Player escrita por AustinandAlly


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Geeeente muito obrigada por darem uma chance a minha historia! fiquei tão feliz, mas tão feliz com todos os comentários lindos de vocês! Muito obg de vdd, espero que continuem acompanhando. Amanhã responderei todos eles, pois cheguei de viagem hoje e ficou meio corrido. beijos flores :*



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Austin

Já haviam se passado alguns messes, eu já estava com a passagem aérea na minha mão enquanto esperava meu voo ser anunciado. Depois daquele dia na casa de meu pai tudo passou a ficar mais claro, ele enfim me revelou que minha missão é seduzir a filha do dono da Corporação Dawson e assim me infiltrar na empresa para que possa planejar um golpe e leva-lo a falência, arruinando todos os seus negócios e fazendo-o pagar pela morte de minha mãe. Não estava sendo fácil digerir tudo isso, todo o bombardeio de informações. A raiva estava me dominando e eu só queria vingança.

– O voo com destino a Califórnia será iniciado no portão de acesso B. – ouvi e rapidamente me dirigi ao local indicado.

Ao entregar meu passaporte e passagem, a comissária de bordo me desejou uma boa viagem e eu adentrei o avião. Localizei minha poltrona e me acomodei ao lado de uma garota loira incrivelmente linda, ela sorriu pra mim de leve e eu retribui.

– Viagem longa, hu?. – ela tentou puxar assunto. Eu não estou querendo me gabar, mas sempre soube o efeito que causo nas mulheres.

– Verdade, mas nada melhor do que uma boa companhia. – disse cortes fazendo-a corar.

Não havia muito o que conversar com a garota, suas conversas não eram nem um pouco interessantes e já estavam começando a me deixar entediado, então resolvi partir para o que de fato interessava.

– Vou ao banheiro. – disse com uma leve piscadela e a garota logo entendeu o recado.

Me levantei e após alguns minutos dentro do pequeno cubículo do avião ouvi uma leve batida na porta, assim que a abri a garota adentrou como uma selvagem me agarrando e segurando meus cabelos com força. Tranquei a porta com o resto de sanidade que me sobrou e saboreei os lábios dela. Passei minhas mãos pela sua cintura trazendo-a cada vez mais pra mim. Ela gemia em minha boca enquanto eu passava minha mãos por dentro de sua blusa alisando suas costas com as pontas dos dedos.

– Você beija tão bem. – ela disse entre beijos e eu sorri torto, todas sempre diziam as mesmas coisas.

Agarrei-a mais, invadi sua boca com minha língua e mordisquei seu lábio inferior. Ela inclinou sua cabeça para trás me dando passagem até seu pescoço, apliquei alguns chupões na área desejada e logo depois a coloquei sentada em cima do pequeno balcão da pia. Ela transpassou suas pernas em volta de mim e eu arranquei sua blusa fora, depois disso uma coisa foi desencadeando a outra e quando dei por mim ela já estava totalmente entregue.

Logo que terminamos voltamos discretamente para nossas cadeiras, ela ficou um pouco grudenta e melosa, mas eu resolvi a inconveniência rapidinho quando coloquei meus fones de ouvido e virei o rosto para a janela da aeronave. Pude ouvir um suspiro de contestação, mas ela logo pegou no sono e eu fiquei aliviado.

O voo realmente foi longo, mas enfim pousamos em terras americanas. Juntei minhas coisas na mochila e me preparei pra descer. Ainda era dia na California e isso me deixou um pouco atordoado por conta do fuso horário. Coloquei rapidamente meus óculos escuros para evitar a iminente claridade.

– Me liga qualquer dia desses. – ouvi a voz da loira adentrar meus ouvidos enquanto ela colocava um pequeno pedaço de papel em meu bolso traseiro, com certeza com seu número.

Sorri torto e nada respondi, mas a garota também não esperou e sumiu no aeroporto. Andei em direção a esteira das bagagens para buscar minha mala. Após alguns minutos ela enfim apareceu e eu a puxei pra mim indo em seguida em direção à um táxi. Meu pai já havia providenciado um apartamento a beira mar e o veiculo estava me levando exatamente para lá.

Ao adentrar o ambiente me deparei com uma cobertura, havia uma jacuzzi e piscina aquecida no andar de cima. No andar de baixo haviam dois quarto, uma sala de estar e jantar e uma cozinha generosa. Sorri colocando as malas no maior quarto que já estava completamente mobiliado. Senti meu telefone tocar e prontamente o atendi.

– Oi pai.

– Austin, espero que tenha feito uma boa viagem.

– Sim, muito longa, mas ocorreu tudo bem.

– Liguei apenas para te dar algumas informações sobre a garota. – deitei-me na cama esperando suas instruções.

– Seu nome é Allycia Dawson, cursa moda, e é claro, na mesma universidade que você, atualmente está com 19 anos.

– Isso me alivia, ela é mais nova dois anos então não corre o risco de ser minha irmã. Já que a essa altura minha mãe já havia falecido. – suspirei com pesar.

