Minha vida em Sweet Amoris escrita por potatochan


Capítulo 16
Uma semana com minha tia


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores (as) :33
Gostaria de agradecer aos comentários fofos que me mandaram :3 é muito bom abrir o Nyah! e ver comentários novos na fic *--* se possível tentarei postar um capitulo por dia >



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No capítulo anterior...

"O resto da festa evitei cruzar com Lysandre e encarar seus olhos furta cor novamente. Peguei um pouco de ponche e mal pude acreditar no que vi. Senti meus olhos se enchendo de lágrimas e corri para o corredor do segundo andar, onde encontrei um banheiro e me tranquei."

Eu quase não estava acreditando no que havia acabado de presenciar, eu vi com meus próprios olhos Lysandre beijando Isabela. O que era aquilo? Bem eu não sei, mas por algum motivo eu estava começando a me sentir atraída por ele e é isso que me acontece. Sabe eu acho que é bom para que eu aprenda que eu não devo me apaixonar por nenhum garoto pois é exatamente isso que acontece: eu me ferro.

Mas o que há de errado comigo? Há 3 meses atrás eu mal sabia o que era chorar e veja só, estou chorando pelo mesmo motivo de antes. O que eu vou fazer? Bem vou lavar meu rosto e voltar para aquela festa e mostrar que estou pouco me lixando para isso. Se ele quer iludir iluda outra pessoa, mais tarde eu tiro satisfações.

Lavei meu rosto bem lavado e agradeci a mim mesma por não ter passado rímel, ajeitei meu cabelo em um coque novamente e saí do banheiro com um sorriso no rosto torcendo para não ter ninguém do lado de fora. Desci as escadas e vi que todos formavam duplas, parecia que uma banda iria tocar uma música lenta e eles iriam fazer uma valsa improvisada. Ótimo, era exatamente o que me faltava uma valsa!

– Parece preocupada hoje tábua, tá de TPM é?

– É sempre um prazer conversar com você Castiel, mas sabe falta um fio só para eu lhe dar um chute nas partes baixas.

– Acertei, tá de TPM

Comecei a fuzila-lo com os olhos e ele entendeu o recado, era hora de mudar de assunto.

– Mas diz ai tábua, você vai dançar essa tal de valsa?

– Eu não sei dançar isso.

– Nem eu

Percebi que Lysandre se aproximava cada vez mais de mim e eu realmente não queria encara-lo naquele momento. Subi as escadas correndo e me sentei ao lado da banda que estava tocando. Percebi que não tinha nenhum violinista então resolvi tocar. De vez em quando eu olhava lá em baixo as pessoas dançando coladinhas cochichando, vi quando Nathaniel convidou Isabela para dançar e dei uma leve risada pois se Alexy visse aquilo ele provavelmente pularia de alegria. Quando dirigi minha atenção para o fundo do salão, quase errei as notas no violino. Castiel e Lysandre me encaravam encostados no fundo da sala com os braços cruzados. Era perturbador ter um garoto me observando agora dois era ainda pior !

Quando a música acabou agradeci a banda por terem me deixado tocar e desci as escadas correndo, torci para que nenhum dos dois me alcançasse mas quando cheguei na varanda quase saindo da casa alguém me agarrou pelo braço. Me virei e cruzei com os olhos coloridos de Lysandre.

Não aguentei guardar minha raiva somente para mim e comecei a falar tudo na cara dele:

– O que vai fazer agora? Me encarar me beijar e depois ir em direção a Isabela e agarrar ela também?

Ele parecia confuso e envergonhado.

– V-você viu?

– Claro que vi e eu realmente não esperava isso de você Lysandre, me iludiu esse tempo todo mas estava só esperando essa festa para agarrar ela não é? Se for isso nem me responda!

Me virei para sair quando Lysandre me chamou.

– Não vá! Espere! - Ele estava com lágrimas nos olhos se ele havia mesmo me iludido por que estaria chorando?

– O que foi?

– E-eu não queria fazer isso por favor me perdoe. Eu realmente posso explicar.

– Então diga logo. - O que havia acontecido para ele se arrepender tanto? O que fez ele chorar? Será que era encenação para me confundir novamente?

– Foi a Ambre, eu estava voltando para casa quando me lembrei de ter esquecido meu bloco de notas quando voltei vi ela lendo. Aquele bloco tem coisas... digamos comprometedoras sobre minha pessoa. Ela ameaçou contar para Peggy tudo que estava escrito lá então fez uma aposta. Ela disse que eu deveria beijar você e uma outra garota qualquer no mesmo dia. Eu combinei com Isabela e expliquei a situação, ela concordou mas não passou de encenação por que quem a beijou não fui eu, foi Nathaniel que também fez parte do plano. Se você não tivesse visto, tudo teria saído perfeitamente bem. - ele disse tudo tão rápido e ao mesmo tempo com sua voz suave de sempre. Ele estaria dizendo a verdade? Provavelmente sim, eu posso até perdoa-lo mas ainda tenho algumas perguntas não resolvidas na minha mente. Os dois primeiros beijos, o que eles significavam?

