A vida de outra garota... escrita por Becky Cahill Hirts


Capítulo 18
XVIII- Ian Kabra, my savior and destroyer


Notas iniciais do capítulo

{Quem apoia um aposta?
Ian é o amor da vida da Amy ou pior inimigo da mesma?
Eu aposto nos dois.}



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~Mundo da Amy~

Pov. Amy

Que dia é hoje? Sábado... Não... Domingo... Deve ser domingo.

Já que eu fugi sexta, sim, hoje é domingo.

Minha comida acabou hoje pela manhã, deve fazer umas dez horas que não como nem bebo nada, mas não tem problema, minha barriga se acostumou a estar vazia.

Continuo andando, sem nunca parar, às vezes sinto que estou dando voltas pelo mesmo lugar mas pouco importa, por tanto que continue a andar. Sem caminhos, mas sempre a andar.

Parei perto de uma campina, escondida no meio das folhas, armei barraca lá e dormi, exausta demais para pensar em mais nada.

A vida de outra garota...

Acordei com o som de passos. Estava escuro, um breu. Não enxergava nada nem a meio palmo da minha frente.

Me abracei instantaneamente, afundando dentro do saco de dormir, peguei minha lanterna com medo e me escorei na árvore, já que a minha barraca estava fechada. Segurei minha lanterna, já sem pilha, mas que poderia funcionar se precisasse bater na cabeça de alguém.

Fiquei em silêncio, ouvindo passos. Alguém murmurava alguma coisa. Raios de luzes foram lançados por toda a clareira e agradeci por estar escondida entre as árvores.

Estava com medo, não sabia quem eram ou o que queriam... Poderiam ser qualquer um... Poderia ser um abusador... Pavor dominava minha mente, pensei em mil maneiras de fugir mais para dentro da mata. Mas algo em mim, sim, aquele mesmo algo de sempre, parecia odiar aquela ideia, algo não gostava da mata, nem um pouco. Meus pensamentos encontraram o fio de meada que minha mente estava seguindo, mata de noite. Bichos caçando. Melhor ficar onde estou e rezar à deus para ninguém me achar.

Mais passos, múrmuros, alguém parecia irritado. Estava prestes a fechar meu saco de dormir até em cima quando ouvi o que a voz dizia.

— Amy! — Me assustei de imediato e tentei reconhecer a voz, foi tremendamente fácil quando ele falou novamente.

— Ian... — Murmurei tão baixo quanto ele. Mas provavelmente ele estava com os ouvidos apurados, para conseguir ouvir qualquer um, e vi um raio de luz ser apontado na minha direção. — Ai! — reclamei, a luz irritando meus olhos verdes adaptados para o escuro.

— Amy! — Vi Ian baixar a luz da lanterna e correr até a minha direção. Suas mãos seguraram meu rosto, e mesmo no escuro, vi seus olhos âmbar varrerem cada parte dele. — Dieu merci, imaginer ma vie sans toi! (Graças a Deus, imagina minha vida sem você!) — Ele murmurava enquanto passava a mão pelo meus cabelos.

Não espera isso, não esperava nada disso.Esperava a mesma recepção que tive no campo, e ao lembrar disso, a raiva daquela hora voltou.

Laisse moi partir! Vous me avez traité très mal le vendredi , me traiter de la même façon aujourd'hui! (Solte-me! Você me tratou muito mal na sexta, trate-me da mesma forma agora!)

— Amy, desculpe, eu não queria, desculpa...

— Não quero suas desculpas nem explicações Ian Kabra, suma da minha frente, suma da minha vida! — Minhas palavras pareceram atingi-lo.

— Amy, pelo menos volte para casa, seus pais e sua avó estão malucos a sua procura, por favor, por eles. — Como fui tola, só pensei em mim... Vovó Grace não merece esse meu desrespeito...

— Claro, por Gideon, eu não pensei nisso...

— O que você disse? — Ian perguntou, me olhando de maneira duvidosa.

— Por... Gideon... — Repeti e agora percebi que minha frase não fazia sentido.

— Quem é Gideon?

— E- eu... eu não sei...

— Não importa, venha! Meu carro não está muito longe daqui...

Gideon? Quem é esse... E por que algo em mim se agitou ao ouvir o seu nome pronunciado pelos meus lábios?

A vida de outra garota

|Alguns dias depois|

— Amy? — Perguntou Ian na escola. Dei um leve sorriso. — Você não deveria estar no hospital?

