Mantendo O Equilíbrio - Finale escrita por Alexis terminando a história


Capítulo 106
Capítulo 105


Notas iniciais do capítulo

*entra de fininho*

Oi! Alguém quer bolo? XD



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— Não acredito que tô fazendo isso.

Resmunga o Gui, buscando sua carteira no bolso da calça.

— Aff, cara, é rapidinho.

— Além de pobre, ainda tenho que perder dinheiro.

— Não é como se eu não fosse te pagar – e amanhã, sem falta!

— Tu só não esqueceu a cabeça ontem porque tava presa no corpo, isso sim.

De fato, eu tava tão avulsa que muitas de minhas atividades na empresa ficaram atropeladas. Meu chefe só não percebeu porque teve que passar o dia fora, numa conferência. Mas já tratei de consertar. Ele só sacou ainda pouco e viu que eu tava limpando o leite derramado. Não falou muita coisa.

Já o Gui... bem, ele sabe as razões de meu comportamento. Por mais uma segunda noite eu não fui à aula, porque tinha malas pra terminar e também porque não estava no clima. Hoje não seria muito diferente, iria matar aula pela terceira noite na semana. Ontem pelo menos não teve os dois últimos horários, e o Gui e a Flá aproveitaram para passar lá em casa.

A Iara era minha companhia do momento, quem me ajudava com uns preparativos e conversávamos sobre o que andava rolando. No expediente da tarde já havia puxado um pouco do assunto com ela e o Gui, mas, por conta do tempo, não pude explicar quase nada. Já na minha casa, com os três, pude falar melhor a respeito. Fui abraçada e amparada por eles. Me sentia bem só ver que era possível falar sobre aquilo sem todo um peso de antes. Pra mim, isso demonstrava que cada vez mais eu me sentia segura e um tanto liberta daquela bolha de medo que costumava ser minha cabeça.

Enfim, o Gui provoca por provocar mesmo. Eu agradecia e respondia na mesma moeda, afinal, ele também não está nos melhores momentos da sua vida.

— Eu sei. Olha, nem que eu coloque mil notas de lembretes pra apitar no meu celular, eu vou te pagar, viu. Pago amanhã, tô te dizendo. Te pago com juros se for o caso.

— Cobrado a cada minuto daqui pra lá?

Falso interesseiro, Gui dá o dinheiro para o atendente da padaria enquanto eu aponto para o pequeno bolo confeitado.

— Cadê o Gui de outrora, orgulhoso de se recusar a receber?!

— Depois que fiquei pobre, não sei mais o que é orgulho.

Ele recebe o troco e guarda na carteira, espiando o bolo que o outro atendente embrulha. O bolo ele não nega, certeza.

— Você não tá pobre.

— Milena, eu não tenho nem como comprar um fone de ouvido.

Eu quero dizer que isso é tão first world problems (problemas de primeiro mundo), mas não quero que ele roube o bolo de mim.

— Tenho uns vários fones de ouvido lá em casa, posso te dar um sem problema.

— Agora tô recebendo caridade.

Agradeço ao atendente e recebo a sacolinha. Ao caminhar para a saída, passo o braço pelo ombro daquela criatura resmungona e suspiro.

— Isso é apenas cortar gastos, você bem sabe. Todo mundo na vida passa por isso. Antes daquela viagem da facul eu também tava assim, lembra? E ainda tinha o Vini me empurrando coisas.

— Coisas?!

— Presentes.

— Nossa, deve ter sido péééééssimo.

Reviro os olhos para o sarcasmo da criatura. Para quem tinha apenas mais cinco minutos de break do serviço, a gente andava pela avenida como se não houvesse uma pilha de trabalho em nossas mesas. Mas a responsabilidade social falava mais alto. O aniversário do meu chefe e o apoio aos amigos, no caso. Cada um em seu mundo precisava de uma descontração dessas.

— Você me entendeu.

— Entendi... E você, tá melhor? Vai pra aula?

— Melhor até estou, mas sem condições de assombrar a sala hoje. Não me sinto com a cabeça no lugar. Ir só reforçaria o meu sentimento de atraso e vou deixar para sentir isso só na semana que vem. Mato aula, mas não recomendo, viu.

— Há controvérsias.

Dou um pequeno murro no ombro dele quando entramos na empresa. Ao tomarmos o corredor, me separo dele e agradeço mais uma vez pela compra de última hora antes de me despedir. Gui assente e me provoca de novo, ciumento do mimo.

— Thiago anda é bem cotado. Ganha até bolo. Inteiro.

— Depois da minha super mancada, ele merece, né? Como você se sentiria se eu esquecesse o seu aniversário?

— Mas você esqueceu meu aniversário.

— Não esqueci não!

— Ok, fingiu ter esquecido... Mas eu sou seu amigo. Quem é o Thiago na fila do pão?

