Ainda 24 de Dezembro, pela tarde...

Renesmee colocou o avental e sorriu nervosa, ela nunca trabalhou na vida e agora estava diante da porta da loja, pronta para virar a placa de Closed para Open, olhou para Nick perto do balcão, colocando caixas junto com seu tio Jacob.

Jacob sentiu o olhar da moça em suas costas, virou-se para olhá-la. Ela era muito linda, isso era muito notável. Levantou o polegar em sinal de aprovação e encorajamento para ela, qual assentiu e sorriu de novo. O sorriso dela era capaz de derreter toda aquela neve do lado de fora do shopping.

– Vamos lá, tia Ness – Nick gritou, largando uma caixa e batendo palminhas. Nessie revirou os olhos, virou-se e virou a placa. Logo um casal entrou com uma menina linda no colo, ela deveria ter a idade do Nick. Ela sacudiu as perninhas e os bracinhos, o pai a colocou no chão, ela logo correu até o Nick, o abraçando.

– Ajudante nova, Jake? – a mulher perguntou, sorrindo para Nessie. Jacob levantou-se e foi cumprimentar os recéns chegados. Beijou a bochecha da mulher e apertou a mão do rapaz.

– Essa é Renesmee, amiga do Nick – Jacob disse, estendendo a mão para Nessie, que hesitante se aproximou e a segurou. – E minha amiga, também – Ela sentiu-se formigar pelo toque de Jacob. Sorriu tímida para os convidados.

– Nessie, esses são Angela e Ben, meus amigos da faculdade. – virou Renesmee para olhar a menina, que agora estava sentada no chão brincando com uma caixa, com Nick lhe auxiliando. – Aquela princesa é Melanie, a filha deles e é a namorada do Nick – ele falou a última parte, um tom mais alto que o normal.

Renesmee riu, quando viu Nick fazendo bico e ficando vermelho. Melanie observou seu amiguinho e puxou-lhe para o chão novamente, ela dizia alguma coisa para ele que desfez o bico e sorriu pra ela, ela logo beijou-lhe a bochecha. Ele corou ainda mais.

– Olá, Renes... - tentou Angela, sem graça.

– Pode me chamar de Nessie.

– Nessie, seja bem vinda a loja mais doce e fofa do prédio. Esse senhor é um amor de pessoa, eu tive até uma paixonite por ele quando menores, mas o meu Ben me salvou de passar a vida atrás de um balcão de vendas... – ela olhou para o marido, que sorriu lhe abraçando pela cintura. – Agora eu passo a vida atrás de um balcão, mas vendendo bolos...

Riram, a Angela se mostrou uma pessoa bem agradável, logo Renesmee estava a vontade com eles e ainda mais com Jacob. Ambos sempre se tocando quando iam atender algum cliente recém chegado na loja, ou quando Nick os chamava.

Angela e Ben eram donos de uma micro empresa de docerias e bolos, eram muito requisitados e logo convidaram Renesmee para a ceia em sua casa, juntamente com Jacob e Nick que todo ano iam com o resto da família.

– Ah... bom, Nick e eu fomos convidados para viajar com a Ness, vamos passar o Natal com a família dela – disse Jacob, sorrindo para os amigos.

– Estão se pegando? – perguntou Ben, malicioso. Renesmee não estava por perto, então Jake deu uma piscadela para o amigo, fazendo Ang rir. Ela podia notar a tensão que emanava de ambos quando perto um do outro.

– Ela é moça de respeito, portanto não fale assim dela, Ben – cortou Jake, ficando sem graça. – Ela protegeu meu menino ontem, eu o perdi aqui no shopping, sabiam?

– O quê!? – berrou Ang. – Você sempre cuidara tão bem do Nick, como pôde deixá-lo se perder?

– Amor, dá um desconto – interviu Ben. – Sabe que esses seres sorridentes minúsculos nos cegam e nos colocam no bolso. Jacob será ainda mais cuidadoso agora, né campeão?

– Acho que não... – Jacob brincou. – Acho que farei outro teste, se toda vez que o Nick se perder e for achado por uma ruiva linda, eu sou capaz de me acostumar a ficar desesperado...

(...)

Quase 25 de Dezembro, perto de Forks

– Céus, Jacob – bradou Renesmee, pegando Nick nos braços e entrando no carro. – Só chegaremos lá amanhã.

