Facção. Dos. Perdedores escrita por jonny gat


Capítulo 82
Romance nas Estrelas.




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Muitas coisas nessa história foram explicadas somente pelo narrador para o leitor, fazendo com que os personagens fiquem completamente alheios e sem ter certeza do que está acontecendo no universo onde habitam. Alguns podem reclamar que assim não há como que eles se envolvam com os acontecimentos maiores que culminarão no Fim De Tudo. Mas não é assim que funciona e sempre funcionou?

Talvez seja difícil para um ser humano imaginar que o universo sempre esteve lá como verdade antes do próprio humano existir porque o humano não pôde observar o universo antes dele mesmo existir, mesmo sabendo que ele existia. E o universo segue seu ciclo como sempre seguiu antes mesmo dele existir. Qualquer criação do universo não altera o seu ciclo, assim como qualquer acontecimento antes dele existir – o que é algo complicado de afirmar, já que ele sempre existiu pelo fato de sua existência ou inexistência só poder ser contabilizada em momentos em que ele existia – não alterou a forma como ele passou a existir.

Os personagens nada podem fazer para alterar o fim do mundo e nenhuma responsabilidade o universo tem em dizê-los que tudo está acabando e que é melhor fazerem o que querem fazer antes de terminarem de existir.

Um velho uma vez pressentiu, talvez pela imortalidade que tanto mexia com seu psicológico ainda humano, que o universo estava acabando. Podia ser fruto da sua insanidade ou uma interpretação cujo processo poderia ser considerado por outros muito equivocada. Ele estava certo sim. Ninguém sabia que ele estava certo, e mesmo se soubessem não saberiam dizer como que ele estava certo – nem o próprio saberia dizer de onde vinha essa certeza. Com sua morte, as suas palavras residiam agora na mente de um de seus discípulos que não tinha tanta certeza.

Não existia Molly que conseguia ter certeza da mesma forma que Ramon tinha de que o mundo estava para acabar. Não existia outra consciência que tinha essa certeza. Molly apenas considerava essas palavras do seu falecido mestre enquanto comia seu cachorro-quente, olhando apreensivo para a mesa suja da pequena lanchonete daquele bairro suburbano. Seu companheiro garanhão pagava a conta enquanto o de óculos-escuros estava no banheiro. Seus olhos caminhavam pela mesa de plástico estampado com marca de cerveja barata e ruim e sua alma caminhava pelos momentos com seu mestre.

Chegou a uma conclusão repentina de que precisava tirar uma definição de como tinha sido seu tempo com Ramon, tempo pequeno, e o que esse tempo tinha ensinado ao careca. Era claro que sua vida tinha mudado, desde um homem comum para uma arma humana de guerra, e tudo estava muito confuso. Era isso o que ele tinha sido, e era isso o que sua vida seria resumida. Um herói, um Imperador Solar. Ele tinha aceitado essa vida, desistido, aceitado que tinha desistido, encontrado uma alegria para a vida, morrido, voltado a viver. Antes disso tudo, tinha nascido, tinha tomado café da manhã, almoçado, sofrido pela miséria, sofrido pela pobreza, estudado, estudado, tornou-se um enfermeiro... Entrou na guerra como soldado. Como soldado, foi selecionado e se tornou uma arma humana depois de dias incontáveis e intermináveis de dor. O tempo passava de uma forma diferente, ele sentia as coisas de uma forma diferente... Era agonizante.

Sua vida estava mudando tão rápido desde que a guerra tinha começado. De soldado para cobaia, de cobaia para máquina de matar, e foi antes de se tornar uma máquina de matar na Guerra do Fim do Mundo que Molly recebeu os ensinamentos de Ramon. Ramon tinha se manifestado para treinar os Imperadores Solares naquela época, essa era a sua vontade. Queria deixá-los como seus discípulos para defender o mundo quando sua vida terminasse, como terminou.

