The Chosen escrita por Little Crazy


Capítulo 18
Tia Helena


Notas iniciais do capítulo

Heyyy! Tava sumida né? Eu seii :(( me desculpem, eu tava em duvida se deveria ou não postar o capítulo pois não tava satisfeita, mas coloquei umas coisinhas aqui, outras ali, uns personagens novos e fiquei satisfeita. E então gostaram do finalmente momento de Alexia e Peter? Demorou né? Depois de quase um ano eu finalmente deixei eles dois terem um momento sozinhos! Ta vou parar de falar merda.
Queria agradecer a Bia Chase Jackson!!! Sua lindja!!!! Amei a recomendação!!!! Desculpe não responder os comentários, é que ando sem tempo esses meses, mas agora com as férias vou responder todos!! E Quinn Deeks se você ler minhas fics, por favor preste atenção nessa nota, me desculpe por não responder sua MP, eu tava sem tempo como disse, vi ela essa semana, assim como a recomendação da Bia, me desculpe, sou muito pateta só entrava para ver se duas fics que estou bastante apegada, foram atualizadas e saio logo. Sorry!!!
Beijos!! Até as notas finais, espero que gostem do capítulo. Fui ameaçada se não postasse ontem, e por fim, acabei ficando com preguiça e esqueci. Aí agora tô devendo chiclete para a Nymeria :((( Let´s cry!!!



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(N/A: O que tiver em itálico é porque está em português, ou seja, apenas a conversa do Gabe com Helena)

Narrador

Albert fitava alguns livros. Parecia atordoado e confuso, precisava guardar um segredo para si mesmo, e ao mesmo tempo tentar manter a boca de Andrew fechada. O garoto parecia não gostar nem um pouco de seu irmão, o que complicava demais as coisas.

O rapaz suspirou e passou as mãos pelos cabelos, porque Augustus tinha que se machucar justo agora? Albert estava tão perto de conseguir achar o que procurava.

E Lauren? Porque ela precisava ser tão teimosa?

Essas perguntas martelavam na cabeça de Albert, a única coisa que ele conseguia pensar era nos problemas que o cercavam. Ele precisava ficar atento a qualquer movimento, principalmente agora que os amigos de Lauren estavam em seu apartamento, muitos semideuses atraem muitos monstros…

–Droga – murmurou o rapaz batendo levemente sua cabeça na mesa.

Um grito estridente cortou o ar, era de uma garota, não… Era de Lauren.

Ele levantou-se rapidamente e correu até o quarto das meninas, no caminho encontrou três meninos que tinham armas em punho.

–O que aconteceu? – perguntou Andrew assustado.

–Ainda não sei! – exclamou Albert.

Entraram com mil pisadas no quarto onde Lauren e Becca estavam. A filha de Íris estava sentada na cama e tentava acalmar certa morena dos olhos verdes que chorava.

–Lauren? – perguntou Albert correndo até ela – O quê foi?

A morena o olhou com dor e ele não precisou nem perguntar novamente. Já sabia, ela havia sonhado com as pessoas que matou. Era sempre assim, acordava gritando no meio da noite e com um choro descompensado de doer o coração.

Albert a puxou para um abraço e acariciou seus cabelos com carinho. Não conseguia fazer a mesma coisa que Gus para acalma-la, mas sabia que isso sempre ajudava. A tarefa sempre ficava para os dois, já que Hecate não permitia que Peter a consola-se.

–Sh…Já passou, aquilo já aconteceu – dizia num tom acolhedor – Não precisa chorar por isso Lauren.

–Ma- mas, todos tinham fa-famílias! – chorava – Des- destruí cin-cinco famílias!

–Foi preciso – Albert falava – Volte a dormir.

Aos poucos a morena se acalmou e Albert a deixou dormir. Becca estava assustada e preferiu deixar a menina sozinha, seus amigos foram para a sala e Albert sentou com eles no sofá.

–O que foi aquilo? – perguntou Gabe preocupado – Que famílias?

