The Chosen escrita por Little Crazy


Capítulo 15
Sonhos


Notas iniciais do capítulo

Heyy gente, o Nyah! fora do ar e minha vida se resume a nada. Me sentia tão deslocada sem ele, eu hein. Enfiiim, o bom é que voltei a ler uns livros e achei ótimas fanfics de Teen Wolf e HP.
Mazenfim, não curti muito o capítulo mas não vou mudar porque ainda to de mal com vocês. Obrigada a quem comentou!!! Amo vocês, vou inclusive responder quem ainda não respondi e preparar novos capítulos, Ah e também vou ficar sem postar provavelmente até o dia 6 por aí.
Beijos espero que gostem, tem uns spoiler aí, sobre a vida amorosa deles.



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Lauren Vega

Olá Lauren, como se sente no escuro? Ah é você tem pavor.

Tentei estabilizar minha visão, porém de nada adiantou, não conseguia enxergar absolutamente nada.

“Parece que você está perdida não é mesmo?” A voz de Hecate falou em minha mente.

“O que você quer?” perguntei assustada e a procurando.

“Nós duas sabemos o que eu quero” respondeu com sarcasmo.

“Eu?” perguntei, com raiva

“Não seja boba, primeiro quero as profecias. Depois…o pescoço da sua mãe, ver o sofrimento do seu pai, matar você e em seguida… Ah claro, matar aquele deusinho metido” ameaçou entredentes “Ter você é só um bônus”

“Fica longe deles” rosnei

“Eu ficarei, quem os trará até mim, será você. Bons sonhos, querida” sussurrou perto de meu ouvido.

Após minha breve conversa com Hecate, mergulhei em um sono profundo, conseguia ouvir passos e murmúrios perto de mim, mas nada de abrir os olhos. Não sei quanto tempo se passou, às vezes sentia alguém acariciando meus cabelos, conversando comigo, beijos na testa e até mesmo o gosto de néctar e ambrosia na minha boca.

–Vamos Lauren – pediu uma voz que adorava - Você é forte consegue acordar.

–Isso Lauren – pediu uma voz feminina – Você é tão forte quanto o Trav, consegue levantar um elefante.

–Que merda de elefante Becca – resmungou alguém – Aposto que ela é mais forte que o Hagrid.

–Aposto que ela consegue levantar um hipogrifo – retrucou outra pessoa.

–Calem a boca os dois – repreendeu a primeira voz – Se ela acordar com isso, vai arrancar a cabeça de vocês.

–Não enche Gus – falou Becca – Ela mata os elfos não eu.

–Vou bater em todo mundo – resmunguei com dor de cabeça

Senti braços me esmagando e gritos de comemoração. Lentamente abri os olhos e pude ver Gus, Becca, Gabe, Mike, Andrew, Jess, Emma, Trevor e Tasha. Todos sorriam para mim e tentei me posicionar.

Não sabia ao certo onde estava. Conseguia ver um quarto médio, uma janela em frente à cama, uma bancada com remédios, néctar, ambrosia e gaze. Logo vi Gus me ajudando a sentar, entregando-me um copo com a bebida dos deuses.

–Beba – pediu com um sorriso aliviado- Vai se sentir melhor.

Ergui meu corpo com sua ajuda e bebi. Minha garganta queimou e uma sensação de leveza invadiu meu corpo, como se meus problemas tivessem acabado.

–Você dormiu por dois dias – informou Becca preocupada, e sentando na cama junto com Gus – Como se sente?

Fiquei calada por uns instantes. Sentia como se tivesse corrido uma maratona, em seguida batido a cabeça, depois pisoteada por um urso e atirada contra o chão.

–Como se uns trezentos elefantes tivessem passado por cima de mim – respondi soltando um gemido de dor – E minha cabeça doí bastante.

Andrew sorriu e andou até mim. Pegou gaze e molhou no néctar; retirou um curativo de minha cabeça e fez careta. Senti uma ardência muito forte, mordi os lábios para não gritar e segurei forte a mão de Gus.