– Claro que não é sua irmã, acha que eu não pensei nisso antes? – ele disse um pouco irritado.

– Como você não me disse nada acabei imaginando isso durante o voo e fiquei um pouco apreensivo com a possiblidade, mas vejo que está tudo sob controle. – tentei acalma-lo, não era muito bom ver o Sr. Moon mal-humorado.

– O que tem de tão engraçado? – perguntei sem entender quando o ouvi dar uma risada leve do outro lado da linha.

– Estou apenas pensando comigo, será muito fácil. Você é um garoto experiente e ela deve ser só mais uma garotinha ingênua. Será fácil como tirar doce de criança. – ele riu mais uma vez, um pouco mais alto.

Murmurei algo e desliguei o celular, eu podia ser qualquer coisa, mulherengo, cafajeste, mas nunca foi do meu feitio enganar menininhas. Meu jogo sempre foi aberto, sempre deixei claro que relacionamento sério não é comigo. E não parava por ai, eu não iria só passar a perna numa garota, é muito mais do que isso. O pai dela matou a minha mãe! Eu não posso suportar... eu não sei se terei coragem de ficar perto dela pensando nisso o tempo todo, mesmo sabendo que a culpa não é exatamente dela.

Suspirei alto pensando o quão difícil tudo se tornaria no dia seguinte, eu não sabia se daria conta de tudo. Parte de mim não queria vingança, eu só quero que minha mãe descanse em paz. Quero apenas imaginar como seria seu afago, seus carinhos de mãe, mas ao mesmo tempo uma raiva crescente ganha espaço em meu peito. Me levantei num ímpeto com uma ideia passando pela cabeça, eu não poderia ficar mais um minuto em casa me afundando em pensamentos melancólicos e contraditórios.

Fui em direção a saída e passei a caminhar pela orla da cidade que ficava de frente para meu apartamento, caminhei muito até encontrar um Milk-shake que parecia ser agradável, estamos no verão então seria uma boa pedida para refrescar o dia. Me sentei em uma mesa próxima à janela de vidro para apreciar o mar que ficava a vista, mas algo, ou melhor, alguém me roubou completamente a atenção.

Sempre fui observador e jamais deixaria despercebida uma figura como aquela, seus cabelos cor de chocolate caiam sobre suas costas, lisos como seda, ela virou rapidamente na direção que eu estava e pude ver minunciosamente sua face. Seus olhos sorriam sem ao menos ela mostrar os dentes, tudo estava em harmonia naquele rosto. Simplesmente perfeita. Sorri de volta até me dar conta de que sua expressão amigável não era dirigida a mim, mas para uma terceira pessoa que a havia cumprimentado.

– Senhor! – alguém gritou e eu olhei aturdido.

– Sim? – respondi ainda aéreo

– Estou a tempos te chamando, o que gostaria de pedir senhor? – a garçonete perguntou tentando ser simpática, embora estivesse aparente sua falta de paciência.

– Quero um Milk-shake de morango e outro de chocolate, mas o último quero que mande para aquela moça que está sentada sozinha ali perto do balcão. E por favor, leve esse bilhete junto. – rabisquei algo como “para combinar com o seu cabelo sedoso, posso me juntar a você?”

Eu sei a cantada era péssima, mas eu não tinha muito tempo para pensar e aquela mulher atraente não me permitia raciocinar da melhor forma possível. A garçonete escondeu um riso e apenas assentiu. Eu esperava impacientemente os milk-shakes chegarem, o que parecia uma eternidade, até que a garçonete levou o de chocolate até a mesa da linda garota. Ela apontou pra mim e a garota apenas torceu o nariz, bati a mão na testa, a cantada era péssima e sua expressão não negava que ela havia odiado.

De repente ela se levantou e caminhou lentamente em minha direção, linda, seus passos estudados e completamente elegantes me hipnotizavam a cada segundo. Seu corpo era.... era perfeito. Curvas modestas porém harmoniosas e charmosas, estava começando a ter vontade de agarra-la ali mesmo.

– Numa boa? Eu não gosto de chocolate e não preciso de papinho furado como esse seu. – ela disse ao chegar onde eu estava, deixando o milk-shake intacto em cima da mesa. Seu tom debochado me cortou o peito, eu nunca havia sido rejeitado.

Eu queria dizer algo, mas seus olhos me prenderam por uma fração de segundo e quando me dei conta ela já havia ido embora. Eu me apressei e joguei uma nota de 50 dólares na mesa, sai correndo em direção a garota.

– Hey, nunca te ensinaram a aceitar gentilezas? – perguntei no mesmo tom debochado, mas com um leve divertimento na voz, ela revirou os olhos e eu ri.

– Não vai dizer nada? Poxa, não foi tão ruim e eu não sou um cara de “papinho furado”. – disse colocando as mãos nos bolsos da calça enquanto acompanhava seus passos.

– Nossa, jura? Porque não parece. – respondeu irônica.

