The Chosen escrita por Little Crazy


Capítulo 16
Mission


Notas iniciais do capítulo

CARAAAAAAA EU AMO A NYMERIA!!!! ELA ME DEU UMA RECOMENDAÇÃO!!!!!! Obrigadão cara, serio, muuuuuuito obrigada!! Te amo sua quengosa!!! Sim, eu posso chamar ela assim, ela me chama de pirenta ok? Chamo ela do que eu quiser! Nymeria é minha escrava. Ai porra não me bate!
Ok, eu sei que tá grande, mas eu acho...que vocês vão gostar. Principalmente o Team Albert, isso mesmo, ele voltou!!! Ehhh o/
Ah e uns spoilers, Gus morre, Andrew está muito preocupado com Lauren, Becca e Mike...Continuam brigando e Gabe fazendo porra nenhuma como sempre.
Beijos, espero que gostem!



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–Becca, vamos sair em missão quando amanhecer – disse carregada de culpa com os gritos vindos do andar de cima – Melhor se prepararem.

Gus olhou-me confuso, assim como Becca. Ambos assustados com o que acabara de acontecer, os gritos no andar de cima cessaram e ouvi meu pai chamando por Logan.

–O que foi isso? – perguntou Becca assustada.

–Minha mãe – deduziu Gus, me olhando com pena.

– Só… Arrumem suas coisas – pedi – Preciso ver minha mãe.

Levantei-me apressada, meus passos estavam tortos, não sabia exatamente para onde estava indo. Entrei em um corredor no segundo andar, não lembrava em qual porta minha mãe estava.

Na verdade, só conseguia pensar em uma coisa: “Como vou me virar nessa missão, com todos esses ataques de Hecate?”

Uma porta se abriu e por ela um loiro charmoso saiu. Corri até Andrew e o abracei, ele me olhou assustado e retribuiu.

–Ei… - chamou – O que houve?

Ergui meu olhar para ele e uma lágrima solitária escorreu

–Ouvi minha mãe gritar – falei – O que aconteceu?

Ele pareceu ficar tenso, e me encarou.

–É melhor você entrar – disse me dando um beijo na testa e abrindo a porta.

Meu pais estavam abraçados, em outros momentos eu sorriria, mas agora estava triste. Meu pai estava sentado em uma poltrona e minha mãe em uma cama meio que de solteiro. Ambos sorriram para mim e me aliviei um pouco.

–Mãe? – perguntei – Por que você gritou?

–Pesadelos – deu de ombros – Mas dessa vez parecia mais real, não sei, é meio confuso filha.

Suspirei aliviada e sentei na cama com eles. Desde pequena eu nunca conseguia contar algo importante logo de cara. Lembro que quando colei pela primeira vez, em uma prova de matemática, eu resolvi contar para mamãe, porém me embrulhei todinha na hora de dormir, e ela logo percebeu, no final tudo deu certo, mas acabei levando um sermão e Alex apenas riu, o quê deixou mamãe possessa.

E fiz a mesma coisa agora. Deitei na cama e me embrulhei até os olhos, deixando minha testa e meus cabelos de fora.

–Lauren? – perguntou papai e mamãe juntos.

–Lauren, o que aconteceu? – perguntou papai num tom de acusação.

–Amor, da última vez que você fez isso, foi para me contar sobre prova em que colou – lembrou mamãe com uma voz de riso.

–Ela aprontou alguma, ou quer contar alguma coisa – deduziu papai.

–Eu sei – retrucou mamãe.

–Euvousairemmissãopelamanhã – informei tudo de uma vez

–O que?! – exclamou mamãe

–Eu – respirei fundo – Vou sair em missão pela manhã.

Ambos me fitaram sem reação. Papai sentou ao meu lado e abraçou-me.

–Por quê?

–Achei melhor – menti – Quanto mais cedo começar, mais cedo terminará.

Senti que papai sabia o que eu pensava. Pois se mexeu desconfortavelmente e assentiu.

–Entendo.

–Filha, mas você nem se recuperou direito! – exclamou mamãe preocupada.

–Mãe, eu preciso fazer isso – segurei o choro – É melhor.

–Ela tem razão Lexi, tenho certeza que a joaninha vai saber se cuidar.

–Rum – resmungou mamãe cruzando os braços.

*****

Eu e Becca andávamos pelo acampamento em busca do elfos, havia pedido para Gus preparar as armas e medicamentos.

–Ali! – apontou Becca para um grupo de garotos atrás do chalé 11.

–Por que tem tanta gente? – perguntei. O sol já estava se pondo e precisávamos correr.

–Hum… Nossos negócios – ela sorriu marota.

Becca e eu saímos praticamente empurrando os campistas pelo caminho. O elfos estavam distribuindo algo em uma caixa, assim que me viram as esconderam.

–Lauren? – perguntou Gabe rindo nervoso – Saiu da enfermaria?

–É o que parece – sorri sarcástica – O que é isso? – apontei para a caixa

–Nada – responderam juntos.