–Foi mal baixinha – desculpou-se Andrew – Precisava fazer isso.

Ele se afastou e Gus me abraçou, ficou fazendo carinho em meus cabelos. Olhei para as pessoas ao meu redor, os elfos me olhavam intrigados, Emma, Tasha e Jess sorriam abobadas, enquanto Trav e Andrew cruzavam os braços e olhavam para o chão.

Alguns flashes passavam por minha cabeça. Lembro-me de esconder Jay com Gabe, matar um soldado, a bomba, e …

–Espera! – empurrei Gus com força, o que deixou tonta – E minha mãe?!

Gus me olhou desconfortável e procurou a ajuda de Becca com o olhar. Todos ficaram tensos e eu comecei a me desesperar.

–Augustus – chamei – Onde está minha mãe?

–Ela… ér… - gaguejou – Ela…

–Amiga… Sua mãe acordou – disse Becca olhando para os elfos e em seguida para Andrew – Só que… Os elfos sabem melhor!

Eles se entreolharam e começaram a gaguejar. Puxaram Andrew pela camisa e praticamente o jogaram em cima de mim.

–Ele estava lá! – disseram juntos

Andrew me olhou cauteloso. Certo, aquilo estava me irritando.

–Bom… É que, como dizer isso? – perguntou ao vento

–Deixa que eu descubro sozinha! – aborreci-me

Levantei bruscamente da cama e senti minhas pernas fracas. Gus me puxou de volta e sentou-me delicadamente na cama.

–Fica quieta Lauren – pediu, preocupado, embrulhou-me novamente e segurou nas minhas pernas, dei um meio sorriso em agradecimento.

–Então baixinha – Andrew pegou em minha mão e se agachou na minha frente – Sua mãe acordou. Eu estava trocando seus curativos, com seu pai me fuzilando claro – revirou os olhos – E de repente ela abriu os olhos, como se estivesse com falta de ar. Corremos e ela segurou nossas mãos, e disse “Num sono profundo a filha dos mortos estará, até sua prole a herdeira salvar”

Todos me encararam por um segundo. Legal, mas o que isso tem haver com todo esse susto?

–E? – ergui uma sobrancelha – Que mais?

–E até agora sua mãe está dormindo – respondeu Trav – Isso foi hoje de manhã.

–Eu quero ver ela – pedi – Agora.

–Peter não quer que vocês se vejam – avisou Becca com pena – Não até você estar recuperada.

–Por quê? – perguntei, irritada.

–Você passou mal quando descobriu que ela tinha desmaiado – respondeu Gus, me observando.

–Não interessa! – exclamei – Onde ele está?

–Olimpo – respondeu Mike, pressionando os dedos nos lábios – Foi tentar adiar sua saída.

–Missão? – perguntei preocupada. Deuses havia me esquecido desta missão

Eles assentiram e respirei fundo. Preciso ficar sozinha. Eu quero ficar sozinha.

–É melhor a deixarmos sozinha – aconselhou Gus – É muita coisa pra quem acordou agora.

Todos assentiram e se despediram de mim com um beijo na bochecha. Exceto Andrew que deu-me um beijo no canto da boca. Gus rosnou para ele e o mesmo respondeu com um sorriso de lado.

–Gus para – pedi – Fica aqui, preciso falar uma coisa com você.

Todos saíram e ele sentou na cama. Observou-me por uns instantes e abraçou-me com força

–Achei que fosse lhe perder – falou através de meus cabelos – Fiquei com tanto medo Lauren. Nunca mais faça isso.

Sua voz estava carregada de angustia e sofrimento. Por um momento me senti mal por deixa-lo naquele estado.

–Gus – segurei seu rosto em minhas mãos – Eu nunca vou te deixar.

Ele sorriu e me beijou. Um beijo nervoso cheio de saudade e euforia. Suas mãos seguravam minha cintura e impulsionavam meu corpo em direção a cama, minhas mãos foram para seus cabelos, enquanto tentava me ajeitar na cama.