São praticamente preciso quase um dia e vinte horas de NY até Forks, e eles perderam metade do dia na loja. Eles já tinham iniciado a viagem, pararam apenas para abastecer e alimentar Nick, que agora estava sonolento no colo de Nessie.

Jacob a olhou de esguelha, ele sorriu internamente com o pensamento que pareciam um casal com um bebê viajando para encontrar a família. Renesmee saiu do carro novamente, apenas para ajeitar Nick na cadeirinha no banco de trás, o prendeu no cinto de segurança, beijou-lhe a testa e voltou para o banco da frente, ajeitando seus cabelos que estavam presos num rabo de cavalo agora desgrenhado.

– Podemos ir, senhorita? – perguntou Jacob, num tom ameno. Era óbvio que Nessie estava nervosa, por demorar tanto tempo na estrada e também por rever sua família em cinco anos. Ela concordou com a cabeça, e Jacob recomeçou a viagem.

Quando chegaram em Seattle já eram praticamente meia noite. Jacob abrira mão de seu sono para adiantar, Renesmee sabe dirigir mas é muito cautelosa no trânsito, e eles dois sabem muito bem porquê. Olhou rapidamente para a ruiva adormecida no banco ao seu lado, ressonando leve e tinha um rubos nas bochechas.

Conferiu novamente o endereço no seu celular e avistou a enorme casa verde com pisca-piscas em todo canto, também tinha um enorme pinheiro de Natal na frente da casa, junto com um Papai Noel de tamanho natural.

A casa era linda, a neve cobrindo o jardim, dando um toque ainda mais especial. Sem jeito de acorda-los, ele afagou delicadamente o rosto de Renesmee, que sorriu mesmo sem abrir os olhos, ele ficou fitando aquele rosto lindo por alguns instantes, o desejo de beijá-la crescendo a cada segundo.

Não, ele não poderia estragar as coisas, eles ainda não se conheciam o suficiente e ele não a queria fora de sua vida assim tão rápido.

– Ness... – sussurrou Jacob, ainda dedilhando o rosto da moça. Que suspirou e abriu os olhos de supetão, se assustando e ruborizando. Ela piscou algumas vezes, ela estava sonhando. No sonho, Jacob e Nick estavam presentes em sua vida. – Chegamos.

– Oh, meu Deus! – Renesmee guinchou baixo. – Será que eles vão me receber bem? Depois de tanto tempo?

– Vão sim, você é uma pessoa boa e merece o perdão deles pela sua ausência. – disse Jacob, sinceramente. Estendeu a mão para afagar o rosto dela novamente, mas hesitou e deixou a mão cair no colo. Renesmee percebeu seu intento e pegou suas mãos.

– Obrigada, Jacob.

* * *

Esme e Carlisle Cullen, pais de três filhos. O mais velho, o falecido Emmett, a do meio, a queridinha da família, Bella e a caçula desertora, Renesmee. Estavam reunidos na sala, tomando canecas de chocolates quentes com biscoitos caseiros preparados por Rosalie, a viúva de Emmett. Bella estava com seu namorado, o empresário Edward Masen, abraçados numa poltrona. Também tinha Alice Brandon, a irmã mais nova de Rosalie, com uma barriga de sete meses ao lado do esposo Jasper.

Esme adorava sua casa cheia, amava ver sua família reunida, ainda mais no Natal. Mas há cinco anos sua vida não era mais a mesma, desde que seu filho morrera num acidente no dia de Natal, ela perdeu não um, mais dois filhos. Emmett como mais velho sempre fora super protetor com suas irmãs.

Bella sempre fora autosuficiente, assim que fez 18, abandonou o lar e foi morar com amigas numa república, para dois anos depois noivar de Edward. Então sobrara Renesmee, a sua pequena que sempre estava ao lado dele, em absolutamente tudo. Ela tinha ciúmes de Rosalie, desde sempre, pois a loura estava levando seu irmão de casa para ser só dela, estavam de casamento marcado quando aconteceu a tragédia.

Por consequência, desde aquele dia, todo ano na epóca de Natal, Renesmee deixara de comparecer ao lar. Esme soltou um gritinho agudo quando viu sua ruiva na porta, sendo segurada com um moreno de sorriso simpático, em seus braços, um menino com ar angelical. Parecia uma miniatura do moreno.