–Mike e Gabe, quero minha parte agora – disse Becca, estendendo a mão.

Mike meteu a mão no bolso e retirou um saco cheio de dracmas, jogou para minha amiga e revirou os olhos.

–Você sempre fica com mais – murmurou.

–Eu arranjo a mercadoria, então eu tenho que ficar com mais.

–Meninos, mais tarde continuamos – informou Gabe aos campistas, que logo se dispersaram, exceto um – Collins, já disse que mais tarde continuaremos. Deixa de ser chato.

–Gabe, por favor - pediu o rapaz, sorrindo de lado – Estou esperando há horas.

–Porra mais tu é chato, eu hein – Mike jogou uma caixa maior para o rapaz, que a pegou e sorriu – Paga pra Becca.

Becca estendeu a mão e o menino colocou 30 dracmas. Quando estava saindo me viu e sorriu

–Oi – disse ele com um sorriso de lado

–Oi – sorri tímida e corei um pouco

–Tudo bem? –perguntou o menino me encarando de uma forma estranha.

–Tudo sim - sorri nervosa – E você?

–Tudo, você é amiga do Andrew né? – perguntou

–Sim – sorri animada

–É ele me falou sobre você – riu empolgado – Pelo visto não mentiu nos detalhes. Até qualquer hora

–Hã… até – murmurei desconfortável.

O rapaz saiu e fiquei admirando sua beleza. Ele era bem mais alto que eu, cabelos castanho bem claro, quase loiro; Olhos claros, um corpo um pouco atlético, e seus lábios, ah seus lábios… eram rosados, seus dentes caninos pontudinhos e charmosos. Não me importaria e ficar fitando ele o dia inteiro.

–Lauren – chamou Becca rindo – Tem uma baba bem aqui – brincou fingindo limpar meu queixo

–Sai!

Ela e os elfos riram. Becca explicou que queríamos a comida que eles prometeram ambos disseram que as deixariam na enfermaria em 30 minutos. Combinei de Becca dormir comigo lá, para sairmos juntas e encontrarmos Gus.

Como o combinado, os elfos deixaram todo o alimento no meu quarto, arrumei tudo dentro de uma mochila com ajuda deles e fui para o pavilhão jantar. Lá encontrei com meu irmão e meus tios, me despedi deles e sentei com meus amigos.

–Eu ainda tô bolado com vocês – avisou Mike

–Nós ainda vamos dar um jeito de ir com vocês – avisou Gabe e Andrew

–Boa sorte meninas, se precisarem de ajuda daqui do acampamento podem contar conosco – disse Jess e Emma.

–Onde está a Abby? – perguntou Mike curioso

–Não a vejo desde o almoço – disse Andrew abraçado em mim.

Mike e Gabe pareciam brigar silenciosamente, até meu pai aparecer e praticamente matar Andrew com o olhar.

–Será que poderia falar com você, filha? – perguntou fitando Andrew com raiva.

Levantei e o segui até a mesa dos diretores, Quíron e minha mãe conversavam silenciosamente e Sr. D abriu um sorriso ao me ver

–Loreta Vergalhes! – exclamou – Como vai à missão?

–É Lauren Vega – sorri – Vai bem, obrigada.

–Filha, Quíron e Sr. D querem dizer uma coisa – avisou mamãe

–Como você sabe, vai precisar começar literalmente do zero a busca. Nós aconselhamos vocês a procurarem perto do Olimpo, talvez tenha alguma pista lá. De qualquer forma terão que passar pelo reino de Bóreas e Éolo. Por tanto tomem cuidado.

Assenti e me despedi deles. Segui com meus pais até o chalé 13, onde minha mãe desabou em choro.

–Não quero que meu bebê vá. Peter, ela acabou de voltar!

–Lexi, ela precisa ir. Pense que logo Lauren estará de volta.

–Mãe relaxa, vou me virar, vai dar tudo certo – dizia.

–Mas é uma profecia e pode acontecer de tudo – chorava.

–Isso não tá ajudando mãe – ri.

–Ok, vou me despedir de você logo, não sei se vou conseguir fazer isso amanhã – mamãe me abraçou e senti os cheiros de chocolate que banhavam seus cachos – Eu te amo filha.

–Também te amo mãe – segurei o choro mais uma vez naquele dia, acredite mãe, se não lhe amasse não faria nada disto.

*****

Eu me encontrava na colina, logo a minha frente estava o mais novo presente de meu pai, meu carro, Becca estava ao meu lado e ajudava-me a organizar as coisas no mesmo, por algum motivo a mala não abria, e meu pai disse que devia ser algo na trava, que deveríamos levar na oficina mais próxima.

Gus apareceu trazendo as armas, o que incluía, espadas, elmos, escudos, armaduras, arco e flecha, uma besta com flechas, adagas, e até mesmo lanças, tivemos que colocar tudo isso no banco traseiro (onde Becca iria, o que a deixou irritada), nossos amigos foram se despedir, com exceção dos elfos que tiveram um problema no fornecimento de água do acampamento. Pelo que as meninas explicaram, eles colocaram uma bomba de bosta lá, e Andrew precisou ir ajuda-los. Mas tudo bem, eu havia me despedido dos três ontem.