–Lauren – chamou – É melhor parar.

Separamo-nos e respirei fundo. Ele sorriu corado e ficou tenso.

–Eu vi você matando um soldado – disse

–Eles estavam enfeitiçados – respondi – Sabia disso?

–Não, achei que fosse por vontade própria – respondeu culpado – Eu também matei um.

–Me sinto mal – desabafei – É horrível ter que matar pessoas. Ainda tenho pesadelos com os mortais que matei.

–Eu tenho pesadelos com várias coisas – suspirou Gus.

–Ele me disse mais uma coisa – comentei olhando para minhas mãos.

–O que? – perguntou

–Que o traidor está mais perto do que imagino – murmurei, olhei no fundo de seus olhos. Ele parecia confuso, surpreso e amedrontado – Você tem ideia de quem seja?

Eu sei que era errado, mas a pessoa mais próxima de mim era ele. E precisava saber se Gus sabia de algo. Ou se ele era o traidor.

–Você acha que eu sou o traidor? – perguntou com raiva

–Apenas perguntei – respondi lentamente observando cada ação que ele fazia.

–Lauren, isso é idiotice. Porque eu seria o traidor? – perguntou se levantando com raiva – Se eu fosse traidor, já teria lhe matado há muito tempo!

Uma culpa me tomou isso era verdade. Sinto-me tão envergonhada.

–Me desculpe – pedi – Só estou confusa

–Nunca mais pense uma coisa dessas – repreendeu ofendido.

–Me desculpa tá?

–Só desculpo por que te amo – sorriu carinhoso

–Mesmo eu pensando algo assim? – perguntei, com uma certa indecisão

–Mesmo pensando algo assim – afirmou – O que acha de aproveitar esse momento sozinhos?

Sorri e ele andou em minha direção.

*****

Peter

Estava em pânico. Minha filha desacordada, minha… hã bem, minha Alexia desacordada, um verso de profecia por decifrar, lutas a vencer, lobos como inimigos, ataques no local mais seguro que conheço…

Eu precisava pedir ajuda.

Neste momento eu me encontrava parado em frente aos deuses, todos me observando como quem espera um porco para o abate, eles estavam me subestimando, crendo que não daria conta de passar por tudo isso. Mas estavam enganados, muito enganados.

Zeus se mexeu desconfortável na cadeira. Olhou para Hera e em seguida para Atena, ambas não deram nenhum sinal de resposta, o que o fez bufar e levantar para andar em círculos em frente ao trono.

–Peter, Peter, Peter – cantarolou batucando com os dedos sobre os lábios – O que eu faço com você?

–Não sei senhor – respondi impaciente.

–Eu vou deixar que Lauren ganhe um prazo de mais dois dias. Tempo suficiente para que se recupere após acordar – disse ele – Quanto aos lobos, creio que Ártemis possa dar um jeito de controlá-los –continuou- E sobre Alexia… É melhor que você a tire dessa zona de guerra, sabe o que estou dizendo, não? – indagou me olhando.

–Desculpe senhor – pedi – Mas não compreendi.

–A tire do acampamento. Tire a moça dessas preocupações, se for preciso que viajem, façam isso – explicou – Mas a tire do meio dessa briga, Hecate não atacará Lauren até ter as profecias, por tanto seu foco mudará para Alexia. Proteja-a com sua vida.

–E Lauren? – perguntei confuso – Ela estará em uma missão suicida, como a protegerei também?

–Lauren sabe se cuidar, e creio que Augustus e Becca cuidarão dela – tranquilizou meu avó – Só tente não interferir. Eu mesmo pedirei aos outros deuses que a observem e ajude em caso de morte, mas somente em caso de morte.

Assenti e Ártemis sorriu para mim.

–Pode deixar que a vigiarei pela noite.

–E eu pela manhã – sorriu Apolo – Minha futura nora não pode correr perigo.

O fuzilei e ouvi alguns risinhos de minha mãe.