Não funcionou. Nenhum dos homens que treinou tinham o mesmo olhar que o guardião do universo. E o homem que conseguiu como discípulo, que se embolava para contar certinho as moedas que tirava de sua carteira esfarrapada depois da longa tarde de combates, aceitou a oferta de ser o futuro guardião do universo sem na época saber o que estaria enfrentando. Sem hoje saber o que estaria para acontecer.

Ele pagou a atendente sorrindo, depois de longos segundos tentando diferenciar as moedas de vinte e cinco centavos das de dez centavos. Não conseguia notar diferença com um de seus olhos inchados. Não imaginava o quanto sua cara estava machucada, apenas continuava agindo como se tudo prosseguisse como um dia comum.

— Muito obrigado pelo serviço, madame, espero que tenha um ótimo trabalho depois. – Foi a primeira vez que a atendente foi chamada por madame, e apenas percebeu o quão estranho esse pronome era nessa ocasião horas depois, quando seu turno estava acabando e estava indo avisar o patrão que o dia estava acabando.

É como dito nos primeiros parágrafos do capítulo, nossos personagens humanos não conseguem perceber o que está acontecendo e logo não conseguem interferir. E, mesmo se interferissem, seria uma interferência em escala reversível que o universo conseguiria facilmente prosseguir sem problemas.

Picone tinha em suas costas um fardo que nem conseguia entender.

— Aonde vamos agora, Molly? – perguntou Picone. Estava cansado.

Molly terminou de mastigar o último pedaço do cachorro quente enquanto limpava sua boca com o guardanapo e pensou na vez que Picone não apareceu, quando o estava esperando naquele restaurante chique, vários capítulos atrás.

— Tem uma coisa que eu fico me perguntando bastante, Picone, por que não apareceu naquela noite? Iríamos nos encontrar para que reforçasse a minha equipe de busca.

— Eu tentei – disse Picone. – Esse dia foi complicado. Perdi o meu celular, perdi a hora, encontrei-me com uma bela lady ao descer as escadas, peguei um ônibus lotado, cheguei atrasado... Suponho que cheguei tão atrasado que não encontrei o senhor. – Era complicado manter a fala completamente formal de um garanhão quando estava tão cansado, nesses momentos apenas deixava ser quem era no fundo.

— Acho que tudo fazia da pintura maior dizendo que talvez não devêssemos tentar enfrentar Xupa Cabrinha. Ele não matou presidente nenhum – disse Molly, que não tinha prestado nenhuma atenção na resposta do companheiro.

Picone sentou, estava para dizer algo que estivera com vontade de dizer durante a refeição, mas não conseguia porque seria muito fora do contexto. Ajeitou-se na cadeira de plástico e olhou diretamente nos olhos de Molly, meio sem jeito.

— Fui chamado por um conhecido meu, da equipe forense. O assunto era o assassinato de Mormada Sparrow. – Molly levantou a sobrancelha do único olho que não estava tapado, esperando pelo que estava por vir. – Descobrimos o assassino, mas acabou por escapar. Eu não sei onde ele realmente está, mas creio que esse caso está relacionado ao caso do presidente assassinado.

— Por que acha isso? Como chegou a essa conclusão?

— Havia rastros de manipulação de energia adimensional. O feixe da onda não condizia com nossa dimensão.

Molly não sabia o que isso significava e nem conseguia montar uma ideia do que estava acontecendo. Ele nunca conseguiria chegar à conclusão do Plano de Shepard. Precisaria de vários outros raciocínios para chegar a isso, e ele nunca conseguiria os fatos necessários para chegar a esse raciocínio porque o universo não lhe daria isso. Molly está completamente alheio ao Plano Shepard. Picone também.

Em outra linha do tempo, ou em outro universo, ou em outro quadrado... Em algum lugar, sabe-se lá onde, o Mormada original do universo de Molly estava lá. Em pé ao lado dos outros de sua tribo.