–Ela destruiu quem? – perguntou Michel.

–O que aconteceu? – perguntou Andrew.

–Ela se revirou durante o sono inteiro – disse Becca com pesar.

Albert suspirou e começou a falar.

–Quando completou 13 anos, Lauren teve que matar cinco mortais – disse – Ela tinha uma amiga chamada Tania – fechou os olhos, oh Tania, sua linda e bela Tania. A filha de Vênus mais linda que já vira – Minha mãe, Hecate, ameaçou matar a garota caso Lauren não matasse cinco mortais que vinham dando dor de cabeça à mãe.

–Ela matou cinco pessoas? – perguntou Gabe incrédulo – Lauren não é capaz de machucar nem uma mosca!

–Talvez – Albert deu um risinho sarcástico, Lauren não era aquela doçura toda, quando queria, ela sabia ser bem cruel – Não se deixe enganar com aquela carinha de anjo.

–Não fale dela assim – rosnou Andrew.

–Eu sei de coisas que ela já fez. Coisas que vocês nem sonham – retrucou o filho de Hecate.

–Continue – pediu Becca.

–Ela matou os mortais, mas em compensação nunca mais foi a mesma, ela vivia rindo e brincando. Depois disso, Lauren se fechou e ficou fria. Nunca mais foi a mesma.

–Então ela teve pesadelo com esse dia? – perguntou Gabe

–Sim.

Os jovens ouviram uma tosse seca e Albert fez um sinal para que Andrew o acompanhasse. Eles se retiraram da sala e foram até o local onde Gus dormia calmamente.

–Feche a porta - pediu Albert a Andrew.

O menino fechou-a e ambos andaram até o rapaz adormecido. Andrew parecia ter raiva dele e preferiu ficar bem longe de Gus.

–Ele não vai lhe morder – brincou Albert – Bom, talvez não enquanto dorme.

–Ele me odeia se pudesse me morderia até depois de morto – retrucou o loiro – Onde estão as ataduras?

Albert apontou para um armário marrom que tinha no canto da sala. Andrew andou até lá e não pode deixar de observar a quantidade de poções e remédios que tinham no local.

–Porque tantos remédios? – perguntou o adolescente

–Meu pai morava aqui. Não lembro muita coisa sobre ele, mas parece que tinha uma farmácia aqui perto – explicou o moreno enquanto observava o pulso do irmão – Ele era dono do quarteirão, virou uma espécie de comerciante, mas a coisa que mais gostava era a Farmacia.

–Onde ele está agora? – perguntou Andrew, sem tato como deu para perceber.

–Não sei, eu e meu irmão fomos para escola uma manhã, e depois não me lembro de mais nada – disse Albert fazendo uma careta – Quando sai do castelo, eu ainda lembrava o endereço daqui. Até mesmo do apartamento, pelo que uma velha que morava aqui desde que o prédio foi construído, meu pai conseguiu comprar o edifício e passou para nosso nome – apontou para o irmão – E logo depois sumiu. Ela falou que ele dizia coisas sem sentido, nunca mais tinha sido o mesmo desde que sumimos.

–Nossa. – murmurou Andrew – Deve ser difícil pra você vir aqui, desse jeito. E não ver seu pai.

–Bastante – disse Albert – Mas esqueça disso, e foque no nosso projeto.

–Não gosto desse projeto – choramingou Andrew – Parece muito raivoso…

–Cale a boca – mandou Albert – Ele está inconsciente. E você não pode abrir o bico pra ninguém, principalmente para Lauren.

–Relaxa contanto que ele não me ameace.

–Não vai, agora segure o pulso dele aqui.

*****

Na sala de jantar, três amigos conversavam sentados ao redor de uma mesa. Gabriel comia um saco de batatas palhas, enquanto Becca e Mike discutiam sobre armas.

–Mike, todo mundo sabe que armas são perigosas! – exclamou a morena.

–Nossa, como se facas chinesas não fossem – retrucou apontando para as facas da garota.