Esme cogitou a possibilidade de estar vendo sua filha, seu genro e seu neto juntos. Mas eles se tocavam de maneira hesitante. Soltou seu esposo e correu na direção da sua ruiva, todos pararam o que estavam fazendo, vendo o tão esperado reencontro. Carlisle ajudou Jacob a se acomodar com Nick que despertara em seus braços, e olhava tudo atento.

– Tio... - ele chamou, baixinho. Jacob se abaixou, encostando seu rosto no do menino. – Ela é linda... - comentou Nick, olhando para Esme abraçada a Renesmee que chorava.

Jacob não perguntou qual das duas era linda para Nick, porque as duas são lindas, e muito. E aquela cena era ainda mais linda. Carlisle emocionado se juntou ao abraço, logo algumas pessoas ao redor foram se juntando aos três e formaram aquele abraço grupal.

– A minha filha voltou! – a voz de Esme soou feliz e rouca do choro. Ela ria e chorava ao mesmo tempo. Nick bateu palmas com a cena e a atenção foi toda direcionada a ele, que riu constrangido e ficou sério.

– Família - Nessie falou, limpando a garganta. – Esses são Jacob Black, meu amigo e o pequeno Nicholas. Meu Nick.

– Por acaso você teve um filho e não contou nada a ninguém, monstrinha? – Edward, seu cunhado quem falou, sorrindo. Nessie lhe deu a língua e voltou a olhar para Nick.

Esme olhou orgulhosa para Renesmee, ela nunca gostara de crianças. Nessie a olhou de volta, com os olhos brilhando. Jacob estava amando tudo aquilo, sem jeito ele levantou-se com Nick em seus braços e o passou para Nessie, que beijou-lhe o rosto e o colocou nos braços de sua mãe.

– Olá, Nick - disse Esme, sorrindo. – Eu sou a vovó Esme.

– Oi, vovó Esme. Eu sou o Nick – ele disse, mostrando seus dentinhos. – Eu quero biscoitos de Natal!

– Nick! - repreendeu Jacob.

– Ah, a vovó tem vários, foi a tia Rose quem fez - respondeu Esme, o levando na direção de Rosalie, que sorriu mexendo nos cabelos espetados de Nick. Ele estava se sentindo tão a vontade.

Jacob os observou, e quando notou estava praticamente com metade do seu corpo fundido no de Renesmee. Os braços se tocando, as peles arrepiadas, os sorrisos constrangidos.

– Papai! - Renesmee suspirou, quando o homem a abraçou forte. Depois apertou a mão de Jacob, assentindo. – Esse é o meu pai, Jake - ela os apresentou.

– É um prazer conhecé-lo, senhor Cullen.

– Me chame de Carlisle, por favor - ele disse, cortês. – Eu posso saber se foi você a pessoa que foi capaz de convencer a nossa filha a vir pra cá hoje?

– Não exatamente, podemos dizer que nosso anjo do Natal quem providenciou isso tudo - respondeu Jacob, olhando para Nessie. – O Nick é o responsável por tudo, ele foi a chave para tudo, para que nós nos conhecessemos e para que ela esteja aqui hoje.

* * *

Carlisle sentiu a troca de olhares intensamente, e soube que era a sua deixa para sair dali e voltar a abraçar sua esposa e contemplar com felicidade sua família reunida. Renesmee chamou Jacob para fora para pegar os presentes no carro.

Pegaram os casacos e saíram, descendo os poucos degraus até o caminho que dava na porta da garagem. Como sempre, Renesmee escorregou e antes que tombasse no chão, Jacob lhe segurou firme.

– Obrigada, titio Noel– ela agradeceu, rindo sem graça. Ele assentiu, dando de ombros. Voltaram a andar.

– Sua família é linda, Nessie - Jacob elogiou, olhando para a neve que caía sobre eles. Renesmee abraçou os braços, e assentiu sorrindo.

– Nick está tão a vontade, estou feliz por ele.

– Eu estou feliz também, você não?

– Oras, Jacob. É claro que estou.

– Eu também estou, o Nick está tendo um momento família como a muito não tinha, eu conheci você e me sinto bem ao seu lado, ao lado de sua família. Obrigado, Nessie.

Eles pararam de andar, faltava poucos metros até o carro. Renesmee o encarava com carinho, ele nunca fora capaz de dar alegria a ninguém, não que ela se lembrava. Abraçou Jacob, afagando suas costas. O mesmo afagou suas costas com uma mão, enquanto a outra afagava os cabelos dela.