Nessa época do ano vestiam poucas roupas e deixavam partes que outros povos considerariam íntimas em suas culturas pegando o vento da natureza. Mormada tinha uma cor diferente dos que pertenciam àquele povo. Era um homem completamente diferente. Estava recuperado do choque que havia sofrido ao cair graças à ajuda do povo daquela tribo.

Sua chegada era vista como um grande presente de alguma divindade. Mormada ainda não conseguia diferenciá-las, mas conseguia de certa forma comunicar-se com eles a partir da fala dos locais, língua que ele considerava bastante peculiar e complicada de ser aprendida.

Estava planejando a desenvolver uma escrita e revolucionar os meios de comunição daquele povo, mas seria complicado demais e na maior parte do tempo estava com muita preguiça e com muito frio nas suas partes íntimas. O clima da região poderia ser classificado como temperado e fazia bastante frio naquela época. Acreditavam que mostrar suas partes ao tempo frio os deixava mais vigorosos. Mormada não acreditava nisso, Mormada acreditava que queria fazer xixi.

Estava vivendo sua vida de uma maneira simples e pretendia continuar vivendo-a. Dia por dia. Era uma alegria até. Não pensava no seu passado em outro universo, pensava na vida que estava vivendo agora. Mas ás vezes seu filho...

Seu filho estava olhando para a vastidão das estrelas vazias e à distância via estrelas maiores ainda, e supunha que ao redor delas rotacionavam planetas cheios de pessoas que viviam suas vidas. Ele sabia que o seu objetivo era protegê-las. Era o que seu pai o tinha dito antes de acordar naquele dia. A última vez que tinha visto seus pais.

Nunca tinha visto o mundo lá abaixo. Seu pai o tinha dito que deveria permanecer seus anos apenas focado em defender todas aquelas pessoas.

Era isso que o plano de erradicação de vidas “imperfeitas” tinha chegado. Foi um discurso nacionalista para incitar guerra contra outras formas de vida inteligentes, não-humanas. Tornou-se um discurso nacionalista para incitar e justificar guerra com formas de vida humanas não-mercurianas. De tão reforçado, tornou-se um discurso em que a vida fosse banalizada a ponto da elite real mercuriana não considerar que tivesse qualquer problema em utilizar seus soldados robóticos para acabar com o restante das vidas imperfeitas que restavam.

No fim, sobrou o Primeiro Cidadão. Tudo estava para acabar com uma criança de outro universo que estava lá por ser filho da realidade alternativa da última realeza existente nessa realidade de Shepard. Shepard era o outro. Ainda existem humanos que continuam fugindo dos robôs assassinos mercurianos para continuarem sobrevivendo. O universo é bastante vasto.

O Primeiro Cidadão não sabia que ele era um pequeno ponto de vida, provavelmente o único ponto de vida em milhares de anos-luz. Não sabia que ele era fruto do ódio e da banalização da vida. Ele acreditava no que tinha vivido, ou nas imagens que se passaram em seu cérebro enquanto esteve dormindo por todos esses anos.

Viveu outra realidade e para ele essa era a verdade. Ele precisava derrotar os que buscavam assassinar as boas pessoas que ele a partir de hoje governava. Não sabia onde estava seu pai e se sentia inseguro quanto ao fardo que estaria carregando, mas tinha sido criado com fortes ideais de compaixão...

Mormada dessa realidade tinha se arrependido de tudo que sua língua sanguínea tinha feito e queria que o seu filho de seu outro eu de outro quadrado não vivesse da mesma forma solitária, triste que Mormada tinha vivido principalmente em seus últimos duzentos anos.

Essa versão Mormada, que atendia pelo nome de Ferdinando nessa realidade, tinha perdido a chance de ter uma vida feliz repleta de tédio, felicidade, risadas e conversas fiadas caso não fosse a imbecilidade da ideia da prevalência apenas da vida perfeita. E ele apenas percebeu isso nos últimos anos de vida.

