A vida de outra garota... escrita por Becky Cahill Hirts


Capítulo 22
XXII - Valentin's Day


Notas iniciais do capítulo

[Especial Valentin's Day casais não-amyan]



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~Mundo Real~

–Antes da notícia do desligamento das maquinas-

Pov. Sinead

— Não é como se o mundo dependesse disso, Hammer, é só um desejo. — Digo, enquanto o loiro me arrasta por quadras e quadras.

Hammer para e me fita. Seus olhos caramelos ficam mais claros com a luz do sol, seus cabelos brilham, em um tom dourado lindo. Ele estava vestindo uma blusa sem mangas e uma calça jeans, mas ficava tão bem naquela roupa...

— Sinead — ele disse meu nome com calma. — Se você quer comer sorvete, você vai comer sorvete! Nem que eu tenha que rodar Boston inteira!

Dou uma risada enquanto aliso o vestido verde* claro que estou usando. Hammer é tão fofo...

— Tudo bem, mas — eu digo colocando uma mecha ruiva atrás da orelha. — Depois disso você está me devendo um jantar.

— Um jantar?

— Sim, um jantar.

— Onde? E o mais importante, para comer o que? — ele diz, rindo.

— Você e eu. Pizzaria. Pode passar para me buscar as 20:00.

Hammer ri, e eu dou um leve sorriso. Não que eu não esteja arrasada com o acontecimento com a Amy, mas como todos, estou tentando esperar sem pirar.

— Feito, mas eu acho que vi uma placa de sorveteria por aqui...

Dou uma risada forte enquanto continuamos.

Andamos por mais algumas quadras até encontrar, finalmente, uma sorveteria. Ela era uma graça, azul, com portas e janelas brancas e mesas do lado de fora.

— Posso ajudá-los? — Perguntou uma mulher alta, com seus lá 30 anos. Ela tinha cabelos de um tom chocolate, e olhos da mesma cor. Seu rosto era simpático, e ela usava um vestido azul e avental branco, só na parte da saia. Uma gracinha.

— Um sorvete grande de chocolate, por favor — pediu Hammer, enquanto eu ria.

— Casquinha de creme, obrigada. — Termino sorrindo e a garçonete saí.

— O que vamos fazer depois disso? — Pergunta Hammer, observando alguns pássaros voar.

— Não sei você, mas eu vou para minha casa me arrumar. — Respondo sorrindo, meus cabelos ruivos insistem em voar para perto dos meus olhos, fazendo-me colocá-los atrás da orelha com frequência.

— Ah sim... Alguma ocasião especial? — Ele questiona, rindo.

— Não é nada demais, eu só vou ir jantar com um amigo... — Respondo, com humor na voz.

— Esse amigo deve ser muito sortudo, para fazê-la jantar com ele. — Hammer brinca, e nossos sorvetes chegam, paramos de conversar para come-los.

Enquanto eu trazia a casquinha a boca, Hammer se inclinou sobre a mesa e vez ela tocar meu nariz, deixando sujo o local.

Ele ria.

— Ah, é assim? — Perguntei enquanto pegava a colher dele e sujava seu nariz com o sorvete.

Ele riu, e ficamos sujando o rosto do outro com sorvete, parecia dois retardados.

A vida de outra garota...

Milady — Hammer estende o braço assim que me pegou na porta de casa.

Estava escuro, as luzes da rua pareciam desligadas, porém o céu estrelado acima de nós compensava a falta de luminosidade. A luz cheia brilhava bem em cima de nossas cabeças. Havia uma brisa agradável no ar, nada que desse frio, apenas um ventinho.

Hammer estava usando uma blusa preta, e jeans, dessa vez mais apresentável. Seu cabelo continuava lindo como sempre, mas agora, mais escuro, devido a falta de luz.

— Obrigada, gentil senhor. — Agradeço, estendendo meu braço de encontro ao dele.

— Para onde? — Ele perguntou, abrindo a porta do carro preto para me permitir entrar.