– Emmett ficaria orgulhoso da mulher que se tornou... - ele sussurrou, fechando os olhos. Ela sentiu as lágrimas vindo e as deixou cair.

– Becca e Paul também ficariam orgulhoso do pai que se tornou... - ela disse, de coração.

Aquelas palavras invadiram o ser de Jacob em cheio, e ele também se sentiu orgulhoso de si mesmo, de ser capaz de criar o Nick.

O abraço demorou mais do que o esperado, a neve caía ainda mais forte e eles riram quando viram que seus cabelos estavam cheio de pequenos flocos de neve. Jacob tocou o cabelo de Nessie na frente, afastou-os do rosto dela e sorriu.

– Como isso é possível? - ele murmurou, olhando bem nos olhos verdes de Nessie.

– Isso o quê? - ela sussurrou de volta, também o fitando nos olhos.

– Nos conhecemos há quase dois dias e já parece que é a minha vida inteira.

Sons de sinos badalando quebraram a magia do olhar, eles sorriram, olhando os fogos de artifício no céu. Agora sim era Natal, 25 de Dezembro. Ouviram pulos e gritos de alegria, a porta da frente fora aberta e de lá, sai um Nicholas saltitante com biscoitos doces nas mãos, Esme, Rosalie e Bella logo atrás dele.

– É Natal, tia Ness - ele gritou, rindo. – É Natal, tio Jake!

– É Natal, meus queridos! - Esme gritou, batendo palmas. Nick sorriu ainda mais e veio pulando os degraus, correu e Jacob o pegou no ar. Ele estendeu os braços, derrubando os biscoitos, tomando o tio e Ness num abraço forte. Agora, pareciam uma família, ainda mais.

(...)

Após cinco anos a família Cullen estava reunida novamente. Faltava à presença do grande ursão, mas ele estava presente na memória de todos da sua família. Emmett seria lembrado eternamente pelos Cullen, ninguém nunca o iria substituir. Assim como Rebecca e Paul seriam sempre lembrados por Jake e Nicholas.

Cada Natal que se passasse, tanto para os Cullen, quanto para os Black, nunca seria de fato um Natal completo. Ambas as famílias deveriam seguir sua vida, superar suas perdas e acima de tudo serem felizes. Pessoas tem que ir, para que outras possam chegar. Talvez, a dor pela perda de seus entes queridos, seja um dos principais motivos da aproximação de Jacob e Renesmee.

Ambos haviam sofrido, e agora precisam aceitar os fatos e seguir adiante. Depois de terem se reunido para a ceia de Natal e terem ouvido o emocionado discurso de Esme e Carlisle, que sentiam-se imensamente felizes pela presença de sua família e tristes com a falta de Emmett, todos se reuniram da enorme e aconchegante sala de Esme.

Agasalhados por conta do frio, e deliciando-se com chocolates quentes feito por dona Esme. Esme estava sentada no tapete brincado com Nick. Realmente ela estava encanta. Ela ainda não tinha netos, mas já considerava-o como um.

Carlisle estava completamente admirado por Jacob. Era tão novo e bem sucedido em seus negócios, e ainda conseguia criar Nicholas com toda a dedicação. Além do mais era um rapaz bonito e educado. Renesmee conversava com Bella e Alice. Jasper e Edward jogavam cartas, e Rosalie, a linda viúva de Emmett, mantinha-se em pé na varanda de casa observando as estrelas.

Rosalie sentia falta de Emmett, principalmente em ocasiões especiais. Ela sabia que sua dor não seria eterna, mas ela faria questão de lembrar dele pro resto da sua vida. Emmett havia a salvado de sua amargura, e ela era eternamente grata por ele tê-la feito tão bem. Tão feliz.

Depois de passar um bom tempo brincando com um joguinho da memória que Jacob havia o dado, Nicholas chegou perto de Esme e deu-lhe um beijo na bochecha e agradeceu por ela ter brincado com ele. Esme não teve palavras, apenas sorriu em resposta, emocionada.

Depois Nicholas correu de encontro a Renesmee que estava acomodada a uma poltrona, ainda conversando com as meninas, e se aninhou em seu peito que alguns minutos depois após receber os carinhos de Nessie, adormeceu. Assim que Nick dormiu, Renesmee o aconchegou em seu colo e subiu as escadas com ele, e o levou para o seu antigo quarto. O depositou em sua cama e o agasalhou.