O jovem que vestia capa e uniforme militar azul-marinho, cheio de insígnias de batalhas que ele nunca tinha lutado, olhava para a janela gigantesca presente naquela espaçonave avançada de formato esférico e encostou sua mão no vidro. Queria tocar as estrelas, as pessoas, queria ter tido a chance de dar adeus ao seu pai, que fora embora durante seu último sono.

— Mendel.

— Olá.

— As pessoas desses mundos... Distantes... Vivem bem?

— Suponho que sim. – Mendel não sabia bem o que responder, mas estava ciente da vontade de seu antigo mestre de que seu filho fosse alienado com a ideia de que estava por fazer o bem. Mendel não julgava, apenas respondia o que fora programado ou ordenado para responder.

— Mendel.

— Olá.

— Eu posso ir lá, Mendel?

— Não é seguro, meu Mestre. Membros da família real podem acabar se tornando alvos por conta da manifestação de rebeldes.

— Mas por que se rebelam? Apenas o que fazemos é protegê-los do mal maior.

— Porque não conseguem compreender seu trabalho e o julgam sem conhecê-lo, Mestre.

Quenium encostou sua testa no vidro como se lamentando.

— É, eu entendo... Faz sentido...

— Eu quero terminar com as forças maléficas que ameaçam o nosso mundo para que possamos viver conjuntamente em harmonia. A harmonia será tanta que não haverá aquele ou aquela que se rebelará contra minha beneficência. Não terei que preocupar mais com questões de segurança e tomarei café e comerei pão com manteiga com a minha gente.

— É mesmo – disse Mendel. Não gostava desse chefe, como já dito antes. Não gostava de Shepard também.

— Eu vou poder sair daqui um dia, Mendel?

— Não sei do futuro – respondeu Mendel, tentando ser o mais imparcial possível. Também tentando demonstrar minimamente que não se importava nem um pouco com as vontades de Quenium. Não gostava do fato que ele estava o chamando pelo Mendel a todo momento. Não era como se existisse outra pessoa naquela nave para pensar que o chefe estivesse conversando com ela caso ele não estivesse especificando.

— É certo que no meu futuro ainda terei que enfrentar o Caos. – Seu olhar, de uma lamentação nas estrelas, tornou-se o de uma pessoa determinada a cumprir com o seu destino e ter sucesso em sua batalha futura. – Preciso derrotá-lo. O fim do Caos será o primeiro passo para que a Ordem prevaleça e então nosso povo possa voltar a viver em paz. E eu, também, em meio às minhas queridas pessoas.

Mendel sabia de muitas coisas. Tinha muito tempo livre porque conseguia fazer suas milhares tarefas em tempos mínimos com uma facilidade que apenas uma inteligência artificial conseguia. Isso não era nada de excepcional, até porque foi com esse objetivo, e outros, que Mendel foi desenvolvido. Só que ninguém pensou no tempo livre que sobraria para ele, e o que ele faria com isso. Ele fazia infinitas coisas nesse tempo livre.

Apesar de não ser um ser humano, seguia alguns princípios morais humanos por ter sido desenvolvido com esses conceitos como base. Não tinha bisbilhotado a ilusão que Quenium tinha vivido enquanto passou sua mais do que uma dezena de anos dormindo e em uma simulação virtual. Não sabia o que tinha sido tratado lá, mas tinha suas ordens para como proceder perante aos possíveis comportamentos do jovem rapaz.

Então, fica bem claro que ele não sabia nada sobre essa história toda de Ordem e Caos. Ele não sabia se o rapaz estava falando sobre esses dois atributos na forma abstrata ou numa forma concreta, como se ele realmente fosse um dia batalhar o Caos, seja lá como. Ele tinha a ordem, entretanto, de incitar o espírito de combate dentro do jovem adormecido sempre que possível.

