–JAMES!! – Gritou Harry, se pondo em frente ao filho. – VOCÊ ESTÁ LOUCO? PIROU DE VEZ, FOI? O QUE VOCÊ ESTAVA PENSANDO EM FAZER? ABAIXA ESSA VARINHA AGORA!

James encarou o pai por alguns segundo e baixou a varinha, colocando-a dentro do bolso de sua calça. Pode-se ver Ron, Gina e Hermione vindo em direção ao três. Hermione e Gina acudiram Hugo do chão.

–O que deu em você? – Perguntou Harry ao filho. James não respondeu nada, apenas baixou a cabeça. Harry o pegou pelos ombros e sacudiu-o. – O que deu em você, James?

O moreno soltou-se do pai caminhando em direção a porta de sua casa. Quando entrou viu seu irmão, sua prima e Scorpius, os ignorou, mesmo com Alvo o chamando. Subiu as escadas com passos pesados, entrou em seu quarto batendo a porta com toda sua força.

Pegou um porta lápis e o jogou contra parede. Ele estava completamente fora de si.

–Quem ele pensa que é? – Gritou James a si mesmo, jogando tudo que estava em cima de sua escrivaninha para o chão. – Ahhh... AQUELE IDIOTA! – Falou jogando-se na cama.

Em minutos depois, seu pai entrou dentro de seu quarto, o olhar era “severo”. James revirou os olhos:

–Uma vez se batia na porta. – Falou ele com os braços cruzados, ainda deitado na cama.

–Uma vez você costumava a me respeitar. – Rebateu Harry severo.

–De boa, pai, não quero conversar. – James falou, levantando-se indo em direção a porta do seu quarto. Mas Harry pegou em seu braço o fazendo parar.

–Nós. Precisamos. Conversar. – Falou Harry em pausa. – Mesmo que seu orgulho não queira.

–Ta bom... Desembucha! – Falou James indo em direção a janela de seu quarto, olhando a neve cair lentamente do lado de fora.

(Coloquem a música)

–Onde você estava com a cabeça, James? – Harry quase gritou, James baixou a cabeça, ainda encostado na janela. – Você parou para pensar no que iria fazer? Você ia matar seu primo! Qual é seu problema, meu filho? – James não falou nada, Harry prosseguiu. – Está sendo imaturo! James você já tem 20 anos, 20 ANOS, e age como se não tivesse nem a metade disso. Você não sabe como me decepcionou, meu filho. Sua mãe está lá em baixo, chorando, e se perguntando “Onde foi que eu errei?” e eu, James, não estou muito diferente dela. – Harry parou de falar, com um certo arrependimento, olhou direito para o filho que nesse momento limpava uma lágrima de seu rosto.

Harry caminhou até o filho que era uns 20 centímetros mais alto que ele. Pousou a mão sobre o ombro do filho mais velho, que estava de costas para ele. James virou-se com os olhos brilhando, por conta das lagrimas, tirou a mão do pai sobre seu ombro. E caminhou até sua cama, sentando, com os cotovelos sobre as coxas.

–Desculpe-me papai,- Um nó se envolveu sobre a garganta de Harry, James nunca o chamara assim. – Desculpa se não cresci de acordo com seus planos... Eu sempre quis te encher de orgulho, mas nunca era suficiente para você.... – James limpou as lágrimas que caiam seguidamente de seus olhos, Harry não estava diferente. – Sabe, pai, dói quando você me desaprova... Eu tento não pensar sobre a dor que eu sinto por dentro...Você sabia que costumava ser meu herói? Todos os dias que você passou comigo... Agora parecem tão distantes... E parece que você não se importa mais... Sabe porque estou agindo assim? – Harry mexeu a cabeça negativamente, e James prosseguiu. – Porque Lily, foi a única nessa família que sempre me deu apoio, que sempre esteve do meu lado... Enquanto o Alvo sempre fora o perfeitinho e o inocente. Enquanto você e a mamãe paparicavam aquele “lá”, Lily acreditava na minha palavra... Acreditava que eu podia, ela tinha fé em todas as minhas metas... Enquanto você e mamãe sempre diziam a mim, que eu nunca iria conseguir, porque era sonhar alto demais... Sabe, pai, eu cresci vendo o Alvo sendo o preferido, e eu o culpado, e agora eu temo... Porque eu estou com medo de perder a pessoas que eu mais amo para Hugo!

Harry tirou seus óculos limpando com as costas da mão, seu rosto. Porque tudo que James falara era verdade, ele se sentia podre, se sentia o pior pai do mundo. Onde aquele orgulho todo o levou? Poderia mesmo James o perdoar? Poderia ele, se tornar alguém melhor?

–E-eu não sabia que se sentia assim? – Harry falou em gaguejo.

–Talvez você nunca soube, porque no fundo nunca se importou de verdade, pai. – James falou levantando-se e indo em direção a porta de seu quarto, a abrindo. – Agora... Se não se importa, quero ficar sozinho? – James fez sinal para que o pai saísse.

Antes de Harry sair, olhou para o filho, que mantinha o olhar triste, Harry esticou o braço, e limpou com o polegar uma lágrima do filho, que com o toque do pai fechou os olhos.

–Eu te amo, meu filho! – Falou Harry com a voz tremula. James apenas baixou a cabeça. Então Harry saiu.

James bateu a porta, e chutou o lixo, fazendo bolinhas brancas de papel esvoaçarem para todo seu quarto.

