A vida de outra garota... escrita por Becky Cahill Hirts


Capítulo 19
XIX - News Out


Notas iniciais do capítulo

{Pipoca? Lencinho? Cobertor? Posso oferecer algo que facilite a vida de vocês lendo este capítulo?}



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~Mundo Real~

Pov. Dan

— Sinead, onde mesmo você achou isso aqui? — Perguntei irritado.

Sinead acabará de me mostrar um bilhete que ela encontrou no quarto da Amy, e eu fico pensando como a minha irmã consegui aguentar tudo aquilo sozinha.

— No meio das mochilas dela... — Sinead tinha os olhos vermelhos. — Dan você acha... acha que...

— Não sei, Sinead. Mas eu me odeio por não ter percebido antes.

A vida de outra garota...

— Achei! — Berra Madison. — Aqui ô! – ela aponta para a tela do computador.

Regan que estava do lado dela olha para a tela e da um sorriso largo, depois tira o computador da irmã e anda até a mesa, onde eu estava sentado com outro computador aberto. Jonah, Hammer, Sinead, Ted e Ned se aproximam junto.

Na tela do computador havia um site, um daqueles secretos, existem cinco tipos, os dos Lucian, dos Janus, dos Ekat, dos Tomas e dos Madrigais, sobre Vespers.

— Existem fichas! — Madison explicou, orgulhosa. — Trabalho dos Lucian com Madrigais durante anos, claro que os Lucian não sabiam que estavam trabalhando com Madrigais... — Ela se apressou a dizer. — Mas mesmo assim... Fichas e mais fichas de possíveis Vespers. A gente pode procurar...

Natalie sentou do meu lado e puxou o computador para ela. O site era Lucian e pedia senhas e mais senhas para ter acesos as informações. Nat foi abrindo página por página, examinando conteúdo após conteúdo.

— É... — Ela disse por fim. — Acho que agora é só ver qual desses mandou a carta.

A vida de outra garota...

Pov. Ian.

Três semanas, 4 dias, e 14 horas sem ela.

Ou melhor, com ela em coma.

Sem abrir seus pequenos olhos verdes jade para o mundo.

Sem permitir a todos que víssemos a sua beleza.

Seus machucados estavam curados, e ela tinha apenas um fino risco no rosto. E segundo os médicos dentro de dois dias tirariam o gesso dela.

Ela estava linda. Laura, a enfermeira, passou ontem aqui e deu um “banho” nela. Lavando-lhe os cabelos e perfumando-lhe o corpo.

Amy teria gostado disso.

Lembro-me que ela odiava ficar sem tomar banho.

Agora seus longos e lisos cabelos vermelhos estavam bem lavados e arrumados envolta de sua face angelical. Seus olhos, mesmo fechados, estavam delicados com aquela moldura de cílios longos e escuros, fazendo uma mínima sombra embaixo de seus olhos. Seus lábios eram de um rosa lindo, e seu nariz arrebitado fazia com que o conjunto da obra ficasse perfeito.

Ela me lembrou a Bela Adormecida. Porém ruiva.

Segurei sua mão por entre os fios e sorri de leve, pensando em como aquela menina era perfeita.

Quando estava prestes a abandonar o mundo em meio aos meus pensamentos meu computador deu sinal de vida.

Relutante, soltei-lhe a mão e me sentei no grande sofá de couro branco.Ligando o notebook em meu colo.

— Senhor Kabra. — Cumprimentou Dr. Reublen quando atendi sua chamada.

— Dr. Reublen — saudei. — Algum problema?

— Sim, sim... Fiquei sabendo sobre... bem... Esse assunto é complicado e sei que devem estar nervosos... Sobre os Vespers... E acho que... Se algum Vespers aparecer, tenho certeza que a senhorita Amy iria preferir... Bem, preferir que você aplicasse nela um soro... Um soro para... Fazê-la dormir para sempre, ao contrario de ser prisioneira dos Vespers... Já que eles...

— O senhor está dizendo-me para matá-la? — Pergunto sem convicção. Não acreditando em uma palavra que estou ouvindo.

— Senhor Kabra — disse o Dr. Seriamente nervoso também. — Amy conhece as 39 clues, pode não tê-las decorado por inteiras, como seu irmão, mas mesmo assim conhece. Se eles fizerem uma lavagem no cérebro dela? E se usarem ela para atrair Dan? Você acha que ele não diria as 39 clues para o mundo se isso pudesse salvar Amélia?

— Creio que até eu diria, Dr. — Respondi frio. — E Amy ficara bem. Ninguém irá tocar nela, obrigada por não ajudar em nada!

— Sr. Kabra, convenhamos que se isso por acaso acontecer...

— Isso não irá acontecer! O senhor não precisa mais ajudar!

— Bem... permita-me lhe dar alguma ajuda pelo menos... — ele disse, mexendo no casaco de botões. — As pesquisas indicam que... Ela consegue lhe ouvir. Então fale com ela. Diga para ela voltar. Essa pode ser a única maneira de tê-la de volta.

Fico em silêncio, absorvendo as palavras dele.

— Obrigada Dr. — Digo por fim, fechando o notebook.

Fito a face de Amy por alguns minutos, refletindo sobre as palavras de Reublen... Amy iria preferir ser morta a ver as 39 pistas nas mãos dos Vespers. Tanto que ela ficou em silêncio por esse tempo inteiro. Séria um desrespeito deixar com que qualquer um estragasse o seu sacrifício... Mas se Amy for... Eu vou atrás...

Ando até o lado de sua cama novamente, parando ao tocar na mão dela.

— Por favor, Amy. Se você pode me ouvir, por favor, me de um sinal de vida.

E por um breve momento, pensei sentir minhas mãos se mexerem.

A vida de outra garota...

Pov. Dan

— É esse! — Berrou Sinead. — Só pode ser! — Ela disse olhando para a caligrafia de um Vesper no site Lucian.

Olhei o nome dele e o coloquei na sessão Madrigal.

— Se esse... Ian precisa saber.

— Eu ligo. — Natalie se apressou em dizer, pegando seu celular. Natalie saí da sala e eu tento resistir a vontade de correr atrás dela...

A vida de outra garota...

Pov. Natalie.

— Pai? — Pergunto assim que ouço o “alô?”

— Natalie, o que houve? Algo errado? — Questiona a voz de Vikram Kabra do outro lado da linha.

— Diga-me você depois de ouvir o que tenho para lhe contar. — Respondi com a voz doce. — E querido papai, sugiro que sente.

E comecei a contar o que havia acontecido desde a reunião.

A vida de outra garota...

Pov. Vikram

Após desligar o telefone com Natalie, prometendo para ela que daria um jeito no assunto mandei chamar Bob.

— Senhor Kabra... Pediu para me ver?

— Sim, Bob... Temos um alerta V. E esse tem que ser eliminado o quanto antes.

A vida de outra garota...

Pov. Ian

— Fala pai. — Atendo a ligação.

— Está ocupado filho? — Ouço a voz de Vikram chiada pelo telefone.

Me afasto da cama de Amy, passando a mão na cara para tentar voltar ao mundo. Passei horas pensando no que era certo fazer e estava com medo de ficar muito longe dela.

— Não — respondo, tentando deixar minha voz forte novamente. — Estava só pensando.

— Ian, Natalie me ligou e me contou o que está acontecendo e eu sinto muito filho. Muito mesmo.

— Não esquenta pai, eu to legal... A Amy que não está muito bem, mas logo ela melhora. — Tentei parecer confiante enquanto falava, algo que não sei se deu muito certo. — Mais alguma coisa?

— Ian, Natalie me disse que eles descobriram o cara, ou melhor o Vesper que fez isso — minha cabeça girou.

— E por que não me avisaram? Eu quero eu mesmo matar esse cara... Qual o nome? Endereço? Informações? — Perguntei pegando uma caneta no bolso.

— Eu já dei um jeito nele filho. Bob acaba de me ligar dizendo que pegaram... Vamos levá-lo para uma prisão Madrigal, segundo Fiske, onde ele ficara para o resto de sua vida.

Amy iria gostar de saber disso...

— Mais alguma coisa? — Perguntei, querendo urgentemente voltar para Amy.

— O que você sente em relação a ela? Ian você deixou tudo por ela. Lembro-me de sua m... Quer dizer — ele ficou mudo por um tempo e eu sabia que ainda não havia superado a prisão de Isabel — Isabel... Lembro-me dela dizendo que eles eram só dois pobres coitados... O que há de tão especial nela?

— E-eu não sei pai... Ela faz com que eu gravite em volta dela. E... eu me sinto culpado por isso... Deveria ter pego um carro e ido atrás dela... Eu... — Fico em silêncio tentando fazer as lágrimas voltarem para dentro de mim.

— Você a ama... — Vikram disse a verdade que eu estava com medo de admitir.

— Fala ai, Ian! — Ouvi alguém dizendo da porta e olhei para a figura de Jonha Wizard e Dan Cahill entrando no quarto.

— Tenho que desligar, falo com você depois. – disse para o meu pai e guardei o telefone no bolso. — Olá Jonah. Dan. — Cumprimento com a cabeça e Dan me lança um leve olhar preocupado. — Ela está bem... Mas... O Dr. Reublen foi dispensado... – Digo, e para minha surpresa Dan balança a cabeça, concordando.

— Ele não estava sendo nada útil... — diz Dan.

— Mas ele me disse algo útil antes de eu dispensar ele. Disse que Amy pode nos ouvir... E que talvez devêssemos tentar fazê-la voltar... falando.

A vida de outra garota...

Sem a ameça dos Vespers sobre nossas cabeças os dias foram bem mais suportáveis. Eu ainda dormia no hospital, não querendo ficar longe de Amy. Todas as manhãs Laura vinha e trazia mais soros para Amy, e meu café da manhã. Porém, Laura me parecia distante, e até melancólica, esta manhã,Laura deu banho em Amy novamente, e antes de sair, lançou para Amy e para mim um olhar de pena.

Sinead e Hammer chegavam as dez. Passavam das dez ao meio-dia conversando com Amy, se despediam dela, e iam embora. Depois vinha Dan e Natalie, do meio dia as três. Dai alguma visita especial como Nellie, Jonah, Ned, Ted, Regan e Madison, que ficavam das três as cinco, e por fim eu ficava só com Amy. Eu falava até as oito, quando Laura entrava no quarto, e dai eu comia meu jantar, escovava meus dentes, e me deitava na poltrona-cama ao lado da cama de Amy e não parava de falar com ela até as onze, que era quando o sono me ganhava e eu acabava dormindo.

Hoje não foi diferente, tirando o fato de Laura dar banho em Amy, claro. Porém, lá pelas duas e meia, enquanto Natalie e Dan falavam sobre um jogo de basquete, Laura entrou no quarto.

— Senhor Kabra, senhor Cahill e senhorita Kabra... — ela nos saudou. — Tenho uma péssima noticia para lhes dar.

— Diga, Laura. — Dan pediu, que estendeu a mão para Natalie que a segurou de bom grado.

— O-o hos-hospital acha que... q-que a... que a se-senhorita C-Cahill não vai mais acordar. — Falou ela, rapidamente.

— Como assim? — Minha voz parecia fraca até para mim.

— O médico responsável por ela teve uma conversa com os diretores... E eles falaram que devemos desligar os aparelhos da senhorita Cahill.


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Notas finais do capítulo

{Laura aprendeu a ser dramática com a Becky. Todos aprendem.}
[revisado e corrigido]