Facção. Dos. Perdedores escrita por jonny gat


Capítulo 14
O leão destruído.


Notas iniciais do capítulo

esse capítulo já começa a fazer sentido



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Um violento som ecoava a partir de um dos maiores prédios de Economist. Não era só violento, era destruidor, se não sabe o porquê deste pergunte então às meras cinzas que sobraram dos minúsculos prédios ao redor do ser que provocava aquele som.

Próximo a esse ser, ou melhor, próximo a Raul havia um sujeito cujo seus tímpanos poderiam inclusive estar com sangue transbordando se não fosse pelo seu poder destrutível que era inclusive mais poderoso do que de Raul. A tão poderosa Cell Darkness, uma “doença” que traz como efeitos colaterais uma coisa que todos neste mundo desejam obter – O poder. Porém somente pessoas de linhagem sanguínea, que obtiveram antes que outros tal doença; poderiam viver utilizando tal poder.

— Chega. – Ordenou o sujeito, ou melhor, Ikovan.


Raul, por estar cercado de uma barreira feita a partir de ecos mútuos que produziam o som, não conseguira ouvir a ordem emitida a partir das cordas vocais de Ikovan.


— Eu disse chega... E não vou repetir... – Ikovan demonstrou sua superioridade em quesito de força ao produzir um som com maior índice de superioridade do que o de Raul.

Raul ficou meio que abalado.

— Incrível. – Disse Raul que fazia o máximo para não demonstrar sua desprezível inveja.

— Garoto, saiba que não sou burro para não ter percebido o campo de força que criou em torno deste prédio. – Comentou Ikovan.

— Não achei que você fosse burro, apenas que esse seu bigode ridículo iria tampar perfeitamente sua visão. – Caçoou o homem de óculos quadrados.

Uma coisa que Ikovan odiava era quando caçoavam de seu bigode. Para ele, nada era mais importante do que tal pedaço de cabelo. Seu estilo de vida era tão dependente de seu bigode que, desde que os primeiros cabelinhos começaram a nascer, ele não ousou nem ao menos raspar tais fios capilares. Seu pai sempre dizia que o bigode era a “prova de ser um verdadeiro homem”, então, se pensarmos nessa teoria, Frota seria um traveco por não obter pêlo algum em sua face tão lisa quanto pele de um porco. Não pelo fato de ser sujo, inclusive era até cheirosinho, mas por causa da pele macia e lisa.

Enfim, Ikovan ficou totalmente raivoso, estava como um leão, esperando o momento certo para utilizar toda essa sua raiva como uma arma para matar de uma vez o obstáculo em sua jornada que vestia um pequeno par de quadrados óculos, Raul.


— A ABC Works não é mais uma ameaça para nosso Mestre. – Dizia Raul. – Assim como nunca teve. – Concluiu, subestimando tal organização.

— A situação não deveria ser o inverso? – Ironizou Ikovan.

— Sua Ironia não faz sentido, bigodudo. Até por que nós matamos Ikovan. – O homem de óculos quadrados fazia o máximo para irritar Ikovan, já que tal o irritara antes.

— Hahahaha, então você concretizou o boato que terceirizaram até meus ouvidos? – Perguntou Ikovan e após alguns segundos voltou a pronunciar as palavras a seguir. - Que são cuidadosos no quesito de escutar toda merda que esses viados vivem falando por aí.

Ikovan comentou momentaneamente como se fosse algo aleatório em sua mente que poderia ajudá-lo de maneira que fizesse Raul confiar no que aquele bigodudo dizia.

— Foda-se os seus ouvidos. Serão por causa deles que você tenderá a cair perante minha presença. – Gabou-se Raul, como se tivesse alguma chance contra Ikovan.

— Se sua Cell Darkness é tudo aquilo que me mostrou; dificuldade não será a palavra certa para definir nossa briga. – Disse Ikovan, sincero.

— Aquilo não era minha Cell Darkness, - Raul ficou encarando o bigodudo por certo período minúsculo temporal. -, idiota.

