A Irmã dos Winchester escrita por BlueBlack


Capítulo 14
Descoberta.


Notas iniciais do capítulo

Obrigadaaaaaaa! Seus leitores divos! 9 comentários! Ta, n é MUITO, MUITO, mas pelo menos vcs fizeram o que eu pedi.

Cap. para McQueen, especificamente, que disse odiar o fato de Adam ser um demônio.
Ah! Esse negócio de "anteriormente" e "agora" é pq eu n gosto de colocar no nome do cap. " parte 1 e 2" mais de uma vez...

Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/452892/chapter/14

Anteriormente...

– Droga! – murmurou.

Lembrou-se do que acontecera tão detalhadamente que teve a impressão de sentir a mesma dor que sentiu quando caiu.

– Ah! Que bom! – o demônio entrou na cabana. – Você acordou! Isso quer dizer que podemos começar! – ele retirou uma faca do cinto.

Agora...

– O que você quer? – Kate perguntou entre dentes.

– Só o que os outros querem também... você morta.

– Por quê?

– Ora, porque você é perigosa!

– Ah, por favor! Eu nem cheguei a mover um carro...

– Você nem sabe do que é capaz, né?

– Como assim? – ela estava ficando assustada com o tom que ele usava.

– Seus irmãos não te contaram? Tsc, tsc, tsc, tsc, tsc, isso não se faz. Guardar segredos é muito feio!

– Diz logo o que você quer dizer com isso, idiota!

– Calma, apressadinha. Eu já volto. – ele disse e saiu.

Ela revirou os olhos.

A garota aproveitou a ausência dele e tentou tirar o celular do bolso de trás. Sucesso! Ela o pegou e como sempre mandava mensagens, conhecia seu teclado como se ele fosse sua mão. Pensou no que escrever. Não daria tempo de contar tudo, então só colocou o nome do restaurante em que almoçara com “Adam”. Kate não tinha muitos contatos, por isso Dean era o primeiro da lista por seu nome começar com “D”. Enviou a mensagem e escondeu o celular atrás de si.

Procurou uma maneira de fugir, mas pra começar suas mãos estavam muito presas. “Queria ter a habilidade de Dean pra me soltar sozinha”, pensou. Depois... ela não conseguia andar com o tornozelo machucado. “Odeio esta situação!”, esbravejou mentalmente.

O demônio voltou.

– Que bom que ainda está aí! – disse cínico. – Vamos começar?

– O que vai fazer comigo? – ela perguntou.

– Bom, depende. Se você me disser onde está a Pedra Negra eu te deixo ir. Caso contrário, eu vou te enfraquecer até você não ter mais forças pra usar contra nós.

– Pedra Negra? Que diabos é isso?

– Não me faça de idiota!

Ela cerrou os dentes e fez com que uma das facas que estava presa na parede voasse na direção dele, acertando seu braço. Ele olhou para o objeto preso em sua pele e depois pra ela.

– Você está começando a me irritar! – puxou a faca com força do lugar e a largou.

Ele foi até Kate e desamarrou suas mãos, mas antes que pudesse pegá-la e coloca-la na mesa, ela usou a mão direita para lhe dar um soco e se levantou.

– Quero ver conseguir fugir... – o demônio disse sorrindo.

A garota se virou para a porta e tentou abri-la. Trancada. Chutou-a, mas nada aconteceu. Chutou mais vezes e quando conseguiu abri-la mais dois demônios a agarraram do lado de fora. Eles eram grandalhões e fortes. Kate sabia que era idiotice tentar lutar contra eles.

– Você escolheu a segunda opção. – o demônio foi até ela e lhe injetou alguma coisa. Ela logo desmaiou outra vez.

–---------------------------------------------------------------------------------------

– O que tem o espírito?- Sam perguntou.

– Ele... sei lá! Só... estou com um mau pressentimento. – Dean estava nervoso.

– Sobre quem? – perguntou impaciente.

– Kate! Essa porcaria aí não funciona, não? – se referiu ao aparelho de Sam.

– Dean, eu estou tentando! E aliás... – nesse momento o celular do mais velho tocou. – O que é?

– Mensagem. Leia. – deu o aparelho para o outro.

– Ahn... é o nome de um restaurante.

– Quem mandou?

– Kate...

– Por que ela mandou isso?

