Player escrita por AustinandAlly


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Oiiiii gente, me desculpem a demora. Sei que realmente demorei dessa vez, mas tenho que confessar que além da falta de tempo estive sem inspiração para essa fic e não queria escrever um capitulo ruim pra vocês, eu não sei se esse de hoje está legal, mas juro que me esforcei. Espero que entendam meu tempo escasso por conta do meu trabalho, mas não pensem que eu abandonei a fic, eu nunca abandono minhas historias sempre as termino.

Bom, obrigada pela compreensão de vocês e espero estar desculpada. O proximo capitulo sai ainda essa semana, mas não sei o dia ao certo. Um beijo e espero que possam comentar.


OBS: Pra quem tiver interesse eu estou trabalhando em uma fic de Os intrumentos Mortais, bom quem tiver interesse procura lá no meu perfil e dá uma olhada.

OBS: Muito obrigada pelas recomendações maravilhosas e pelos comentários realmente lindos. Desculpe também não ter respondido, mas a partir de agora responderei. Desculpem-me mais uma vez.:*



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Austin

Meu corpo estava paralisado, o estado de choque me perfurando aos poucos. Uma pontada de alívio e tristeza se misturavam em mim, alivio por ela não ser minha irmã, mas tristeza por entender que ela vive uma mentira, uma ilusão, e nem ao menos tem noção de uma pequena parte disso. Como um pai poderia mentir assim? Ele a adotou quando era um bebê e nunca contou a verdade, a fez imaginar que é filha de uma mulher que na verdade nunca nem soube que ela existe. O quanto poderia ser esquisito? ela achar que a minha mãe é a dela, meu deus.

Algo dentro de mim se revirava, eu podia sentir uma raiva crescente de Lester Dawson. Ally era tão... tão.. meu deus! Tão inocente, eu não poderia negar meus sentimentos de proteção com relação a ela.

– Quão irônico isso poderia ser? - ouvi minha voz soar roucamente pelo ambiente, uma risada de decepção brotando da minha garganta.

Fechei tudo rapidamente e desliguei meu notebook guardando logo em seguida o pen drive em uma gaveta com chave do armário de meu quarto, ali estaria seguro, pois a informação contida era importante demais para ficar jogada em qualquer lugar. Eu preciso ser cauteloso a partir de agora, tem mais do que eu esperava debaixo do tapete, muito mais.

Apertei apressadamente o botão do elevador e entrei deixando que a pequena caixa de ferro me levasse para o andar a baixo. Andei rapidamente por todo o saguão a fim de achar a garagem e partir com minha harley, eu só queria sentir o vento em meu rosto e espairecer, me tranquilizar para que quando a visse não surtasse, seria difícil encara-la do mesmo jeito a partir de agora.

...

Ally

– O que você acha cassy? Pelo amor de deus, claro que estou nervosa. – disse um tanto apavorada, hoje era o dia da prova de moda clássica II no último horário depois da aula da Senhora Tarner, e eu definitivamente não sabia de nada e ainda por cima precisava me segurar para não enlouquecer enquanto imaginava como seria ver Austin depois do nosso encontro misterioso de ontem.

– Pois então engula as borboletas do seu estomago, porque o loirinho está vindo ai. – ela disse mordendo de leve o lábio, num gesto apreensivo. – Boa sorte, amiga!

E então ela se foi me deixando a sós com ele, que caminhava graciosamente por entre os carros do estacionamento. Ele estava lindo hoje, usando uma camisa preta que realçava sua pele levemente bronzeada. Eu esbocei um leve sorriso, ainda não havíamos nos encontrado na faculdade desde que começamos a sair juntos então esse era um momento um tanto estranho, eu realmente não sabia como agir.

– Bom dia. – disse, seu hálito de menta me atingindo. Não pude responder, lábios grudaram nos meus num beijo leve e estalado.

– Quer que eu te acompanhe até sua sala? – me perguntou enquanto eu ainda o encarava meio abobalhada, ele estava tirando meu juízo.

– Somos namorados agora, por acaso? – perguntei um tanto ríspida e me arrependi imediatamente.

– Desculpe, acho que estou um pouco nervosa... tenho prova hoje. – fiz um muxoxo, ele sorriu.

– Tudo bem, bom então eu vou indo. – respondeu passando por mim, mas como assim?

– O que? – falei num tom mais alto de indignação e ele parou subitamente.

– Vou para minha sala... – disse como se fosse obvio, erguendo uma sobrancelha.