— Não o vejo só como meu chefe, sabe. E agora ando deixando-o na mão... Como se não bastasse ter que me ausentar do trabalho na sexta-feira, também errei um pedido ontem e hoje já não sei onde enfiar minha cara. Pra completar, ainda esqueço o aniversário dele. Eu tô o desastre esses dias. Mas eu sei, eu sei, as coisas vão melhorar. E pode deixar que guardo um pedaço pra você.

— Três.

— Dois e não se fala mais nisso.

Ele ia falar, mas escapulo antes disso.

~;~

Fim de expediente e, diferentemente dos dias normais, em que fico à mesa da lanchonete esperando pelo Gui para ir para faculdade, estou à espera do meu chefe em seu escritório. Ele estava na sala de reunião desde cedo e tenho dó dele por se cansar sua paciência com uma dessas logo em seu aniversário. E, meu pai amado, que tonta fui eu mais cedo! Perdi basicamente a noção de tempo, nem lembrava que dia era hoje... Na semana passada até cogitei fazer um cupcake para ele, mas diante do momento, eu não tive cabeça pra isso. Não queria dizer que eu deveria ser indiferente também. E olha que Thiago me deu vários sinais de que queria falar sobre e eu lá, mal presente em corpo:

— Milena? Mileeena... Milena!

Acordei pra vida com ele quase me chacoalhando. Me situei que estava viajando em plena hora de trabalho, na sala dele, que me afastou da impressora de sua mesa, me olhando estranho.

— O-oi? Que foi?

Eu nem sabia o que eu tava fazendo!

— Nada... Além de você estar escaneando essa folha pela quinta vez no último minuto? Você ouviu o que eu disse?

Encarei a mesinha de Thiago, mordi o lábio e pensei... Não.

Que vergonha, meu pai, ser pega assim. Eu estava tão tão tão longe a ponto de nem ver meu chefe do lado, que dirá ter ouvido o que me dissera naqueles últimos minutos. Estava pensando no Murilo e umas coisas mais. Mas eu não devia estar me detendo a isso... eu devia estar trabalhando!

Meu silêncio foi resposta o bastante para Thiago, que passou por trás de mim e se dirigiu para o armário de documentos.

— Tenho até medo de perguntar quando você fica assim.

Depois dessa apertei os olhos e me forcei a me autocentrar nas minhas atividades de volta. Era o mínimo que poderia fazer no momento.

— Desculpe, Thiago. Eu devia estar mais concentrada.

— Você tava concentrada. Só não no que devia.

Engoli a seco, mesmo sabendo que não era uma reprimenda direta. Thiago tinha um tom de quem não tava brigando, mas também não tava muito feliz a respeito. Quem estaria, né? Atrapalhada, voltei-me de novo para a mesa da impressora e tirei a página que escaneava. Desconectei o notebook dele dali e enquanto ajeitava o arquivo digitalizado, pedi desculpas novamente.

— Não vai se repetir, Thiago. Desculpe mesmo.

— Se me permite perguntar, está tudo bem, Milena?

— Sim. Quer dizer... E-eu... É só... Não é nada demais.

— Há algo que eu possa fazer?

Eu apenas tinha o melhor chefe do mundo e fazia o quê mesmo? Ignorava o bendito. Comecei a pensar em recompensá-lo pela minha falta, sem saber bem o que fazer a respeito. Só sei que terminei de anexar o arquivo no e-mail dele para passar a um fornecedor e encerrei minha destrambelhice ali. Me apresentei ao seu lado de prontidão e solícita pra todo caso.

— Obrigada, mas não é preciso. De verdade. Então... Precisa de algo mais?

Ocupado com uma pasta nos arquivos, meu chefe pareceu avaliar o que eu tinha dito. Por fim, balançou a cabeça e buscou outra pasta.

— Não. Pode ir.

Não entendendo bem de sua reação ou da minha, juntei os documentos que teria de levar para minha mesa e me dirigi para a porta. Tão logo fechava, ainda incerta e envergonhada do que acabara de passar, abri de novo. Thiago até se surpreendeu ao ver que eu permanecera ali.

— Era algo sobre a tabela de segunda?!

— O quê?

— A parte que... A parte que eu não ouvi.

— Ah. Não, não... Não era nada importante na verdade. Pode voltar para sua mesa.

— Tem certeza?

— Tenho, Milena. Vá logo.

Eu tinha coisas bem mais sérias em mente, fato mais que validado, porém, não conseguia deixar aquela passar tão em branco. Diria o professor Renato, tenho nobre alma. Por isso fui atrás do Gui tão logo descobri e pentelhá-lo por um money emprestrado para ir na padaria ali perto. Ele foi de gaiato.

