Player escrita por AustinandAlly


Capítulo 19
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Oiii galera, bom aqui está mais um capitulo e tenho que dizer que estou bastante decepcionada, pois tenho mais de 100 leitores e nem a metade da metade aparece para dizer pelo menos um "oi, estou acompanhando", e não é exagero.. eu fiz as contas, tipo é menos da metade da metade de verdade e isso é frustrante por que eu me sinto como se estivesse escrevendo para as paredes. Quando me dei conta disso fiquei bastante triste, mas quero ressaltar e deixar claro que RESPEITO meus leitores e que sou imensamente grata a todos aqueles que comentaram, favoritaram e recomendaram.. eu não sou chata a ponto de não entender que muitos não tem tempo e levam uma vida corrida, mas uma vez ou outra não acho que atrapalhe tanto assim, se tem tempo pra ler com certeza tem tempo p deixar um review.

Por conta disso fiquei tão triste, passei a pensar que minha historia não vale o review da maioria de vocês :// Bom, o próximo capitulo só sairá se houver a colaboração de vocês. Caso isso não ocorra eu contarei a qualquer leitor interessado como a historia termina, pois não haverá previsão para novas postagens.

Bom, é isso, agradeço a atenção de todos.

Beijos.



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Austin

– E você? Quem é esse jovem? – o pai dela perguntou olhando fixamente para mim, sua expressão denunciava que havia alguma coisa errada, ele saberia da verdade? Mas como?

– Eu sou Austin, senhor, Austin Moon. – me apresentei normalmente enquanto estendia minha mão para ele, me esforcei para que não tremesse. Eu estava diante de Lester Dawson, eu esperei tanto por isso.

– Hum, muito prazer meu jovem. Não conheci ou conheço nenhum Moon, você é daqui? – me perguntou apertando firmemente minha mão. Claro que não reconheceria, pois meu pai já havia me dito uma vez que tinha mudado nossos sobrenomes por segurança.

– Na verdade não senhor, venho de longe. – me limitei a responder, se eu pudesse adiaria as informações sobre mim.

– Hm.. que peculiar, lembro-me de você de algum lugar. Seus traços me são familiares. – ele disse com um sorriso estudado, ele estava se esforçando para se lembrar de onde poderia ter me visto.

– Pai, ele é o garoto que veio me trazer outro dia aqui em casa, você não precisa fazer toda essa cena. Sabe que se lembra dele. – Ally interveio e eu aguardei ansiosamente a resposta do Sr. Lester.

– Tem razão minha filha, acho que esqueci. – ele respondeu, mas não parecia satisfeito com a explicação de sua filha. Eu podia sentir que ele me conhecia de algum outro lugar, e que não estava convencido com a resposta de Ally.

Ouvimos alguém chamando-o, era um outro senhor careca de meia idade. O pai de Ally disse alguma coisa para o senhor, algo que não pude ouvir, e logo ele se virou para nós.

– Bom, tenho alguns convidados para receber, mas.... – pausou, olhando tão intensamente pra mim, ele ainda estava tentando se lembrar. Seus olhos me olhavam de um jeito... afetuoso?

– Seria um prazer te ver outras vezes meu jovem. Ally, traga-o aqui para passar o dia alguma hora. – disse com um sorriso exemplar, eu apenas assenti.

– Obrigado senhor, será um prazer. – respondi educadamente, tentando e custando para me manter firme e seguro diante dele. Eu não poderia fraquejar, não agora.

Ele se foi ainda hesitante para longe de nós, olhou uma vez para trás e depois sumiu por dentre os convidados, eu e Ally estávamos em silêncio e parados ainda.

– Me desculpe. – ela me disse tão baixo que quase não ouvi. A olhei.

– Pelo que?

– Como pelo que? Por esse teatrinho todo, meu pai se demorou demais. Ele te olhou como se conhecesse você de outro lugar, sendo que na verdade.... ele te viu comigo uma noite. – me respondeu a última parte um tanto corada, sorri.

– Não se preocupe, ele conhece tanta gente.. vai ver me vendo assim tão de perto me confundiu com alguém, vai saber. – disse tentando acalma-la, mas a verdade era que eu não acreditava nisso. Ele me conhecia sim, seria agora mais difícil arrancar as verdades?