Abracei todos os meus amigos, e fui até meus pais. Jay correu e me abraçou forte

–Promete que vai voltar? – perguntou, com o rosto em meio aos meus cabelos.

–Prometo irmãozinho – lagrimei

O coloquei no chão e abracei meus pais, mamãe voltou a chorar falando que eu não devia estar indo e que isso era coisa de louco. Abracei meu pai e ele sussurrou

–Eu sei que está fazendo isso por ela. Tive a mesma sensação – beijou meu rosto – Os deuses não sabem, mas vou interferir nas suas missões sim. Qualquer problema é só pegar está moeda e imaginar que está falando comigo, imediatamente eu ouvirei sua voz em minha mente. Ou pode usar o Elo dos sonhos, embora seja perigoso demais.

Sorri e abracei bem apertado os dois. Em seguida me despedi dos meus padrinhos, Alex e tio Percy e tia Annie.

Eu e Becca entramos no carro. Gus já estava com ele ligado e mexia no som, sorriu para nós e perguntou:

–Prontas para sairmos em uma missão em alto estilo?

Gargalhamos e assentimos, ele apertou o botão para viajar nas sombras. Logo estávamos correndo em alta velocidade pelas estradas que levavam ao acampamento. Passamos por algumas casas de praia que haviam por ali, e mais ao longe um pequeno bairro se encontrava, devia ser lá a oficina. Gus entrou em uma rua estreita, onde ao fim, existiam umas casas.

Depois de 20 minutos na estrada de terra, conseguimos chegar à oficina, que como previa, era no bairro. Gus entrou com o carro na garagem da loja de peças e saímos do mesmo. O dono apareceu e perguntou qual o problema do carro.

–A mala não abre, já tentamos de tudo, mas não conseguimos – expliquei – O senhor poderia ver se pode consertar?

Ele assentiu e foi pegar algumas ferramentas, voltou com uma caixa e ficamos ao redor do carro. Ele tentou abrir com o alarme e não funcionou, em seguida pôs uma espécie de chave de fenda que fez CREC.

–Prontinho – disse o senhor – Boa viagem.

–Quanto é? – perguntei

–Não é nada, por conta da casa – sorriu e voltou para uma salinha.

Virei-me para Gus e sorri

–Poderia pegar as armas para colocarmos aqui? - perguntei

–Claro flor.

Ele deu meia volta e começou a pegar as armas, senti meu rosto corar e uma Becca sorrir maliciosa. Eu não sei bem como isso foi possível, mas no momento em que abrimos a mala, nos deparamos com uma cena pouco comum.

–Que merda é essa?! – perguntou Becca um pouco alto demais.

Bom, o que estava na mala? Simples.

Gabe, Mike e Andrew estavam praticamente enrolados na mala. Mike com a perna na cabeça de Gabe, Gabe babando em Andrew, Andrew com o tronco em cima de umas mochilas e uma gororoba sem fim de comida.

Eu estava com a boca aberta de susto. Gus tinha a maior cara de “que porra é essa?” e Becca estava vermelha de raiva.

–Acordem! – gritou ela batendo na perna de Mike

Ele bateu com a mão sem querer no rosto de Gabe que se assustou e acordou Andrew.

Os três fizeram caretas de dor e tentaram se arrumar. Gus colocou as armas no chão e os ajudou a levantar assim como nós. Andrew se apoiou em mim, Gabe em Gus e Mike em Becca.

–O que vocês estão fazendo aqui?! – perguntamos indignados

–Viemos para a missão ué – respondeu Mike estalando as costas assim como os outros dois.

–Falamos que iriamos aparecer aqui de qualquer jeito – retrucou Gabe

–Eles me forçaram – respondeu Andrew deitando a cabeça no meu ombro.

Eu estava achando aquilo divertido, mas Becca fuzilava Mike como se fosse pular no pescoço do mesmo a qualquer instante.

–Michel Bennet Smith, o que você está fazendo aqui? Seu filhote de minotauro?

–Relaxa Bébé, viemos apenas ajudar – sorriu o elfo 2.

–Mike cala a boca, ela vai te bater - aconselhou Andrew.

–Gus os põe no carro e vamos voltar pro acampamento. Não os quero na missão – emburrou-se Becca.

–Não por favor! Quíron vai nos matar! – pediram com as mãos cruzadas

–Depois resolvemos isso – disse – agora ajudem a pôr as mochilas na mala.

Colocamos as armas, comidas, roupas e dinheiros na mala. Voltamos para o carro e Gus voltou pela estrada de terra, estacionamos na rua e como eu estava no banco do passageiro, virei-me para os quatro lá atrás. Gabe e Mike estavam quase sentados em cima de Andrew que ria da cara de Becca

–O que deu na cabeça de vocês pra fazerem isso?