Minha carona do dia também estava nessa reunião que eu esperava acabar. Iara me passara umas mensagens mais cedo enquanto trancafiada estava lá, e agora só tenho o zumbido do ar-condicionado e as músicas do meu celular tocando ao aleatório como companhia. Como não deixar o pensamento correr?

Trilha citada: Daughtry – No Surprise

 

Tocava baixinho Daughtry, que é tão a cara do Vini que nem sei. Não havia playlist certa para o que eu estava sentindo, por isso ouvir qualquer coisa, sem qualquer expectativa, tava me valendo. E tocar uma música do Vini era, assim, de me aliviar por saber que mais um rolê de medo havia sido descartado das nossas vidas por ele ter aceitado tão bem a investigação sobre sua mãe. Iara me soltou algumas coisas ainda ontem sobre como foi quando ele apareceu no sábado no apartamento.

Por conta da festa dela de aniversário, ela basicamente hibernou o dia todo. Quando era fim de tarde, que se levantou, foi passar na cozinha para se hidratar e pá, lá estava o Vinícius aos RISOS com Filipe. Foi tão chocante que diz ela que não deu tempo nem de ajeitar o ninho de pássaro que estava o cabelo dela. Eles não a notaram de primeira instância, porque estavam de costas para ela, ao que parecia, começando a preparar o jantar. Aí o Filipe virou para pegar algo na geladeira e deu de cara com ela ali paralisada assistindo a cena. Vini, muito cavalheiro (e, vá lá, um pouco cínico), elogiou o pijama dela.

— Meu pai... meu pai tava rindo como... nunca. Eu via claramente que ele tava mó emocionado e eu não... não conseguia encaixar as cenas que eu via, sabe? Realmente não me toquei do modo que eu estava. Pelo menos eu tirei a maquiagem antes de dormir, senão estaria o Jason!

Ela falava isso de um modo tão maravilhado que eu fiquei tão feliz a ponto de me esquecer de outros assombros enquanto arrumava as coisas da casa. Vez que ficaria na casa de Djane até a viagem, eu tinha que deixar tudo nos trinque, fechado e limpo. Me sentia cansada sim, porém, o movimento todo me fazia mais tranquila... Mas, melhor que me manter ativa ou de cabeça ocupada era essa história que me esquentava o coração. O Vinícius ao menos dessa vez teve a decência de ser mais detalhista, no entanto, ver através da visão de Iara era tão amor quanto a dele.

Iara me contou que quando o que preparavam na cozinha estava em certo ponto, Filipe teve que sair para tomar um banho – porque numa de suas muitas distrações, só se sabe que foi extrato de tomate pra tudo que é lado e Filipe foi o mais alvejado. Iara já estava mais apresentável nessa hora, embora tão elétrica, espantada e emocionada por ouvir deles próprios que tinham conversado e se acertado. Assim, simplesmente, enquanto ela dormia. Era tão difícil de crer que ela pensou mesmo se ainda não estava dormindo. Acho que eu estaria do mesmo jeito se estivesse em seu lugar. Era muito inacreditável mesmo.

E aí, por eles terem ficado sozinhos, eles foram preparar a mesa para o jantar. Aproveitando a oportunidade, Vini também conversou com ela. Pediu desculpas por muitas vezes ter se ausentado como irmão, e que isso era um sentimento que ele vinha trabalhando faz um tempo, tentando reencaixar as peças bagunçadas que estavam dentro de si. Disse que ela nunca mereceu nada que ele tenha feito, que ela não era qualquer pessoa a ele. Era a irmã dele. E que gostaria de experimentar mais ser um irmão. Ele sempre quis uma irmã.

Se Iara enxugou os olhos no meu sofá, imagina o que não foi com aqueles dois tão companheiros na cozinha, com Vini lhe pedindo desculpas e até perdão, dizendo-lhe que queria ser aceito por ela, que a amava, que queria ter uma relação com ela se ela estivesse pronta para isso e que esperaria, que entenderia, se ainda estivesse muito magoada com ele. Iara? Ficou tão paralisada que só conseguiu abraçá-lo por ele ter abraçado ela primeiro. E quando o envolveu, quase não o largou, contou-me. Inclusive, o brilho deste pequeno grande acontecimento permanecia enquanto me relatava e por um momento quase me odiei por estar tão controversa. Mas no fundo aceitei que aquele era o recomeço de nossas vidas e que, por mais que ainda me sentisse como me sentia, eu devia me agarrar a essas felicidades e esperar pelo melhor.

Como havia lhe dito ainda na segunda-feira, eu só queria amor. E amor, tanto ela quanto Gui e Flá, quando apareceram na minha casa, foi o que me deram. E, na medida que eu mantinha meu equilíbrio, devolvia a eles na mesma proporção.

