The Chosen escrita por Little Crazy


Capítulo 12
Prediction


Notas iniciais do capítulo

Gente escrevi rápido, desculpem os erros. Vou tentar postar amanhã de novo, ah e...vai ser tenso o proximo capitulo.



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Lauren Vega

Após meu pai sair, andei lentamente até a aula de grego antigo. Estava triste, não sabia ao certo se era por meu pai, ou por Gus, só sei que um enorme buraco estava em meu peito. De longe avistei Becca brigando com Michel e Gabe, brasileiro ria enquanto minha amiga desferia tapas em Michel. Aproximei-me sorrindo

–Seu idiota! –gritava Becca- Vai jogar um sapo na tua mãe!

Gabe se dobrava de tanto rir, assim que me viu fez sinal para que me aproximasse, andei até ele e perguntei:

–O que está acontecendo?

–Mike jogou um sapo em Becca –disse tentando parar de rir- E ela começou a gritar e agora está batendo nele

Sorri imaginando a cena

–E então, o que seu pai queria? –perguntou parando de dar atenção a eles e se voltando para mim.

–Falar que iria a uma reunião no Olimpo –dei de ombros- É complicado.

–Sei –disse pensativo- Vamos sentar, Quíron vem aí.

Sentamos em uma mesa juntos, Becca e Mike ainda brigavam.

–Michel e Becca, sentem-se –disse Quíron calmo como sempre- Deixem para discutir a relação lá fora –sorriu

Alguns campistas sorriram e outros apenas observaram os dois se sentarem corados

–Te odeio Smith –disse Becca o fuzilando

–O sentimento é mútuo Green –disse Michel dando um sorriso de lado e observando Quíron começar a aula.

Passamos uma hora ouvindo sobre como surgiu a língua grega, as evoluções que sofreu, como pronunciar e escrever corretamente as palavras… Até que finalmente o horário acabou e nós quatro saímos andando juntos até o lago, teríamos canoagem. Becca pulou no primeiro barco comigo e os elfos ficaram atrás.

–E então –começou Becca, enquanto abotoava seu colete- Com quem você ficou?

Dei um sorriso de lado e fingi estar entretida com os remos

–Vou te bater –ameaçou Becca- Me conta, para de ser cuzona!

–Gus –disse rapidamente

Ela me olhou espantada e logo em seguida abriu um sorriso vitorioso

–Ganhei 20 dracmas –disse ela

–O que? –perguntei

–Andrew apostou que você tinha ficado com outro menino e eu apostei que era o Gus –sorriu

–Andrew tem merda na cabeça? –perguntei- Cheguei não tem duas semanas, como ficaria com outro menino?

–Ele é orgulhoso, não foi muito com a cara de Gus –explicou- Acho que é porque ele te olha de um jeito estranho –falou rapidamente e pôs a mão na boca- desculpe

–Como assim ? Ele não me olha de um jeito estranho!

–Ai amiga, olha sim –sorriu debochada- Parece que você pertence a ele, como se precisasse estar de olho em você todo instante. Sempre que você está conosco ele fica te olhando e parece lhe estudar, isso quando não fica todo estranho. Sei lá, às vezes ele me dá medo –deu de ombros

–Ai cala a boca Becca -murmurei e ouvi ela dar uma risadinha

Após a aula de canoagem fomos até o pavilhão, eu e Becca éramos carregadas por Mike e Gabe. Mike e Becca se entenderam e ele a carregava, enquanto eu ia nas costas de Gabe. Entramos correndo no pavilhão e Mike tropeçou em uma pequena rachadura, fazendo com que minha amiga voasse de cara no chão. A sorte é que não haviam muitas pessoas por lá.

–Droga! Você fez de propósito idiota! –gritava Becca

–Eu não! Você que é muito gorda! –gritou ele rindo- Sua obesa!

Eu e Gabe estávamos rindo

–Esses dois se amam –disse Gabe

Sorri e fomos para a mesa, Mike ficava ensaiando mil formas de pedir desculpas a Becca, e apenas riamos. Quando já estava de saída alguém segurou meu pulso, virei-me e um Gus me encarava.