–Ah Apolo não seja tolo – sorriu para o deus – Lauren não ficará com Andrew. Bom não de fato.

–Como é que é?! – eu e Apolo perguntamos sérios.

–Apolo me admiro de você! Deus da profecia e não consegue prever os relacionamentos que Lauren terá –repreendeu Afrodite – E Peter meu querido, pare de ciúmes, sua bebezinha dará muito trabalho ainda. Creio que pelo menos uns 4 garotos saiam com um nariz quebrado, 2 com traumas psicológicos e 3 com olhos roxos. Ah e talvez um castrado – sorriu divertida minha mãe – Melhor lhe desejar boa sorte.

Trinquei o maxilar e olhei de relance para Hermes que ria da situação.

–É melhor tirar esse risinho da cara filho da mãe – xinguei.

–Bom. Vejo que encerramos por aqui – pronunciou-se Zeus – Tomaremos as devidas medidas, e cuide de suas mulheres, pelo visto as duas dão muito trabalho – piscou para mim divertido.

Eu tô arranjado mesmo...

*****

Michel e Gabe andavam pelo acampamento preocupados, Abby havia sumido desde o ataque, e retornara somente na manhã seguinte.

–Cara eu já disse – resmungou Gabe – Ela não tem nada haver, foi apenas uma coincidência.

–Coincidência o caralho Gabriel – irritou-se Mike – Já tem tempo que ela anda estranha, já se perguntou aonde ela vai? Toda vez que some?

–Ao banheiro? – sugeriu Gabriel distraído, logo este recebeu um soco e calou-se.

–Não começa com piadinha Gabe – pediu Mike – Vamos ficar de olho nela, entendeu?

–Tá porra, que seja. Mas eu já disse, Abby não é capaz de matar uma mosca, quanto menos armar um ataque desses.

–Não disse que ela armou – retrucou Mike.

–Aí porra essa ferida dói – reclamou brasileiro massageando o local onde havia sido machucado com a explosão – Espero que tanta dor valha a pena, quero uma cicatriz bem foda, tipo a do Luke Castellan.

–Se não parar de mudar de assunto quem vai lhe fazer uma cicatriz sou eu – ameaçou Michel fuzilando o irmão.

–Até parece que é machão – caçoou Gabe

–Já te disse meu negocio é bebida, mulher, e atazanar a Becca – riu

–Teu negocio é toddynho, pi**, e virar homem ficando com a Becca – retrucou Gabe mal- humorado.

–Ihh que te deu o hoje? Tá todo revoltado aí.

–To com dor de cabeça, uma cicatriz que dói pra porra, uma amiga que acabou de acordar de um desmaio por minha culpa, um irmão idiota, um acampamento fodido e pra completar meu cabelo tá pinicando a cicatriz!

–Nossa, tá pior que mulher em TPM, relaxa Gabinho – Mike beijou o rosto do irmão de fingiu-se de bravo, mas estava louco para gargalhar.

–Veado.

–Te amo também minha putona

Ambos gargalharam e seguiram em direção ao chalé de Hermes, onde pegariam algumas roupas para Lauren.

*****

No segundo andar da casa grande, uma mulher estava deitada. Com uma faixa branca envolvendo sua cabeça, o pulso roxo, uma atadura em volta da cintura e costelas, e por fim mais não menos importante, desmaiada. Esse era o estado de Alexia Vega, á dois dias se encontrava neste estado, e como se pudesse piorar, seus batimentos estavam fracos e um pequeno corte aberto em sua cabeça.

Andrew e Nico estavam no quarto, o irmão pegando nas mãos da irmã. E o campista organizando os remédios da moça.

Quando tudo ficou em silencio. Inclusive seus batimentos, o aparelho não apitou, os pacientes de outras macas ficaram em silêncio e a única coisa que puderam ouvir foi o fio de respiração de Alexia e um nome.

–P-Peter…

Lentamente seus olhos abriram, Andrew e Nico praticamente pularam na cama, o irmão sentiu a irmã gelada e se desesperou.