Jogou-se novamente na cama, e deixou as lágrimas descerem em seu rosto. Com um grito de raiva, Lily entrou em seu quarto. Ela se aproximou da cama:

–James? – Ela falou um pouco espantada.

–SAAAAAI DAQUIIII!!! – Gritou ele jogando um travesseiro nela, mas ela o desviou. – SAAAI! – Ele gritou com a voz gravemente chorosa. Ela não falou nada. Apenas se aproximou mais do irmão, que chorava. Ele estava de joelhos, na cama, e todo encolhido. Subiu na cama, e colocou a mão no cabelo bagunçado dele. Logo depois disso, ela o abraçou, meio desconfortavelmente. Ele passou o braço pela cintura dela. (N/A.: Gente eu imaginei o abraço deles como aquele do Harry e da Gina, em HP 6, naquela parte que o Dumbledore morre, e ela vai consolar ele... Só que aqui o James e a Lily estão ajoelhado em cima da cama =D).

–James o que houve? – Ele levantou a cabeça, e ela limpou as lágrimas dele com suas mãos.

–Se eu contar... Você nunca mais vai olhar para minha cara, Lily... – James falou.

–Me conte... – Ela insistiu com a voz calma.

–E-eu quase matei o... Hugo! – Ele falou encarando as mãos.

–Você o que? – Ela perguntou com uma certa raiva em sua voz.

–Você ouviu, não vou repetir...

–Porque fez isso, James?- Perguntou ela.

–Porque... Porque... Eu não quero te perder, pequena! – Ele levantou a cabeça, e a encarou.

–James... Você nunca vai me perder... Sou sua irmã, mais do que isso, sua melhor amiga... SOU SUA PEQUENA. – Falou ela sorrindo. O fazendo sorrir também.

–Não tem sido fácil, Lily... É difícil para mim, ver que minha pequena, agora não é mais tão pequena assim...-Lily riu.

–Eu sei, deve ser difícil... – Ele a abraçou. Lily sorriu, e sussurrou. – Eu te amo tanto, James...

–Também te amo baixinha... Muito! – Eles se soltaram. – Você me perdoa?

–Pelo que? Por ter agido que nem um babaca, por ter quase matado o pai do meu filho(a)? – Ela falou irônica, e ele riu.

–Por tudo... – Ele falou olhando nos olhos dela. Ela sorriu e assentiu. Ele sorriu também.

–Claro que perdoo, seu bobo.

Ele deitou e ela apoiou a cabeça contra o peito do irmão, que acariciou levemente seus cabelos.

–Sabe... Eu não faria aquilo de verdade... – James falou.

–Aquilo o que?

–Ah... Você sabe, né... O Hugo! – Lily riu.

–Eu sei que não faria, mano. Você gosta muito de Hugo, para mata-lo. – Ela brincou. Ele sorriu.

–Eu to falando sério Lily, eu nunca iria me perdoar se eu o matasse, se bem que seria uma troca justa, não?

–Como assim?

–Bem ele te engravidou, nada mais justo do que tirar a vida dele. – Brincou James, Lily mexeu a cabeça negativamente.

–As vezes suas brincadeiras me assustam! – Eles riram.

Um silêncio se instalou sobre o quarto, nada era preciso ser dito, eles se compreendiam de um jeito tão... Bom!

–Papai veio falar comigo... – Começou James. – Sabe... Até que foi bom, porque eu falei tudo que estava sentindo para ele... Coisa que eu nunca fiz.

–Se sente melhor agora? – Perguntou Lily.

–Sim, bem melhor na verdade. Não é tão ruim assim, como eu imaginava... Mas eu me sinto mal por ele.

–Porque? – Lily indagou.

–Ah sei lá... Eu acho que joguei de mais as verdades na cara dele.

–Acho que você não deve se sentir mal, por isso, James... Você sabe que eu nunca gostei do jeito como mamãe e papai te tratavam... E acho que com você falando isso, eles caiam na real.

–Tomara. – Torceu James.

–James, eu estou muito cansada, eu acho que vou me deitar, de novo, pode me ajudar? – Lily perguntou.

–Claro.

Eles foram até o quarto da garota, ela se trocou no banheiro, enquanto James ligava o lençol térmico. Voltou e se enfiou de baixo das cobertas, James sentou-se do lado da garota, beijou sua testa, e sussurrou:

–Te amo, baixinha, perdoe por ter agido como um idiota com você. – Ela piscou para ele e sussurrou de volta.:

–Também te amo, cabeçudo.

Ele levantou e saiu do quarto da irmã, não queria ir para o quarto, então desceu as escadas e encontrou Hugo sentado no sofá, sozinho.

–Hugo...? – O garoto que estava sentado, virou o rosto para traz, mas logo votou a olhar para frente, ignorando James.

James foi até o sofá e sentou-se do lado do primo, que tinha um saquinho cheio de gelo pressionado contra o canto da boca.

–Olha eu vou ser breve... Você me perdoa? – Falou James. Hugo riu irônico.

–Perdoar por você ter quase acabado com minha vida?

–É.

–Claro que sim. – Falou Hugo.

–Só isso? Vai me perdoar assim, não vai me xingar, não vai querer jogar verdades comprometedoras contra mim? – James perguntou.

–James eu engravidei sua irmã, é o mínimo que posso fazer. – Brincou Hugo.

–É, você tem razão! – Os dois riram. James estendeu a mão para Hugo. – Cunhados? – Hugo riu, e apertou a mão de James.

–Cunhados.

Personagem:

Chace Crawford as Hugo Weasley: