Facção. Dos. Perdedores escrita por jonny gat


Capítulo 13
Abc.




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Existia quem comparava a rivalidade entre Fantasy e Economist com a mesma de Brasil e Argentina. Porém, havia uma única diferença entre as duas rivalidades, numa dessas rivalidades havia mais ódio do que a qual que esta era comparada. Economist e Fantasy viveram anos e anos de ódio entre si. Tanto ódio de que, como por exemplo, se um grande político de Fantasy morresse, este fato seria motivo de comemoração em Economist. Agora posso dizer que este exemplo que escrevi acima não é somente um exemplo, era realidade no momento.

Crianças, jovens, adultos e idosos cantarolavam em meio às ruas centrais de Economist, comemorando exatamente o que o exemplo dizia: a morte de um grande político em Fantasy, no caso esse “grande político” seria Sparrow.

De alguma maneira, havia um ser que não tinha nascido em Economist e nem mesmo já obteve antepassados com o sangue arrogante deste país. Era um homem de Fantasy. Devem estar se perguntando: “O que uma pessoa de Fantasy fazia em meio àquela anarquia?”, “Quem é essa pessoa?”, “Por que está sendo tão destacado pelo narrador?”, “Por que esta fic desta vez ao invés de estar falando do danado que é o Frota estar falando sobre um homem desconhecido praticamente no fim de seu primeiro arco?”. Simplesmente as respostas virão com o tempo.

O homem de Fantasy era simplesmente um homem comum, seria fácil dele não se destacar em meio à multidão se não fosse seu enorme e estranho bigode em formato de chifre virado para seu lado esquerdo. Usava uns óculos com lentes “redondas”. Seu rosto era o de uma pessoa que teve uma infância difícil e por causa disso tinha uma vida atual pior ainda. Não porque o faltasse dinheiro (aliás, isto era o que menos faltava). Mas o que realmente acontecia de errado em sua vida era o fato de ser ignorado pelo governo dentro de seu trabalho. Seu nome era Ikovan, e no momento corria em meio à multidão derrubando quem ficasse em sua frente, não se importava com o povo de Economist, para ele eram somente seres arrogantes.

Ikovan estava procurando uma pessoa alta, careca (diferente de si, que era provido da virtude de uma cabeleira que estava sendo escondida por um chapéu de homem do velho oeste), caolho e um tanto feio.

Correndo e correndo no mesmo ritmo, Ikovan praticamente não conseguiu sair do lugar. Havia muitas pessoas na multidão fazendo que a passagem do bigodudo fosse parcialmente impossível. Ikovan só teve uma maneira para poder seguir em frente em sua procura pelo homem “provavelmente mudo”. Em um único instante tudo começou a ficar escuro. Em um único segundo um enorme vulto em vertical apareceu e praticamente desaparecera no mesmo instante. Certamente seria impossível para ser algum, a olho nu, ter conseguido enxergar tal vulto. Parcialmente ninguém conseguira visar perfeitamente a olho nu. Digo “parcialmente” nesta ocasião por haver um homem na multidão que já vira antes esta habilidade.

Ikovan era usuário da Cell Darkness, uma molécula que criou-se a partir de anticorpos vindos da vacina utilizada para aplicar o aborto após o “vencimento de validade” injetados em mulheres grávidas. Obviamente (pelos anticorpos utilizados em certa vacina estar fora da validade) o aborto não fora bem executado fazendo então que cerca de oito meses depois uma criança nascera. Esta criança que foi conhecida e até hoje é conhecida por ser a primeira usuária do Cell Darkness. Ao passar do tempo, percebeu-se então que o Cell Darkness era uma “doença” hereditária, ou seja, passada de pai para filho. Com o passar do tempo, o inevitável ocorreu: Foi descoberto, através de um exame de DNA, o até então desconhecido Cell Darkness. Obviamente a empresa industrial de comércio biológico não desperdiçou tal chance e assim começou a vender em pequenos frascos uma única unidade de Cell Darkness, no próprio frasco vinha escrito destacadamente dentro de um balão amarelo “Poder em forma literal para si e para seus futuros descendentes”. Infelizmente, dois fatos transformaram esta grande descoberta a uma grande revolta que existe até os tempos atuais. Primeiro: A Indústria Biológica cuja descobrira o Cell Darkness era do próprio governo de Fantasy. E a segunda, e mais importante, foi que, talvez se fosse descoberto antes da Cell Darkness ser posta dentro de um frasco que a mesma dava efeitos colaterais àquele que não tivesse o mesmo sangue daquele que fora retirado à própria, poderia ter evitado a grande revolta que ocorrera depois.