–Ela está gelada – sussurrou – Chame o Logan! Ele está com Lauren!

Andrew saiu correndo e Nico colocava seu ouvido constantemente perto do peito de Alexia, numa tentativa de ouvir seus batimentos.

Logan entrou correndo e começou um procedimento de boca-boca. Aos poucos Alexia começou a se debater na cama e chorar, ninguém entendia o que ela tinha. Até Peter chegar.

–O quê ela tem?! – berrou, desesperado e correndo até a amada.

–Peter! Peter! Não toque em mim! É isso que ela quer! Para! Não!! – gritava a moça se debatendo, lágrimas grossas escorriam por sua face e tudo parou, apenas uma fina lágrima caiu – Eu pedi para não tocar em mim.

Peter abria a boca assustado, ele não tocara nela. Seria Hecate manipulando os sonhos de Alexia?

–Lexi? – perguntou receoso – Alexia?

–Você foi um idiota, te odeio, pedi para não tocar em mim – ela sussurrava enquanto chorava em silencio, todos a encaravam assustados, parecia estar sonhando.

–Amor, eu não toquei em você – dizia Peter quase chorando diante do sofrimento de sua amada.

–Pare de tentar me salvar – chorou a moça – Olhe pra você. É tudo culpa minha, não devia ter chamado por você.

–Amor? –perguntou Peter

Alexia soltou um grito agonizante e acordou assustada. Ninguém movia um musculo, ela parecia amedrontada e perdida.

Seu olhar pousou em Peter, ela imediatamente puxou o braço dele em sua direção e levantou a manga se sua jaqueta. Alexia suspirou aliviada, e abraçou o pai de sua filha.

–Era um sonho – falou em meio a um suspiro – Era só um sonho – sorriu aliviada.

–Lexi – chamou Peter preocupado – Você estava fora de controle… o que houve?

–Ela estava me torturando, e me obrigando a chamar seu nome. Aí eu chamei e você apareceu, e… - Lexi voltou a chorar no peito de Peter, ele a abraçou e aninhou-a em seus braços.

–Ok já passou. Outro dia conversamos sobre isso.

*****

Lauren estava sentada na cama onde acordara, com Becca, Gus e os elfos. Discutiam sobre os preparativos para a missão.

–Eu já disse que comida não é problema. Podemos pegar para vocês – respondeu Mike.

–Como? – perguntou Gus.

–Eles sabem onde fica o estoque de comidas daqui – respondeu Becca revirando os olhos – Gordo é foda, sabe onde fica a comida de qualquer lugar.

–Gorda é tu nojenta. Até parece que não rouba comida de lá todo dia – retrucou Gabe olhando com desprezo para Becca que riu.

–Meninos – chamou a morena dos olhos verdes – Vocês tem alguma ideia de como iremos para a missão?

–Com as pernas – brincou Mike fazendo uma dancinha muito esquisita.

– Às vezes é melhor ficar quieto e deixar que pensem que você é um idiota do que abrir a boca e não deixar nenhuma dúvida, Mike – retrucou Gabe mal-humorado.

–Vish, cachinho está azeda hoje – Becca fingiu repulsa.

–Por que cachinho? – perguntou Gus erguendo uma sobrancelha.

–Porque o cabelo dele é liso e grande – respondi, olhando para uns papeis sobre a cama.

–Como sabia disso? –perguntou Mike chocado.

–Não é algo difícil de se descobrir – dei de ombros – Além do mais, quando eu estudava, ouvi alguém chamar um menino assim.

Ouvimos uma batida na porta e meu padrinho entrou, acompanhado de minha madrinha.

–Lauren! – gritou minha tia e abraçou-me amorosamente apertado

–Minhas costelas tia

–Ah sim, desculpe – ela riu – Como se sente florzinha?

–Bem – sorri.

–Ah claro – sorriu tensa, olhou para meus amigos e sorriu para eles. Em seguida me olhou, e apontou discretamente com os olhos para os elfos que a secavam descaradamente, eu apenas ri.