Becca nunca gostou de armas normais, talvez seja pela influencia de seu avô, que era chinês. Ela usava facas chinesas e espadas chinesas, seu ultimo presente de aniversario tinha sido um kit, com armas, flechas, arcos, facas, e até balas de prata, todas banhadas com ferro estigio.

Em cima da mesa estavam suas armas, a garota vivia limpando-as como se fossem a maior preciosidade do mundo.

Mike não tão diferente de Becca adorava armas pouco convencionais a semideuses. Ele ganhou de seu pai, um revolver, que continha uma caixa cheia de balas de bronze celestial. E comprou uma algema, essa a qual vivia brincando.

–É diferente, não fico brincando com elas. Muito menos jogando de um lado pro outro – fuzilou os irmãos – E nem jogando nas pessoas.

–Ei! Quem faz isso é o Wade! – retrucou Gabe com as mãos erguidas em rendição.

Ouviram passos e Andrew apareceu na sala de jantar acompanhado de Albert que os encarou assustado e confuso.

–Que porra é essa? – perguntou o feiticeiro.

–Armas – respondeu Gabe com a boca cheia – Eles são um casal maníaco.

–Percebi.

E como sempre, Becca e Mike começaram a discutir. Gabriel, Andrew e Albert foram até a cozinha.

–O que querem almoçar? – perguntou Albert – Eu os levaria até a lanchonete aqui em frente, mas acho perigoso tantos semideuses assim saírem de casa. Sem contar que não posso deixar Lauren e Gus sozinhos.

–Relaxa, a gente se arruma por algum lugar – tranquilizou Andrew e Gabe concordou.

–Não! Que isso, eu faço a comida – anunciou Albert – O que acham de peixe com fritas?

–Tanto faz – deram de ombros.

–Eca, não. Peixe com fritas é muito fraco pra quem está em missão – Albert negou com a cabeça, encostou-se na pia e começou a pensar – Cara, acho melhor…

–Vamos comer peixe com queijo e molho de tomate – anunciou Gabe andando até o fogão – Onde tem um telefone aqui?

Albert apontou para o celular que estava ao lado do garoto. Gabe sempre sendo lerdinho.

–Disfarça – sorriu Gabe e discou um numero desconhecido no telefone – Alô? – disse assim que atendeu – Tá, ok, eu sei – revirou os olhos – Fica quieta mulher!

–Com quem ele tá falando? – perguntou Albert ao loiro.

–Não faço a mínima ideia – respondeu-lhe

Porra mãe já entendi – resmungou Gabe vermelho de raiva – Que droga mãe!!!

–Opa tia Helena? - perguntou Mike surgindo das sombras – Deixa eu falar com minha sogra! – e correu até Gabe.

–Tia Lena é muito legal – comentou Becca

Mãe, que saco. Vem aqui no lugar onde eu tô, preciso de comida, e quero o seu peixe – falou Gabe – Albert qual o endereço daqui?

–Diz que é em frente ao Hank’s perto da escola municipal. Prédio Arlo De Frey.

Ouviu? Tá vem logo – desligou Gabe.

–Nem deixou falar com minha sogra – resmungou Mike andando até Becca.

–Ela não deixou nem eu falar – retrucou Gabriel bufando e dando ênfase ao “eu”.

*****

Lauren acordou ouvindo uma barulheira sem fim. Eram gargalhadas, gritos e barulho de panelas batendo.

“Que merda é essa?” pensou.

Levantou-se morrendo de dor de cabeça, e olhou seu estado no espelho ao lado da cama. Cabelos desarrumados, olhos inchados e vermelhos. Estava deplorável.

A porta se abriu e por ela uma Becca sorridente entrou. Lauren a encarou e lembrou-se de seus choros, logo uma vergonha a invadiu.

–Cê tá melhor? – perguntou Becca abraçando a amiga.

–Aham – murmurou Lauren – Que barulho é esse?

–Tia Lena – gargalhou, Lauren a encarou sem entender – A mãe do Gabe.

–O que diabos ela faz aqui?

–Nossa comida. Todo mundo é um desastre, e o senhor bonitão lá fora não acha bom pedirmos, porque pode atrair monstros.

–Ah.

Becca entregou a mochila de Lauren e uma bolsinha que ela tirou da própria mochila.

–Saindo do quarto, entre da segunda porta da esquerda. É o banheiro, tome um banho se troque. Vai se sentir melhor. Em seguida vá comer só pelo cheiro parece delicioso – disse Becca e logo saiu do quarto.

Lauren não pode nem agradecer.

A garota andou até o banheiro e não encontrou ninguém na sala. Tomou um banho rápido, tratando de lavar bem os cabelos que estavam sujos com um pouco de sangue dos ferimentos de Gus. Vestiu uma regata vermelho sangue simples e um short jeans, penteou os poucos cachos que tinha e passou uma maquiagem que Becca tinha lhe emprestado. Nada demais, apenas um corretivo nos olhos e uma camada fina de base no rosto, finalizando com um pó.

Saiu do banheiro e guardou suas coisas no quarto. Seguiu para a cozinha e encontrou todos sentados por cima dos balcões.

–Lauren! – exclamou Andrew sorridente, este estava com os braços no meio das pernas, espreguiçando-se.

–Olá – sorriu a morena dos olhos verdes – Hum, que cheiro bom é esse? – perguntou desviando sem querer o olhar para o fogão, onde uma senhora de no máximo 40 anos estava abaixada e retirando do forno, um peixe com uma cara super boa.

–Especialidade da tia Lena – sorriu Becca, saltando da bancada e indo ajudar a mulher que sorria para mim.

–Olá querida, você deve ser a Lauren, Gabe e Mike falaram muito de você – sorriu a mulher e veio abraçar Lauren, que no inicio travou um pouco pelo ato inesperado, mas acabou por retribuir com um abraço desajeitado.

–Mãe – riu Gabe – Lauren não curte muito demonstrações de afeto desse jeito – gargalhou o elfo.

–Verdade tia – concordou Becca rindo junto com Gabe – Mas relaxa, não é nada pessoal.

Os elfos pularam na bancada e Andrew cutucou Albert que apenas riu da situação, ambos andaram até Lauren, passaram seus braços ao redor da menina e suspiraram.

–Helena Moraes – disse Gabe – Esta é Lauren Vega, filha de…Peter, escolhida da profecia, seu poder é lentidão e super teimosia, além de olhos verdes penetrantes e extremamente frios.

Os semideuses deram risinhos, com exceção de Albert que olhava com puro tédio a conversa desde que Lauren havia entrado no local. Michel fingiu arrumar a gravata e começou:

–Lauren Vega – disse – Esta é Helena Moraes, filha de uma inglesa e um brasileiro, mãe de Gabe, escolhida para fazer os melhores lanches do mundo, seu poder é mãos de fada, super cozinheira e número um em deixar o Gabe corado – riu Michel, junto com os outros ao ver Helena levar as mãos até as bochechas do filho e aperta-las com graça – Além é claro, de ser a pessoa mais bem-humorada do mundo.

Lauren e Helena gargalharam, a mãe de Gabe puxou a menina para um abraço e segurou seu rosto nas mãos.

–Ah querida você me lembra tanto uma jovenzinha que conheci – olhou com certa saudade para Lauren – O mesmo jeitinho tímido, rostinho de anjo, jeitinho delicado. Ah que saudade.

Lauren a essa altura já achava a mãe de Gabe uma louca, o que diabos a mulher dizia? Com certeza era uma língua que a menina não conhecia, apenas Gabe e Becca pareceram entender, Michel deu um sorriso fraco e andou até a bancada onde Andrew estava e sentou-se.

–Mãe, Lauren não entende português – Gabe disse desconfortável.

–Ah sim, sim claro – ela deu um tapinha na testa e riu pedindo desculpas – Sinto muito querida, as vezes me esqueço que aqui é outro país.

–Sem problemas – sorriu Lauren – Nunca ouvi Gabe falar em português, por isso estranhei – ela riu.

–Tia… - chamou Becca um tanto tímida – O peixe, é melhor servir…

–Ah deuses! O peixe!

A mulher saiu atarefada deixando uma Lauren confusa e um Gabe levemente corado. Ele olhou para a menina e sussurrou um:

–Não liga ela é assim mesmo – riu.

Ambos sorriram e sentaram-se a mesa com os outros. Helena serviu o peixe e imediatamente todos começaram a comer, ela sentou-se ao lado de Gabe.

–Nossa – murmurou Andrew – A senhora nunca perde o ponto!

–Ah querido, você me conhece desde que tinha 12 anos, pode me chamar de tia, você…

–Tia, Andrew é australiano, o dom dele é tentar seduzir os outros – resmungou Michel com a boca cheia, Lauren e Becca o olharam com reprovação, ele apenas engoliu e continuou – Se ele fosse inglês eu diria que era por causa disto, mas a britânica aqui é Lauren – ele deu uma cotovelada de leve em Lauren que riu e assentiu, mesmo sendo chato, ela havia se acostumado com o apelido – Viu?

–Ah! – exclamou Helena olhando maravilhada para Lauren – então você é a britânica?

–Oi? – perguntou Lauren confusa e levemente corada.

–Deuses! Esses dois não paravam de falar que conheceram uma britânica muito legal e que já fazia parte do grupinho deles – Helena gargalhou e bagunçou os cabelos de Gabe e Michel – Becca também falou muito de você.

–Ah sim – riu a menina

Ouviram uma tosse seca vinda do quarto ao lado, Albert suspirou e levantou-se da mesa, parou ao lado de Andrew como se esperasse o mesmo. O loiro engoliu o ultimo pedaço de seu prato e disse

–Volto logo.

Os dois sumiram no quarto e Michel e Gabe trocaram olhares nervosos. Helena conversava algo interessante com Becca até prestar atenção na ausência dos dois.

–Onde foram?

–Cuidar do Gus – respondeu Gabe – Ah Lauren, hoje ele acordou e perguntou por você. Mas Albert disse que não passava de um delírio, porque ele estava com muita febre.

Bastou falar aquilo para Lauren levantar-se rapidamente. Helena os olhou preocupada.

–Quem estava com febre?

–Augustus – respondeu Michel lentamente, enquanto observava Lauren sair rapidamente da sala – Melhor amigo dela, ele foi atacado hoje e parece que é meio complicado o caso dele, quase morre.

Oh meu pai, onde ele está? – perguntou helena levantando – Vou ajudar.

Ela saiu pela sala e Becca fuzilou Gabe.

–Grande boca essa sua – sussurrou – Albert pediu para não falar nada, porque Gus precisa de silencio, agora Lauren e tia Lena vão pra lá.

Gabe apenas deu de ombros e voltou a comer, Michel o acompanhou e Becca empurrou o prato zangada.

*****

–Lauren sai daqui – mandou Albert lentamente – Ele tá bem, só precisa abaixar a febre.

–Oi? – perguntou Lena baixinho na porta – Sou médica, posso ajudar?

Albert olhou desconfiado pra ela, porém assentiu. Andrew saiu de perto de ambos e foi ficar ao lado de Lauren. Ela roía todas as unhas, sempre que dava uma passo para se aproximar, Albert a fuzilava.

–Deixe eu ficar perto dele Albert – pediu a jovem com raiva.

–Fica. Longe – ameaçou Albert erguendo a mão enquanto Lena estava destraida – Se não…

De suas mãos uma nevoa cinza saiu e ficou pairando pela palma. Lauren deu dois passos para trás e se agarrou no braço de Andrew. Uma vez Albert tinha usado aquela nevoa na menina, ela ficou com enjoos e tonturas por um dia inteiro, sem contar a dor de cabeça que parecia esmagar o cérebro.

–Ele está ardendo – preocupou-se Lena – Já deu remédios?

