Minha vida em Sweet Amoris escrita por potatochan


Capítulo 24
Max e Nando.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal 'u'
Demorei muito eu sei... mas é que acabei fazendo algumas alterações aqui e ali na história que confundiram até a mim rs, peço que não ignorem os novos personagens Nando e Max pois eles tem uma ligação importante com o rumo da história e o destino da protagonista =3
Boa leitura.



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E por fim, tenho o completo desgosto de afirmar que, eu matei meu irmão.

Ninguém nunca soube disso. Depois do ocorrido coloquei o Rifle novamente sobre a mesa e corri com Max e Nando em direção ao quintal.

– Mano? Mano fale comigo mano! - eu dizia entre soluços

Logo depois meus pais chegaram e aos prantos levaram meu irmão para o hospital, contrataram uma babá de última hora e me deixaram em casa com Max e Nando. No fundo todos nós três sabíamos que a culpada pela morte do meu irmão era eu, mas ninguém nunca disse nada e até hoje levo o preço da culpa.

Depois disso as coisas só pioraram, voltei para a escola militar em tempo integral e minha mãe se separou do meu pai o culpando pela morte do meu irmão. Perdi completamente o contato com minha mãe e aos poucos com meu pai também. Uma semana antes de sua morte, meu pai foi até a escola militar me trazendo um presente.

– Quero que fique com isso - disse ele - sempre foi meu favorito, e agora é seu. - ele me entregou o mesmo rifle responsável pela morte de meu irmão, me abraçou e depois disse que tinha que ir embora pois estava com pressa. Foi a última vez que vi meu pai.

No meio de tantas lembranças, não consegui mais dormir e fiquei perambulando pelo quarto até de manhã, peguei minhas roupas e sai da casa de Castiel.

Eu parecia uma zumbi de The Walking Dead perambulando por aí, eu pretendia voltar até minha casa mas não fazia ideia de onde estava. Caminhei até um pequeno Café e entrei pois meu estômago já começava a roncar.

Passei por entre as mesas procurando uma disponível para sentar, havia uma mesa com vários garotos conversando e rindo, quando passei por ela senti um deja vu.

Enquanto comia notei que um dos garotos da mesa me encarava o tempo inteiro e isso começava a me incomodar. O garoto tinha cabelos bagunçados, os fios pareciam ter vontade própria, seus olhos eram de um castanho profundo e me encaravam atenciosamente, como se ele procurasse algo em meu rosto de zumbi. Ele parecia ser alto e tinha um jeito engraçado e misterioso, ele me lembrava...

– Max? - o garoto ao seu lado o chamou - cara para onde você está olhando?

Max? Seria... não, não pode ser depois de tanto tempo reencontrá - lo seria no mínimo vergonhoso.

– Hã? Ah desculpe - me Nando eu estava... hum pensando.

– Pensar? Você pensar? Caramba é o fim do mundo mesmo.

Nando também está aqui? Isso é muito de uma vez... e ele está muito diferente, seus cabelos louros agora estão mais crescidos e organizados, como se ele tivesse passado calmante neles pois eram fios de cabelo realmente rebeldes. Ele continua com seu jeito ameaçador mas inofensivo. Será que ainda lembram de mim?

– Cara - Nando disse - você fez de novo. O que diabos você está pensando?

– Tina.

Meu corpo levou um choque instantâneo, ele se lembrava de mim, estava me encarando a tanto tempo que provavelmente já sabia que era eu. Os outros garotos da mesa o encaravam confusos.

– Você tá passando bem? - um deles disse.

Não sei por que mas de repente uma vontade imensa de sair daquele lugar percorreu meu corpo. Paguei a balconista e me dirigi a saída do café mas ainda a tempo de ouvir Max dizer:

– Preciso de um pouco de ar, Nando venha comigo.

Nesse momento eu já não sabia o que fazer, começar a andar como se nada estivesse acontecendo? Ficar parada e esperar? Na dúvida fiz o que qualquer pessoa estúpida faria: comecei a mexer no celular.

– Cara, estou falando tenho certeza que é ela e... - a voz parou no meio da frase, percebi que devia ser Max tentando convencer Nando que tinha me encontrado, sem pensar me virei e disse:

– Oi.

Eles ficaram parados na minha frente, sem expressão enquanto um vento frio balançava seus cabelos, fazendo - os ficarem mais bagunçados ainda.

– Tina, é você? - Max perguntou, confuso.

– Hm, depende você já viu alguma Tina em The Walking Dead?

Ele deu aquele sorriso de lado e correu para me abraçar.

– Senti sua falta.

– Eu também.

– Tá, já mostraram seu carinho um pelo outro iupi agora continuem e abandonem o loirinho aqui.

– Também senti saudades, Nando. - abracei - o também.

Eles estavam o dobro do meu tamanho o que me fez sentir um pouco desconfortável pois quando éramos crianças eu era a líder, agora não sei se conseguiria liderar dois garotos com o dobro do meu tamanho.

– Então, pode começar a se explicar. - Nando disse com um tom sombrio, o que me fez refletir sobre o que eu fiz de errado.

– Me... explicar?

– Sim! Porque perdeu o contato conosco? Depois de você sabe "O Rifle" nunca mais nos vimos!

Era doloroso explicar, pois foi aí que minha vida virou um inferno. Meus pais se separaram mudei de cidade com meu pai onde ele me colocou em uma outra escola, na qual as pessoas não foram amigáveis comigo.

– D-depois disso meus pais se separaram e... - eu não queria explicar tudo pois aí teria que falar de morte e eu não queria chorar na frente deles - e eu mudei de cidade com meu pai.

Nando não pareceu muito convencido, mas Max mostrava solidariedade em sua expressão.

– Tudo bem se não quiser falar mais nada, eu entendo. Mas enfim, como vai a vida?

Contei algumas coisas para ele até chegar no assunto do Castiel, ele estava em apuros e quem sabe Max poderia ajudar afinal ele era mais experiente até mesmo que eu em assuntos militares.

– Ah eu estou exausto, se quer saber vou pra casa. Até mais Max, e tchau Tina vê se não some de novo ! - Nando disse e saiu andando com as mãos no bolso pela direção Leste.

– Temos muuuito papo para colocar em dia. - Max disse sorrindo. - gostaria que eu lhe acompanhasse até em casa?

Ele me encarou, aquele sorriso ameaçador e ao mesmo tempo divertido, seus cabelos balançando ao vento frio e um lenço branco envolvido no pescoço, era praticamente impossível negar algo á ele.

– S-sim, eu adoraria.











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Notas finais do capítulo

Peço desculpas se o capítulo tiver ficado chato por focar mais em Nando e Max, mas vocês verão mais na frente o quão importante esses dois serão na história.