Admirada vendo seu pequeno anjinho dormir, Renesmee não percebeu quando Esme adentrou o quarto. Sua presença só foi notada quando Renesmee ouviu a voz doce de sua mãe a chamando ecoar pelos seus ouvidos.

– Filha?

Renesmee virou-se para encara-lá e depois caminhar até ela.

– Vê como ele dorme lindamente? Parece um anjo. – falou emocionada ao olhar mais uma vez para Nick.

– Renesmee minha filha, eu estou meio preocupada com você, querida... – começou Esme, receosa.

– Em relação a quê? – Renesmee assustou-se.

– Você não acha que está envolvida demais com essas pessoas?

– Mãe? – Renesmee a olhou, incrédula.

– Você está agindo como se fosse mãe dele, Renesmee. – Esme foi direta.

– Pode ser loucura, mas eu me sinto mãe dele – confessou. – Eu não esperava esbarrar com essa criança no shopping e me apegar a ela tão fácil assim. Mas aconteceu, e hoje eu não me vejo mais, sem ele na minha vida – falou decidida.

– Só o pequeno Nicholas? – Esme arqueou as sobrancelhas para a filha. Renesmee a olhou um pouco insegura e depois abaixou a cabeça.

– Eu me sinto confusa em relação ao Jake, mãe. Em todos os meus vinte anos de vida, nunca senti nada parecido como o que sinto agora. É tudo tão estranho, novo e bom pra mim.

– Renesmee, vocês só se conhecem há dois dias! – Esme exaltou-se, encarando a filha.

– O que isso importa? Você mesma me contou uma vez, que teve a certeza que o papai era o homem da sua vida no dia em que o viu pela primeira vez, no parque de diversões quando você tinha somente dezesseis anos, mãe.

– Seu pai, não tinha uma criança de três anos para criar.

Esme não tinha absolutamente nada contra Jacob e muito menos com o pequeno Nicholas. Mas ela era mãe, e como toda mãe, ela estava preocupada com sua filha. Renesmee podia fingir-se de durona, mas Esme sabia que Renesmee era frágil e não queria vê-la sofrer. Renesmee ficou sem reação, então Esme continuou.

– Renesmee, você é tão nova meu amor, tão linda. Você não tem que quer assumir essa responsabilidade.

Esme não tinha intenção de magoar ninguém com suas palavras e muito menos imaginava que Jacob ouvia toda a conversa atrás da porta. Ele não havia feito de má intenção. Havia subido para encontrar Renesmee e ajuda-lá com Nick quando escutou Esme discutir baixo com Nessie.

Sua cabeça encheu-se de informações e ele não sabia o que fazer com tudo aquilo, então resolveu sair dali antes que alguém o visse. Com o coração apertado e a mente fervilhando com as palavras de Esme.

– Mãe – Renesmee aproximou-se mais da mãe, para que pudesse olhar melhor em seus olhos verdes. – Você abriria mão de mim?

Essa pergunta havia pego Esme de surpresa.

– Claro que não, Renesmee - respondeu Esme, convicta.

– Por quê? – Renesmee insistiu nas perguntas.

Esme não compreendia onde ela queria chegar.

– Por que você é minha filha, é parte de mim.

– Então não me peça pra abrir mão deles mãe, eles também fazem parte de mim agora. Enfim me sinto viva de novo, depois de cinco anos, eu sou a Renesmee de novo, sou a Nessie do Nick.

Naquele momento Esme se encheu de orgulho de sua filha. Ela não era contra, apenas queria ter certeza de que ela estava fazendo o certo. E agora ela sabia que sim. Então ela sorriu e fechou os braços em torno da filha a acolhendo.

– Oh Nessie, me desculpe – pediu Esme, sinceramente.

– Tudo bem mamãe. Só quero que me entenda.

– Eu entendo, filha – disse a soltando. – Eu fico tão feliz por você, meu amor.

– Obrigada – Renesmee sorriu. – Agora preciso encontrar o Jake, o papai deve estar o constrangendo com todas as suas perguntas.

Esme sorriu e assentiu. Renesmee caminhou até a porta onde parou e olhou para a mãe. Ambas ainda sorrindo uma para a outra.

– Você vem?

– Não, vou ficar aqui admirando o meu netinho – Esme sorriu, docemente.

– Mãaaae! – Renesmee corou e depois saiu, deixando Esme velar o sono do seu pequeno. A tal conversa deixara ambas aliviadas.