– Eu não sei, mas acho que é melhor irmos até lá. – quando disse isso o loiro acelerou bastante.

Chegaram no restaurante e procuraram pelo Camaro branco de Adam. Nada. Foram para dentro do estabelecimento e procuraram por eles. Dean perguntou à balconista e ela disse que não viu nenhum deles. Disse que perguntaria aos outros funcionários. Ela foi e demorou a voltar.

– Desculpe, mas ninguém os viu. – ela disse.

– Tudo bem, obrigado pela atenção. – Sam disse e já ia sair, mas Dean o segurou pelo casaco.

– Ahn... tem certeza de que nos os viu? – perguntou desconfiado e ela negou. O mais velho a encarou. – Cristo. – sibilou e os olhos dela logo ficaram pretos.

– Saiam daqui! – ela mandou.

Dois funcionários, quero dizer, demônios foram para o lado dela.

– Sam, ele era um demônio. Adam era um demônio. – Dean esclareceu já tirando sua faca do cinto.

–---------------------------------------------------------------------------------------

A garota já havia acordado há um tempo. Ela estava amarrada à mesa de metal que vira e o demônio estava mexendo em alguns objetos de tortura.

– Você falou sério quando disse que sentia inveja dos Winchesters? – ela perguntou.

Ele a olhou sem levantar a cabeça.

– Meu pai parece que prefere mais a eles do que seus próprios filhos.

– Mas... Lúcifer está no inferno.

– Aaaaa, que maldade me lembrar disso... – o Diabo falou na mente dela, aparecendo ao lado da porta.

– É! Eu sei! Mas mesmo assim! Então, vai me dizer?

– Dizer o que?! – ela perguntou e ele andou rápido em sua direção.

– Onde está a Pedra! Não me faça de tolo, garota! – ele levantou a faca na direção da barriga dela.

– Espera! – ele abaixou a mão. – Se eu for morrer aqui, preciso saber de uma coisa antes.

– O que? – perguntou impaciente.

– Adam... ele está vivo? Ou você está o possuindo desde o começo?

– Lamento dizer que ele está vivo. Ele está dentro de mim e está gritando seu nome. Sabe, ouvir seu nome tantas vezes irrita!

– Quando você o possuiu?

– Pouco antes de você ter ligado pra ele e pedido para que fosse até onde você e o anjo estavam mais cedo. Chamar você pra almoçar era só para te afastar dos Winchesters. Eu teria prolongado o tempo de plano se você tivesse aceitado sair da cola deles.

– Odeio você. – ela murmurou. – Sam e Dean logo vão chegar e você não vai sair vivo.

– É, já ouvi dizer que eles são bons, mas eles nunca lidaram comigo. Agora, vamos voltar ao assunto principal. – ele andou até ela. - Onde está a Pedra? – colocou a ponta da faca que segurava no queixo de Kate.

– Eu nem sei que Pedra é essa. – ela disse baixinho.

– É claro que sabe! – Lúcifer disse e ela o ignorou.

– Não sabe da onde veio seus poderes?

– Como assim?

– Essa é a pergunta que você mais me fez até agora. Acha mesmo que você tem esses poderes por causa do sangue da sua família?

– E não é?

– Ora, claro que não! Você tem uma história, garota. – ela estava confusa e ele percebeu isso. - A lenda da Pedra Negra. Da mulher que bebeu a água enfeitiçada com essa pedra e teve uma filha que nasceu poderosa!

– Pera, tá dizendo que existe uma lenda sobre mim?

– É mais sobre a Pedra, mas você está nela. – ela ainda não entendia. Ele bufou. – Já vi que vou ter que te contar uma historinha.

“Havia uma mulher de uns 50 anos que trabalhava em uma loja de joias. O homem que a ajudava sempre pegava mais do que a metade do dinheiro que conseguiam nas vendas. Ela era uma bruxa, mas não gostava disso, apesar de que um dia ela teve a ideia de criar sua própria pedra e vendê-la em anéis. Ela fez isso e deu muito certo. Tanto é que ela logo saiu dá loja em que trabalhava e foi para outro lugar, criando mais e mais pedras diferentes. Ela escolheu o lugar com cuidado para não correr o risco de ser roubada ou de ter poucos clientes. Um lugar que ela apreciava muito era uma cachoeira que ficava há mais ou menos 100 metros da praia. Ela montou uma barraca entre esses dois lugares e começou a vender. Depois de uma semana ela já tinha faturado bastante e continuava com isso. Um dia ela levantou da cadeira e balançou a barraca, uma pedra preta que estava na ponta caiu no chão e rolou até a cachoeira. A mulher foi procurar, mas não encontrou nada e deixou pra lá, pois poderia fabricar outras. Mas por algum motivo as pedras que ela criou a partir daí não saiam como as outras no começo. Elas ficavam sempre o contrário do que ela queria. Ela faliu e não pôde voltar para a loja em que trabalhava antes. A pedra que ela perdeu foi feita de uma maneira diferente das outras, com um liquido a mais: sangue de anjo.”