Trilha citada: Katy Perry – Roar

 

One Republic – I Lived (Arty Remix)

 

Brinco com os palitinhos de fósforo que consegui na lanchonete e cantarolo o finalzinho de Roar da Katy Perry enquanto espero, numa preguiça só. São três palitinhos, significando a casa que Thiago se encontrava. Fazia 33 anos. Por um segundo tento imaginar a criatura chegando a essa idade, o que era... uns 4 anos dali a frente. Nunca fui de sonhar assim com o futuro, tão precisamente, mas ali, envolta do que meu Ryan estava colocando para fora nos versos de um remix de I Lived, eu desejava que estivesse apenas feliz. Realizada. Renovada. Numa jornada tão louca, mas recheada de amor.

— If there were a broken bone, i swear I lived… I swear I lived.

— Que história é essa de rave na minha sala, senhorita Milena?

Quase salto da cadeira com meu chefe chegando de mansinho assim!

— Meu Deus, Thiago! Não me assusta assim.

— Eu que... Espera, o que é...?

— SURPRESA!

Tão destrambelhada quanto o episódio anterior nesta mesma tarde, jogo ao ar papéis picotados que vinha rasgando de papéis-borrões durante a espera. Thiago, que parece um pouco estressado, para um segundo, diante de sua mesa, para assistir os picotes planando no ar e chegar ao chão.

— Feliz aniversário, Thiago!

Com a maior liberdade e falta de dignidade do mundo, abraço meu chefe. Só assim mesmo que ele acorda pra vida e entende o que tô fazendo. Ele sossega por um instante e aí vê o que tem na mesa.

— Você comprou um bolo pra mim?!

— E consegui palitinhos para assoprar!

— Pelo amor de Deus, Milena, não canta parabéns. Já me cantarolaram tanto isso na reunião de hoje que mais um, eu mato!

Me desvencilho da pessoa e o empurro para se aproximar do bolo.

— Isso é vida boa, sabia?

— Sabia. E sei também que não conseguiria te matar se cantasse. Não depois de um bolo e...

— E três velinhas. Ou três palitinhos.

— ...E três velinhas. É só que hoje já me aconteceu de tudo. Então não cante.

Thiago me parece cansado. Não dos parabéns, mas do trabalho mesmo. Dou uma colher de chá pra ele.

— Me parece justo. Meu presente. Sem cantoria... E sem avoação.

— Não prometa o que você não pode cumprir, mocinha.

— Não achei que ia colar mesmo.

Respondo com graça enquanto acendo os palitinhos com a caixinha que me cederam na lanchonete e incentivo meu chefe a assoprar. Ele ainda tá de cara com meu feitio e resiste em ceder. Quando ameaço cantar, ele se senta e assopra.

— Viu, não foi tão difícil. Agora preciso ir, que vou com a Iara. Caroneira não deixa carona esperando, mesmo que por uma boa causa. Enfim, desejo-lhe tudo do bom e do melhor, Deus no coração e uma assistente mais competente para lembrar do seu aniversário ano que vem.

— Obrigada, Milena. Apesar dos apesares, acredito que tenho a melhor assistente. Quantos supervisores daqui podem dizer que têm quem rasgue papel em suas salas com direito a música pop latina?

Trilha citada: Pablo Alborán – Toda La Noche


Primeiro a Aline apresentou Pablo Alborán ao meu irmão e eu fui a vítima seguinte. Preciso dizer que era um tantinho viciante.

— É espanhola. Mas me desculpe mesmo pelo meu furo. Sei que não ando batendo bem essa semana.

— Por isso mesmo te desculpo. E desejo de volta que logo as coisas melhorem.

— Estão melhorando, pouco a pouco. Eu só preciso... Preciso acreditar mais.

— Se eu puder fazer algo...

— Ainda é seu aniversário, Thiago. E eu vou faltar na sexta, como bem sabe.

Ele corta um pedaço de bolo com a faca que também dei um jeito de arranjar, coloca no guardanapo que deixei ao lado e me oferece. Ao fundo está tocando Heroi da Banda Vega e meu chefe assente conforme ouve a letra.

Trilha citada: Banda Veja – Heroi (1:05)

 

— Melhor “acreditar e seguir a direção”... Conselho de um cara que tá atrasado para encontrar a família. Tô acreditando que minha irmã não vai me atirar colheres dessa vez. Aproveita e leva um pedaço pra Iara também, mesmo que ela tenha me infernizado com parabéns o dia todo. Aquela ruivinha pode ser bem esfuziante quando quer. Me lembra muuuito alguém... que também tá atrasada, né, caroneira?

— Eu devia roubar mais um pedaço só pela graça.

Thiago ri um riso verdadeiro e apenas me despeço. Amanhã dou um jeito de convencer o Gui com os biscoitos da dona Bia. Com esse mimo, é muito provável que ele esqueça que lhe prometi pedaços desse bolo.


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Notas finais do capítulo

Combo à vista!



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