–Já disse! Queríamos vir também! – exclamou Mike

–Vocês podiam ter morrido sem oxigênio! – exclamei irritada – Não pensaram nisso?

–Olha… pra falar a verdade… - Gabe começou e recebeu um olhar cortante de Becca.

–Lauren - chamou Gus – É melhor deixar que venham conosco, quanto mais ajuda melhor.

Olhei para os três e eles assentiram. Becca me olhou esperando uma resposta.

–Tudo bem. Mas vocês precisam colaborar! – avisei

–Vamos lavar até o carro Laurenzita! – disse Gabe dando-me um beijo na bochecha assim como Mike e Andrew.

–É melhor trocar o curativo da sua cicatriz sexy – avisei apontando para um curativo sujo de sangue.

–Merda – murmurou Gabe olhando pelo espelho o quão feio estava – Fui fazer força e deu nisso.

–Credo, já falei pra ti não comer muito seu gordo! Agora sei quem entope o vaso sanitário! – brincou Mike.

Só depois de 5 minutos que fui entender a piada.

*****

Havíamos chegado em NYC, Gus estacionou perto do Empire State. Descemos e começamos a andar pelas ruas ali perto. Sempre procurando algum sinal de semideuses.

–Lauren – chamou Andrew – Quem ajudou seu pai com a profecia?

–Meu irmão – respondeu Gus, logo seus olhos brilharam e ele deu um tapinha na testa – Claro, como não pensei nisso antes?

–Em que? – perguntamos todos, exceto Andrew.

–Vamos para New Jersey, Albert sabe mais sobre essa profecia do que nós.

Meu corpo travou um pouco. Não gostava muito da ideia de ter Albert nos ajudando, ele servia a mãe dele como um cão de caça serve ao caçador, não queria pensar na hipótese de ter de confiar nele.

–Albert? – perguntei num fio de voz, e com uma careta duvidosa – Tem certeza? Quer dizer até um mês atrás ele defendia sua mãe com unhas e dentes… Quem garante que não vá nos entregar?

–Eu Lauren – disse Gus um pouco ofendido – Meu irmão nunca faria isso, ele podia ser um idiota no castelo, mas nunca nos trairia. Se fosse para nos entregar, teria feito isso no labirinto!

Encarei Gus com remorso.

–Você sabe muito bem que Albert não é flor que se cheire Augustus – exclamei ofendida.

–Ah ótimo, agora tá chamando meu irmão de traidor também? – perguntou com magoa.

–Você sabe muito bem que não é isso Augustus!

–Então é o que Lauren?! – berrou irritado, juro que por um momento vi seus olhos faiscarem, Gus estava transtornado, nunca o vira assim.

As palavras faltaram em minha boca e bati o pé no chão irritada, por que ele tinha que ser tão irritante? E só aceitar as coisas dele?

–Ah! – praguejei – Faz o que você quiser!

E dei as costas para ele, ouvi Becca brigar com Gus falando algo sobre “Seu idiota, não tá vendo que ela tá sob pressão?!”

Senti uma pessoa correndo atrás de mim e dobrei na esquina me escorando em uma parede. Cabelos loiros apareceram na minha frente Andrew me analisou cauteloso.

–Tudo bem? – perguntou

–Sim – respirei fundo – Só estou com raiva.

–Ele não devia ter se irritado assim – disse pondo as mãos nos bolsos e se escorando ao meu lado – Até parece que não sabe…

–Sabe o quê? – perguntei confusa e o encarando

–Que mulheres sempre estão certas – riu

Sorri e vi meus amigos dobrando na esquina. Gabe e Mike conversavam com Gus, e Becca estava vermelha. Eu e Gus trocamos um olhar irritado e virei o rosto

–Acho melhor darmos um tempo desse grupo – disse Becca irritada e fuzilando Gus – O quê acha de nos separarmos? – perguntou-me

–Acho ótimo – respondi petulante – Eu, Becca e Andrew vamos por ali – apontei para o norte – E vocês por ali – apontei para o sul.

–Nos encontramos em duas horas – disse Gus de costas.

–Em uma – retruquei

–Duas – respondeu ele se virando com raiva

–Uma – disse entredentes.

–Ok! – exclamou Mike – Eu, Gus e Andrew vamos pro sul e vocês três pro norte.

–E nos encontramos em uma hora – disse Gabe sério – Sem atrasos, o ponto de encontro é em frente ao carro.

–Tá – murmuramos

–Eu quero a chave – disse com os braços cruzados.

–Por que?! – perguntou Gus com raiva

–Quem me garante que você não vai atrás do seu irmão e nos deixar aqui?

–Ah Lauren vai tomar no cú! – Gus revirou os olhos e jogou a chave do carro no meu peito – Engole essa porra. Vamos!

Todos o encararam assustados e surpresos. Bufei extremamente irritada e dei as costas, comecei a marchar com raiva até o outro lado da rua.

