Um novo anjo em minha vida escrita por Thomáz


Capítulo 9
9




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Depois de ficar um tempo conversando com o Júnior, ele pediu pra mim subir e acordar a Júlia. Eu subi as escadas devagar por causa da minha perna, e tentei descobrir em meio de tantas portas qual delas me levaria até ela. De cara, na porta dela tinha uma espécie de placa escrita “STOP!” não respeitei e entrei. Abri a porta devagar e dei de cara com ela dormindo feito um anjo, observei o quarto dela por uns instantes. Ele era lilás e não era tão grande, ao lado de sua cama tinha uma grande estante com algumas fotos dela, me aproximei para ver-las. A maioria das fotos eram dela pequena, a foto que mais me chamou atenção foi a que uma mulher segurava ela, deduzi que era sua mãe, porém não encontrei mais nenhuma foto dessa mulher entre as outras que estavam expostas. Me virei devagar para o outro lado, e encontrei várias prateleiras com muitos livros em cima arrumados em ordem alfabética. Então eu me virei para ela, que ainda dormia. Me aproximei um pouco dela e chamei devagar “Júlia” ela não acordou, então eu me sentei em sua cama e afastei seus cabelos do seu rosto e chamei de novo “Júlia”, e finalmente ela acordou, assim que ela me viu, ela deu um enorme sorriso, o mais bonito que eu já tinha visto na vida.

– Está na hora de irmos à praia...

– Ta bom então!

– Vamos?

– Vamos!

Ela desceu as escadas rápido e virou para trás esperando que eu conseguisse acompanhar seu ritmo, e por sinal, eu não consegui.

Assim que chegamos na garagem, Júnior e Ana já estavam ocupando os bancos do motorista e do passageiro, então eu e Júlia entramos nos bancos traseiros, e fomos.

Depois de uns dez minutos em silêncio, finalmente Júnior e Júlia quebraram o silêncio com conversas sem sentido, que por sinais foram as melhores conversas e risadas que eu já tinha tido e ouvido na minha vida toda.

Depois de umas duas horas nós finalmente chegamos. Eu fui ajudar Júnior a tirar as malas de dentro do carro, enquanto Júlia e Ana abriam a casa.

– Ela não é muito grande. Júnior disse. - Aqui só tem dois quartos, eu e a Ana vamos ficar em um, e vocês dois no outro.

– Ta bom então. Eu disse.

Assim que chegamos, só deu tempo de jogar as malas no chão e sair correndo para o mar. Pela primeira vez depois do acidente eu consegui correr. Chegando perto do mar, eu me lembrei que não poderia entrar no mar com a perna mecânica. Então sentei na areia observando eles brincando de jogar água um nos outros.

– Vem Thomáz! Júnior gritou

– Não posso! Respondi

– Por que?

– Por causa da minha perna...

– Não seja por isso!

Júnior olhou para Júlia e eles correram até mim, me ajudaram a tirar a perna falsa e me guiaram até a água, onde Ana tinha corrido até a casa para pegar uma cadeira para mim me sentar. Não era tão legal brincar de guerrinha d’água sentado, mas era bem melhor do que ficar sentado olhando eles se divertirem.

Depois disso, eles me guiaram até a areia onde eu coloquei a perna falsa e seguimos para casa. Quando chegamos lá, Júnior nos obrigou a arrumar os quartos. O quarto onde eu e Júlia iríamos ficar não era tão grande, e por sinal tinha apenas uma cama de casal. Não vi problema algum em dormir na mesma cama com ela, e acredito que ela também não viu.

Depois de arrumamos o quarto, fomos jogar vídeo game. Ana não gostou muito da idéia, mas depois de ganhar do Júnior ela começou a gostar de idéia de que vídeo games poderiam ser legais.

O dia estava nublado, não tinha nem sinal de sol algum. E começou a chover depois de um tempo, e nós estávamos começando a ficar com fome.

– Júlia, você pegou os lanches no armário? Júnior pergunta.

– Eu? Você ia pegar!

– Eu não peguei, você pegou?

– Não!

– Então fodeu!

– Vamos sair para comprar comida então!

– Não dá, ta chovendo!

– Vamos mesmo assim!

– Então ta né...

Nós entramos correndo no carro. Eu realmente estava quase dormindo e percebi que eles também.

– Quando a gente voltar... Eu disse - Eu vou dormir.

– Eu também vou. Júlia me disse.

Paramos em um mercado pequeno onde compramos algumas cervejas e algumas “potatos chips” e voltamos.

Assim que chegamos, nem pensei em comer e subi pra dormir, depois de um tempo, Júlia subiu e se deitou ao meu lado, então ficamos em um silêncio horrível.

Depois de uns dez minutos nesse silêncio, eu me virei para ela, que por sinal já dormia, então adormeci.

***

Acordei com um forte barulho de trovão e me virei para Júlia, que por sinal estava acordada, tremendo da cabeça até os pés.

– Calma, ta tudo bem! Eu disse

Ela não respondeu, apenas se aproximou de mim, e eu entendi o que aquilo queria dizer, me deitei de novo e puxei ela pra perto de mim, onde simplesmente ela deitou sua cabeça em meu peito e depois eu lhe abracei. Poucos minutos depois, nós dois estávamos dormindo.


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