Chego no banheiro e vou direto a primeira cabine, começo a me enojar e perceber o quando Clarice estava certa, eu era uma aberração, e deveria realmente deixar de ser uma vergonha alheia. Talvez não tenha sido a minha melhor ideia, mas quando me dei conta já estava me torturando, provocando o meu próprio vômito, quem sabe assim eu ficaria mais esbelta.

Tomei cuidado para que ninguém ouvisse o meu desespero, sai devagar sem olhar para os lados e continuei minhas aulas como se nada tivesse ocorrido.

Minha manhã não foi inédita, a mesma humilhação cotidiana na qual eu deveria estar acostumada, todavia aquilo sempre me incomodava, e o meu medo era nunca conseguir mudar este fato, porém algo me tornava mais resistente, talvez o meu passado.

Logo após, fui direto para casa na qual nunca tive conforto depois da morte do meu pai, passei direto pelo meu padrasto e entrei em meu quarto, sempre fui muito simples, apesar de nunca faltar dinheiro em minha família, nunca pedia coisas ao meu pai, no entanto ele sempre me mimava com as melhores coisas, hoje em dia o máximo que tenho é uma cama simples de madeira e uma fotografia dele.

Me acomodei em minha cama e ouvi a porta ranger.