– Diz a lenda (dos humanos), que a pedra ficou presa entre duas rochas na cachoeira e que a água foi contaminada com a magia dela. Lílian e John foram para essa cachoeira uma vez e beberam da água além de terem feito outras coisas também. – ele sorriu malicioso. – Sua mãe só não ficou como você porque a profecia diz que a garota teria que beber da água até os seus 17 anos.

– Profecia? Há uma profecia?

– Sim. A lenda que os humanos escutam vai só até a água contaminada. Nós do mundo sobrenatural temos uma profecia que é cumprida por você.

– E o que mais diz essa profecia?

– Por que você quer saber? – perguntou. – Vai morrer mesmo! – disse indiferente.

Começou a torturá-la das piores maneiras.

–---------------------------------------------------------------------------------------

Os Winchesters mataram os demônios que estavam no local e se viraram para os clientes. Sem saber o que falar, simplesmente saíram. Quando estavam perto do Impala, um velho de mais ou menos uns 70 anos foi atrás deles.

– Ei, ei! Esperem! – ele gritava sem dentes. – Eu... eu sei pra onde eles foram. – estava sem fôlego.

– Como? Como você sabe? – Dean perguntou.

– Sou um caçador “aposentado” – fez aspas. – Eu os vi saindo e seguindo naquela direção. – apontou para a esquerda dos rapazes. – O garoto estava possuído... – murmurou.

– É... isso nós já percebemos. – disse apreensivo.

– Bom, obrigado pela ajuda! – disse Sam.

– Disponha.

Seguiram para o carro.

Depois de um curto tempo de viagem...

– Como acha que Kate reagiu ao saber que Adam estava possuído? – Sam perguntou.

– Mal. Com certeza ela não gostou nada. Ainda bem que aquele garoto não é tão chato!

– Era. Adam pode estar morto e o demônio só usou o seu corpo para chegar à Kate.

– Talvez... Droga! – ele freou subitamente. Pisou tão forte no freio que Sam foi para cima do painel. – Sam, tudo bem?

– É... tô sim. – respondeu rouco.

– Quem mandou não usar cinto de segurança?

– Vai se ferrar! – se encostou ao banco outra vez. – Por que você parou desse jeito?

– Olha lá. Duas ruas. E aí? Pra onde vamos?

– Ahn... esquerda.

– Por quê?

– Porque sim. Vai logo! – o loiro revirou os olhos e seguiu nessa direção.

Pouco depois, Sam reparou em marcas de pneus e em um carro.

– Espera, Dean. Olha isso. – apontou.

– De quem é? – perguntou e sem esperar pela resposta, saiu do Impala junto ao irmão.

– Este carro é do Adam! – Sam olhava em volta tentando achar alguma pista de pra onde eles foram. Até que viu a mancha de sangue. O sangue que escorrera de Kate quando ela pulou do carro. – Dean, sangue. – avisou indo até a beira do mato.

– Merda! – gritou o mais velho olhando para a mancha. – Kate, onde você se meteu? – disse isso mais com um tom irritado do que preocupado.

– O que acha de entrarmos?

– Na mata? Bom, o carro e a mancha de sangue nos diz que esse é o lugar mais óbvio em que ela pode estar.

– Beleza, eu vou pegar umas coisas no Impala. – Sam disse.

Quando ele saiu, Dean olhou para frente. “Você precisa se meter em confusão?”, pensou. Sam voltou, lhe entregou algumas armas e eles entraram na floresta.

Depois de muita caminhada Sam parou e disse:

– Pera aí, Dean. Nós já rodamos tudo e ela não apareceu. Não acha melhor voltarmos?

