A vida de outra garota... escrita por Becky Cahill Hirts


Capítulo 21
XXI - A week


Notas iniciais do capítulo

{Dio mio, quem tá morrendo de curiosidade para saber como o Ian-lindo-gostoso-maravilhoso-gatoso-perfeito-Kabra está? Então vão ler!}



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~Mundo da Amy~

Pov Ian

Uma semana.

Uma semana que estou deitado nessa porra de maca!

Uma semana sem ver a minha ruivinha favorita...

~POV. narradora~

Ian estava no hospital fazia um tempo, várias pessoas foram visitá-lo, desde amigos, como Jonah e Ted, até alguns alunos da escola que ficaram compadecidos com o ocorrido.

Ian agradecia as visitas, mas durante seu tempo sozinho se remoendo atrás de um motivo para Amy não estar indo ali. Ele fizera algo errado? Mas fora ela que beijou ele, não?

Nenhuma pergunta obtinha resposta e Ian continuava esperando a sua linda ruiva dos olhos cor de jade...

Mal sabia ele o terror que a mesma estava passando.

~POV. Amy~

Uma semana...

Uma semana sem vê-lo.

Uma semana sem saber como ele está.

Uma semana para alguns é pouca coisa, mas essa última semana foi a pior de toda a minha vida.

Lágrimas escorrem e eu não faço questão de secá-las.

Lágrimas demostram a dor que estou sentindo agora, como estou mal... Acabada... Destruída.

Lágrimas em tributo ao meu amor. Não morto, mas ferido.

Não é como se a culpa fosse minha.

A culpa é daqueles viados da torcida ao lado que jogaram as pedras em cima de nós, mas mesmo assim... Ian estava me olhando, como ele poderia ver? Eu sou culpada, culpada, culpada...

Para pior tudo não conseguia nem me olhar no espelho. Todas as vezes que me olhava via a menina que eles viu.

Cabelos ruivos bagunçados e olhos verdes salientes, embora a cara esteja vermelha e redonda. Não conseguia nem mesmo me imaginar ao lado dele.

Ian é bom demais para mim, eu sou um problema, eu quase matei ele.

Eu deveria sumir...

Meu coração lateja a cada mini segundo.

Meu Ian... Meu amor, como está você, meu salvador e destruidor?

A vida de outra garota...

~Mundo Real~

Pov Regan

— Jonah? — Berrei, rindo-me feito boba. — Onde está você demônio?

— Uau, magoei Regs. — Ele disse, sua voz saindo de trás de uma cortina vermelha da grande biblioteca dos Wizards.

— Te peguei! — Cantei vitória, pulando em cima dele.

— Não valeu, foi trapaça! — Reclama ele, me puxando para seu colo.

— E quem disse isso, Wizard? – Pergunto, levantando meu queixo para encarar os olhos dele.

— Eu, Holt! – Disse o astro.

Se algum dia me perguntassem se Jonah Wizard mudaria eu diria que não, jamais, nunca, iria até avisar essa pessoa que não se deve mexer com as forças da natureza. Mas nos últimos dias ele mudou. E muito.

Amy está no hospital faz muito tempo, e tudo que a nossa vida tem sido é tentar encontrar um modo de acordá-la. Jonah se sente culpado, claro, não tanto quando Sinead, mas bem culpado. Ele mal tem ido aos shows, e cancelou a turnê dele. Ou seja, bem mal.

Até durante as pistas, Jonah manteve a turnê.

Nos últimos dias eu e ele temos passado muito tempo juntos, é bom para os dois, ajudá-los a esquecer um pouco das coisas do mundo lá fora.

Hoje, Jonah me convidou para conhecer a mansão Wizard, e como eu já estava bem mal, aceitei. Ele me fazia rir e brincar, e as vezes eu até voltava a ser a Holt de antes do acidente, mas toda a vez que eu me despedia dele, a Regan depressiva voltava. Era incrível o bem que o Wizard estava me fazendo.

— Regs. — Ele me chamou, estalando os dedos na minha frente. — Terra para Reglandia, estamos com alguém na escuta.

— Bobo! — Xinguei, batendo levemente nos braços dele enquanto ria. — Você não consegue ficar sem mim por um minuto não?

Jonah riu primeiro, porém depois ele ficou sério e olhou a minha face, segurando ela diante da dele. Seus olhos caramelos estavam intensos e sua respiração profunda. Meus batimentos cardíacos ficaram totalmente fora da ordem, mas ele finalmente disse:

— Como eu viveria sem você? — suas palavras saíram afinadas na sua linda voz rouca. — Regan... — ele disse, fitando-me os olhos verdes esmeralda — Você não percebe o óbvio não é? — Ele parecia... frustrado.

— N- não entendo... — Murmurei, enquanto uma parte do meu cabelo castanho escuro caia sobre meus olhos.

— Regan... — ele disse, tirando o cabelo da minha cara e colocando-o atrás da minha orelha. — Você sempre vai ser, a única coisa que eu realmente me importo. – ele disse e beijou-me os lábios vermelhos.

