Mantendo O Equilíbrio - Finale escrita por Alexis terminando a história


Capítulo 48
Capítulo 47


Notas iniciais do capítulo

Surpreeeeeeeeeeesa... Quem quer capítulo novo?

Nesse bolo tem implicâncias, trollagens, suspeitas, dramas, absurdos e palhaçadas.

Enjoooooy!

P.S.: Tem compensação nas notas finais.



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– Adivinha quem ganhou uma propaganda na Tv?

É com uma cara de quem já prenuncia um Murilo insuportável que chego à mesa da lanchonete da empresa Muniz logo que o expediente acaba. Cansada da jornada, só me jogo na cadeira e espero que Gui tenha compaixão de mim e me deixe em casa, porque Vini avisou que ia ficar um pouco mais no trabalho, ia ajudar o colega Tuca em alguns detalhes lá do projeto da promoção.

Não bastava ser segunda-feira, e ser a segunda-feira em que Murilo ia aparecer na Tv dando a tal breve entrevista, ele tinha que ganhar uma propaganda também! A criatura ligou ainda pouco só pra surtar no meu ouvido. A propaganda já tava passando, ele não sabia. Era algo sobre o incentivo a projetos locais e de tecnologia, desenvolvimento da comunidade e coisas do tipo, e aí pegaram uma imagem da tal entrevista e embutiram na tal publicidade.

Meu amigo comia um salgado com suco, só passa a gelatina pra mim. Sábio, muito sábio ele do que faz.

– Quem?

– Murilo.

– Vish.

Viu, “vish” é uma reação completamente natural!

Droga, devia ter gravado, assim vai ficar parecendo que tô fazendo conspiração. Mas o caso é que o Murilo anda tão animado com isso que não deixa ninguém esquecer, toda hora ele menciona, até quando o papo tem nada a ver com isso. No almoço de domingo seu Júlio tava era zoando ele que eu sei, puxando o saco de seu neto, só pela felicidade da criatura. Todos nos programamos para estar em casa a tempo para pegar a entrevista no jornal local, eu só não sabia se conseguiria chegar na hora. O programa começava às 19h30 e já eram pouco mais de 18h.

Abro a gelatina e penso em comprar algum lanche, só pra aguentar a fome.

– Já tá é passando.

– Ele não vai largar disso é nunca.

– Gui, você me entende tão bem, cara.

– Entende em quê?

Iara chega na mesa, puxa a cadeira e se senta. É quase um encontro marcado todos os dias o expediente acabar e nós três nos encontrarmos na lanchonete. Até Filipe já sabia do nosso point, às vezes ele aparecia procurando Iara, sempre com um pepino de última hora. Ela vive dizendo que um dia ainda vai se esconder dele, ela só não consegue. Se é pepino e ele a chama, é porque Iara é a melhor pessoa pra resolver.

– Em saber que o Murilo nunca vai esquecer essa história de propaganda.

– Ué, não era entrevista?

– Também. Agora tem uma propaganda passando já.

– Vish.

Eu quase posso abraçá-la só por esse “vish” que solta. É totalmente compreensível, Murilo, é o que eu queria reafirmar, porque quando fui eu com ele no celular ainda pouco, soou como estraga-prazer, o que, de fato, pegou mal. Claro que eu parabenizei ele – e muito até – só que aí quando ele começou com a história de que ia passar toda hora, me toquei que ele ia comentar toda hora também, aí eu soltei meu “vish” na ligação. E ainda me acusou de chata!

Vê se pode!

Eu, que preparei até bolo – com a ajuda da dona Bia – e tava mantendo tudo na calada pra fazer surpresa. Cogitei em encher balão com meu pulmão e tudo.

– Iara, você me entende tão bem, cara.

Como se não bastasse a trollagem do Murilo, Gui já quer fazer intriga:

– Um minuto atrás ela dizia isso pra mim, viu. Não confia nessa daí não.

– Eu só não revido essa porque quero carona hoje pra casa. Por favor, por favor, por favor? Tem como?

Meu amigo desnaturado limpa a mão no guardanapo, toma seu suco e faz o maior suspense só pra me dar uma resposta. Que nem é concreta!

– Hum... você ainda vai comer?

– O que uma coisa tem a ver com a outra?

– Porque se eu for te levar, eu não quero comida dentro do carro. De novo.

Testo território, Iara só rindo desse papo.

