ela. Como se essa parte não existisse mais. Como se... A minha parte “Homem” tivesse ido para longe. Agora a única coisa que me resta é uma parte vazia, e a outra... Com o “Monstro”.

– Castiel... - Íris está na porta chamando. Não me levanto para abrir a porta. Ela bate duas vezes seguidas. Seu coração está um pouco agitado. Ela está com pena. - Castiel você vai deixar assim mesmo? Não vai nem fazer nada? Ela disse aquilo de cabeça quente e você sabe disso!

Levanto da cama e vou até a porta lentamente.

– E você sabe melhor do que ninguém... – Iris continuou - Que não é fácil aceitar o que aconteceu. E aconteceu muita coisa de uma só vez para ela. - Abro a porta e Íris tinha os olhos brilhantes provavelmente por um possível choro.

– Eu disse a ela que não voltaria a vê-la se fosse o desejo dela. Afinal... Quem quer um monstro como eu por perto? - Digo sem emoção nenhuma na voz.

– Mas Castiel isso não está certo! - Íris grita.

– E você acha certo um cara como eu, quem nem mesmo humano é ficar com ela? - Digo num tom um pouco mais acima do que antes.

Íris encolhe os ombros e funga.

– Mas Castiel você tem certeza di...

– Não Iris! - Grito perdendo a calma. A conversa esta angustiante demais para que eu lide com ela numa boa. - Eu não tenho porra nenhuma de certeza! Todo o meu corpo, cada músculo, cada osso, deseja voltar para ela. Eu, o meu ser deseja ela de volta. Ela era a luz em minha vida, e agora que ela se foi... O que me sobra? - Minha voz começa a falhar. Falar sobre isso não é algo que possa fazer... Nem hoje... E talvez nunca. - Não me resta nada. Isto... Isto é vazio. - Aponto pro meu peito. - Sem nada, oco por dentro sobrando apenas à escuridão. Se eu estou bem com isso? Não estou. Mas também não sinto nada. Nenhum sentimento. Tudo desapareceu sem sobrar nada. Íris eu... Disse a ela que a protegeria. Eu jurei que ela ficaria segura ao meu lado. Mas eu não pude cumprir tudo aquilo que jurei.

– Castiel... Mas isso não é sua culpa. Você não pode controlar isso. – Iris disse chateada por tudo que eu disse.

Eu me virei e suspirei. Como eu queria que tudo fosse um simples, mas complicado pesadelo.

– Bem... Tchau Castiel. Estou indo para o Hospital. – E saiu deixando-me sozinho novamente.

Suspiro profundamente e vou em direção á cama. Sento-me nela e começo a me afundar em pensamentos.

– Mas eu poderia ter evitado... Nossa que fracasso. Não pude proteger nem a pessoa que eu amava no passado... E agora eu machuquei a pessoa que eu mais amei.

.Quando as lembranças do passado começam a vir à mente eu me levanto da cama para dispersar esses pensamentos e vou em direção ao banheiro. Apoio-me na pia, lavo o rosto para esfriar a cabeça. Me olho no espelho mas não me reconheço. Vejo através do reflexo, tentando encontrar algo... Mas apenas vejo o borrão do animal que eu sou por dentro.

Lavo o rosto mais uma vez, duas, e depois lavo as mãos, como se estivessem manchadas de sangue. Seco o rosto e escuto meu celular tocar na cômoda de meu quarto. Vou até ele e o pego, atendendo sem mesmo ver o número.

– Alô.

– Castiel? Sabe que horas são? – Reconheço a voz de minha mais nova secretária, Alicia.

– De manhã? – Digo absorvendo paciência.

– Não! É tarde, e você tem uma reunião marcada pras cinco.

– E que horas são agora, Alicia?

– Espere um momento... – Ela largou o telefone pelo barulho do outro lado da linha. Logo ela volta e responde a minha pergunta. – São vinte pras cinco. – Respiro fundo e conto mentalmente até dez. Calma Castiel. Tenha paciência.

– Ah, obrigado por ligar e me avisar Alicia. Você é uma ótima secretária, vou te dar um aumento por isso.

– Obrigada Castiel.

