O Príncipe e a Rebelde escrita por Ami


Capítulo 2
Crisântemos com Fogo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/453850/chapter/2

Legolas's POV

.

.

.

Duas semanas lavando o chão do pátio. Que ultrajante! Isso para não chamar meus pais!

Que raiva! Tauriel trambiqueira! Eu odeio essa garota... eu quero que ela morra de uma maneira lenta e dolorosa. Não! Espera! Eu quero que ela se engasgue com um caroço de azeitona e fique com aquilo entalado na garganta. Correndo pelos corredores da escola até esbarrar no carrinho de pratos e quebre todos. E caia por cima, se cortando toda. De repente, é hora do almoço, ela é pisoteada engatinhando pelo chão e se rasgando, engolindo os cacos de vidro, agonizando e sangrando por dentro.

– Bom dia, Legolinhas! - Tauriel parou na minha frente, levando sua cesta de frutas para o café da manhã – Quer uma maçã?

Aquela carinha torta de barata que já levou a terceira chinelada. Continuei esfregando o chão. “Autodomínio”, meu pai diz. “Você tem que se mostrar superior mesmo que falem da sua doce vovozinha”

– Finalmente está no lugar que merece – ela pisou na minha mão que segurava a esponja e torceu o pé.

– O que é isso, Legolas? - meus amigos passaram perguntando – Vai virar saco de pancadas de mulher?

Riram.

– Olha o principezinho de joelhos no chão.

– Olha a Tauriel pisando no aluninho preferido!

– Olha! Legolas faxineiro!

Risadas. Risadas, risadas, risadas. Contei até dez, levantei-me e peguei o balde, despejando na cabeça dela sentindo um orgasmo em cada gota que caía.

– Nada me faz mais feliz que este momento – falei, jogando o balde longe.

Tauriel olhou a roupa molhada e tirou o sobretudo de couro, ficando apenas com uma roupa mais leve e menor. Um vestido bem colado com botas até as coxas.

.

.

.

Tauriel's POV

.

.

.

Molhada com água suja de pano de chão. Tirei o sobretudo, meus cabelos estavam fedendo, mas eu não podia me irritar. Ia mostrar a ele que havia me atingido.

Ele devia estar todo pomposo, mas estava olhando para o lado, com o rosto vermelho. Tinha sangue escorrendo em seu nariz.

– Está contente, principezinho?

Enquanto eu torcia meus cabelos, ele jogou em mim o seu sobretudo. Estava com um camisão branco desabotoado e ficou assim.

– Mas o que é isso? - perguntei.

– Eu... Eu digo que me sujei lavando o chão – ele ficou olhando para o chão e foi embora, meio lerdo.

Não entendi.

– E ae, Tauriel? - disse Zezinho – Estamos marcando uma festa na casa da árvore da Arwen! Você vai?

– Mas é claro!

– O tema da festa são trajes da banho ridículos! Te espero lá!

– Com certeza pode esperar!

Dei uma pirueta no ar.

Aula de Gastronomia I. Ìamos fazer suflê de crisântemos. Diziam que era comida leve para viagem, saborosa e energética.

Montei grupo com Marya, Brégolas, Joãozinho e Julietta.

O Legolas sempre era chamado para os grupos por ser o melhor aluno, ele aprendia as coisas rápido. Mas ninguém gostava dele e ele se sentia meio sozinho.

– Hey, o Legolas não vai nessa festa não, vai? - perguntei a Marya.

– Presumo que sim, ele é o primo da anfitriã.

– Droga. Agora estou pensando em não ir.

– Por que você odeia tanto o Las?

– Eu não odeio, Marya! Só não sou apaixonada por ele que nem você! Que não vê como ele é favorecido aqui e em qualquer lugar que vai. Se não fosse príncipe, ninguém gostaria dele. Enquanto o rei fica cobrando impostos altos e nos empobrecendo, ele vive no luxo.

– Mas ele estuda aqui, com você.

– Por caridade...

– Do rei! E não só você. O rei trouxe diversos alunos de baixa renda para essa escola célebre. Não pode ser assim rancorosa.

– Posso, sim.

Estava encerrado o assunto. Marya estava decidida a agir como baba-ovo dele, também. Eu estava encarregada de observar o suflê assando. Ele ficava numa fornalha grande, mas dentro de uma forminha numa panela especial. Não tínhamos fornos elétricos nem eletricidade na época. Ficava muito mais gostoso e familiar.

Marya veio me ajudar com essa parte, fui ajustar a fôrma como mandado. Sou esperta também, caramba! Na hora que usei o soprador, Marya meteu a cara para ver se estava tudo certo. Voaram fagulhas no rosto dela e começou a queimar os cabelos. Ela saiu correndo e gritando. O professor Alberto enlouqueceu, gritando:

– Água! Água, rápido!

Adivinhe quem salvou Marya. Ah, o bonitão, perfumado e lindo do Legolas. Jogou sua blusa sobre o cabelo dela, abafando o fogo. Marya não perdeu a oportunidade de abraçá-lo, ainda mais desnudo da cintura pra cima. Era tudo que ela sempre quis, mesmo que para isso tivesse com o cabelo parecido a uma esponja de colchão.

E eu... Bem, eu...

– Detenção? - indaguei – Como assim detenção? Mas hoje é a festa dos Pires Cavalcante!

– Nem pensar que você vai em alguma festa – disse o diretor Dionísio – Vai é ficar no xilindró pela gravidade de suas atitudes.

– Ela meteu a cara na fornalha, que culpa eu tenho?

– Você assoprou o fogo na cara dela! Uma noite na sarjeta vai te fazer pensar melhor nisso.

– Mas..

Os guardas elfos levaram-me até a detenção. Fiquei presa ali como uma delinquente. Chutei a cama, a grade, gritei. Estava totalmente esquecida ali, longe do resto da escola.

.

.

.

.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Príncipe e a Rebelde" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.