Outra pessoa além de Ikovan era um usuário da Cell Darkness. Porém, de certa forma, não eram parentes. Essa outra pessoa, que inclusive fora a mesma que conseguiste visualizar de maneira perfeita a fenda de tom escuro chamada popularmente de "vulto". Usava um par de óculos (estes, que eram diferentes aos que Ikovan usava) eram quadrados e de tamanho médio. Vestia, ao menos no momento, uma jaqueta de tom azul claro. Esta que cobria quase perfeitamente - se não fosse por um simples botão desabotoado - uma camisa de cor totalmente branca. Mais abaixo não havia nada demais... Somente as famosas e populares calças jeans. Bem... Se quiseres saber realmente o que cobre estas calças seria melhor saber que seria bom (pelo menos para você) se seguisse à carreira de Urologista... Né Frota?

– Huh. – Deu um riso simbolicamente clichê. – Terei um pouco de diversão em meio a esta alegria. – E então desapareceu enquanto ajeitava de maneira elegante seus óculos quadrados.

Ikovan estava sob um enorme edifício denominado “Economist’s Heart”, ou seja, Coração Economista; este que também era o nome da revista semanal que era produzida ali e publicada somente em Economist. Ikovan foi esperto o bastante para esquivar de um soco que a força deste conseguia ser equivalente a uma chuva de granizo.

Ao mesmo tempo em que se esquivou do ataque, Ikovan também utilizou sua experiência para tentar dar um chute “obscuro” (digo obscuro porque sua perna estava em total tom negro) no ser que tentara atingi-lo.

Incrivelmente, o chute sobrenatural foi facilmente repelido.

– Não precisa mais se esconder, sua presença é tão fácil de reconhecer como sair da cadeia. – Ironizou de certa forma Ikovan.

O homem que atacara Ikovan, que até então estava invisível a olho nu, não era nada menos e nada mais do que o homem que desaparecera a pouco, ou seja, Raul.

– Aceito isso como um elogio. – Disse o homem de óculos quadrados. – Mas se estiver me zoando vai acabar se fudendo. – Ameaçou.

– Enfim, - tossiu Ikovan, - Por que e para quê me atacou? – Indagou pronto para não receber uma resposta.

– Haha. – Riu ironicamente Raul. – Sabe muito bem que mudei de lado, não estou mais no lado branco da força.

– Já sabia que você tinha traído a ABC Works. Não vejo problema com isso, já que a ABC Works não precisa de um viado como você. – Opinou o bigodudo.

Dava para deduzir, que, por este último comentário, pela expressão de seu rosto, Raul estava totalmente puto. – Não sou viado, também não vejo problema se você for um.

– Você mesmo disse que mudou de lado, não é? Então, me diga, é verdade que mudaste para o lado rosa da força? – Ikovan riu de sua própria infame piada.

– Não sou gay. – Defendeu-se Raul. – Sou apenas bissexual danado* - Concluiu.

– Meu amigo... Existem várias portas de armário para se sair. - Ikovan aproveitou o momento para sacanear seu agora inimigo.

– VOCÊ É UM VEADO!! – Exclamou Raul puto da vida com Ikovan.

– Gentileza sua. – Ironizou o homem bigodudo.

Raul estava ficando cada vez mais nervoso graças as “brincadeiras” infames de Ikovan. Não conseguia mais agüentar, estava com o coração na boca de tanta raiva. Porém mesmo assim após respirar e transpirar calmamente por alguns segundos Raul conseguiu fôlego para pronunciar palavras ao invés de socar Ikovan até a morte.

– Creio que nunca viu meu Cell Darkness, certo? – Perguntou em tom de ameaça.

– Não, porém acho que gostaria de ver. – Disse Ikovan respondendo no mesmo tom. - Aposto não ser algo forte o bastante para me superar. - Sorriu como se estivesse desafiando.

Raul retribuiu o sorriso, por simples e infantil ironia.

Bom momento para vermos a situação de Frota, e do homem gigante que lhe fazia o tipo.

– Não vou perdoar as intenções de vocês para caçoar-me dizendo que alguma para-anormal estava “fedendo” aqui. – Disse Victoria. – Sendo que sou a única para-anormal daqui.

– Eu não disse algo assim. – Defendeu-se Frota.

– ISSO, A CULPA É MINHA. – Disse Dark, com seu espírito pedreiro de homem.

– Não vou dizer mais algo que não me interessa. Também não pretendo perguntar na base da gentileza onde está o senhor Xupa cabrinha. Pois sei que vocês só irão se render perante minha força. – Disse Victoria.

– SE QUER SABER ONDE ELE ESTÁ; SE JUNTE A MIM! ESTOU A PROCURA DELE, TAMBÉM. – Disse corado Dark após analisar o corpo de Victoria.

– Não, você é só um viado sem utilidade. – Disse Victoria enquanto sacava sua katana. – Eu lhe vi, Frota, usando a força da Okami Kenon contra meu subordinado.

– O-OKAMI KENON? – Perguntou apavorado Dark, o tom de voz que expressava seu medo era totalmente baitola comparado ao seu tom de voz comum.

Frota num instante percebeu que não estava lidando com uma mulher fraca. Percebeu somente pelo olhar dela que sua força ultrapassaria facilmente a força da policial Ino Norris. Logo retirou sua luva do bolso interno de sua roupa social astuciosamente sensual. Por precaução vestiu sua mão com a luva. Assim que a pôs olhou para frente, Victoria não estava mais lá.