— Vá dirigindo que eu indico o caminho. — Lhe informo entrando no carro.

Depois de um tempo, músicas cantadas e risadas bobas, finalmente conseguimos chegar no destino. Hammer ria de algo que eu falava assim que nos sentamos na mesa, em uma janela, que dava vista para um pequeno e belo jardim secreto.

— Ahn... Vou no banheiro, não peça nada sem mim. — Ele fala, rindo, porém parecia um pouco nervoso.

— Oh... Claro, ok... — respondo, dando um leve sorriso depois.

Fico um tempo observando o jardim. Rosas cresciam sobre trepadeiras, girassol fechados à espera do sol nascente das manhãs, eles sempre foram minhas plantas favoritas, tulipas vermelhas revestiam a beira da fonte de pedra. A lua dava para aquele local, um toque mágico.

— Voltei! — Hammer cantarola, se sentando na minha frente novamente.

Dou uma leve risada.

Fizemos os pedidos e enquanto esperávamos as bebidas, Hammer me contou sobre suas irmãs, e sobre o local onde seus pais estavam, ouvi tudo fazendo pequenos comentários a cada brecha, fazendo-o continuar falando. Eu adorava vê-lo falar. Sua voz me transmitia segurança.

— Senhorita. — O garçom, entregando-me um copo, com suco de laranja dentro. Dou um leve sorriso, e murmuro um agradecimento.

— Então... — Hammer continua. — Enquanto você vai bebendo, eu posso contar uma coisa? — Ele diz, indicando o copo.

Eu assenti com a cabeça, e comecei a dar mini goles no suco.

— Desde que eu te conheci, você me bagunçou por inteiro, Sinead. Mesmo na busca das pistas, você me deixou sem saber o que pensar, e quando... Quando o acidente aconteceu, eu.. eu — Ele parou para respirar e eu me permiti pensar a onde ele queria chegar. — Não importa, eu me senti muito mal. E graças vocês estão bem... Ned e Ted conseguiram melhor e... bem...O fato é... — Ele parou e olhou para o meu copo —Sinead, pode terminar de beber isso logo, por favor?

Eu estranho a fala, mas bebo ele de uma vez só, tentando entender o que ele queria.

Assim que dou o último gole, sinto algo na minha boca.

Tiro e vejo um pequeno anel, de prata, com uma pedra verde pequena, uma esmeralda.

— Da cor dos seus olhos... — Hammer diz, baixinho.

— H-Hamer... — Tento responder, mas ele coloca o dedo sobre a minha boca.

— Não precisa dizer nada, só... Me deixe falar. Sinead eu te amo, e não conseguiria imaginar a minha vida sem você, você poderia, por favor, me dar a honra de permitir-me chamá-la de minha?

Eu fico calada, sem conseguir acreditar em nada.

— H-Hamer... Isso é... Isso é um pedido? — Ele assente com a cabeça, mas consigo ver medo em seus olhos.

— Se você não quiser... Tudo bem, eu sei que... — Dessa vez eu coloco o dedo sobre seus lábios.

Ele me encara, eu o olho de volta. Ficamos alguns segundos assim até eu dar um largo sorriso, sinto duas lágrimas escorrendo sobre a minha face.

— Sim! — Digo, fraca. — Sim, sim e sim. Sim hoje, amanhã e sempre. Sim para sempre! — Eu digo e se levanta para ajoelhar-se na minha frente.

Seu sorriso tão largo quanto o meu.

— Sim... — Ele aprecia a palavra, me encarando — Ela disse sim.

Eu não aguento e o beijo, passando meus braços sobre seu pescoço, e nem me importando com o fato de estar jogada no chão. Ele era meu.

Nosso beijo é calmo e desajeitado, de uma maneira boa. A felicidade que explode dentro de mim... Ah...

— Sim... — Ele repete assim que nos separamos em busca de ar. — Ela disse sim...

A vida de outra garota...