– Eu... achei que fosse me acompanhar até a minha. – respondi timidamente, ele sorriu.

– Achei que não fossemos namorados. – respondeu claramente debochando da minha recusa anterior, revirei meus olhos.

– Amigos também fazem isso. – disse enquanto caminhávamos lado a lado.

– Então.. é isso que somos? – perguntou-me com um sorrisinho torto, ele estava brincando comigo! deixando a pior parte pra mim, mas o que nós somos? Eu não saberia dizer.

– Acho que somos.... amigos com benefícios? – respondi meio sem jeito dando uma leve risada no final, ele me olhou rindo também.

– Achei que fossemos mais. –disse e me pareceu realmente sincero, engoli em seco.

– Olha, vai haver uma festa.. próximo final de semana, é uma festa de gala na minha casa. Será para homenagear meu pai e a empresa da minha família... acho que seria bom se fossemos juntos. – falei, ele me olhou confuso.

– Esta mudando de assunto? Não que eu não aprecie seu convite, mas acho que não era disso que estávamos falando. – ele sorriu, estávamos na porta da minha sala agora.

– É as 21:00, você vai ou não? – insisti.

– Claro que sim.

– Então lá nós descobrimos o que queremos ser um do outro. – respondi na lata e entrei na sala deixando um Austin completamente abobalhado. Eu não sabia se estava convicta de querer algo mais sério com ele, mas também sabia que não tinha interesse nenhum em dividi-lo com outras. Quando eu tinha ficado tão possessiva com garotos que eu supostamente odiava a algumas semanas atrás? É, eu enlouqueci.

Adentrei minha sala e encontrei com Cassy apreensiva na classe do lado da minha, eu a olhei com um sorrisinho e ela so faltou roer as unhas, joguei minhas coisas no encosto da classe e me sentei ao lado dela.

– E ai? Me conta logo pelo amor de deus. – pediu suplicante.

– Não sei, mas acho que talvez eu consiga um namorado na festa do meu pai. – disse enquanto ela arregalava os olhos com o final da minha frase.

– Mentira!!! Não acredito. – gritou, alguns alunos olharam pra gente e eu corei.

– Fale baixo Cass, tá todo mundo olhando. – pedi envergonhada, ela sorriu.

– Desculpe, mas nossa! Fiquei muito empolgada com essa notícia, não acredito que finalmente você vai superar aquele maldito do.. – eu a parei, não queria ouvir nunca mais aquele nome.

– Não diga o nome desse infeliz, por favor cass. Meu dia começou ótimo e não quero nem se quer lembrar que esse cara existe. – ela sorriu feliz.

– Pode deixar, faço questão de não falar dele. E pra provar isso vou mudar de assunto.. eu vi o Dez hoje de manhã com uma outra garota, não estavam fazendo nada demais, mas não sei.. pareciam próximos. – me contou desanimada.

– Pode ser alguma amiga Cassy, não se precipite com relação a isso. Ele te viu? Ou você pelo menos sabe quem é essa menina?

– Eu até pensei em falar com ele, para convida-lo para me acompanhar na festa do seu pai, mas perdi a coragem quando o vi com ela. E quanto a garota eu nunca a vi, parecia ser até de fora... tinha longos cabelos cacheados e escuros, um sotaque meio latino, talvez espanhola.

–Nossa, eu não sei nem o que te dizer amiga, mas não tome decisões precipitadas.. apenas o encontre e o convide para a festa, veja sua reação. Se ele estiver com outra vai tentar dar uma esculpa pra não ir, aposto. Não acredito que ele sairia com as duas.. – disse começando a ficar um pouco incerta, ela abaixou a cabeça.

– Ai meu deus, nem fale uma coisa dessas. Estou perdida. – choramingou.

– Bom dia turma, preparem seus portfolios. Hoje a aula será intensa para compensarmos o feriado que está próximo. – ouvimos a voz da senhora Taner anunciando que a aula havia começado. Paramos de conversar e nos concentramos.

...

Austin

Os dias estavam passando como um borrão, tudo tão rápido, mas talvez fosse apenas o meu ponto de vista já que eu estava ansioso para a grande festa na casa dos Dawson. Estava nervoso, em poucas horas eu estaria chegando lá e Ally estaria me esperando.. nós não havíamos nos visto muito por conta do período de provas, apenas algumas mensagens no celular e uma ida à sorveteria, tinha que admitir que estava sentindo sua falta, coisa que achei nunca ser possível. É, muito havia mudado e eu só queria as verdades agora, as verdades e ela. Não sabia se seria possível depois de tanta coisa, depois de ter mentido.. se ficássemos juntos eu não sei se conseguiria esconder meus segredos para sempre.