–Ham…oi –disse ele- Não te vi o dia todo

–Ah, é. Estava um pouco ocupada –menti- E você como vai?

–Bem –adoro essa educação dele- Temos que conversar

Assenti, droga. Ele vai falar que tudo foi um erro, não devíamos ter nos beijado, vai ser um horror.

–Tipo agora? –perguntei tentando adiar a conversa

Ele fez uma cara de dor e disse

–Sim, tipo…-suspiro de dor- Agora.

Andamos até seu chalé e ele me puxou para dentro. Deu-me um beijo e retribui, Gus me prensou contra a parede e segurou minha cintura com força, muita força, dei um gemido de dor e ele me soltou

–Desculpe –disse- preciso lhe mostrar uma coisa.

Assenti ainda sem ar e ele retirou a blusa, não via nada até ele murmurar alguma coisa. De repente, marcas de garras e socos apareceram em suas costas. Pus a não na boca, aquilo com certeza deve estar doendo

–O que foi isso?! –perguntei em um fio de voz- Gus…

–Depois que lhe deixei na praia, lembrei que tinha esquecido minha adaga –explicou andando de um lado para o outro- E voltei à pedra, só que quando estava voltando… umas coisas, não sei o que eram. Mas eram rápidos e grandes, me atacaram, só sentia as garras na minha costa, e alguns chutes –ele fechou os olhos- E tudo parou, levantei e vi apenas uns vultos correndo.

–Você não sabe o que era? –perguntei

–Eu já disse que não –respondeu me olhando sério- desculpe, só que…é bizarro

–Eu sei –comentei

–Mas já estou me cuidando –tranquilizou- Aprendi com mamãe algumas poções e estão ajudando, acredite. Quando Tobias cuidou estava bem pior.

Corri até ele e o abracei, Gus me puxou até uma cama que estava encostada na parede e deitamos, começamos a conversar e me aninhei em seu peito. Até escutarmos uma batida, levantamos rapidamente e ele murmurou alguma coisa e as marcas sumiram. Ele correu até a porta e arregalou os olhos

–É seu pai

–O que? –perguntei assustada- Abre

Outra batida

–Senta e age normalmente

Sentei e meu pai entrou, fez perguntas e me mandou sair. Bastante contrariada eu sai e fui atrás de minha mãe, ela estava sentada na praia com Jay, eles riam e assim que me viram acenaram.

–Mãe! O papai acabou de entrar no chalé do Gus! –disse com raiva- Faça alguma coisa! Ele vai fazer besteira!

Ela se levantou com Jay e me encarou confusa

–Como? –perguntou- Filha fica calma, eles só devem estar conversando.

–Ou ele deve estar batendo no Gus!

–Por que ele faria isso? –ergueu uma sobrancelha

–Por que… -gaguejei- Hã…bem, eu meio que… é…

–Você estava no chalé dele?! –perguntou mamãe com a voz fina e um sorriso malicioso- Lauren!

–O que?! –exclamei- Claro que não! Estavamos conversando e…

–Olá mulheres da minha vida –disse uma voz conhecida- E campeão!

–Tio! –exclamou Jay e correu até ele

Mamãe corou violentamente e eu fechei a cara, minha respiração rápida e minhas mãos geladas. Tinha medo de que meu pai soubesse do beijo.

–Pai –disse entredentes- O que você fez?

Ele me olhou desconfiado e semicerrou os olhos

–Nada, por quê? –perguntou me analisando- Deveria ter feito alguma coisa?

–É… -travei

–Como foi lá? –perguntou mamãe rapidamente

Papai engoliu em seco e desviou o olhar para mamãe, percebi seus olhos sem rumo.

–Como o esperado –murmurou- Tive que relembrar algumas coisas…e eles me deixaram ficar

Eu e mamãe suspiramos aliviadas, o bom é que ele esqueceu do acontecido…

–Mas… -continuou olhando diretamente para mamãe- Eles exigiram que ela saísse em missão até sábado.

