Em outro lugar muito distante dali encontrava-se Nick correndo em qualquer direção, sem saber onde ir, ela só corria e algumas vezes se escondia quando um deles passava. – uma porta – sussurra para si própria, fitando uma porta branca e grande com umas luzes ao lado de um painel, parecia se abrir com uma senha,o que ela não tinha, fitando o espaço em que estava viu o que parecia ser um pedaço grande de ferro preso a parede, ela sem hesitar tenta com toda a sua força pegar a barra de ferro presa a parede, sem sucesso, tenta mais uma vez, outra vez e nada, cansada ela encosta na parede e lentamente vai escorregando até sentar-se de vez no chão – não, eu... não posso ficar aqui – dizia para si própria, enquanto fitava o nada em sua frente, sozinha em um lugar desconhecido, era orgulhosa demais para admitir que preferia estar com a patricinha do que sozinha e pior, completamente perdida.

– Saiam! - grita para os monstrinhos, que a encaram assustados, como se algo dentro deles estivesse com um defeito, automaticamente Jess dá um grito agudo, tão agudo que os monstrinhos tende a tampar seus ouvidos com sua mãos, enquanto estavam distraídos ela passa correndo entre eles e pega um de seus bastões caídos e sem pensar encosta em um deles, a mesma é lançada para trás com muita força ela cai no chão, tentando colocar ar para dentro de seus pulmões, ofegante ela fica de joelhos, sua cabeça doía, ela levanta olha para o estrago, mas, sua visão estava um pouco embaçada ela só conseguia ver a parede destruída e muita fumaça que tampava toda a sua visão, sem muita força ela levanta ficando totalmente de pé, puxa o ar com toda a sua força, sentia uma forte dor em seu ombro, mas, logo a ignorou, quando notou um barulho de passos, mancando ela vai em outra direção, antes ela pega o bastão e segue para um corredor menor do que todos aqueles que tinha visto, ela precisa descansar ou seria capaz de desabar em qualquer lugar.

Agora é a vez de Homer, ele estava escondido, não em qualquer lugar, mais em uma lata de lixo, sim o coroa foi mais esperto que todas... enquanto as outras corriam e corriam ele achou muito melhor entrar em uma das latas que estavam pelo o caminho. A lata começa a se mover, sim estavam carregando a lata com o Homer dentro, sentiu-se então que ele foi jogado, o lugar fedia e era escuro, ele estava encolhido dentro da lata, olhou ao redor assustado, com as mãos acima do peito depois cobria os olhos e voltava a antiga postura, ouve-se então um barulho do fundo da escuridão; - puta que pariu eu vou morrer, vou morrer – sussurrava para si mesmo, fechou os olhos mais uma vez, ouve-se outro barulho, tipo uma lata rolando no chão, a curiosidade venceu ele, abriu os olhos fitou o lugar e de lá de longe viu dois pontos brilhantes, um de cor verde e outro de cor castanho claro – puta merda puta merda puta merda - dizia Homer repetidamente enquanto morria de medo, pensando em como seria a morte dele. De trás de algo saiu um dos monstrinhos (assim que eu chamo eles okay, to sem criatividade para dar um nome para eles, porque Et é muito clichê então ), ele era diferente de todos que ele já tinha visto, ele era pequeno, muito menor que todos aqueles que ele já tinha visto, e ele brilhava no escuro.

– por favor não me mate! – disse Homer se encolhendo cada vez mais para a lata.

– e-u N-Ã-O vou matar você - disse a miniatura de monstrinho, ele se aproximou mais. O monstrinho abriu uma de suas mãos mostrando uma pequena esfera azul de luz iluminando seu rosto, ele era roxo parecido com os outros, apenas uma coisa o destacava de todos ele tinha uma manchinha em baixo do seu olho verde, a manchinha tinha uma cor rosa, mas, um rosa bem clarinho, e ele estava machucado tinha uma grande cicatriz em seu pescoço, em forma de garra, como se algo tivesse tentado puxa-lo para baixo, deixando apenas um rastro que parecia um caminho de diamantes, três que se interligavam.

– você não vai? – pergunta Homer tentando respirar – por que não? Digo, como? Espera eu não to entendendo nada, pode me explicar? – disse coçando a careca.

–você é um humano... já vi que vai demorar,para simplificar eu sou de um povo chamado Libe, nosso planeta aqui onde estamos é Netuno, e eu sou um exilado do meu povo, por isso fui mandado embora e me chamo Olaf , é basicamente isso.

– e por quê você é um exilado? – perguntou com pena do monstrinho ou melhor Libe.

– porque? Simplesmente porque eu nasci assim – disse mostrando sua cicatriz mais profunda.

– só por isso? – pergunta incrédulo.

– isso ajudou muito, mas, não é só por isso, deixa pra lá, ou você quer passar toda a sua vida aqui, nesse lixo? - perguntou fitando o chão escuro, por um momento Homer notou que ele pareceu ter sentimentos, pareceu triste, magoado.

– até que passar a vida toda aqui não seria má ideia, se eu não tivesse que voltar para a minha família, vamos aonde? – disse Homer com um sorriso de lado, meio receoso em estar confiando num deles.

– para minha casa, tenho certeza que nenhum deles vai pensar em procurar lá – disse agora iluminando mais o caminho, seguindo para a direção de onde tinha vindo.

Daianny estava encostada em uma das paredes do galpão em que estavam, enquanto Tobias não parava de conversar com Jonh sobre algo que ela não estava interessada, tudo que ela queria era saber se os outros estavam bem, se tinham conseguido fugir. O galpão onde estavam era muito grande e estava cheio de coisas velhas dos monstrinhos e tinha muitos objetos dos seres humanos, como armas,computadores,roupas, pertences de cozinhas.

Perdida em meus pensamentos e sozinha com dois estranhos que tenho que admitir são gatos, mas são muito mais velhos, apesar, de gatos,um loiro e um moreno, aposto que se a Jess estivesse aqui ela estaria se jogando em cima deles, só acho, mas como eu daria tudo para saber se eles estão bem.

–você está com fome? – pergunta Tobias se aproximando, sentando ao seu lado.

– não – disse fitando o livro ainda em sua mão - eu... não estou com fome, mas, obrigada por perguntar - disse virando para encarar os olhos de Tobias que parecia cheio de segredos.

– você tem que comer algo, não pode ficar assim, você... você está preocupada com os seus amigos? – perguntou encarando-a.

– estou, eu fui covarde, eu deveria... deveria ter permanecido com eles, mas fui a primeira a fugir – disse entre soluços, lágrimas desciam de seu rosto – ao invés de ficar com eles eu simplesmente disse para eles que aquelas coisas estavam vindo e corri para longe - disse e afundou seu rosto nos seus braços, ficando encolhida.

– você não foi covarde, você só teve medo e pelo o que você disse você avisou eles, não fique assim se culpando pelo o que você não pode evitar - disse se aproximando mais de Anny, acariciou delicadamente seus cabelos, de longe Jonh assistia a tudo um pouco confuso.

– se eu não tenho culpa por nada, por que eu me sinto assim? Me responde! – disse secando seu rosto, ma, cada vez mais descia mais lágrimas, dando lugar a outras.

– porque pelo o que parece você tem um bom coração, parece ser uma pessoa doce e sensível - disse, parando de acariciar os cabelos da garota, levou sua mão ao queixo da garota levantando para encara-la e com a outra enxugando as poucas lágrimas que ainda desciam.

– o jantar está pronto! Podem vir até aqui - disse Jonh fazendo sinal com a mão para chama-los.

– estamos indo! – disse Tobias - vamos! E não me diga não, você não vai resolver nada nesse estado.

–e o que faremos amanhã? – perguntou Anny nervosa por estar tão próxima de Tobias, que logo parou de soluçar,apesar do caminho de lágrimas formado em seu rosto.

– não sei, ainda não, mas, vamos pensar no agora, ok? – disse levantando,assando as mãos na calça jeans grande e rasgada que usava - vamos? - disse estendendo a mão para ajuda-la alevantar.

– vamos – disse pegando a mão de Tobias e largando a mesma logo em seguida, fitou o chão por um segundo e andou em direção ao Jonh.