– Então você vai me levar?

– Então você vai comer logo?

Iara leva uma mão ao rosto em facepalm por nosso comportamento. Pelo jeito, chegamos nesse nível mesmo.

– Vocês falam do Murilo e são piores, viu.

Rendido, Gui para de graça e finalmente me confirma:

– Sorte tua, o apê que o Vini indicou também é perto da tua casa. Marquei com meu primo pra daqui a pouco. Então se tu quer chegar cedo, é melhor ir comer. Melhor, engolir. A gente dá a mão e já querem nossa carteira de motorista.

Eu costumo dizer RG, afinal, não tenho carteira de motorista. Mas quando tiver, vou adotar. Levanto feliz e saltitante e já saio fazendo promessas, sobre separar um pedaço de bolo pra ele quando me deixar em casa. Quando volto com meu lanche pra mesa, pego os dois aos cochichos.

– O que já tão mancomunando contra minha pessoa?

– Que tu tem uma terrível mania de perseguição, viu.

Nem preciso citar que foi o Gui, né, sempre gentil e delicado.

– Isso todo mundo já sabe, agora desembucha o rest...

Nessa hora, que abocanhava meu sanduíche pra comer rápido – já que o Gui tava contando minuto a minuto pra sairmos – uma turma barulhenta entra na lanchonete e, não sei como dizer, mas sinto o clima pesar pelo ambiente. Como uma piada interna, e eu (e Gui) de fora dessa, só observamos como várias pessoas de repente saíam do recinto. Dentre um dos caras que entrou estava o carinha que vi no outro dia com Iara, aquele que estava no churrasquinho da praça em que Dani e Flávia armaram.

Um tanto apreensiva de repente, Iara propõe:

– Gui, o que você acha de fazer uma exceção e levar a Milena comendo mesmo?

– Por quê? E por que tá todo mundo levantando?

– Só... vão, ok? É o melhor que podem fazer agora.

Eu não tava sacando nada e ainda tinha a boca cheia de sanduíche.

– Vão.

Nos levantamos os três, mas Iara segue outro caminho.

~;~

Gui não ficou para o bolo, mal estacionou na minha porta, deu no pé de atrasado que estava para encontrar o primo. Murilo já tinha me ligado TRÊS vezes, o trânsito tava terrível por causa de uma batida no meio do caminho e cheguei bem depois do jornal. Até Vini chegou primeiro que eu pra terminar de me “desmoralizar”.

– Tá deserdada, viu.

Foi a primeira coisa que Murilo declarou quando pisei na sala de casa. Nem se deu ao trabalho de se virar, ficou lá no sofá com a Aline, o Vini na poltrona, os três só na pipoca. Discreta, perguntei para minha cunhada sobre o bolo e ela fez um zip na boca, mostrando que Murilo não tinha conhecimento desse mimo.

– Eu te disse nas TRÊS vezes que tu ligou que teve acidente na avenida, sabe como a cidade fica nesse horário. Com batida então... Como foi?

Murilinho arras...!

Minha cunhada ia elogiar a criatura quando esta de repente passa a mão pela boca da namorada para tapar e não me contar. Ele tava levando “a sério” a dramatização sobre me deserdar.

– Não conta. Deixa ela saber amanhã quando sair o vídeo na internet.

Se ele quer assim, eu também entro no teatro. Depois de dar um beijo em Vinícius, piscar para meus cúmplices e deixar minhas coisas na mesa da sala, vou caminhando calmamente para a cozinha para esquentar meu jantar e deixo a surpresa escapar:

– Tá bom, fica sem bolo então. Amanhã eu parto.

Dez, nove, oito...

– QUE BOLO?

Meu irmão se vende por tão pouco, sorrio.

– O que eu fiz, oras. Dona Bia até confeitou. Já que você não quer, tem quem queira, NÉ, VINI?

Cinco, quatro, três...

– Tá perdoada. Cadê o bolo? Por que ninguém disse que tinha bolo?

Reviro os olhos e tiro o bolo do esconderijo. Estava escrito “Parabéns, coisa, pela conquista!”. De verdade, eu escrevi “coisa”. Foi a única parte do confeitado que dona Bia permitiu que eu fizesse e com muito custo! Ela queria me impedir de escrever “coisa”, insistia que era muito feio. Aí repliquei que o Murilo também era e por isso mesmo dava certo. A mulher só revirou os olhos e me deu as dicas de como não sair tudo torto. É só saber usar o argumento, viu.