Respirei fundo enquanto olhava meu reflexo no espelho, estava terminando de alinhar minha gravata. A festa era de gala e toda a imprensa estaria lá, inclusive o cara que eu passei todos os meus dias até hoje esperando conhecer, esperando desvendar. Lester Dawson. Tentei pentear meus cabelos, mas a bagunça deles era algo incorrigível, sorri nervoso para mim mesmo ainda no espelho e resolvi seguir viagem.

O transito estava uma loucura quando comecei a me aproximar da casa de Ally, muitos carros importados e pessoas ricas andando por todo lado, buscando um caminho para chegar até a tão esperada festa. Eu cortei muitos carros e consegui uma vaga legal para minha Harley, meu coração pulsava forte em meu peito, meu estomago revirando consideravelmente. Desci guardando meu capacete na parte de trás da minha moto e caminhei vagarosamente até a entrada, eu queria chegar, mas ao mesmo tempo meu nervosismo me queria fazer adiar aquela situação, o possível encontro, as possíveis respostas.

Guardei a chave da Harley no bolso de minha calça social e tomei folego, cheguei no portão principal e fui recebido por um dos seguranças, disse meu nome e ele checou na enorme lista em suas mãos, eu estava nela. Ele consentiu minha entrada e eu finalmente passei pelo grandioso jardim.. havia uma fonte enorme adornando o ambiente ao ar livre, tudo iluminado e perfeitamente alinhado. Outras pessoas se dirigiam ao salão principal e eu segui a multidão ainda com minhas mãos nos bolsos, eu estava cerrando meus punhos por dentro, o nervosismo me enlouquecendo.

Havia uma escadaria enorme no centro do salão, candelabros decorados e mesas arrumadas elegantemente. Eu olhei ao redor a procura de Ally, mas algo prendeu minha atenção.. alguém que atravessava a escadaria no exato momento. Levantei meus olhos para contemplar um anjo, sim, um anjo de vermelho. Ally descia lentamente a escada, estudando seus passos para certamente não tropeçar, e alguns outros caras também a olhavam abobalhados, me incomodei, mas não tirei meus olhos dela. Meus punhos relaxaram com sua presença anestesiadora.

– Austin? – disse surpresa quando enfim me encontrou posicionado ao final da escada estendendo meu braço para ela, claro, todos deviam saber que ela estava acompanhada. Sorri torto enquanto reparava na enorme fenda lateral de seu vestido provocante.

– Não tinha um vestido menos tentador? – perguntei sarcástico. Ela sorriu um tanto corada.

–Obra de Cassy. – respondeu enquanto aceitava meu braço. Nós caminhamos pelo salão.

– E a propósito você não está nada mal. Algumas piranhas estão te comendo com os olhos, mesmo estando claro que você está com a anfitriã da festa. – disse fazendo charme, sorri.

– E diga-se de passagem a mais bonita também. – gracejei fazendo-a sorrir abertamente agora.

– Venha, deixe de elogios baratos. Quero que conheça meu pai. – me disse, senti meu corpo tensionar, meus passos congelando.

– O que foi? – ela riu alto – calma, você não precisa me pedir em casamento ou se apresentar como meu namorado. Eu só estava brincando com você, mas vi que ficou assustado de verdade. – riu mais e meu corpo relaxou.Continuamos a nossa caminhada a passos comedidos.

– Uma gracinha você. – mostrei minha língua para ela.

– Isso não é um ato cavalheiro Austin, comporte-se. – me pediu brincando, eu ri.

– Ok, você que manda. – disse me colocando em uma postura ereta.

– Nem 8 nem 80. – me disse ainda rindo, girando seu corpo e beijando o canto de minha boca.

– Não brinque com fogo. – avisei.

– Não se preocupe, sou graduada nesse assunto. – me informou e eu tive de rir mais uma vez.

– Allycia, meu amor. – uma voz máscula invadiu o recinto. Levantei meus olhos e notei um senhor que de fato não se parecia nada com Ally.

– Papai. – ela disse e sua voz pareceu nervosa, talvez ela não tivesse mesmo intenção de me apresentar a ele, mas agora esse não era o detalhe mais importante. Engoli em seco, meus músculos tencionando mais uma vez e a festa mal tinha começado.


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