Eu primeiro fiquei estarrecido, aquela garota tinha sérios problemas, tinha cheirado cola ou sei lá, como assim eu tomaria o sangue dela e ‘ah que beleza estou alimentado’?

Levantei-me e ela me prensou na parede de novo e bufou, impaciente e falou coisas em russo que eu sabia que ela estava me xingando muito, então ela tirou uma adaga de bronze da jaqueta e passou em seu pescoço.

Um cheiro maravilhoso encheu a sala e minha boca começou a salivar e quanto mais salivava minha mandíbula doía intensamente.

Inconscientemente eu lambi seu corte e tinha um sabor magnífico e Jessica arfou, excitada e eu também fiquei quando mordi sua pele macia e o mundo pareceu não existir mais.

Ali só tinha nós dois, eu queria muito ter Jessica e escutar ela sussurrar coisas no meu ouvido em russo, algumas coisas sujas, e percebi que era isso que ela estava fazendo e eu fiquei mais alto do que já estava até que ela ficou mole em meus braços e uma onda de preocupação tomou conta de mim.

Eu não drenava somente seu sangue, eu drenava sua vitalidade.

Com muita força de vontade tirei minhas presas de seu pescoço e deparei com uma Jessica muito alta, suas mãos estavam em meus cabelos e de começo me forçou a não parar até que eu a chacoalhei de leve e então voltou para a realidade.

Ambos de nós estávamos sem ar e muito altos, eu queria muito Jessica, mas logo ela se recompôs e o desejo saiu de seu olhar e ela se deitou na cama e tentou estabilizar a respiração e uma onda de sentimentos passou por mim, não eram meus aqueles sentimentos.

‘Sua tonta, você vai ter que se controlar, por que mesmo ele sendo uma delicia você não pode ficar com ele, pense em Clark.’ A voz de Jessica fluiu em minha mente e eu soube que eu tinha uma linha direta com seus pensamentos.

Um nojo profundo bateu em mim e eu tinha certeza que era de Clark e eu falei em voz alta.

“Hmm então você me acha uma delicia, hein?” falei e soltei uma risadinha, a vitalidade que eu havia roubado dela me revigorou cem por cento, mas eu tinha certeza que depois de um tempo eu sentiria remorso do que eu fiz com ela.

Ela ficou super corada e isso tirou mais risadas minhas enquanto ela xingava em russo.

“Quer que eu faça alguma coisa?” perguntei preocupado, notando a palidez dela e o jeito que seus pensamentos estavam ficando lentos.

“Alguma coisa para eu comer e se limpe antes de sair, seu idiota.” Ela disse e me ameaçou por pensamentos.

‘Se você fuçar na minha cabeça outra vez, eu mato você, idiota, e saiba que você é pior que Clark.’

Eu não sabia como fazia isso, mas fui em direção a cama e sussurrei em seu ouvido.

“Esse será meu passatempo preferido, delicia.” Eu falei e ela praticamente rosnou para mim enquanto eu limpava minha boca no lençol da cama e sai rápido para fazer o lanche.

Eram três da manhã e todos estavam dormindo, eu podia ouvir suas respirações calmas enquanto eu passava, algumas eram até agitadas quando eu passava, minha audição de amplificou cem por cento por causa da vitalidade de Jessica.

Cheguei à cozinha escura do convento e não encontrei nenhum pinguim fazendo ronda na cozinha, por que algumas alunas vinham para roubar comida de noite.

Uma mão gelada passou por minhas costas enquanto eu estava parado na frente da geladeira, isso me deu um baita frio na barriga e muita dor.

“Nossa, ainda bem que você saiu do seu coma, brinquedinho. Eu estava preocupada.” Uma voz fina feminina foi sussurrada em meu ouvido e o medo se instalou em mim.

Eu fiquei paralisado enquanto ela alisava minhas costas e depois passou sua mão de leve em meu cabelo.

“Tsk, tsk. Ah, brinquedinho, não precisa ficar com medo de mim.” Ela falou em meu ouvido e puxou meus cabelos acinzentados para baixo e eu reclamei de dor.

Ela me virou e me prensou contra a parede e eu pude ver suas feições, mesmo no escuro.

Seus olhos eram verde safira, seus cabelos eram louros e encaracolados, seu corpo era de tirar qualquer cara do sério, mas ela me fez muito mal quando eu era pequeno então eu peguei um medo irracional dela, ela estava somente com uma blusa que era minha e provavelmente sem nenhuma outra roupa por baixo.

“Renata... Por favor... Aqui não.” Eu sussurrei com medo e isso amplificou seu sorriso felino, seus olhos caminharam lentamente pelo meu corpo e ela balançou a cabeça negativamente quando viu que eu estava mais magro.

“Ah, você ainda aguenta muita coisa, mas não gostei de você ter emagrecido. Dá para o gasto.” Ela me beijou ferozmente e eu não correspondi, isso a deixou muito irritada, então ela enfiou as unhas em minhas costas, e isso me tirou um grito de dor.

“Agora você vai fazer tudo o que eu mandar, brinquedinho. Temos um ano de atraso.” Ela disse maliciosa e arranhou minhas costas sem piedade quando eu neguei com a cabeça.

“Quer que eu te leve para um passeio na igreja, brinquedinho?” ela perguntou e o medo se amplificou mil vezes em mim, eu tinha um medo irracional de igrejas, por que elas me machucam quando entro.

Neguei de novo com a cabeça e suas mãos geladas começaram a descer de meus cabelos e foram escorregando suavemente até minha bermuda jeans e eu supliquei para ela.

“Não... por favor... não faça isso.” Eu praticamente chorei, ela me machucava e meus traumas reviveriam todos, ela me machucava muito antes do sexo, e ela começou a fazer isso comigo quando eu tinha dez anos, então eu morro de medo dela.

Ela riu e abriu o botão da bermuda, até que uma voz furiosa russa me salvou um segundo antes de Renata ter as mãos dentro de minhas calças.

“Diga suas ultimas palavras, suka kislorodom*.”

*Suka Kislorodom é vadia oxigenada, essa palavra é russa, okay?