– Porque era surpresa, seu curioso. Agora pega a faca. Mamãe ligou?

– Dona Helena tava no viva-voz desde o começo do jornal, cheguei e ela já tava toda animada. Te chamou de desnaturada, amor.

Vini tem a cara de pau de rir enquanto relata a situação, mas é esperto o bastante de se manter afastado quando o outro me passa a faca de bolo. Ele e mamãe sim são mancomunados, eu acredito. Aí Murilo chega todo animado do meu lado, já com os pratinhos, pra ler a mensagem e faz cara feia pelo recado escrito.

– Era melhor ter escrito meu nome.

– O bolo é pequeno, não ia dar espaço.

– Usava a versão reduzida.

– E o que você acha que “coisa” é?

Ele não consegue nem se fingir de zangado, principalmente depois de eu dar um estalado beijo ao seu rosto e um abraço apertado, com minhas sinceras congratulações sobre essa conquista dele. Cortado o bolo formigueiro – sim, era daqueles de caixa – faço que não quero passar um pedaço ao Vinícius por ele não ter me defendido pra mamãe. Murilo aproveita a situação, trai o amigo e se “junta” a mim. Não por muito tempo.

– Mamãe queria ficar de papo com esse aí, vê se pode? Djane também ligou, aí ela sim me deu atenção. Só não deserdei mamãe porque, né, se deserdasse, aí eu seria o desnaturado. E de desnaturada já basta tu na família.

Jogo os braços pra cima e reclamo, Aline é quem toma a faca para cortar os outros pedaços.

– Eu mereço. Faço bolo, quase sopro balão com meu próprio pulmão, faço propaganda tua pros meus amigos e fico com o pior rótulo perante a sociedade.

De boca cheia e palhaço, entendo bem o que Murilo tenta argumentar:

– Mana, você é tão dramática.

– Eu, Murilo? Eu sou a dramática?

Sabe quando falam sobre você em sua presença? Pois é, depois que Aline surrupiou um pedaço para o Vinícius, os dois se encostaram na bancada do outro lado e dava pra ouvir o papo deles, só assistindo ao nosso showzinho particular, enquanto comiam super tranquilos do meu bolo.

Corria boatos por aí de que eu que influenciava a Aline com ideias mirabolantes, mas eis a prova de que ela as tinha por natureza:

– Se a gente sumir com tudo, quanto tempo você acha que leva para eles se tocarem?

Cabisbaixo e divertido, Vini até que me defende...

– Depende, a Milena tem uma boa visão periférica.

E depois não hesita de me passar a faca. Quer dizer, citar facas:

– Pelo menos não tem facas voando.

Assim que cutuquei a criatura pra ouvir melhor, ele também se virou pra prestar atenção.

Rindo e limpando-se com um guardanapo, Aline dá trela:

– E facas já voaram?

Metido como meu irmão é, já foi logo acabar com a conspiração:

– Facas não, mas a cabeça do Vinícius Menezes Garra é possível.

Depois de ter descoberto o nome do meio do Vinícius, agora a criatura vive usando por aí, diz ele que pra enfatizar, porque nome completo gritado significa que deu errado e é melhor correr. Como se alguém ainda tivesse medo dele!

O caso é que meu mano quase se enrolou todo uma vez pra explicar sobre esse uso repentino do Menezes, foi uma gafe danada. O Vinícius quase nunca usa esse sobrenome, e quando precisa assinar algo ou coisa do tipo, abrevia com um M e um ponto. Por um tempo eu jurava que era Muniz, só que não faria sentido na ordem dos sobrenomes. O Menezes na verdade é sobrenome de Djane e o Garra do pai Gustavo, que foi incorporado pela esposa e filho, e assim, sendo o último, mais comumente usado. A gafe do Murilo foi no almoço de domingo de ontem, seu Júlio ainda deu uma consertada enquanto conversávamos na mesa. Vini não entendeu o que foi aquilo e logo esqueceu. Ainda bem!

Acontece que a criatura ultimamente anda “estudando” aquele relatório, o que conseguiu com Filipe, tem coisa que ele só tá descobrindo agora. Murilo até tem soltado uma coisa e outra em conversas nossas, como o fato de que Vinícius ter três tios do lado de mãe, aí pedi que parasse. Me nego a ouvir mais que isso, afinal, eu já sabia por demais, queria que Vini explorasse por si sua história, não eu por ele.