–Tia esses são Gabe e Mike – apontei para ambos –Gus você já conhece e essa é Becca.

–Prazer garotos e Becca – sorriu divertida para minha amiga – Olá Gus.

–Se conhecem? – perguntei olhando para as duas.

–Sim, sua tia que decorou a minha casa. E uma vez minha mãe se atrasou e ficamos conversando – sorriu Becca – A mancha nunca saiu do tapete.

Ambas gargalharam e sorri.

–Amor, precisamos falar com você – disse tia Drew – Logan me ajude a levantar ela.

–Não precisa tia – sorri – Consigo levantar.

Andamos até o primeiro andar e paramos em frente a uma cortina.

–Sua mãe acordou e quer falar com você – sorriu Logan.

–Sério? –perguntei sorrindo

–Aham

Puxei a cortina e vi meu pai segurando a mão de minha mãe. Ela sorriu, levantou-se e estendeu o braço para que eu a abraçasse.

–Você está melhor? – perguntei

–Ótima – sorriu mamãe – Queremos lhe dar uma coisa.

–Por mim eu não dava nada pra essa baixinha convencida – sorriu papai me abraçando apertado e verificando meu machucado na testa – Como se sente?

–Melhor.

–Ela vai sair em missão é melhor dar logo – sorriu mamãe.

–Dá pra contarem logo? – perguntei curiosa.

–Seu pai achou melhor lhe dar um presente para a missão.

–O quê? –perguntei curiosa

–Que tal isso? – ele ergueu um par de chaves no ar.

–Isso são as chaves de um…

–Carro! –exclamou mamãe contente.

Sorri abobada e abracei os dois, ela sorriu e estendeu a mão para ele. O mesmo revirou os olhos e entregou um bolo de dinheiro a ela. Arregalei os olhos, ali devia ter uns 1000 dólares!

–Aqui tem 500 dólares, trocado. E aqui – ela pegou outro bolo de dinheiro do bolso dele e me entregou – Tem 500, só que misturamos tem de cada país um pouco, ao todo são 50 ou 100 dólares para cada um. Mas se precisar é só ligar que mando mais.

–Obrigada mãe! – sorri a abraçando

–E aqui tem 700 dracmas – papai estendeu um saco cheio de dracmas – Tenho certeza que precisará de mais, por tanto aqui está este cartão sem limites que tirei pra você, Hermes falou que você pode comprar qualquer coisa do mundo greco-romano que quiser. Até Pegasus.

–Não quero comprar animais – ri – Valeu.

Ficamos conversando durante alguns minutos, até eu voltar para meu “quarto” meus amigos continuavam lá, sentei e sorri marota para eles.

–Que foi? – perguntou Becca

Estendi minha mão e mostrei o dinheiro e os dracmas. Eles abriram a boca surpresos e os elfos puxaram da minha mão, começaram a contar e riscar algumas coisas da lista.

–Ei vocês não vão roubar isso – repreendeu Becca puxando o dinheiro e guardando na minha mochila.

–Que pensamento feio Rebecca Green – Gabe fingiu-se desapontado.

–Verdade, que coisa horrível – concordou Mike

Senti uma forte dor de cabeça e me contorci na cama, cai com minha cabeça no colo de Becca e ela me segurou assustada. Minha visão estava escura, mas meus olhos estavam abertos, minha cabeça parecia explodir, fechei meus punhos e comecei a sentir falta de ar e ficar tonta.

“Melhor sair em missão até amanhã ou iriei brincar mais um pouco com sua mãe, Laurenzita” a voz de Hecate falou em minha mente.

A dor, tontura, e cegueira sumiram. Dando lugar a uma angustia, ouvi um grito agonizante no segundo andar e arfei.

–Becca, vamos sair em missão quando amanhecer – disse carregada de culpa com os gritos vindos do andar de cima – Melhor se prepararem.


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Notas finais do capítulo

Comentem!!!!!