*****

Augustus Philips

Na boa, eu estava muito puto. Lauren não tem senso de limite, fala o que vem na cabeça e acha que está certa sempre!

–Cara, não acredito que você fez isso – disse Michel correndo até mim – Tem merda na cabeça?

Continuei andando com raiva o mais longe possível deles. Não queria a companhia de ninguém, muito menos desses amigos dela. Será que Lauren não percebia que eles só iriam atrapalhar? Pra completar ainda tenho que ouvir essa idiota da Becca me dando lição de moral. Porra, eu conheço Lauren melhor do que eles, ela só tá agindo assim pra mostrar que tem poder! Por causa desses babacas.

E ainda tem esses filhos de Hermes, não sei por que não gosto deles, principalmente desse Gabriel. Além de ter cara de retardado, vive falando com a Lauren, quando descobri que ele levou ela e Jay para longe da bomba, surtei, Tobias precisou me segurar para não abrir outra cicatriz na cabeça daquele bastardo.

–Não esquenta Mike – disse aquele tal de Andrew – Tem gente que não sabe como tratar uma mulher.

Parei de andar imediatamente. Como? Eu não sei tratar uma mulher? Esse veado faz o quê? Come todas e depois fica se achando todo.

Virei-me com raiva para ele, o fuzilei e disparei

–Eu não sei tratar uma mulher? – perguntei com sarcasmo – Ah e você sabe?

–Sei! – disse com petulância.

–Ah eu vejo – ri com deboche – Come deuses e o mundo, e agora vem lidar lição de moral falando que não sei como tratar uma mulher. Escuta aqui, quem não sabe como tratar uma mulher é você! Come elas e no outro dia nem faz questão de dizer um oi!

–Se eu como elas é porque deixam! – gritou – E isso não vai definir a forma como trato a Lauren! Ela merece respeito e não uma chave arremeçada!

–Olha, cuida da sua vida que da Lauren cuido eu!

Voltei a andar com raiva e dobrei em uma esquina. Minha vontade é que esses dois se explodam, esse Michel não me engana, é um interesseiro que só quer se aproveitar da Lauren, assim como aquele babaca do irmão dele. E esse Andrew quer comer ela e no outro dia adeus. Ah e a Rebecca Green é a maior vadia que eu já conheci, aposto que deve ter ficado com todos esses amigos.

A única coisa que queria é poder ficar com a Lauren, sozinho, sem ninguém pra nos atrapalhar, nem o pai, mãe, irmão, tios, e principalmente esses amigos dela.

*****

Lauren Vega

Eu e Becca estávamos sentadas em um café simples perto do Central Parque, Gabe tinha ido ao banheiro e ela me puxou para conversarmos.

–Amiga, eu sei que você gosta muito do Augustus – disse séria – Mas não acho que ele mereça você. Viu só o que ele fez agora? Aquilo podia ter machucado você!

–Becca, eu tô cheia do Gus, ele já me irritou bastante por hoje.

Gabe voltou e comemos rapidamente um café da manhã, eu não tinha a mínima vontade de comer, porém também não pensava em Gus. Tentava imaginar em algum lugar onde pudesse achar uma pista da profecia, algo que nos ajudasse, sem ser Albert.

Ouvimos o sininho da porta abrir e senti um cheiro de sangue. Desviei meu olhar para a porta e um militar entrava, usando farda, óculos escuros, coturnos negros, e jogava para cima a chave de uma moto muito irada que estava estacionada lá fora. Ele sentou- se em uma mesa perto do banheiro, ergueu o cardápio e logo uma garçonete foi atendê-lo.

–Becca – chamei-a sem desviar o olhar do homem.

–Sim? – perguntou distraída enquanto lia uma revista e comia panqueca – Argh, odeio essas revistas mortais, as letras ficam dançando.

–Isso se chama dislexia sua jumenta – disse Gabe com a boca cheia de cereal.

Ri baixinho e a olhei novamente, ela fuzilava Gabe que sorriu debochado.

–Vou ao banheiro – disse – Já volto.

Levantei-me e pude ouvir Becca e Gabe discutindo. Passei pelo balcão e encarei de relance o homem, pude perceber um sorrisinho em seus lábios. Eu sinto que conhecia aquele homem.

Entrei no banheiro e lavei meu rosto, tirei minha toca e prendi meus cabelos em um rabo de cavalo alto. Apoiei-me sobre a pia e suspirei, aposto que Gus saberia me ajudar, ele é tão inteligente quanto um filho de Atena.

Vi uma senhora sair do banheiro carregando um livro escrito “A história da Grécia antiga, seus deuses e lendas” na capa tinha o monte Olimpo e os deuses sentados na sala dos tronos, na direção de Afrodite enxerguei Ares, com sua carranca. É ISSO! Aquele homem deve ser Ares ou um filho dele!

Sai depressa do banheiro e suspirei na porta, o homem estava sentado a uma cadeira de distancia. Lentamente andei até ele e parei ao seu lado.

