15x15: Desafio de Gênios - Interativa escrita por Camicazi


Capítulo 2
Tem alguma coisa muito errada aqui


Notas iniciais do capítulo

Aí está o capítulo prometido! Boa leitura :D
(Leiam as notas finais)



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As fortes luzes brancas se acenderam em todos os trinta quartos, iluminando diretamente o rosto de cada uma das pessoas ali. Ao mesmo tempo, o bracelete de metal que todos usavam foi ligado, primeiramente com uma luz azul, mas depois em uma tela de bloqueio, pedindo uma senha. Todos foram acordados ao mesmo tempo.

Quarto 6-A

Assim que abriu os olhos, a primeira coisa que Leo pensou foi "fiquei cego".

Uma luz fortíssima apontada diretamente para seus olhos o fez piscar várias vezes seguidas. Ao tentar levantar, se sentiu tonto e enjoado. Sua visão continuou embaçada por alguns minutos, o fazendo acreditar que realmente estava cego. Enquanto esperava os olhos voltarem ao normal, pensou em que tipo de idiota acordaria alguém com uma luz na cara.

Leo pensou em Connor e Travis. Talvez fosse uma de suas pegadinhas. Mas... Não, não era o estilo deles. Alguém talvez tivesse esquecido um abajur ligado na cara dele... "Não", ele sacudiu a cabeça. "Duvido que exista um abajur tão forte. Além disso, que belo lugar pra esquecer uma coisa assim, não é?". Descartou a possibilidade na hora.

É, nenhum de seus amigos poderia ter feito isso. Imaginou que poderia não estar em casa...

...E acertou. Quando os pontos brancos pararam de atrapalhar sua visão, ele deu de cara com um quadro cheio de fotos. Mas eram... Fotos dele? "Como assim, produção? Isso não estava no roteiro".

Saiu da cama com um salto, ficando meio zonzo de novo, mas ignorou. Chegou mais perto para tentar entender por que aquilo estava ali. Imagens dele dentro do Bunker, no chalé de Hefesto, treinando com Jason... Algumas em lugares que ele nem se lembrava de ter ido. E bem no centro, algumas linhas de texto:

6-A

Leo Valdez. 15 anos. Muito habilidoso com máquinas. Produz fogo com as mãos. Pensa rápido em situações urgentes.

Itens adicionais: cinto de ferramentas.

6-B

Anne Watanabe. 15 anos. Memória surpreendente. Entende de máquinas e armas. Realiza qualquer cálculo rapidamente.

Itens adicionais: ---------

Mas o que...?” ele pensou. “Tem alguma coisa muito errada aqui”.

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Quarto 9-A

Shinra ainda estava tonto. Mas não mais por causa da luz – agora o motivo era o que estava escrito no quadro, além de todas aquelas fotos. Não se lembrava da foto em que dormia sobre um livro, nem da que ele e Celty estavam sentados no chão com um computador. Não se lembrava de metade daquilo. Então como aquelas coisas foram parar ali??

Ele olhou em volta, tentando manter a calma. Não reconhecia aquele lugar. Parecia a sala de um hospital – as paredes eram brancas, os lençóis da maca no centro do quarto eram claros, havia um copo de água sobre um criado mudo. Não entendia como tudo aquilo podia ser tão familiar e ao mesmo tempo tão estranho.

Olhou para o próprio corpo. Não estava vestido com as roupas que se lembrava de ter colocado. Vestia um macacão todo preto e bem justo. Em seu peito, “9-A” estava escrito com grandes letras brancas. E havia ainda o bracelete de metal bem apertado em seu pulso. Esse bracelete... Algo nele chamava a atenção de Shinra.

Ao prestar mais atenção nele, viu uma tela toda preta com uma barra branca no centro e os dizeres “insira sua senha”. Se antes estava confuso, agora que não estava entendendo nada mesmo!

Pegou a água, tomando tudo em um segundo, e jogou o copo vazio na cama, indo procurar por uma saída. Deu a volta da cama, olhou atrás do quadro, passou as mãos pelas paredes... E nada. Ou seja: estava preso em um quarto sem nenhuma porta ou janela, com uma dúzia de fotos que nem sabia que existiam, sem suas roupas normais e sozinho. Sem esquecer da maldita luz branca que ainda estava acesa sobre ele. Legal.