Mamãe suspirou e engoliu um choro, me olhou e seus olhos estavam marejados. Jay correu até ela e a abraçou

O que estava havendo? Que missão? Sobre o que estavam falando? Seria eu essa pessoa?

–Sobre o que estão falando? –perguntei olhando para minha mãe que estava agarrada em Jay, até meu pai, que intercalava o olhar entre eu e Alexia.

–Talvez devêssemos esperar um pouco –respondeu em um fio de voz- Lexi não parece bem.

–Eu quero saber o que está acontecendo –disse fria, lancei um olhar interrogatório a meu pai- Vai me contar, ou terei que descobrir sozinha?

Lauren agora não –disse papai sério- Não vai morrer se esperar um dia.

–E que tal vocês esperarem uma noticia sobre eu ter saído? –indaguei- E descobrirem que fui atrás de Hecate? –o fitei com raiva- Pelo menos ela me dava informações.

Papai me olhou incrédulo e com raiva. Mamãe voltou seu olhar com pequenas lágrimas e me encarou assustada. Jay, coitado, apenas observada o teatro que se formava a sua frente.

–Lauren? –perguntou mamãe surpresa

–Não repita mais isso –repreendeu papai- Não sabe o que está dizendo.

–Não sei? –sorri com escarnio- E vocês? Que nunca sabem se devem ou não me contar as coisas? Já ouviram dizer que informação sempre ajuda?

–Mas no seu caso não ajuda, nem um pouco –disse papai, seco- Vá para suas atividades, depois conversaremos.

–Não –disse cruzando os braços

–Lauren –disse ele controlando a respiração- Vai

–Eu vou –disse séria- mas não prometo ouvir vocês depois.

Sai da praia em passos largos e pesados. Sempre me negando informações, sempre! Nunca descobri sobre eles, mamãe me escondeu a vida toda que tinha outro pai. Fui sequestrada, sofri torturas, e até hoje nunca descobri o motivo. Nada, é isso que eles me falam, nada.

*****

Depois de algumas horas, eu me sentia extremamente culpada, por tudo que disse aos meus pais. Mas não voltaria atrás, eu tinha razão. E outra, sou orgulhosa demais.

Eu e Gus estávamos na entrada para a floresta. Ele parecia tenso lá. Porém , era o lugar mais reservado que conseguimos. Ele me ajudou a ficar tranquila com meus pais.

–Ainda acho que você deva pedir desculpas –disse ele- Quer dizer, quem trocaria alguém como a Alexia pela minha mãe?

–Eu –disse seca

–Você é louca

–Não Gus! –gritei- Sabe por quê? Eles esconderam e mentiram a minha vida toda! Será que meu nome é mesmo Lauren? Alexia é minha mãe de verdade ou é outra pessoa? E Peter? É mesmo meu pai ou tem outro?

–Eu entendo –disse ele num suspiro- Mas peça desculpas. Lauren você ainda tem pai, mãe e irmão. Eu não tenho mais nada, meu irmão está por aí, minha mãe é uma deusa psicopata, meu pai… Não lembro de nada que envolva ele. E bom, só tenho você.

–Desculpa –disse abraçando ele- To sendo egoísta demais.

–Não, está confusa só isso –disse afagando meus cabelos

–Vou pedir desculpas –digo- Me ajuda a encontra-los?

–Claro –disse sorrindo- Mas antes…quero meu beijo de recompensa

Sorri e o beijei, ele colocou as mão em minha cintura e me puxou para mais perto. Me sentia um pouco desconfortável, talvez seja pelo fato de eu estar quase em cima dele ou ele em cima de mim. Não importa. Aquilo era bom.

–Gus –disse o empurrando um pouco

–Desculpa –disse um pouco corado

–Não, tudo bem –disse- Oque meu pai falou?

Ele passou as mãos no cabelo e suspirou

–Ele sabe do beijo. Não sei quem contou mais ele sabe –disse- E me ameaçou, como já era esperado. Na verdade, to meio paranoico que ele veja a gente nessa situação –disse ele apontando para nós dois- Quer dizer, pra um homem foi bem assustador a ameaça.