– Como se eu fosse mesmo dizer isso. – Que se dane a paciência.

– Como?

– Você bem que queria né? Pois não, você não é uma ótima secretária. É uma incompetente que não serve nem para ligar mais cedo, ou ao menos serve para anotar em minha agenda, os horários de cada reunião. Devia ter ficado no departamento de Filosofia que lá fazia mais sucesso, mesmo sendo essa mulher burra e imprestável que você é. Quer aumento? Então vá dar essa bunda gorda, que você deve conseguir ao menos um terço desse aumento. Aproveite e encontre um novo chefe. Ah, e desmarque essa reunião. Veja isso e faça direito esta ultima tarefa, pois será sua ultima. Está demitida, Alicia. – Desligo meu celular sem esperar uma resposta. Ponho o celular no bolso, pego o meu casaco dentro do closet e vou até o primeiro andar. Passo pela cozinha e lembro-me do primeiro dia em que eu vi Elizabeth aqui.

Parecem simples lembranças do passado...

Vou até a garagem e pego as chaves do Porsche 911 preto. Entro no carro e assim que o túnel acende eu acelero o Porsche e saio da garagem. Vou á 200km por hora e chego em frente ao hospital em 15 minutos. Do estacionamento, posso ver a janela em que Elizabeth está, com a luz acesa. Logo, aparece Nathaniel na janela, como se tivesse me farejado. Ele olha diretamente na minha direção, mas logo disfarça e volta a conversar com alguém. De onde estou tento escutar, mas são muitas vozes falando juntas. Tento me concentrar para encontrar a voz de Liza. Assim que acho um resquício de sua doce voz, a perco aos poucos, como se nem mesmo seu cheiro eu o reconhecesse mais. Nathaniel já tinha saído da janela a essa altura, e eu já começara a enlouquecer.

Passo as mãos pelo cabelo, o levando para trás. Frustrado suspiro como se já não tivesse suspirado o suficiente para um dia. Saio do estacionamento. A falta de escutar a sua voz, de sentir seu cheiro de baunilha me dá um arrastão. Passo em frente aquela lojinha em que peguei roupas novas e estaciono o carro em frente a mesma. Saio do carro e assim que entro na lojinha, o sino toca anunciando a minha chegada.

– Seja Bem Vindo, Senhor.

Aceno com a cabeça, vou até o balcão do caixa e tiro a minha carteira do bolso.

– Aqui está. – Tiro três notas de cem dólares da carteira e dou para ela, que se lembra de mim e cora.

– Mas isso é muito mais do que o senhor deve...

– Fique com o troco. – Digo e deixo as notas em sua frente. Me viro para sair e a escuto dizer um obrigada.

Saio da lojinha e entro no carro. Coloco as mãos no volante e penso, para onde eu vou agora. Ah... Não. Não volto para casa. Resolvo deixar o carro ali mesmo. Vou em direção a floresta, que fica do outro lado da rua praticamente. Merda... Penso assim que ponho o pé na floresta. Começo a sentir meus sentidos de lobo mais apurados. Hoje é dia de lua cheia.

A medida que vou andando pela floresta, o caminho parece se abrir para mim.

"O que estou fazendo?" penso, mas não paro de andar. Sinto uma energia completamente diferente da de antes e vou aumentando o passo. Os sons da mata a minha volta preenchem os meus ouvidos. É como se os meus sentidos que antes estavam falhando ao tentar escutar Elizabeth, agora estivessem todos aguçados. Começo a andar mais rápido. Em vez de pegar a estrada, entro mais a fundo na floresta, indo pro caminho contrário da mansão. Sinto minhas pernas ganharem mais energia, então, começo a correr, descontando essa energia. Corro rápido, batendo e quebrando galhos. Passo reto como se não visse mais nada, não conseguindo mais parar. Consigo enxergar no ultimo segundo uma raiz saindo do chão, pulo para não tropeçar nesta velocidade. A visão começa a focar, ganhar mais brilho e então já enxergo tudo a minha volta. Desvio dos galhos á frente, das árvores no meio do caminho, e até de animais, que quanto mais pra dentro da floresta eu vou, mais animais começam a surgir.