– Pode ser... tem certeza que não tem nenhum familiar aqui? Na verdade... você veio de onde? Sempre tão evasivo, não sei nada sobre você. – me disse, seus olhos estreitando. Engoli em seco.

– Ally... – comecei, mas ela me interrompeu.

– Eu já sei, muito cedo para tantas perguntas, mas acontece que eu quero pelo menos saber quem é você. Não vou ficar beijando por ai um cara que pode ser até um assassino. – ela disse sarcástica e brincalhona, eu gargalhei e ela me acompanhou.

– Não seja boba, eu só sou um pouco reservado. Mas... eu vim da Austrália, sou filho único e tenho apenas meu pai que está muito debilitado em uma doença terminal, então vim para fora estudar e seguir uma carreira, é o sonho do meu pai e eu faria qualquer coisa por ele. – menti, menti descaradamente e me senti mal por isso.

– Nossa, me desculpe Austin. Eu não queria invadir sua privacidade, eu estava apenas curiosa. Quero que saiba que pode contar comigo, sim? – me disse serena e um tanto culpada por me ouvir confessar sobre a suposta doença de meu pai, mas mal ela sabia que quem carregava toda a culpa era eu, a culpa de uma mentira.

– Está tudo bem, vamos apenas esquecer esse assunto? - pedi enquanto segurava suas mãos nas minhas, ela assentiu.

...

A festa estava divertida, tínhamos encontrado com Cassy e Dez... um casal meio improvável, mas lá estavam eles se divertindo . Eu senti inveja, inveja por não levar uma vida normal como qualquer outra pessoa, mas uma vida de mentiras e jogos. Era cansativo e estressante, nauseante lembrar disso quando eu tinha na minha frente um par de olhos castanhos tão lindos... que me fitavam com um sorriso escondido enquanto dançávamos uma música lenta no salão.

– Sabe, essa é a primeira festa da empresa em que eu me divirto. – ela sussurrou em meu ouvido enquanto deitava seu rosto em meu ombro. Sorri.

– Acho que a companhia de hoje foi a melhor de todos os anos anteriores. – respondi fazendo-a rir baixinho, seu perfume de frésias me invadindo.

– Fico feliz que esteja aqui, e olhe que me custou muito admitir isso. – ela disse.

– Eu sei que sim, você me odiava. – respondi e rimos juntos, nossos passos leves e suaves pelo salão. Minhas mãos em sua cintura.

– É que você me lembrava alguém... que me magoou muito. – disse um tanto insegura, sua voz mais baixa.

– Nossa, pelo visto a família Dawson vê em mim muitos rostos. – brinquei lembrando-me de seu pai mais cedo.

– Não é fisicamente, mas na personalidade. Isso mexeu comigo e me abalou, mas eu estou começando a superar, além de que te vejo diferente agora. – disse e eu vi que o que quer que essa pessoa tenha feito foi realmente sério.

– Você gostaria de me contar? – pedi delicadamente.

– Melhor não, eu não quero estragar a noite lembrando-me de pessoas que não valem a pena.

– Tudo bem, não tem problema. Mas acho que devíamos beber alguma coisa pra animar. – disse querendo cortar o clima triste que tinha se formado.

– Seria ótimo. – disse levantando seu rosto de meu ombro.

– Só não posso te deixar beber demais, se bem que você bêbada é divertido. – brinquei e ela deu um leve tapa em meu peitoral.

– Au.

– Isso é pra aprender a não debochar de mim. – riu, seus cabelos caindo em cascatas. Levantei meus braços em sinal de rendição.

– Hey, Cass... Dez! estamos indo no bar, vocês querem ir junto? – ela perguntou.

– Ah eu quero, beber algo pra animar mais é sempre bom. – Cass respondeu sorridente indo com Ally logo na frente.

– E ai? – perguntei a Dez, tínhamos ficado para trás.

– Estou tentando resolver a situação com Trish. Não sei quando ela vai embora, mas é impossível continuar assim com Cassy por perto.

– Concordo com você, ela vai acabar descobrindo. E além do mais você não tem culpa se sua ex namorada resolveu voltar para os Estados Unidos. – disse colocando minhas mãos nos bolsos da calça.

– Você tem razão, eu não tenho culpa, mas não posso adiar esse problema. Sabe a Trish é legal, eu sempre tive um apreço enorme por ela, mas acabou.

– Sei como é. – respondi enquanto observava as meninas tentando pedir seus drinks no bar próximo, estávamos parados agora.

