Minha vida em Sweet Amoris escrita por potatochan


Capítulo 23
O Rifle.


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos Ç.Ç depois de 3 séculos eu voltei. Enfim, eu peço mil desculpas pela demora é que eu estou viciada em um jogo chamado Love Ritmo e passei os últimos dias jogando nele e-e
Espero que me perdoem e eu tentarei postar a partir de agora no mínimo um capítulo por semana.
Espero que gostem mesmo tendo demorado tanto hehe =3



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Abracei Castiel meio sem pensar e comecei a chorar, aquela pulseira maldita havia feito eu me lembrar de tudo de novo.

– D-desculpe por isso eu não devia...

– Calma, está bem eu entendi e eu deixo essa passar por que você acabou de salvar minha vida mas... por que estava chorando?

– Motivos pessoais. Você não precisa saber disso por enquanto.

Apoiei Castiel no meu ombro e ele ia dizendo o caminho enquanto caminhávamos pela rua. Sinceramente acho que meu corpo estava no piloto automático, eu estava ali levando Castiel de volta até sua casa mas minha mente estava em um lugar muito, muito distante dali.

FLASHBACK ON






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– Filha, mamãe e eu temos uma notícia para lhe dar! - meu pai dizia, sem esconder o enorme sorriso bobo que tinha no rosto

– Qual? Qual? - eu disse animada, na época eu deveria ter uns 7, 8 anos.

– Você terá um irmãozinho, ou uma irmãzinha! - eles disseram juntos e deram gargalhadas

– Ei! Isso quer dizer que terei que dividir o quarto? - fiz bico. Eu era bem implicante nessa época isso eu admito.

Meus pais riram e depois se entreolharam.

– Claro que não querida, eu e sua mãe já arrumamos tudo.

FLASHBACK OFF






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– E... chegamos. - Castiel disse apontando com o queixo para sua casa enorme, eu já tinha ido ali uma vez e fiquei completamente abismada com o tamanho de sua casa. Era a segunda vez que eu estava ali e não deixava de me encantar.

– É...

– Tina, eu esqueci de comentar mas você parecia meio hum, distraída e antes você tinha começado a chorar do nada, posso saber o que você tem?

– Saudade. - eu disse rápido.

– Saudade? - Castiel parecia confuso, mas eu não podia culpa -lo

– É só o que eu lhe digo por enquanto. Acho que já vou indo...

– Não! - Castiel gritou tão alto que eu me assustei. - Não vá agora, está escuro e é muito tarde, é perigoso ir sozinha.

– Mas eu não posso passar a noite, amanhã tem aula e...

– Não se preocupe, tenho umas roupas femininas aqui acho que você pode usar para dormir, na aula? Bem falte amanhã não tem nada de importante mesmo, e você pode usar a desculpa que ficou cuidando de mim mas por favor não vá agora!

Eu pensei em protestar mas infelizmente Castiel tinha razão, era tarde e eu não podia simplesmente voltar para casa sozinha.

– Certo - murmurei

Eu entrei e Castiel me deu algumas roupas de pijama que eram realmente femininas, resolvi não questionar o porquê dele ter aquelas roupas.

Tomei um banho rápido e resolvi ler um livro para me distrair um pouco das coisas que faziam minha mente ficar confusa porém eu tinha que reler o mesmo parágrafo várias vezes por que eu não conseguia me concentrar, cada palavra fazia com que eu me lembrasse exatamente do que eu não queria lembrar.

FLASHBACK ON





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Dessa vez meus pensamentos me levaram até uma época na escola militar, eu tinha uns 11, 12 anos e estava sentada na beira de um muro com meu melhor amigo, Max.

– Oi. - ele disse

– Oi.

– Assunto?

– Hum, não. - respondi.

Ficamos em silêncio por um tempo observando as estrelas enquanto o sargento não aparecia para nos dar uma bronca.

– Oi. - ele disse de novo.

– Você não cansa de tanto Oi não?

– As vezes sim... uou ! - ele se inclinou um pouco para trás e ia cair sozinho mas se agarrou no meu casaco me levando junto.

– Ai! - eu disse tentando tirar a grama do meu cabelo.

– Desculpe. - ele me encarou e depois começamos a rir descontroladamente

FLASHBACK OFF





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Depois de tudo fui dormir, não estava com vontade de continuar lendo, porém Castiel me impediu.

– Me diz logo o que tá acontecendo com você garota.

– Eu... não posso.

– Tudo bem então - ele me encarou e depois fez algo inusitado, me deu um abraço - só... não fica assim. Me irrita.

"Tudo o irrita " - pensei.

Depois subi até o quarto de hóspedes e me deitei, porém não sei se foi algo bom pois me lembrei da pior coisa que eu poderia lembrar. O Rifle.

Era uma tarde ensolarada, não lembro minha idade mas sei que meu irmão já tinha 4 anos. Max meu melhor amigo e Nando também da escola militar tinham ido passar o final de semana lá em casa na semana de férias da escola militar, e meu pai tinha saído e deixado o Rifle dele sobre a mesa.

– Ei Tina eu duvido que você tenha coragem de pegar o Rifle do seu pai! - disse Nando

Eu tenho que admitir que eu realmente não me dou bem com desafios, aceito todos e antigamente era pior eu tinha que mostrar que conseguia fazer tal proeza.

Peguei o Rifle e disse:

– Pronto peguei Nando, satisfeito?

– Hum... não! Eu quero que você suba no quarto dos seus pais e tente matar um pombo no quintal lá de cima!

Infelizmente, fiz o que ele disse subi até o quarto dos meus pais que era virado para o quintal, meu irmão brincava lá em baixo.

– Ei, eu não sei se isso é uma boa ideia... - Max disse

– Não venha com essa de "não é uma boa ideia" sabichão! É claro que é, ela tem que mostrar que merece as medalhas que ganhou na escola militar!

Eu encarei Max, seu olhar dizia não faça isso Tina. Depois encarei Nando, ele me olhava com fogo nos olhos como se estivesse falando vá em frente, mostre do que é capaz.

Preciso informar que eu não sabia nem como segurar um Rifle direito na época, muito menos sabia que o do meu pai possuía mira. Então sem pensar eu atirei no vazio do meu quintal e uma poça de sangue inundou a grama verde.

E por fim, tenho o completo desgosto de afirmar que, eu matei meu irmão.





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Notas finais do capítulo

Me desculpem se o capítulo tiver ficado um pouco chato, mas essas revelações sobre o passado da nossa protagonista precisavam ser feitas pois elas completam partes da história e adicionam novas coisas ao quebra cabeça =3