–O senhor poderia me emprestar o açúcar? – perguntei cautelosa

Ele sorriu e entregou-me o açúcar, na sua mão pude notar cicatrizes. O fitei por um instante e perguntei.

–O senhor é soldado?

–Mais ou menos – respondeu com um sorriso de lado – Por que não se senta?

Sentei-me e o encarei desconfiada. Ele deu um gole em seu café e olhou para uma revista, rapidamente li o nome “Motos e motores”

–Gosta de motos? – perguntei

–Sim, e você?

–Nunca andei. Mas ganhei um carro de presente – sorri com a lembrança.

–É mesmo? – sorriu surpreso – De quem?

–Meu pai – dei de ombros.

–Qual carro?

–Uma Cherokee, o modelo novo.

–Seu pai parece ter bom gosto – ergueu um sobrancelha e sorriu – Mas você é muito nova pra ter um carro.

–Sim, mas não o dirijo. Meu amigo que está fazendo isso – respondi, aquele cara devia ser um semideus…

–Aquele? – perguntou apontando para Gabe

–Não – balancei a cabeça – Outro, mas ele não está aqui. Foi para outro lado com mais dois amigos meus.

–Nossa, tantos amigos para um passeio na cidade? – perguntou

–Você sabe muito bem que semideuses não sairiam assim apenas por passeio – cuspi – Quem é você?

Ele sorriu orgulhoso e retirou um papel do bolso. Entregou-me e disse

–Achei que descobriria logo de cara.

–Eu imaginei. Mas não tinha certeza. Que papel é esse?

–O abra quando eu chegar no carro. Deixará à viagem mais confortável, presentinho de inicio de missão – sorriu – Tome, outro presentinho de vovô – depositou em minha mão 100 dólares - Vemo-nos em breve.

Nem pude retrucar. Ele sumiu em uma nuvem dourada, a garçonete andou até mim e perguntou

–Ué? Onde estava o senhor que estava aqui?

–Hã… não sei – dei de ombros – Ele pediu para eu lhe entregar isso – retirei o dinheiro equivalente ao café e sai.

Andei até a mesa de meus amigos e ambos me encararam assustados.

–Você tá pálida –disse Becca

–Mais que o normal – explicou Gabe com a boca cheia

–Acabei de encontrar com meu avô, é melhor sairmos daqui. Logo vai infestar de monstros – disse pegando minha mochila e deixando o dinheiro em cima da mesa, eles me olhavam confusos – Rápido.

Sai da lanchonete e esperei-os do lado de fora. Olhei para o papel em minhas mãos, abri-o e não tinha nada escrito, bufei e revirei os olhos. Deuses idiotas.

–Lauren! – exclamou Becca preocupada – Aqui está ela, vem – puxou Gabe pela camisa – Garoto! Larga esse sanduiche!

–Mi derra omer am parz – Gabe resmungou, com a comida na boca e puxando a mochila

–Que te deixar comer em paz o que!

–Temos que voltar pro carro – disse nervosa, de repente um sentimento de angustia me atingiu.

Saímos apressados de lá, estava com medo, não sabia de quê. Talvez a ficha tenha caído, eu estava sozinha andando por ruas desconhecidas, ou quase. Não lembrava muito bem das minhas viagens quando criança.

Atravessamos correndo uma rua pouco movimentada e estávamos a uma quadra do Empire State quando ouvimos um grito.

–Lauren! – berrou Andrew e Mike correndo na nossa direção, eles carregavam pelos braços um Gus desacordado.

Arregalei os olhos e corri desesperada até eles. Augustus tinha um corte fino no rosto, um inchaço no pulso e estava desacordado. Eles pararam para recuperar o folego, aproveitei para segurar o rosto de Gus em minhas mãos.

–O que aconteceu? – perguntei num fio de voz, senti Becca e Gabe pararem ao meu lado.

–Um…O-ogro – disse Mike sem folego.

–Era ciclope idiota…- retrucou Andrew – Estávamos voltando para procurar vocês… E ele saiu de um beco, ia atacar Mike, mas Gus o puxou e fincou a espada no ogro – disse Andrew

–Aí eu e Andrew tentamos ajudar. E o ciclope segurou o pulso de Gus, aí depois jogou ele contra a parede, só ouvimos um grito de dor do Gus e não sei como, mas o ciclope se desfez em pó. Andrew não acredita, mas juro que vi dois garotinhos virando a esquina – disse Mike

–Não tinha ninguém lá Michel! – gritou Andrew

–Calem a boca! – gritei – Gabe me ajude a leva-lo até o carro

Eu e Gabe fomos com Gus até o carro, Andrew abriu a porta e entramos rápido. Pois o risco de monstros era grande, principalmente perto do Olimpo. Demos um jeito de pôr Augustus deitado em cima de mim, Gabe e Mike.

–Quem vai dirigir? – perguntou Andrew sentado no banco do motorista – Lauren?

–Só tenho 14, não sei nem dar partida – avisei nervosa – Você e Gus são os mais velhos!