– Acha mesmo que ela vai estar parada em algum lugar esperando por nós? Ela pode estar presa e aliás... está com demônios. Vai saber o que estão fazendo com ela!

O mais velho deu três passos e o outro o agarrou pela blusa.

– Olha por onde anda! – avisou e apontou com a cabeça um barranco. O mesmo barranco em que Kate rolou.

Dean olhou e observou com atenção. Havia marcas tanto no começo da descida quando ao longo dela.

– Vem, vamos descer. – disse sem tirar os olhos do barranco.

Eles desceram e não viram nenhuma pista de onde a menina poderia estar. Olharam o chão, ao seu redor...

– E agora? – Dean perguntou.

– Sei lá. Acho que deveríamos voltar pro carro e seguir pela outra estrada.

– Isso é errado... – Lúcifer, na mente de Sam, estava parado ao seu lado. – Kate está aqui sim, Sam...

O moreno queria ignorar o que ele dizia, mas a necessidade de achar sua irmã era maior. Sem olhar para ele, perguntou:

– Onde? – Dean o encarou desentendido.

– Numa cabana... E ela não está nada feliz.

– Que cabana? Leve a gente lá! – Sam virou-se e ordenou.

– Sam! – o loiro chamou sua atenção. – Tá falando com quem? – não demorou e ele já tinha entendido. – É o Lúcifer, não é?

Assentiu.

– Ele sabe onde está a Kate. – contou e se virou para o Diabo. – Quem está com ela?

– Meus filhos... – disse isso e sumiu.

– O que ele disse? – o mais velho perguntou.

– Que ela está com demônios... – só então se virou para o irmão. - em uma cabana.

Dean entrou no mesmo desespero que Sam.

– Merda!

– Anda, vamos ver se conseguimos seguir algum rastro de enxofre.

Depois de um tempo, eles já tinham achado enxofre e estavam seguindo a trilha.

– Nós sabemos por que querem a Kate, não sabemos? – Sam perguntou atrás de Dean.

– Porque ela tem poderes. – respondeu.

– Pois é, mas já parou pra pensar em o que eles fariam com ela se a encontrassem? Quero dizer, eles vão simplesmente matá-la?

– Acho que sim. Afinal, ela é um risco pra eles.

– E para os humanos.

– Ah! Qual é, Sam? Acreditou mesmo no que estava escrito naquele caderno? A Kate não é má e não é um risco para os humanos. – pausou. – Muito menos pra nós...

Eles se encararam até que Sam desviou o olhar para alguma coisa atrás do irmão.

– Ei! Olha lá. – apontou.

Os Winchesters estavam em cima de um barranco. Depois dele, havia uma pequena clareira com uma cabana rodeada de demônios.

– A cabana! - desceram o barranco e se esconderam atrás de uma árvore. – E aí? Qual o plano?

– E se... você matar os demônios e eu entrar pra ver se a Kate está lá? – Sam sugeriu.

– Pode ser. Você vai pela esquerda e eu vou pela direita.

Assim fizeram.

O demônio já havia torturado muito Kate e ela não aguentava mais.

– Por favor... acaba logo com isso...

Ele riu.

– Não. Você merece. Mas como você já me atrasou... – levantou a faca em direção ao peito de Kate, mas parou ao ouvir gritos do lado de fora.

Kate sorriu fraco. O demônio olhou para trás e pra garota.

– São os seus amiguinhos? Vou dar um “oi” pra eles. – saiu e fechou a porta.

Se deparou com os outros demônios todos caídos. Viu Dean lutando com um deles à frente. Começou a andar na direção deles, mas parou ao ouvir o som de galho quebrando ao lado da cabana. Foi até lá cautelosamente e quando ia se virar, Sam passou o braço no pescoço dele e lhe apontou uma faca.

– Demorou, hein? – o de olhos pretos zombou.

– Seu desgraçado! Cadê ela?

– Quase morta...

O rapaz deu a volta na pequena casa e entrou. Kate estava quase desmaiando ou o que Sam mais temia: morta.

– Kate! – gritou.

– E aí, maninho? Por que demorou tanto? – perguntou com a voz rouca, quase falhando.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam da história da Pedra? Ficou boa? E a chegada dela? Muito repentina? O que esperam q vai acontecer?
Bom, fiz perguntas agora vcs têm o que comentar!

Bjs!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Irmã dos Winchester" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.