–achei ! - disse Jéssica.

– o que você achou? – pergunta Nick, todos estavam olhando confusos para Jéssica, que a mesma segurava a sua bolsa com um sorriso estampado.

– isso ! nossa salvação – disse orgulhosa, mostrando um canivete suíço dourado.

– você sabe usar? – perguntou Nick surpresa por saber que ela carregava um objeto como aquele.

– claro! Você não sabe? Ah não. Não acredito você não tem ? HAHAHA... fala sério? – pergunta agora um pouco preocupada.

– ao contrário de você eu não fico passeando com uma arma, ainda mais na minha bolsa. – retruca Nick .

–isso é para a minha proteção querida, ou uma emergência... Como agora, por exemplo – disse orgulhosa.

– ok então dona sabidinha, use agora e se conseguir abrir aquela porta te dou um pouco do meu respeito - Nick

– ui, grande coisa – disse Jéssica com um nojo explícito em sua voz.

– abre logo porra ! – disse Nick vermelha de raiva.

– ok nervosinha, preciso de espaço – ela diz fazendo sinal para todos se afastarem.

Depois de aproximadamente meia hora, tentando, tentando e tentando, todos já estavam cansados de ver Jéssica tentar abrir a porta da gaiola, estavam um para cada canto da gaiola sentados, Nick estava mexendo em uma mecha de seu cabelo, Homer estava brincando com o perfume de Jéssica ele simplesmente espirrava e imitava a voz dela baixinho, Daianny ainda fitava o livro em sua mão, pensava que estava louca ou então tinha morrido e isso era seu castigo.

– espera ouvi algo – sussurra Jess.

Todos a fitam e pronto a ela tira o canivete suíço e finalmente diz;

– consegui, prontos para dar o fora daqui? - ela pergunta em meio a um sussurro, com um sorriso.

– não acredito! – diz Nick surpresa.

– eu disse que conseguiria ou tentaria – disse orgulhosa, fitando ao redor viu Homer com seu perfume tomou dele e de presente lhe deu um belo cascudo – ei! Isso foi caro sábia?

– desculpe, não pude evitar – diz sorrindo.

– obrigada Jess! – disse Daianny dando um abraço apertado, o que surpreendeu Jess.

–tah tah, mas, me largue ok? – disse empurrando Daianny para longe de si – vamos logo! Antes que voltem ! – diz fazendo sinal para todos a seguirem.

Todos saem da gaiola, cautelosos para não serem descobertos, o problema é aonde estavam? E para onde iriam? Não faziam a mínima ideia, quanto mais o por que de estarem ali.

– o dona sabe tudo? – perguntou nick sem paciência alguma para continuar seguindo Jess.

– oi? Não ta vendo que eu to ocupada? – retruca Jess, olhando para trás para ver Nick que tinha parado na metade do caminho com os braços cruzados, balançando a cabeça em sinal de desaprovação

– eu não vou seguir o mesmo caminho que você - disse e se aproximou perto do grupo .

– ok, então se perca e seja devorada, ótimo ninguém está prendendo você agora que está livre – disse Jess com o seu habitual tom de superioridade.

– ótimo, quem vai comigo ? – pergunta fitando Homer que parecia muito confuso em relação a quem seguir, Daianny fitava seu livro, parecia sempre muito distante, quando der repente um som faz com que todos olhem na mesma direção, um dos guardas os fitava confuso, ele aperta em um dos seus botões em seu cinto e um barulho ensurdecedor é acionado, vários guardas aparecem, sem tempo para pensar, Daianny que parecia a mais quieta corre em disparada na direção de uma porta – corram! – Daianny grita longe de todos. A segunda a começar a correr é Nick que arrasta pelos os braços de um lado Homer e do outro Jess, chegando em um dos corredores tem uma bifurcação com quatros caminhos a seguir – Me larga ! – grita Jess – não precisa agradecer – disse Nick com um sorriso sem mostrar os dentes, mas, com o olhar nos corredores – e agora? Que caminho devemos seguir? – perguntar Homer coçando a careca

– vamos por aqui ! – aponta Nick para o caminho da direita.

– não! Vamos por aqui! – Jess aponta para o corredor que fica no meio - com certeza deve levar a um local principal ou algo do tipo. Houvesse outro barulho, o tempo estava acabando e a porta atrás deles se abre com um pequeno exército de guardas, que os mesmos logo que viram os três parados ali correram em direção e dessa vez ninguém esperou por ninguém cada um foi para um caminho, sim, todos se separaram.

Em lugar um pouco longe daquela confusão encontrava-se Daianny num lugar vazio e escuro, era uma sala grande, a pequena estava assustada mas o pior era que se sentia culpada por ter fugido e deixado todos para trás, mas, o que ela podia fazer? Estava assustada demais para ser pega novamente e com vergonha para voltar. De repente algo cai em cima dela fazendo ela ficar imóvel, era uma rede grande e pesada,ela pequena e frágil não conseguia levantar, ficou então ali, imóvel olhando ao redor para ver se os ‘bichinhos fofos’ apareceriam para leva-la de volta.

– pegamos ! – disse uma voz que ela não conhecia. – espera, não é um daqueles monstrinhos é uma... uma garota – disse pausadamente.

–me larga ! – Daianny se debatia, o que era inútil.

– calma, eu não vou machuca-la, deixe-me ajuda-la, me chamo Tobias – disse ajudando a menina a ficar de pé.

– eu... eu me chamo Daianny – disse só agora olhando para cima, e sob a luz fraca de um bastão (um daqueles que os monstrinhos roxinhos carregam), notou quem estava lhe ajudando, não pode evitar um sorriso ao ver aqueles par de olhos castanhos escuros que a encaravam com um quê curiosidade em saber o que a menina estava pensando. Ao olhar para o lado viu um outro garoto com os cabelos loiros e olhos azuis intensos, ele deu um leve sorriso para ela. – e eu sou Jonh, vamos logo sair daqui, o alarme está tocando há vários minutos – disse seguiu pelo o caminho que estavam vindo antes de ver Daianny;

– espere, eu tenho amigos! – Daianny disse parando na frente deles – eles precisam de ajuda – ela diz em seu tom sereno.

– sinto muito Anny, mas, temos que nos salvar antes para ajudarmos seus amigos ok ? - Tobias disse e puxou com nenhuma gentileza o braço de Daianny, para próximo de si, levando ela com eles.

– eu me chamo Daianny não Anny e você com toda a certeza no mundo vai me deixar roxa – ela disse fitando a mão dele que aos poucos foi afrouxando.

– desculpe e seu nome é grande demais, posso chama-la de Anny? – ele disse ainda andando.

– tudo bem, mas, aonde estamos indo? – pergunta tentando acompanhar o ritmo dos dois.

– para um esconderijo que achamos – disse Jonh – é na cidade deles – foram seguindo caminho, depois daquele galpão escuro, saíram em uma porta de emergência, que dava em um beco, que era extremamente bagunçado, apesar de limpo, Tobias que agora estava remexendo em uma das paredes, ele achou uma alçapão em baixo de toda aquela bagunça e fez sinal para que Anny entrasse.