– Eu entendi essa aposta da Ambre mas e enquanto aqueles outros beijos que você me deu? Faziam parte do seu plano também?

– Quanto a isso... - ele deu um sorriso torto - algum dia eu lhe conto, por enquanto acho melhor voltarmos a festa antes que descubram e esquecer tudo isso está bem?

– Claro.

Voltei para a festa um pouco mais aliviada, mas ainda assim meio triste pois não obtive resposta na minha pergunta. Já era tarde quando me lembrei que a tia iria vir para casa no domingo. E a casa estava uma bagunça completa! Armin me deu uma carona de volta e eu o chamaria para entrar se não houvesse dois problemas : o último garoto que levei para casa foi Lysandre e bem... acho que essa parte não é fácil esquecer e o segundo motivo é que parecia que um furacão tinha passado na minha casa e eu tinha pouco tempo para arrumar já que a tia chegaria logo de manhã.

Entrei correndo em casa e troquei de roupa, fiz um macarrão rápido de janta e comecei a arrumar as coisas. Foi difícil e demorado e levei alguns tombos por causa do sabão que joguei mas depois de 2 horas e meia a casa estava brilhando e nem parecia que era minha de tão arrumada que estava.

Tomei um banho e fui dormir, bom pelo menos tentei dormir por que a insônia não foi generosa e levou meu sono pra longe.

No outro dia bem cedinho a campainha tocou, acordei rápido de mais e levei um tombo da cama. Fui cambaleando até a porta e quando abri a Tia me abraçou tão forte que se não tivesse me apoiado na mesa tinha levado um tombo.

– Ah querida quanto tempo eu não te via! Você está tão linda! Cresceu tanto desde a última vez! Já arrumou alguma confusão na escola? Algum namoradinho? Conta pra tia, tem algum menino de rolo com você ? Ah querida quanta saudade de você!

Típico de todas as tias ela fez aquelas perguntas que todo mundo odeia ouvir, respondi igual a sempre.

– Não tia não arrumei confusão, nenhum namoradinho e a única pessoa que estou em um relacionamento sério é com a pizza.

– Sei, sei... agora venha ajudar a tia com essas malas.

Fiquei boquiaberta com a quantidade de malas, ela trouxe três malas enormes que cabiam eu lá dentro, e estavam tão pesadas que eu mal consegui trazer até a sala, quem dirá levar até o quarto de hóspedes no segundo andar!

– Nossa a casa está arrumadinha... será que vai ficar assim a semana inteira? E a propósito querida eu irei lhe acompanhar na escola a semana inteira, quero conhecer seus novos colegas.

Ai meu Deus não isso não!! Ela vai começar a contar histórias de quando eu era bebê, vai começar a contar que com 4 anos eu comia papel e outras coisas constrangedoras sobre minha vida, além de ficar com aquele assunto chato de namoradinho. Eu não mereço!

Mas no fundo minha tia é uma pessoa muito legal, afinal ela me deu uma casa e vive comprando coisas para mim! Só que as vezes ela podia deixar de ser tão "tia".

– Tia, eu preciso me arrumar para me encontrar com UMA colega - fiz ênfase no uma para que ela percebesse que não era nenhum garoto embora houvesse algumas chances de encontrarmos um nesse passeio.

– Ah a tia não pode ir junto não? Quero conhecer essa garota!

Meu Deus como minha tia era grudenta! Uma semana desse jeito? Será que eu aguento?

– Tia, a gente precisa conversar sobre um assunto muito sério. Mais tarde eu trago ela até aqui para conversar com você está bem?

– Ah claro. Mas se pegar algum menino bonito me conta viu?

– Tia!!!

Subi para meu quarto e fiquei pensando, minha tia fazia o possível para ficar perto de mim e poucas vezes conseguia por conta do seu emprego, perdi minha mãe há dois anos e ela foi a única família que me restou.

Me lembro de minha reação quando fui avisada da morte de meus pais. A que mais me chocou foi meu pai que sempre foi forte, e que quando não precisavam dele no exército ele ia até a escola militar me ensinar algumas maneiras de mirar melhor, alguns truques de luta e cada momento que eu passava ao lado dele eram momentos inesquecíveis. Chorei muito quando minha mãe morreu mas com meu pai foi pior, era como se uma parte de mim tivesse sido arrancada e levada para longe, ninguém além da tia foi me consolar. E quando minha mãe morreu ela foi a única a se candidatar para cuidar de mim, a única que se mostrou realmente uma família, eu a valorizava muito por isso.


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