–O que ele disse? –perguntei rindo, era engraçado vê-lo assim

–Cê sabe… -disse ele corado- Ameaçou cortar…aquilo..

Ergui uma sobrancelha

–Ah deuses… -disse ele tenso- Ele ameaçou cortar aquilo

Sim, eu sou lenta. Ergui as sobrancelhas e gesticulei

–Aquilo o que?

Ele se irritou e apontou com as duas mãos para o meio das pernas

–Isso!

–Ah! –exclamei- Desculpe –gargalhei, ele suspirou e fechou a cara- Desculpe! É que foi muito engraçado

–Não teve graça, se ele cortasse…não seria nem um pouco legal –disse emburrado- O que eu faria com as meninas?

Parei de rir imediatamente

–Meninas? –ergui uma sobrancelha- Que meninas, hein, Philips?

–Adoro te ver com ciúmes –disse sorrindo e me dando um beijo- Só tem você –sorriu- Apenas você

–Não parece –retruquei

–Porque?

–Não temos nada concreto –disse, sim eu queria que ele me pedisse em namoro.

Ele ficou tenso e me olhou.

–Quer que eu peça? –perguntou confuso- Por que?

–A vida é sua Gus –disse indiferente- Faça as escolhas que quiser

–Não fala assim –pediu- Eu te amo e isso basta.

Sorri

–Repete –pedi

–O que?

–O que você disse.

–Eu te amo? –perguntou

–Sim

–Eu te amo, Lauren Vega. Minha semideusa problema –sorriu e deu-me um beijo

–Adorei ouvir isto –disse

–E eu adorei falar

–Acho que isso merece comemoração –disse sorrindo

–Também acho –disse ele- O que acha de me dar uns beijos, hein?

–Vou pensar no seu caso –disse sorrindo

Ele em um movimento rápido, me pôs em baixo dele e deu-me um beijo.

–Acho que eu sou mais rápido

Sorri e o puxei para mais perto

*****

Andei até meus pais, eles conversavam na sala da casa grande. Papai parecia tenso e mamãe também. Bati na porta e eles me olharam

–Filha! –disse mamãe e correu para me abraçar- Prometo lhe responder tudo que quiser!

Abracei-a e deixei uma lágrima escapar

–Me desculpe, não queria dizer aquelas coisas –disse

–Tudo bem, você tem razão –disse ela me dando um beijo- Venha eu e seu pai queremos esclarecer algumas coisas.

Papai pegou um rolo de pergaminho e subiu as escadas, seguimo-lo e entramos em uma sala, com uma mesa enorme. Ele fez sinal para que sentássemos nas cadeiras e eu sentei ao lado da mamãe, entre eles dois. Papai suspirou e disse

–Por favor, não mexam com meu lado emocional agora –pediu- Isso é muito importante, não posso me desconcentrar.

Assentimos e ele fechou os olhos

–Ponham a mão no pergaminho –pediu

–Por que? –perguntei

–Lauren –disse ele me olhando com ternura e ao mesmo tempo como um general- Seu futuro está aqui, parte dele pelo menos. Depois que abrirmos isso. Irei explicar tudo o que você precisa saber.

–Tudo –disse- Quero que expliquem tudo.

–Faremos isso –disse mamãe- Agora… vamos parar com essa tortura.

Assenti e pus a mão no pergaminho. Mamãe e papai fizeram o mesmo.

Uma luz saiu dele e o papel se desenrolou. Olhei atentamente e vi algumas palavras escritas. Então era isso? Meu futuro estava em um pedaço de pergaminho. Agora sim tudo faz sentido. Só que não!

–Filha –disse papai passando os olhos pelo pergaminho- É melhor saber logo…

–O que? –perguntei assustada

–Você sairá em uma missão –disseram ele e mamãe juntos, enquanto liam o pergaminho.

Minha respiração travou e engoli em seco. Agora sim, eu estava ferrada.


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