–Pare de perguntar como se não fosse dirigir! – gritou Becca – Acho que tem uma dracaenae vindo!

Viramos de costas e uma mulher cobra arrastava-se incrivelmente rápido em nossa direção

–RÁPIDO! – berramos eu e os elfos.

Andrew deu partida e tentamos desviar rapidamente dos carros, mas em NYC era meio difícil, já que o fluxo era grande. Mandei Andrew entrar em um beco, apertei o botão para viajarmos nas sombras.

Sentimos a sensação agoniante de viajar no escuro e logo corríamos por uma estrada. Ela estava deserta, o que nos permitiu parar na beirada e respirar melhor.

–Vou pegar água – disse Becca – Mike me ajude, são muitas garrafas.

Os dois saíram do carro, e olhei para Gus, ele parecia morto. Seus lábios roxos, pele fria, sem expressão. Uma lágrima escorreu pela minha face.

–Hã, acho que vou ajudar eles – disse Andrew desconfortável, ele olhou para nós pelo espelho e se comunicou silenciosamente pelo olhar com Gabe.

–Eu também – disse Gabe

Amos saíram do carro e me permitir chorar silenciosamente. Eu fui tão infantil com ele, e agora meu melhor amigo estava desacordado e com aparência de morto. Como gostaria de voltar no tempo.

Ouvi a respiração dele ficar forçada e me assustei. Ele abriu a boca lentamente e a fechou, em seguida pegou a minha mão e falou com dificuldade

–Albert, ele sabe o que fazer – e depois apagou novamente.

Assenti em meio as lágrimas e abaixei o vidro do carro

–Becca! Andrew! – gritei

Eles vieram correndo, me viram chorando e Becca se assustou.

–O que foi?!

–Chamem os outros! Precisamos levar ele até Albert!

Andrew saiu apressado e ouvi barulho da mala fechando e os meninos correndo. Becca me analisava e perguntou

–Esse Albert não foi o motivo da briga de vocês?

–Sim – respondi – Mas Gus acabou de pedir para leva-lo até o irmão, acho que o ciclope fez alguma magia, não sei, Albert lida bem com essas coisas.

–Tá, mas antes de falarmos com esse cara, peça para Andrew dar uma olhada.

Todos entraram no carro e apertei o botão de viagem nas sombras, pedi para irmos á Nova Jersey.

*****

Andrew dobrou em uma esquina e estacionamos o carro. Saí sozinha e fui até um beco, com as mãos em minha adaga, atenta a todos os movimentos suspeitos. Retirei uma garrafa com água da minha mochila e joguei em um buraco que tinha no chão, grande o suficiente para caber o liquido todo. Não conseguiria falar por mais de 2 minutos com Albert, mas só isso bastava.

Peguei um dracma do meu bolso e joguei no buraco, a luz do sol passava levemente nele, fazendo um arco-íris fraquinho. Mentalmente fiz uma prece a Iris.

–Mostre-me Albert Philips, Nova Jersey – pedi

Uma névoa fraca surgiu e vi Albert sentado em uma mesa, nela observava vários livros e papeis, usava um óculos de grau, e parecia travar uma batalha interna com si mesmo.

–Albert! – chamei fracamente, ele olhou para os lados e por fim para a frente, se assustou e retirou os óculos, coçando os olhos – Sou eu mesma!

–Lauren? – perguntou preocupado – Onde está? Cadê seu pai? Gus?

–Esse é o problema – falei quase chorando – Onde você mora?

–Em Nova Jersey, cadê eles Lauren?!

–Eu sei que é em Nova Jersey. Em que rua, casa, bairro?

–Em Hackensack, fique em frente ao Hank’s, uma lanchonete perto de uma escola. Quando estiver lá, vire para a esquerda e vai ver uma rua cheia de prédios simples, pare em frente ao Arlo De Frey. Estarei esperando vocês lá.

–Ok, vamos viajar pelas sombras, desça logo – pedi.

Passei a mão na mensagem e corri pro carro. Me olharam esperando uma resposta. Apenas apertei novamente no botão e digitei rapidamente. Hackensack, Hank’s.

Viajamos instantaneamente, olhei ao meu redor. Tínhamos parado quase em cima de uma bicicleta, saí do carro e olhei para a esquerda. Vi a escola e logo depois vários prédios, bati no vidro e falei

–Andrew, dirige até aqueles prédios, vou correr até lá para achar Albert.

Nem deixei ele responder, corri desviando de carros e pessoas. Comecei a correr e ler o nome dos prédios ao mesmo tempo, até chocar-me contra um corpo e cair no chão, por cima de alguém.

Levantei meu rosto rapidamente percebi que tinha caído em cima de um garoto, ele segurava meus ombros e estava com os olhos fechados. Não precisava ver seus olhos, conhecia aquele rosto em qualquer lugar.

–Sempre desastrada não é, Lauren? – abriu os olhos sorrindo.

Revirei os olhos e bufei. O irmão quase morrendo e eu aqui, caída por cima de Albert e ele com essas piadinhas.