– Só me diz o seu nome. Só isso, só peço isso. – pedi passando de leve os dedos no meu cabelo levemente comprido. Aproveitei seu olhar de soslaio e lhe lancei a melhor piscadela que eu tinha. Sempre funcionava.

– Puff! – ela bufou irritada, parou e me olhou séria.

– Eu não sou idiota ok? Sei muito bem o que está tentando fazer com esse seu cabelinho loirinho, mas sinto te informar que eu não caio nesses truques. – ela sorriu mais uma vez debochada e eu tive de sorrir também, ela era difícil.

– Você por acaso gosta de .. você sabe, mulheres? Não me leve a mal, mas eu não costumo ser rejeitado desse jeito. – disse confiante e um pouco frustrado, ela não gostaria de mulheres, gostaria? Estava começando a achar que eu não teria chances.

– Como é que é? – falou alto levemente irritada.

– Só porque eu não caio nos seus truques baratos eu sou lésbica? Nada contra a quem é, mas numa boa? Você não é a última Coca-Cola do deserto. – disse por fim apressando o passo e me deixando pra trás totalmente de queixo caído. Ninguém nunca havia me dito algo daquele tipo, nenhuma garota resistiu a mim... até hoje.

Fiquei ali parado por mais alguns minutos enquanto via a silhueta perfeita sumir na minha frente em meio as outras pessoas, talvez eu nunca mais a visse, mas se um dia cruzasse meu caminho eu a pegaria de jeito e mostraria quem é a última Coca-Cola do deserto. Andei de volta ao meu apartamento esperando que o dia de amanhã não fosse tão decepcionante quanto a garota que eu nem ao menos sabia o nome.

....

Já era dia e a minha preguiça ainda era grande, mas com esforço me levantei da cama king-size do meu novo quarto, deixando um emaranhado de lençóis para trás. Adentrei meu chuveiro e tomei um banho revigorante indo em seguida tomar um café na cafeteria que havia no andar de baixo do prédio, pois eu ainda não tinha feito compras. Mais tarde andei algumas quadras e peguei um táxi rumo à universidade que eu cursaria, logo que cheguei me espantei com o tamanho do local, era simplesmente enorme e com certeza eu demoraria horas para achar o meu bloco.

Caminhei com meus óculos escuros no rosto e minha jaqueta de couro, percebi alguns olhares femininos e dei meu melhor sorriso torto na direção de algumas delas, as mais atraentes. Entrei no primeiro bloco e notei algumas listas ao longe, me aproximei ansiando para que fossem direções dos cursos e salas. Avistei um ruivo que olhava a mesma lista que eu, a de arquitetura.

– Você faz arquitetura? – perguntei tentando buscar mais informações.

Ele me olhou e apontou seus equipamentos de trabalho em uma das mãos e tão logo respondeu.

– Sim, você é novato?

– Sou.. meu primeiro dia por aqui e estou com dificuldade para encontrar a direção. – sorri tentando ser simpático.

– É simples cara, qual o seu nome?

– Austin Moon.

Ele procurou em alguns nomes e enfim encontrou algo, olhou pra mim e disse.

– Sua sala é a mesma da minha esse semestre. Posso te mostrar onde fica, meu nome é Dez. – ele estendeu sua mão pra mim de forma educada e eu a apertei.

Caminhamos até chegar ao nosso bloco e adentramos a sala, o professor entrou alguns minutos depois e se apresentou dando início de imediato à aula. Desenvolvemos alguns trabalhos ao longo do horário e Dez e eu não trocamos muitas palavras, o ritmo da classe era intenso e eu demorei um pouco para me adaptar.

– As aulas aqui são pauleiras. – disse aleatoriamente para o ruivo enquanto nos dirigíamos para o pequeno intervalo de 20 minutos.

– É intenso mesmo, mas relaxe cara, logo você pega o jeito. – ele sorriu simpático e nós fomos nos distanciando.

– Até mais. – dissemos ao mesmo tempo e mais uma vez fiquei só. Me perguntei se essa era a melhor hora para procurar a garota do meu objetivo, Allycia. Suspirei relembrando o plano, eu continuava dividido sobre o que fazer a respeito dela.

Quanto mais eu caminhava mais percebia uma maior movimentação ao meu redor, eu estava numa espécime de mini-shopping que a universidade possuía, com diversos restaurantes, livrarias e lojas distintas. Avistei um local que vendia algumas bebidas energéticas e resolvi comprar alguma para aguentar o pique restante do dia.

– Loirinho!!! – uma voz estranhamente familiar adentrou meus ouvidos. Franzi meu cenho, aqui ninguém me conhecia.

– Hey! Vai me ignorar? – disse insistentemente e então resolvi virar-me para olhar quem quer que estivesse falando.

Dei de cara com a loira do avião, coincidência ou azar? Eu não sabia dizer, até que surgiu ao lado dela a garota do milk-sheke e enfim constatei que não era nem um nem o outro, era sorte.


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Notas finais do capítulo

Obg mais uma vez e espero que continuem comentando. beijos :****

OBG: Desculpem os erros ortográficos.



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