Discuti com Murilo outro dia aí por isso, pra que fizesse o mesmo, até porque todo mundo sabe que meu mano não é lá exemplo de discrição em pessoa. Ele justificou que só continuava lendo porque queria ver se conhecia alguém de nome e, quem sabe, tivesse alguma ideia sobre como ajudar Filipe. Fiquei um pouco incerta, então não discuti muito. A cidade pode ser um ovo, mas um ovo assim é superestimar demais, foi o que argumentei. Murilo diz que vai parar. Vamos ver.

Meu celular vibra no meu bolso enquanto tento me desviar da suposta guerra de bolinha de papel-toalha que os dois palhaços faziam na cozinha. Eles iam limpar tudo, eu só tirava o meu da reta. Vejo que é Flávia na tela e já imagino que ela liga para parabenizar o Murilo também. Atendo e os dois palhaços me fazem de vítima deles, me deixando ao meio do fogo cruzado.

Aponto pro meu irmão como se Flávia pudesse ver.

– Se for pra dar os parabéns do Murilo, nem precisa. Ele tá me atacando.

– Q-quê? Ah! E-eu... não... Eu não estava em casa pra ver e... eu tô interrompendo algo?

Não precisava dizer mais nada, o tom da minha amiga falava mais alto, Flávia estava nervosa com algo. Na mesma hora mudo minha postura e acho até que as bolinhas param de chover pro meu lado.

– Flá?

– Mi... Tô... Tô MURRIDA.

Peço licença rapidamente e saio da cozinha para poder ouvi-la melhor.

– O quê? Como assim?

– Eu tava no supermercado, dei de cara com a mãe do Gui lá e...

Meto a carroça em frente aos bois já tomando a raiva antes de saber do ocorrido. Ah se aquela vaca desgraceira fez alguma coisa contra a Flávia, eu vou lá bater na porta da casa da bendita!

– O que ela fez?

– Aí que tá. Eu não sei o que aconteceu, não tô entendendo nada!

Eu menos ainda!

– Tá, calma, respira e explica melhor, que tô perdida.

– Então... eu tava na fila do caixa quando ela surgiu. Ficou logo atrás de mim, mas acho que não me percebeu.

– A vaca te ignorou?

– Quando notei ela, eu só quis sair dali, o mais rápido que pudesse. Só que... m-minha tia tava lá e ela reconheceu a mãe do Gui. Reconheceu de uma revista ou jornal, sei lá. E ficou me cutucando pra falar com a mulher!

Passar o trono de vaca desgraceira de uma pra outra valia toda a cerimônia. Aquela tia de Flávia tava praticamente se sentenciando à guilhotina.

– E aí?

– Como eu não me mexia, a minha tia foi lá atazanar a mulher.

– Santo Cristo, essa tua tia quer levar bala? Continua!

– Aconteceu apenas a coisa mais AB-SUR-DA do mundo!

– O quê, o quê? Não faz suspense, coisa, conta logo!

– Ela me defendeu.

– A TUA TIA?

– Não, a mãe do Gui! Tipo, meu Deus, ela me defendeu DA minha tia!

De minha boca sai um digno, sonoro e surpreso...

– Nãaaaaao!

E dela:

– Siiiiiiiiiim!

Meu celular vibra ainda no ouvido, notificação de algo. Estou tão chocada que por um segundo acho que foi meu cérebro que se mexeu sozinho e repercutiu na minha orelha de algum modo, sei lá.

– Pera, acho que o Murilo me entupiu de papel. Fala de novo. Devagar.

Se Murilo quisesse uma prova de que sou dramática, ele devia ser esperto e me apontar neste momento. Ele, porém, continua com os outros na cozinha. Falam alto, só que eu não presto atenção para entender o que dizem.

– A mãe dele me defendeu. Eu também não tô acreditando. Acabei de chegar em casa. Tô tão tão tão TÃO murrida que até agora acho que ainda tô tremendo.

– E acho que eu não tô processando...

– Mi, tu num tá ajudando!

– Tá, tá, desculpa. Mas tô surpresa, poxa. Bem que tua tia devia tá merecendo.

– É, mas a ponto de A MÃE DO GUI tomar as dores, não sei o que pensar. Ai, a mulher tá voltando...