– E você e a Ally pelo visto está dando certo, não é? – me perguntou, eu sorri.

– O pior é que está. – disse sem pensar, Dez não sabia dos meus planos.

– Por que pior? – perguntou-me.

– Eu não sou cara de me amarrar, mas ela está me prendendo fácil, fácil mesmo. – disse fazendo uma careta, não era uma mentira. Meu eu de alguns messes atrás jamais cogitaria sair com a mesma garota mais de uma vez, e no entanto aqui estou eu enrolado até o ultimo fio de cabelo.

Dez soltou uma risadinha e eu sorri, ele sabia o quão ferrado eu estava por me amarrar com uma garota bonita feito Ally, era só olhar pra ela e ver. E eu não tinha dúvidas de que ela era um tipo de gata, meiga como um animalzinho indefeso, e ao mesmo tempo sensual como uma felina de pedigree. Os caras ao seu redor a olhavam com admiração, desejo e luxuria.

– Boa sorte cara, essa perna dela de fora está chamando uma puta atenção. – disse o que eu já sabia sem nem ao menos prestar atenção nos babacas que estavam de olho nela.

– E você acha que eu não sei? Sou um fodido. – disse enquanto afrouxava o meu colarinho levemente, nós rimos.

Ela estava voltando, seu drink na mão. Cassidy havia ficado para trás ainda tentando escapar da multidão e eu esperava parado enquanto Ally caminhava graciosa, sua perna escapulindo pela fenda lateral, seu sorriso sedutor e aquela pele, aquela pele de porcelana no vestido vermelho sangue.

– O que está olhando? – disse aos sussurros quando se aproximou de mim, sorri de lado.

– Você sabe o que eu estou olhando, não me provoque. – falei baixo em seu ouvido mordiscando de leve sua orelha, ela arrepiou.

– Eu não tenho medo de você. – rebateu passando por mim, virei para trás para olha-la se afastando.

– Onde vai? – perguntei confuso.

– Dançar, essa é a melhor música que tocou até agora. – falou já se misturando na multidão.

Eu não disse nada para Dez, ele que esperasse Cassidy sozinho porque Ally não iria embora agora, não iria mesmo. A encontrei dançando sedutoramente na pista, Deus, aquilo era tudo uma tentação. A música que eu costumava ouvir na rádio tocava (wiggle do Jason Derulo feat snoop doog) e estava impossível ver aquela cena, ela mexia seus quadris lentamente no ritmo da batida, aquilo era insano.

Me aproximei de seu corpo e me encostei, encaixando em suas costas, vi suas bochechas se mexerem no que deveria ser um sorriso, nós dançamos juntos por algum tempo, eu com a mãos firmes em seus quadris, ela rebolava provocativa. Soltei alguns beijos molhados em seus pescoço, suas mãos de repente voaram para meus cabelos, ela ainda de costas para mim. Fechei meus olhos em deleite.

– Vamos embora. – ela se virou para mim, seus braços em volta do meu pescoço agora. Sussurrando em meu ouvido, eu pisquei incrédulo.

– Você sabe o que está falando? – perguntei enquanto recolocava minha boca em seu pescoço.

– Com você fazendo isso fica difícil de pensar, mas sim, eu sei o que estou falando. Eu só quero ficar um pouco com você, sozinha.

– Então ainda não sei o que estamos fazendo aqui. – disse esboçando um sorriso torto.

– Nem eu loirinho. – disse, seus olhos castanhos levemente escurecidos.

– Vamos, minha moto está perto da entrada. – disse segurando sua mão e puxando-a para a saída, mas Ally empacou. A olhei confuso.

– Não seja idiota, meu quarto é subindo as escadas. – me respondeu, engoli em seco.

– Mas, você sobe primeiro. É a segunda porta a esquerda! Eu não quero que ninguém perceba que estamos subindo, melhor irmos um de cada vez. – me disse baixinho, eu apenas assenti.

A beijei rapidamente na boca e sorri, ela me deu um leve empurrão para que eu fosse logo embora e foi o que fiz. Procurei a escadaria do salão principal e comecei a subir discretamente para que ninguém me visse, estava tudo na penumbra, o que facilitava minha invasão. Quando finalmente cheguei ao corredor procurei pela porta que ela havia me indicado, girei a maçaneta e entrei.


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