Sem pensar retribui o beijo, agarrando-lhe a cintura e sorrindo internamente enquanto o beijava.

Fui tomada por aquele fato bobo que eu já sabia.

Eu amo Jonah Wizard, tanto quanto amo ballet.

A vida de outra garota...

Pov Dan

— Dan... — Chamou alguém atrás de mim.Virei-me devagar e encontrei uma menina de cabelos longos, até a cintura, escuros, e olhos cor de âmbar. Ela coloca gentilmente uma mecha do cabelo atrás da orelha, e parecia muito nervosa.

— Natalie... Quer dizer, Nat. — Ela sorriu, vermelha. — Olá! — a menina na minha frente usava uma blusa vermelha e saia preta, além de um chapéu francês... Boila? Boita?

— Oi... — ela disse passando a mão pelo cabelo, ela parecia bem nervosa. — Dan.. eu vim porque...

— A Amy está bem? — Atropelei a menina enquanto ela tentava falar.

— Sim está, mas...

— É o Ian? Sinead? Hamilton? Vespers?

— Não, não, Dan! – Ela diz, um pouco alto demais. Acho que ela percebeu pois me olhou com um olhar de desculpas... Ok isso não fez sentido, “olhar de desculpas?”. — Eu vim porque quero saber se você quer ir no cinema comigo. —Ela abaixou os olhos, envergonhada. — Se você não quiser, tudo bem... Eu vou entender... — Natalie Kabra fica corada no instante seguinte, fazendo um sorriso enorme aparecer no meu rosto.

— Eu vou adorar ir ao cinema com você, Natalie.

Ela da um sorriso fofa e meigo e o chapéu dela voa.Natalie faz menção de se mexer mas eu vou mais rápido e seguro a chapéu dela.

— Aqui está a sua boita — eu disse sorrindo, ao entregar para ela.

Natalie ri, e brinca com o chapéu antes de recolocá-lo na cabeça.

— Dan... Obrigada, você é um fofo, mas o nome disso é boina.

A vida de outra garota...

~Mundo da Amy~

Pov Amy

— Ora vamos Amy, você não pode desistir de viver só por causa do Ian, ele vai ficar bem... — Disse Sinead.

— É mesmo, Amy, até eu que sou irmã já estou melhor. — Concordou uma Natalie com muita maquiagem na cara, tentando esconder o vermelhão que estava seu rosto. A menina tentava, mas as quatro sabiam que ela também estava chorando a noite inteira.

— Vamos, levanta menina! — disse Madison, puxando as cobertas.

— Deixem-me! — Gritei, escondendo o rosto embaixo do travesseiro.

— Ela que pediu. — Regan falou, e eu notei o sorriso maldoso da Maddie pelos olhos semi-cerrados. Lá vem... — Jonah! Hammer!

Ferrou!

Eu levantei da cama em um pulo, bem assim que a porta do quarto se abriu e os dois garotos passaram por ela. Corri para trás da cama e comecei a ir de uma lado para o outro.

— Não tentem nada! — Alerto, encarrando os dois, seria. — Eu conheço os objetos que estão nesse quarto que posso usar para matar!

— Ah vamos, Amélia! — Hammer resmungou. — Você está sendo boba.

— E você deveria estar se arrumando... Já que hoje nós vamos te levar para o hospital — disse Sinead.

As palavras dela ecoaram na minha mente.

Me levar para o hospital... Para Ian.

Só de pensar assim meu coração já deu um salto de 360 graus.

Aproveitando a minha distração, os dois meninos andaram para os lados da cama e quando eu percebi estava sendo carregada até o banheiro.

— Quero um advogado! — Gritei, balançando as pernas, fazendo todos rirem. — Onde está o mandato? — Hammer me coloca sentada no chão do banheiro. Sinead vem para a porta e joga uma roupa para eu colocar.

— O mandato eu tirei no dia que virei sua amiga. Aquele que me obriga a nunca deixar você ser idiota e te mandar correr atrás da sua felicidade, agora toma banho logo. Só saí daqui quando estiver linda e arrumada. — Ela terminou batendo a porta.

A vida de outra garota...

Respiro fundo.

É só entrar Amy, abrir a porta e entrar... Penso novamente.

Olho pelo pequeno vidro e o vejo deitado de lado. Ele deve estar dormindo, melhor eu voltar depois...

Não. Sinto o meu interior se rebelar. Eu tenho que fazer isso.

Ando até a porta devagar, respirando fundo. Olho para a maçaneta tentando criar coragem.

Finalmente depois de muito tempo abro a porta.

Ele se vira automaticamente.

Nossos olhares se encontram e ficamos um longo tempo nos olhando.

Eu limpo a garganta e tento controlar as lágrima.

— Pen...Pensei que você não iria vir nunca... — Ele diz por fim, suspirando.


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Notas finais do capítulo

[corrigido e revisado]