Pov. Madison

— Adivinha quem é! — Exclamo, cobrindo os olhos de Ned com as mãos.

— Deixe-me ver... — Ele diz, irônico. — Rihanna? — Faço uma careta e tiro as mãos dos olhos dele.

— Tô mais para Britney — Falo, dando a língua. E ele ri.

— Oi, Maddie.

— Olá Ned — devolvo o cumprimento, rindo-me.

— O que houve? — Ele pergunta, enquanto sentamos. Ele estava no shopping, perto de uma mesa na área de alimentação.

— Ora, nada. Só vim falar com o meu gêmeo favorito.

— Deixa a Regan te ouvir dizendo isso. — Ele responde, passando a mão pelo cabelo. Algo naquele jeito nerd dele me deixava muito atraída.

— Ela me trocou pelo Jonah... — Fungo, fazendo cara de triste.

— Tenho certeza que ninguém em sã consciência te trocaria pelo Jonah. — Diante a fala dele, eu dou uma risada.

— E é por isso, Ned, que você é o meu gêmeo favorito. — Jogo o meu cabelo loiro para um dos lados.

— Deve dizer isso para todos.

— Mas não trago chocolate para todos. — Mostro a caixa de chocolate que eu havia comprado a pouco.

— Oba, é pra mim?

— Pra quem mais? — questiono, me sentando do lado dele, bem perto

Abro a caixa e começamos a comer.

— Mad, para de comer tudo! — Ned brinca do meu lado. Eu dou uma risada maléfica.

— Vem pegar, querido! — Coloco um chocolate na boca, esperando pela reação dele.

Ele me fita por alguns segundos, enquanto eu deixo o chocolate na ponta da língua.

Por fim, ele me beija. Um beijo voraz, forte, e coberto de paixão. Ele pede passagem pela minha língua e eu a concedo sem nem pensar duas vezes, ele é fofo, gentil e... Tudo que eu preciso para ser feliz.

Por fim, nos separamos pela falta do ar, mas ele continua me tocando, dessa vez, colocando a mão por cima dos meus ombros.

— E então... — Ele coça o cabelo, devagar, e parecia meio tímido agora.

— Quando vamos repetir isso? — Pergunto, sorrindo.

A vida de outra garota...

Pov. Natalie

Corri em direção ao banheiro. Já eram 18h30min, Dan chegaria as 19h30min, apenas uma hora para me arrumar! Tudo por causa que eu não tenho/tinha a roupa certa... Bom, passei a tarde no shopping e finalmente achei a roupa que tanto queria. Ela é meiga, doce e vai deixar o Daniel Cahill de queixo caído.

Abri as torneiras da banheira, colocando espuma e perfumando o ar com sais de banho. Entrei no chuveiro,que fica ao lado da banheira, para tomar uma ducha e me lavar, porque odeio a ideia de que estou tomando banho na minha própria sujeira...

Depois da ducha, a banheira ainda não havia se enchido por inteira, isso que da ter uma banheira enorme, então eu sequei meus cabelos e os prendi com rolinhos, para fazer leves ondas neles.

Assim que terminei, entrei na banheira, tomando muito cuidado para não molhar o meu cabelo, que estava já preso.

Fiquei na banheira por muito tempo, relaxando, mas depois desse tempo, lembrei que estava atrasada, e saí correndo de lá, molhando boa parte do banheiro.

Me sequei, passei creme, perfume, fiz maquiagem soltei os cabelos nas ondas mais perfeitas do mundo e... ufa, coloquei a roupa perfeita e o sapato lindo!

Por Gioden, Natalie, você está parecendo a antiga Natalie, calma... Deixe que a nova “você” domine a situação.

Respirei fundo e olhei o relógio. 19h29min. Se Dan for pontual, ele chegará dentro de um minuto... Calma Natalie, lembra, seja uma boa menina, comportada e seja você... Ah, isso não tá funcionando!

Me sentei no sofá branco da sala, tentada a roer as unhas.

Olhei no relógio: 19:34!