–Ele é semideus, apenas néctar e no máximo uma simples poção são o suficiente para passar a febre – respondeu Albert fitando o irmão.

–É, mas apesar de tudo, ele é metade mortal – ela olhou para o menino – e nós, usamos medicamentos. Tem remédios ali? – perguntou apontando para um armário cheio de medicamentos.

–Sim, mas estão vencidos – disse Albert.

–Tem alguma farmácia aqui perto? - perguntou a mulher indo em direção à porta.

–Sim, lá no canto, quer que eu vá com a senhora? – perguntou Albert.

–Não precisa, só tenho que achar minha bolsa – ela sorriu e andou até Andrew – Querido, foi pra você que entreguei ela né?

–Foi tia, tá no quarto das meninas, vem, vou lhe mostrar.

–Ah! Dona Helena – chamou Albert – Tome isto – ele andou até a mesa e escreveu algo, logo entregando a Helena que olhou para o papel – É um passe livre para pegar medicamentos de graça, a farmácia é da família, um primo meu que está gerenciando, se mostrar isso a ele poderá pegar qualquer coisa de graça.

–Ah não precisa querido, eu mesma pago – sorriu a mulher andando até a porta com Andrew.

–Que isso, é para o meu irmão, o mínimo que posso fazer é arcar com os medicamentos.

Eles saíram e Albert cruzou os braços para uma Lauren que fitava o quase namorado na cama.

–Sai daqui sua fedelha irritante – ele disse a olhando com raiva.

–Não – retrucou Lauren

–Não me faça arrancá-la daqui a força.

–Eu não vou sair – disse Lauren dando um passo à frente.

Albert marchou até ela e a segurou pelo braço, seus olhares se cruzaram e ele a puxou para perto dele, colando assim seus corpos. Ambos trocavam olhares assassinos.

–Eu juro que ainda vou perder a paciência com você – ameaçou sem desviar o olhar.

–Pois eu digo que você é um babaca – retrucou Lauren sem pensar.

–E você é idiota – retrucou Albert olhando para a boca de Lauren, aquela boca vermelhinha, carnuda e chamativa.

–Eu te odeio Albert – disse Lauren deixando a boca entreaberta de raiva – Você que é um idiota, babaca, sem coração!

Aquelas palavras deviam afetar Albert, mas ele não ligava, só conseguia olhar para a boca de Lauren e lembrar-se dos lábios carnudos de Tania. Lábios que ele beijara, tocara…

–Lauren? - perguntou Gabe e Becca parados em frente a porta.

Os dois lentamente tiraram o contato visual e Albert soltou Lauren. Ela massageou o local onde ele apertara e viu que lhe deixaria com uma bela marca.

–Sai daqui Vega – mandou Albert com raiva – Agora.

Lauren nem protestou, apenas jogou os cabelos para trás e saiu com raiva. Gabe fechou a porta e cruzou os braços junto com Becca, ambos observando a menina tempestuosa em sua frente.

–Sozinha com o irmão marrentinho né? – acusou Becca com um sorriso malicioso.

–Ele é um idiota isso sim – retrucou Lauren.

–Gosta quando te pegam de jeito né? – brincou Gabe arqueando uma sobrancelha.

–Parem com isso – pediu Lauren corando

–Olha Gabe, ela ficou coradinha! – disse Becca rindo e afundando a cabeça no ombro do amigo.

–Vão se ferrar! – disse Lauren com raiva.

A porta da sala se abriu e Helena passou sorrindo por eles, entrou na “enfermaria” e Andrew se escorou na parede.

–Onde está o Mike? – perguntou Gabe

–Foi comprar umas coisas na mercearia que tem aqui perto – deu de ombros Andrew – Vim aqui pra ver se Becca não quer ir, ouvi ela dizendo que precisava de absorventes e biscoitos hoje – ele riu.

–Ah é verdade – exclamou Becca – depois vou lá, com a Lauren, né amiga?

–Aham – assentiu Lauren

–Bom já que você não vai, eu vou voltar pra farmácia e comprar um pacote de camisinhas – disse Andrew entrando no quarto e deixando a porta aberta.