Quando já estava desistindo, reparou em um papel grudado na lateral do criado mudo. Bateu na própria testa em um fortefacepalm, sem acreditar que não o tinha visto ali antes.

Shinra puxou o papel e sentou na maca para ler. Eram duas páginas com um texto divido em tópicos. No topo da primeira página estava escrito “regras”, as letras em negrito, com seu nome logo embaixo junto da data – cinco dias depois do que se lembrava.

Já da terceira linha até o fim do parágrafo, ele entendeu porque estava ali. E não gostou nem um pouco.

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Sala das câmeras

Teri: Eu achei que isso fosse mais rápido – sussurrou a garota, abraçando as pernas sobre a cadeira. Encarava uma enorme televisão em sua frente, com cenas ao vivo dos trinta quartos.

Carrie: Eu também... Os papéis não estão tão difíceis de encontrar.

Renn: A maioria já encontrou – observou ele, tocando na tela da TV sobre a imagem de um dos quartos. O vídeo daquele quarto se expandiu até ocupar quase todo o espaço – só falta esse cara...

Carrie: Parece que ele acabou de achar – ela disse.

O garoto no vídeo tirou os papéis escondidos do lado da cômoda e começou a ler, sem nem sentar. As mudanças em sua expressão faziam Katie e Carrie rirem. Em um segundo passou de curiosidade para espanto. Em seguida, dúvida. Ele olhou em volta procurando por alguma câmera escondida, pensando ser uma pegadinha, mas não encontrou nada. Ao voltar a ler, seu rosto estampava indignação.

Já no final da segunda página, estava cheio de desdém. Olhou ao redor, procurando mais uma vez alguma câmera. Ao perceber que não encontraria nada, olhou para o bracelete de metal. Um pouco relutante, colocou a senha que estava escrita no final no papel.

Ao ver que aquilo deu certo e que era de verdade, parou de lançar olhares desconfiados para as paredes e começou a ficar desesperado, passando as mãos pelo rosto e pelo cabelo. Como se só agora acreditasse no que o papel dizia. Vendo a cena, Teri escreveu alguma coisa em sua prancheta.

Rae: Ele não está com medo de morrer – disse, sem tirar os olhos do vídeo.

Katie: Não mesmo. Não se encaixa no perfil dele.

Rae: Ele está com medo por outra pessoa... – no mesmo instante que ela disse isso, o garoto correu até o quadro de fotos na parede, como se confirmasse o que a loira dizia – ele acha que alguém querido pode estar aqui também, e segundo o papel que ele acabou de ler, isso significaria que essa pessoa tem uma grande chance de morrer. Anotou isso, Teri?

Teri: Com certeza – ela tirou os olhos da prancheta e voltou a observar o garoto.

Carrie: Isso é interessante... – ela ajeitou os óculos.

Renn: Acho que já podemos abrir os quartos – ele olhou para Rae – todos eles já leram as regras, está na hora de se conhecerem. Está bem?

Ela pensou um pouco, ainda observando a tela. Por fim, disse:

Rae: Certo. Pode abrir para o pátio.

Rae apertou um botão que fez a televisão subir, revelando uma parede de vidro preto. Do outro lado do vidro, no andar de baixo, havia um enorme pátio redondo dividido em dois lados por uma parede branca, um lado com 14 portas e o outro com 16. Eles assistiriam tudo sem serem vistos – e o melhor, sem nem precisar de câmeras.

Renn: Lá vai.

Ele pegou um celular que estava em seu colo, digitou um número e ligou. Ao mesmo tempo, trinta portas foram abertas no andar de baixo


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo ficou meio pequeno... Desculpem por isso! É que nem todas as vagas foram ocupadas, então eu ainda não podia apresentar os personagens. No próximo capítulo, as duplas vão se conhecer, então eu preciso de todas as fichas... Os personagens disponíveis são Yuu (Strength), Neji, Inukashi, Shinra, Hinata e Nico.
Ok, então :3 espero que tenham gostado! Até o próximo capítulo o/