–Saí de baixo de mim – retruquei. Vi o vulto de meu carro parando e tentei me levantar, ele continuou segurando meu ombro.

–Você que está em cima de mim, fedelha – riu do antigo apelido.

–Albert! – gritei com raiva – Me deixa levantar, é vida ou morte!

Ele pareceu se tocar e soltou-me, levantei rapidamente e limpei minha roupa. Corri até o carro, abri a porta e os meninos me ajudaram a retirar Gus.

–O que você fez com meu irmão?! – perguntou com raiva

–Nada! – exclamei

Ele segurou Gus com um braço ao redor do pescoço e a mão segurando na cintura. Correu com o irmão até a portaria, virou-se e gritou

–Anda Lauren! Mande seus amigos colocarem o carro na garagem e subirem até 0 402!

Só olhei para eles que assentiram

*****

–Pegue aquele frasco ali – pediu segurando o pulso de Gus. Eu e meus amigos contamos o que tinha acontecido e ele ficou pálido.

Andei até a estante vi vários frascos.

–Qual? – perguntei.

–O vermelho, tenho que tirar o veneno do sangue dele – disse com raiva – rápido Lauren se ficar mais de duas horas ele morre!

Peguei o frasco e corri, ele murmurou alguma coisa e me olhou, em seguida balançou a cabeça, olhou para Andrew e o chamou

–Me ajude aqui, segure o corpo dele bem firme, e vocês dois também – disse os elfos – Vocês duas saiam.

–Por quê? – perguntei

–Porque to mandando – retrucou – Quando eu contar 3, vocês o segurem com muita força. Um,dois…Lauren o que você ta fazendo aqui ainda?

–Vou ficar – retruquei

–Sai – disse seco.

–Não – bati o pé.

Becca já estava na porta e fez sinal para que a acompanhasse.

–Ouve sua amiga e sai, antes que eu faça isso – disse com os olhos fechados.

–Não Albert!

Ele levantou com tudo e segurou-me pelo braço. Os meninos vieram na minha direção e Andrew o empurrou.

–Não toca nela! – avisou

–Então tira essa garota daqui! –gritou Albert com raiva

–Vamos Lauren, esse cara é descontrolado – disse Gabe

–Não vou – cerrei os dentes

Em um movimento rápido Albert me retirou do quarto e ouvi-os brigando, tentei entrar novamente, mas a porta estava trancada. Eles pararam de falar e ouvi o barulho de ossos quebrando, e gritos agonizantes de Gus.

–ALBERT ABRE ESSA PORTA! – berrava aos choros – O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO?!

Eu soquei, berrei, gritei, chorei. Fiz tudo que consegui, mas ele me ignorou, uns 10 minutos depois os garotos saíram suados e assustados do quarto, nenhum me disse nada. Entrei possessa no local e comecei a socar Albert, ele segurou meus pulsos.

–Eu tava curando ele sua idiota – respondeu lentamente – Agora ele está bem, fique a vontade.

E saiu do quarto. Olhei para Gus e sentei ao lado dele. Ele estava sem blusa, suado, com uma atadura em volta do pulso, seu corte cicatrizado, e respirava com dificuldade.

Dei um beijo rápido em seus lábios e fui atrás de Albert. Ele conversava baixinho com Andrew, eles pareciam brigar. Pigarreei e ambos me encararam

–O que você quer? – perguntou Albert piscando lentamente.

–Falar com você.

Andrew saiu e juntou-se aos meus amigos no canto da sala. Albert me encarou com tedio.

–O que quer?

–Saber o que aconteceu com Gus.

–Amanhã eu falo, vá dormir – disse ele abrindo a porta ao seu lado. Tinha um quarto de casal lá, voltei meu olhar a ele – Não é meu quarto, nunca daria meu quarto a você.

–Não quis perguntar isso seu idiota.

–Fala logo tá me irritando.

–Já disse!

–Olha, vamos fazer assim. São 11h30min, durma com seus amigos, almocem e depois vou ao escritório com você e conto.

–Tem pousada ou hotel aqui perto? – perguntei

–Não precisa, fiquem aqui. Gus precisa de uns 4 dias para melhorar, podem ficar aqui, prometo ser sociável com eles.

–Tudo bem, mas quero a verdade – o analisei – E vou precisar de sua ajuda com uma coisa.

–Tudo bem – assentiu –Agora vá dormir.

Comuniquei aos meus amigos que ficaríamos lá. Albert mostrou três quartos a nós, eu ficaria com Becca no de casal, os elfos em um com duas camas, e Andrew em um com duas camas que dividiria com Gus.

Passei no quarto onde Gus dormia calmamente e dei outro beijo nele. Em seguida fui dormir com Becca, ela deitou na esquerda, eu na direita e logo estávamos dormindo. Ou tentando, porque naquela manhã eu tive alguns pesadelos…


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?
Por favor digam!!!!
Ah e o Collins/Henry: É o Daniel Sharman.