— Aquele som que você produziu era o que então, meu amigo? – Perguntava o bigodudo esperando o ataque de seu adversário.

— Seu filho da puta mal-criado. Não te interessa, seu palhaço... – Disse Raul, surtando, que nem ao menos olhava para Ikovan enquanto pronunciou as palavras acima.

Uma das coisas que Ikovan realmente odiava, tanto quanto subjugarem a arte geométrica de seu bigode robusto e em formato de chifre. Na verdade odiava até mais, era falar mal de sua família, principalmente de seu irmão. Isto graças ao apego que tal bigodudo obtinha por tal ente querido. Desde criança, Ikovan tinha um enorme respeito por seu irmão.

Não por seu irmão ser mais forte do que Ikovan, ou mais inteligente do que Ikovan, ou mais rápido do que Ikovan, ou ser melhor em quaisqueres habilidade física ou mental do que o bigodudo. Isso por simplesmente ser seu irmão mais velho. Porém, após seu irmão mais velho finalmente ter conseguido ser melhor em algo do que Ikovan, o bigodudo ficou conhecido então por ser a sombra que seguia os passos de tal ente.

Por causa de todo esse sentimento, Raul conseguiu esquentar o corpo de Ikovan de raiva usando uma fraca ofensa.

Você pode pensar que Ikovan ouviu apenas o que Raul acabara de dizer, ou seja, isso:

“Seu filho da puta mal-criado. Não sabe como se apresentar para uma moça tão linda quanto eu? Só podia mesmo ser o irmão dele.”

Mas o que ele realmente ouviu foi isso:

“Seu mal-enrabado filho de um gigolô. Não sabe como convidar para fuder um viado tão formoso quanto eu? Só podia mesmo ser o irmão mais novo daquele lixo de péssimo exemplo de irmão mais velho.”

Anos depois, Ikovan descobriu que tinha um problema na audição por causa de sua falta de concentração. Também tinha um problema em suas cordas vocais, pelo mesmo motivo. Mesmo assim o bigodudo continuou dizendo que sua audição era impecável, na verdade ele nunca quis dizer isso, somente acabava pronunciando tais palavras graças a seus problemas de concentração. Até hoje nem mesmo o autor sabe o que ele queria dizer com isso.

Pela lógica, Ikovan estava literalmente “puto”, não no sentido de ser uma puta do sexo masculino, mas pelo fato de estar totalmente nervoso com as palavras que “ouviu” sair da boca do homem de óculos em formatos quadrados.

— Seu... Seu... – Sem mais nem menos Ikovan encheu o punho com a finalidade de acertar com toda a sua força a fuça de Raul.

Raul não era mais rápido que Ikovan, nem melhor que ele, muito menos mais poderoso que tal homem de bigode com formato anormal. Era simplesmente um merda perante aquele homem cujo nome dado por sua mãe era Ikovan. Logo não teve uma resposta de seu corpo rápida o bastante para conseguir esquivar do ataque de Ikovan.

O soco, somente por obter uma enorme quantia de ódio dentro de si, foi mortal por sua precisão no tiro. Raul caiu; caiu bonito no chão, o soco foi tão bonito quanto a caída de Raul, e, por isso, as raízes de seus dedos acabassem com sangue escorrendo livremente ao redor de sua mão, assim como o sangue que escorregava sob sua tez áspera de Raul, que atravessou desde o meio de suas sobrancelhas até seus lábios tão ásperos quanto a sua pele agora coberta de sangue.

— NÃO FIQUE POR AÍ OFENDENDO PESSOAS QUE NÃO CONHECE. SEU FILHO DE UMA PUTA. – Disse Ikovan, enquanto desaparecia em meio às trevas criadas por si mesmo.

— Huh-huh, não se preocupe. Logo irá morrer da mesma maneira que seu irmão,... Ikovan Sparrow. – Dizia o Raul, que já não poderia mais ser chamado de homem que vestia óculos quadrados, pois estes foram praticamente destruídos pelo soco do bigodudo que sempre pôde e sempre será chamado dessa maneira, já que ele mesmo diz que nunca raspará tais pêlos.


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