Dan está quatro minutos atrasado.

Me lembrei que havia feito um bolo para ele e fui na cozinha pegar, acabei comendo uns morangos, e fazendo a cobertura, além de terminar de montar todo o bolo, e nada de Daniel.

Meu perfume deve ter saído com esse cheiro inteiro, estou “fedendo” a chocolate!

Estava indo para o quarto quando a campainha finalmente toca. Paro direto o que estou fazendo e corro para a porta.

Antes de abrir me olho no espelho, tirando o cheiro de chocolate, ainda estou perfeita. Respira Natalie.

Abro a porta.

— Olá, Dan — digo com uma voz calma e controlada, tentando evitar que eu fique totalmente maluca.

Dan esta lá. Parado. Na minha frente. Igual a um deus grego. Ah, me ajuda, Luke!

— Natalie, desculpa, eu sei que posso ter demorado, mas eu não estava achando uma roup... Uau! — Ele disse ao me olhar, e eu sorri, sem jeito. — Você está linda! — Ele deixa escapar e me olha, corado.

— Obrigada, Dan — Agradeço, sorrindo. — Quer entrar? Fiz bolo.

— Já to aqui! — Ele fala animado, lançando-me um olhar fofo.

Eu o levo até a cozinha e nós comemos duas fatias de bolo de chocolate com morangos.

— Vamos, Natalie? — ele diz, depois de um tempo.

— Dan, quantas vezes vou ter que pedir para você me chamar de Nat? — pergunto, irritada.

— É... que eu gosto de falar o seu nome — ele explica, corando. — Mas vou chamá-la de Nat, desde já. — Seu sorriso é tão lindo que eu me seguro para não ter um ataque de loucura.

Por fora eu até estava normal, mas por dentro... Ah, Daniel Cahill, como pode fazer isso comigo? Me deixar tão... Perdida.

— Eu também gosto de chamá-lo de Daniel. — Respondo sorrindo, vendo-o fazer uma careta.

— Ok, Nat, eu te chamo de Nat e você me chama de Dan.

— Feito! — Concordo, sorrindo e sem evitar, beijo sua bochecha.

Dan cora, e nós dois saímos meio sem jeito do apartamento.

A vida de outra garota...

— Eu simplesmente não entendi o por quê que todos tiveram que morrer! — Dan argumenta, enquanto saímos do cinema.

Eu tento secar as últimas lágrimas que caiem do meu rosto.

— Era um filme lindo — Pronunciou sorrindo.

— Natalie Kabra, você está chorando! — Exclama Dan, passando as mãos pelo meu ombro.

— Sim, Daniel, estou! — Digo empurrando ele.

— Pera, Nat. — Ele quase fez as pessoas atrás deles caírem quando parou abruptamente. — Você está com um cheiro delicioso de chocolate.

Eu dou uma leve risada. Voltando a andar.

— Gosta?

— Amo! — Ele diz, e nós paramos na frente do cinema. Fitando-nos.

Ele fica me olhando, e eu olho para ele. Ficamos assim por muito tempo.

— Como está, Amy? — Pergunto, a meia voz, parecia em um transe.

— Bem... Ian disse que Laura está estranha, mas segundo ele vai ficar tudo bem. — disse ele, também em transe.

— Com toda certeza, logo logo ela acorda — Respondo, e nós dois continuamos nos fitando, no nosso lindo transe.

— Natalie... Posso te dizer uma coisa?

— Diga — Falo sorrindo.

Ele me encara por alguns segundos, seus olhos castanhos nos meus âmbar.

— Podemos voltar para sua casa, jogar um jogo e comer bolo?

Dou um sorriso.

— Claro que sim, Dan.


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Notas finais do capítulo

{Só para lembrar, se vocês estão gostando da fanfic, recomendem, deixem reviews, favoritem. Tudo isso ajuda muito na divulgação. Por favor, *pisca*, vocês não querem mais histórias?}
[corrigido e revisado]