Os três amigos se entreolharam e Becca e Gabe riram da cara que Lauren fez.

–Andrew! – exclamou Lauren– Que nojo!

–Que foi amor? – perguntou rindo da cara dela e saindo do quarto com a carteira nas mãos – Vi umas meninas gatas ali, e elas me deram mole.

–E posso saber onde você vai fazer essa nojentice? – perguntou Lauren cruzando os braços

–Existem motéis pra que? – riu safado e piscou para Becca – Volto logo.

Ouviram a porta fechar e Lauren continuou com a cara emburrada, Gabe e Becca riram novamente e Helena saiu da “enfermaria”

–Ele está melhor – sorriu – Eu preciso ir crianças, onde está Andrew e Mike?

–Andrew voltou pra farmácia e Mike foi comprar besteiras – disse Becca

–Ai querida, você e Mike ainda vão se casar! – gargalhou Lena – Vou me despedir deles lá em baixo.

Ela deu um beijo na bochecha de cada um dos semideuses e um abraço, recomendou mil e uma coisas para a missão, disse que não deveriam confiar em estranhos, que não deveriam ficar até tarde na rua nem aceitar carona de ninguém.

–Boa sorte na missão meus amores – ela disse abraçada em Gabe – E se vocês passarem em San Francisco, não se esqueçam de ficarem lá em casa.

–Ta mãe, vou ver você logo, logo que eu sei – disse Gabe abraçando a mãe e levando ela até a porta.

–Foi um prazer conhecer você Lauren! – gritou Lena da porta

Lauren apenas deu um tchau simples e sorriu.

–E então, me diz o que rolou dentro dessa sala? – perguntou Becca com um sorriso malicioso.

–Nada – retrucou Lauren.

–Sei – Becca riu.

–Lauren – chamou Albert da porta – Venha aqui.

Um frio percorreu a espinha de Lauren. Becca a olhou com um sorriso malicioso.

–Vai lá amiga – incentivou prendendo uma gargalhada.

Lauren passou fuzilando Becca e parou diante de Albert.

–Fala – retrucou Vega fingindo indiferença.

Albert a encarou sem emoção e piscou lentamente.

–Entra – ordenou com a voz falsamente controlada – Agora.

Lauren engoliu em seco e olhou para Becca de relance, que mordia o lábio inferior para não rir.

–Precisa de um convite especial? – perguntou Albert com uma carranca.

–Cala essa boca – pediu Lauren com seu forte sotaque britânico/holandês e revirou os olhos – Só entro se for para ver Gus.

Albert revirou os olhos para ela e cruzou os braços em divertimento.

–E você acha que é para o que? – ergueu uma sobrancelha – Me poupe Vega, não achou que fosse para conversarmos, achou?

–Claro que não – resmungou Lauren, empurrando o menino em sua frente – Deixa eu passar seu aprendiz de ogro.

Albert soltou um risinho e deixou que Lauren passasse, piscou para Becca que riu e entrou na “enfermaria” novamente.

–Esses dois ainda vão acabar em beijo – disse um Gabe atrás de Becca.

Green deu um pulo para o lado, virou assustada para um Gabe risonho e riu de volta.

–Eu tenho certeza que vão.


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Notas finais do capítulo

Ahhh e outra coisa. Vou dividir The Chosen em duas partes, essa é a primeira parte, acaba quando Lauren voltar da missão, acontecerá algumas coisinhas e ela terminará. Em no máximo um mês, voltarei a postar a II parte, que será quando Lauren retornar de uma viagem e começar a estudar com seus amigos no mesmo colégio. Que vai ser basicamente igual ao que Alexia e Alex estudaram em Londres. No caso, vai ser um colégio para semideuses, pois após a missão acontecerá alguma coisa que fará os deuses terem mais cuidados.
Enfim, darei mais explicações no próximo capítulo.
Ah e ainda não decidi quem fará a mãe do Gabe :(
Beijos!!