– A mãe do Gui?

– Não! A minha tia. Ela foi fofocar pros meus pais. Tenho que ir. Depois de me liga. Tchau.

– Tchau.

Fico que nem uma estátua tentando processar a informação no meio de minha sala. Não que estátuas processem ou que ficassem na minha sala, é só que eu permaneci lá, paradona, e aquilo não tava batendo. Ok que o Gui andava com uma história de que a mãe dele tava com uns comportamentos estranhos, mas então esse estranho, era um caso a se pensar. E se fosse um plano maluco de psicologia reversa?

Acho que assisti muito aquele desenho d’O Máscara.

Tá, eu tava sendo paranoica de novo.

– Algum problema, amor?

Saio do transe e coço a cabeça, sem jeito. Olho a tela do celular de novo antes de responder ao Vini, que me sondava pra verificar se algo ocorria e aí vi.

– Não sei, mas acho que depois dessa, é bem provável.

– Do que você tá fal...?

Mostro a tela para ele e uma notificação que diz ser mensagem de Anderson.

Vinícius lê e depois olha pra mim, um pouco desconfortável. Vira para a cozinha e avista meu mano brincando com (leia-se roubando) todas as jujubas que tinha em cima do bolo, inspira e volta-se de novo para mim.

– Então vamos ler, todos juntos.


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Notas finais do capítulo

Trouxe dois bônus pra vocês nesse post.

1) Trecho do próximo
2) Curiosidades sobre a trilha sonora. Se prometi, tá prometido!


O trechinho pra aguçar a leitura é pequeno, masssss...

"Pois bem, eu também quero saber o que desencadeou esse alvoroço todo. Assim que o namorado volta do banco, pois até o caminho do posto, ele nada falou, muito centrado no trânsito, ele senta, me olha sobre o ombro todo misterioso, suspeito talvez. Que raio de suspense!
— Eu não sei nem do que se trata, viu
— Ah, sabe sim. Não pensa que me engana não. Sabe da missa toda e deve ter cumprimentado até o padre. Não ia passar o dia todo me enrolando por menos."


E quanto às considerações sobre a trilha sonora... Bom, eu tive que dividir em partes pra não ficar enorme. Vai aí a primeira parte com umas notas em geral:

Praticamente toda a trilha sonora é um reflexo de playlists pessoais, especiais e aleatórias. No começo, eram apenas para reafirmar algum sentimento de cena, quando não, para relaxar. Daí que algumas simplesmente as marcaram. Como ouvir My Chemical Romance sem pensar na Dani, ou Daughtry e pensar no Vinícius? One Republic e Milena? The Lazy Song e Murilo?

One Republic foi uma das bandas que mais marcou, acho. Virei fã que nem a Milena! Sei que no dia em que escrevia um capítulo, senti que precisaria de uma música bacana e nessa hora por exato tocava Good Life. Era tão perfeita ao (des)equilíbrio aloca da Milena que ficou para todo o sempre! Foi assim que procurei mais da banda, vi que combinava e logo era a preferida da personagem.

Ah, aquela voz do Ryan Tedder... (vocalista do One Republic)

Apesar de ter muita música de gosto pessoal, aos poucos fui entendendo mais as personalidades das criaturinhas que surgiam e separei estilos próprios. A Milena é chegada num pop rock, assim como outros (Dani, Flávia, Gui, Bruno, Vini...), assim aproveitei pra explorar diversas músicas e estilos a partir do perfil que mais ou menos tinha em mente. Reservei meu lado afrancesado pra Flávia, o espanholado pro Gui (e às vezes Murilo), o punk pro Bruno, grunge e hard rock pro Sávio, pop e alternativos pra Daniela, rock geral pro Vinícius. Tem sido uma mistura, na verdade. Às vezes quando ouço uma música, já posso afirmar quem é que gosta dela. Isso se a própria música não me der visões...

A participação das músicas se tornou uma coisa essencial por assim dizer... É algo que não esperava, e que deixa, sei lá, tudo mais especial. Elas ajudaram a entender mais as ações, as intenções, as personalidades, e marcaram muitas visões rs


Em breve, mais considerações e apontamentos sobre as músicas que embasam MoE. Tem umas que são bem curiosas sobre suas representações na história. Espero que gostem.

Bjos,
Alexis.



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