— Eu to bem Ian, sério. Não aconteceu nada demais, e eu só fiquei esse tempo lá porque não estava sentindo fome... Os médicos não sabem o que é, então me mandaram de volta pra cá. — Dei uma leve risada e todos na mesa me olharam. Alguns, como Reg e Maddie pareciam muito arrependidas, e Ian também carregava esse olhar, junto a Jonah, que não tinha culpa de nada. Já Sinead e Hammer estavam bravos com eles mesmos, por não ter visto como eu estava prestes a cair, a entrar em choque, a desabar. Natalie e Dan pareciam felizes, os dois haviam voltado a conversar e aquilo estava quase me deixando com nojo. — Ei! — Exclamei, aproveitando que todos me encaravam mesmo. — Se vocês ficarem com essas caras de vacas que comeram grama e não gostaram eu vou embora, isso tá chato, eu já disse que não foi culpa de vocês. — Maddie levantou da mesa,e eu vi algumas lágrimas nos seus olhos.

— Desculpe Amy, isso nunca mais vai acontecer... Licença — ela saiu correndo e Ned se levantou para segui-la, deixando o irmão sozinho.

— Não vão atrás, Maddie precisa de um tempo para ela. — Reg disse, se levantando — Assim como eu.

— Reg... Eu não estou mais brava com vocês, por favor...

— Não Amy, não tem nada com você, nós te amamos, e sabemos que você nos desculpa, mas nós... Nós não podemos nos desculpar tão fácil, fomos péssimas amigas, desculpa... — E ela saiu.

— Jonah – chamei alto, com carinho na voz. — Pode, por favor, ir atrás da Reg? Não quero ela sozinha...

— Claro ruiva, se cuida, ok?

— Sempre, moreno.

— Eu não entendo a amizade de vocês. — Hammer desabafou. Ok, dia do desabafo, mais alguém?

— Como assim, Hammer?

— Tipo do dia pra noite, você e Jonah viraram super amigos, vou ficar com ciúmes assim ruiva. — Dei uma risada, que foi acompanhada por Sinead.

— É... – disse Ian. — Eu também não entendo...

— Acho que você não tem que entender, Kabra. — Repreendi, brava.

— Você não precisa ser grossa, Amy — disse Ian.

— Não preciso? Por que não? O que me faz não precisar ser grossa?

— Amy eu não quero mais brigar com você ok?

— Não, Ian, não está ok! Eu não posso perdoá-lo assim, do nada! Me prove que merece meu perdão.

— Vou provar!

— É o que veremos, Kabra.

A vida de outra garota...

— Ok gente, seguinte, hoje é a final, ou vai ou racha, se acalmem ok? Vamos fazer o nosso melhor, e se algo der errado... Deu. Estamos entendidos?

— Sim capitã, Amy! — Concordaram rindo.

— O que? O Ian não fala nada! — Revirei os olhos para o moreno em questão

— Só porque você não deixa. — Dei a língua e ele riu.

— Ian! — Celeste chamou, entrando na sala correndo.

— Mereço... Eu preciso ter uma séria conversa com os seguranças, como deixam essa vadia entrar aqui sempre! — Celeste me lançou um olhar de nojo e quando eu pensei que ela ia falar alguma coisa ela beijou Ian.

Meu mundo virou de cabeça pra baixo e eu fitei o chão, com raiva. Não queria vê-los, mas para onde fugir? Ando devagar olhando para baixo até o fim da sala, pisco algumas vezes e saiu correndo. As lágrimas saem dos meus olhos e eu não consigo ver que caminho pego, só sei que tenho algum tempo antes do começo do jogo e que não quero ficar ali. Percebo vagamente quando os corredores do estadio se transformam em ruas e continuou a correr, sem pensar em nada.

A vida de outra garota...

Pov. Sinead.

— Ela não atende! – digo irritada. — O que será que houve?

— Todas sabemos o que houve, a Celeste beijou o Ian! — Natalie proferiu, o nojo transbordando da sua voz.

— É... aquilo foi baixo. — disse Reg.

— Baixo? Aquela vadia merece a morte! — Maddie acrescentou, quase socando a parede. Nada bom, Amy vai me matar se uma das suas líderes estiver com a mão quebrada.

— Ok gente, depois a gente mata ela, mas e agora? Não dá pra entrar no campo faltando uma...

— Simples. — A voz venenosa falou. Nós nem percebemos que ela continuava ali, mas parecia que ela era difícil de mandar embora. — Eu entro no lugar dela. — Falou Celeste.


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Notas finais do capítulo

{Alguém aprendeu a ser dramática com a Becky... Unf.
Eu quero um C, eu quero um E, eu quero um L, eu quero um E, eu quero um S e quero um VADIA!
Celesvadia!}
[corrigido e revisado]