Logo à frente, uma Onça Pintada estava rodando uma carcaça de um cervo que apenas consegui identificar por causa dos chifres. Começo a diminuir o ritmo, mas não paro. Mais perto, a Onça Pintada me fareja. Suas orelhas ficam atentas, mexendo em todos os ângulos possíveis. Paro de correr quando estou a poucos metros dela. Encaramos-nos durante intermináveis segundos, a Onça Pintada então começa a andar de um lado para o outro, na frente de sua carcaça, encarando-me, tentando a todo o custo me amedrontar, dizendo-me com seu corpo, e sua pose que aquela comida pertencia a ela.

Ergo as costas, endireitando a postura. O rosnado da Onça Pintada foi como um gatilho. Sinto todo o meu corpo tremer, meus ossos começam a doer à medida que começam a esticar e caio de joelhos no chão. A insanidade toma conta, meus sentidos quebram, minha sanidade se esvai, eu não posso controlar essa maldição que toma conta, ela assume o controle e me arrasta para lugar nenhum. Diante da Onça Pintada, estou como lobo. De monstro para animal.

Um rosnado surge de minha garganta, alto e claro. Pássaros voam das árvores, e a Onça Pintada, recua dois passos. Dou dois passos a frente automaticamente e um outro rosnado surge, dessa vez, mais forte.

O que diabos estou fazendo? Estou disputando uma carcaça com esse cara? Sério?

Mostro os dentes, rosnando cada vez mais, a cada passo lento que dou em direção a Onça Pintada. Ela recua um, dois, três passos. Até que estou diante dela, ela rosna, mostra seus dentes. Então a medida que me aproximo mais, vou levantando a cabeça, as orelhas em pé, rosnando com a boca mostrando todas as minhas presas. Agora a centímetros de seu focinho, que é claramente menor que o meu, ela abaixa a cabeça lentamente, mas nunca para de rosnar, querendo proteger seu alimento.

Entre as árvores, posso sentir a lua cheia, ela ilumina a floresta, que agora se encontrava em baixo de neve. Saio de perto da Onça, e deixo-a com sua carcaça. Ela relaxa seus músculos, e deita sobre a carcaça, saboreando-a. Não estou com fome para brigar por comida. Mas parece que o animal quer tomar realmente conta...

Odeio admitir... Mas parece que quando estou nas sombras, sou forte como ninguém.

Corro entre as árvores, farejando tudo pelo caminho. Paro em uma pedra e uivo para a lua. Para Elizabeth. Sinto meu coração apertar, uma dor forte me invade, e parece que quase perco a consciência. Não sei mais o que fazer. Não cosigo controlar, a besta presa á mim quer sair e ser como era antigamente.

Lembro-me do acidente. Da hora marcada em minha alma, que nunca vou esquecer. Tudo por causa desta maldição que persegue-me dês de meu nascimento. Vou recuperando um pouco de minha sanidade, então decido algo em minha mente. Você não vai tomar o controle ainda.

Não posso me deixar dominar ainda. Esta luta eu não posso perder. Mesmo que eu me transforme por conta, o controle ainda será meu.Eu matarei apenas uma pessoa, e somente esta pessoa. E depois nunca mais atacarei... E nunca mais matarei. Nem que eu tenha que morrer para evitar que isso aconteça, mas este monstro que estou me tornando aos poucos, não irá se sobressair neste campo de batalha.


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Notas finais do capítulo

É. Battleground neh gente. O Campo de batalha finalmente foi liberado!
Quem vocês acham que o Castiel vai matar? Talvez vocês achem essa pergunta meio obvia, mas depois entenderão o significado real dela XD

Castiel ta pirando sem a Elizabeth ;(
O lobinho quer tomar conta do pobrezinho.

EI! E vocês perceberam certo? Que tal história é essa do passado que ele se lembrou? Quem ai dá um chute? >.
Heheheh, pensem bem nisso hein.

Espero que tenham gostado, mesmo estando desse jeito meio... capenga ai, mas enfim, é o que deu pessoal.

Boa tarde para todos!
E até mais, Falouuuuu