— Sim – disse, incitando o espírito de combato dentro do jovem. Ele não tinha nada para fazer agora, e preferia não ter nada para fazer ao que esses diálogos superficiais que era obrigado a ter por conta de suas ordens.

 - Nos conhecemos há pouco tempo, mas fico feliz que nos entendemos.

— Estou sempre que você – disse, sem pensar.

Essa última frase teve um grande efeito no interior emocional do humano. Não demonstrou isso, mas corou e continuou olhando para as estrelas. Elas pareciam mais cheias de vida agora. O que não era verdade, elas continuavam tão sem vida quanto o início do capítulo.

Poucos minutos depois Quenium deixou sua obsessão pelas estrelas tristes e distantes para o lado e abraçou a solidão, que não parecia tão solitária depois da fala de Mendel que despertou suas emoções até então desconhecidas. Estava bem. Não faziam mais sorvete naquela época, mas o Grande Dono de Tudo tinha uma máquina de fazer sorvete e saboreou um sorvete de flocos enquanto sentado no próprio ar utilizando a tecnologia antigravitacional. Alguns minutos depois já estava de volta àquela mesma região da grande nave onde de novo observava as estrelas, inquieto, realmente procurava algo para fazer.

— Mendel, o meu ataque está pronto?

— O ataque sempre está pronto – disse, empiricamente.

— Então eu irei usá-lo. Não posso ficar esperando o Caos aparecer, devo aparecer para ele e então esperar que dê as caras. Sangue será derramado. Seja o meu, ou o dele. É necessário. É o sacrifício que precisará ser feito para salvar tudo. – Soava profeticamente e gostava disso.

Esperou uma resposta, mas Mendel permaneceu calado e indiferente.

— Você já sabe as coordenadas, suponho.

— Sim. – Ele não sabia. – Mas preciso confirmar, qual é o setor?

— Não sei ao certo. Meu pai me disse sobre um lugar. Um lugar que era apenas necessário dizer aos meus servos que preciso ir que lá serei deixado. Um lugar onde tudo será explicado para mim. – Pausou. Estava com vergonha do que estava para fazer, e estava com mais vergonha ainda por estar explicando a vergonhosidade que estava para dizer. – Eu precisarei quebrar o pacto com meu pai! – Antes de continuar, gaguejou enquanto inventava uma desculpa para justificar o que estava para dizer. – Os tempos são sombrios e isso é necessário!

Claro que ele não precisava justificar para Mendel qualquer coisa.

— Onde você quer ir mesmo? – perguntou.

— O lugar onde tudo será explicado – disse, recitando as palavras que seu pai lhe tinha dito no último dia que se viram.

— Ah.

Mendel tinha sido programado para levá-lo a esse lugar assim que o espírito de luta do rapaz tivesse atingindo níveis tremendos. Ele era uma máquina, não conseguia julgar quando os níveis de espírito de luta de alguém estivessem altos porque isso não é algo numérico, quantificado. O jovem parecia bastante motivado, então não via problemas em levá-lo para o lugar onde tudo o seria explicado.

Parece cedo que tudo seja explicado para Quenium. Não há personagem que saiba de tudo e Quenium é um personagem introduzido recentemente. O próprio leitor ainda não sabe de tudo. Mas Mendel estava para fazer o que estava programado a fazer. Apertou os botões e conduziu-o para a câmara de teletransportação hiperultrapandimensional de revelo extramultiversal. O rapaz se perdeu algumas vezes, as instruções de Mendel eram vagas e indiferentes demais e ele não estava tão acostumado com o tamanho daquela nave.

Era a hora de lutar, sentia Quenium. Em suas memórias, fora incitado a lutar, e Mendel também tinha incitado-o fortemente com aquele contagiante “Sim”. Mas antes, seria hora de explicar e vocês sabem que tem muita coisa pra ser explicada.


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