– Você não é páreo para mim. – Ecoava uma voz há alguns metros atrás de Frota.

Frota virou-se para o local de onde vinha a voz e lá estava Victoria. Frota sentiu uma pequena agulhada em seu tornozelo esquerdo, o ponto de Aquiles. Olhou para lá e viu uma espada claramente cravada no tornozelo de Aquiles, caiu no chão rapidamente.

– MA-MAS COMO!? – Perguntou a si mesmo Dark.

– Ter UMA Okami Kenon é o mesmo de não ter uma Okami Kenon. – Disse de costas Victoria, demonstrando seu desprezo.

– MAS, QUE HABILIDADE É ESSA? – Perguntou Dark, com um tom de voz macho[s]cado[/s].

– Você não é um anormal para entender isso. É algo totalmente complexo. – Respondeu Victoria enquanto se preparava para atacar Dark.

– BEM... – Disse Dark.

Victoria caminhava em direção a Dark usando a extrema velocidade que ela obtém como qualquer outro para-anormal também obtém, mirava exatamente no coração de Dark. Estava querendo fazer um grande estrago.

– PENA QUE... – Continuou Dark.

Victoria apenas ignorou e continuou sua rota em uma velocidade impossível para um ser humano qualquer.

–... EU TAMBÉM CONSIGO ENTENDER ESTA TÉCNICA. – Disse Dark segundos antes de Victoria atacar.

Assim quando atacou, Victoria achava que aquilo que Dark acabara de dizer era apenas um blefe. Mas NÃO era...

– INFELIZMENTE... SEU GOLPE FOI NEUTRALIZADO. – Dizia Dark enquanto “quebrava” a katana de Victoria com sua força sobre-humana.

Victoria por um segundo ficou surpresa, porém não era burra para gastar seu tempo com isso, e rapidamente já estava de frente com as largas costas do gigante Dark. Em um milésimo de segundo enfiou o que restou da espada nas costas de Dark. O corpo de Dark também caia ao chão.

– A força... Não pode superar a velocidade. – Dizia Victoria enquanto se sentia a fodona.


Frota se levantou em instantes depois, a katana que havia perfurado o tornozelo de Aquiles de Frota não estava mais lá. Aliás, nem mesmo o ferimento que a katana causou estava por lá.

– Levantou... Mesmo após de ter sido atingido por mim? – Indagou surpresa a serial killer.

– Sabe... – Começou Frota. -... Percebi que assim como seu pupilo você conhece uma ótima maneira de controlar uma espada. Como dizem... Tal mestre tal discípulo. – Completou com seu comentário comentado.

–... – Victoria preferiu não comentar.

– A única maneira de me derrubar é me furando, mas você furou no lugar errado. – Disse Frota.

– Prefiro tentar fazer um no meio de sua cabeça. – Ameaçou Victoria.

– Prefiro atrás.

Foda-se, não estou aqui para brincar com um viado como você. Se quiser arrumar um companheiro, o gigante está ali caído. – Disse Victoria, um pouco envergonhada.

– Opa, aquele eu to pegando ainda. Faz meu tipo. – Comentou Frota.

– Quer saber? Vou acabar com você no próximo golpe. – Disse Victoria confiante.

– Não. – Negou Frota confiante da mesma maneira. – Você não é tão rápida o quanto pensa.

Na verdade, Frota apenas disse por dizer. Queria fazer com que Victoria ficasse com um pouco de medo. É claro que uma serial killer experiente não seria enganada por um blefe tão... Blefe quanto este. Atacou normalmente, isso que foi um erro.

Por um milésimo de segundo Frota pode ver algo indo a sua direção. Esse algo era Victoria, que estava ultrapassando a 4º dimensão pouco a pouco com sua velocidade. Frota conseguiu entender a velocidade da assassina pouco a pouco; a cada centésimo de segundo que passava... Pena foi que somente passaram 3 centésimos de segundo até que Victoria pudesse ficar em uma ótima posição para atacar Frota.

Instantaneamente, talvez por instinto, a mão de Frota se moveu para frente, coincidentemente ela se moveu para o mesmo lugar que Victoria estava pronta para atacar.

Um pequeno toque na testa de Victoria seria o suficiente para derrubá-la, e foi isso que aconteceu.

– Na-Não acredito... Alguém ter conseguido parar o Voyage Direct Run... – Pensou Victoria totalmente enquanto caia no chão.

Frota sentiu algo que estava pedindo para sair da mão que vestia a Okami Kenon naquele momento.

– Hehe. Enfim, você finalmente conseguiu dominar totalmente a luva.

A voz que expressou as palavras acima parecia estar somente na cabeça de Frota. Mas não estava, pois assim que o estuprador piscou duas vezes, pôde ver ao fim da rua um tapa-olho e uma pessoa conhecida.


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