Procura-se um Sangue Azul escrita por Mia Peckerham


Capítulo 13
Procura-se um vestido azul!


Notas iniciais do capítulo

A gente atrasa, mas entrega! hsuahsuah'
Foi maaaal, pessoas! Acontece que viajei nessas férias, passei uns dias na casa do meu tio, lá em Sorocaba, e até consegui escrever uns rascunhos num caderno velho, mas não consegui digitalizar e postar :/
Again: sorry! ;-;

Esse cap., além de tudo o mais, está "meio b*sta" huhsauhsuah
Na vdd, nada de muito importante acontece durante o desenvolvimento dele. É só porque recebi uma pergunta do tipo "Tá, mas a Erica vai vestir o que no baile?!" e bom, tá aqui a resposta! ^^

Boa leitura :3



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Quase uma semana havia se passado desde que chegara, e Erica só conseguia odiar aquele lugar. Nem todo o brilho dos salões, nem toda a decoração, nem todo o luxo a convencia de que era bom estar ali. Ainda preferia a morte.

Kirk reagira muito bem àquilo. Como sempre, o pequeno via o lado bom em todas as coisas.

– Vai aprender a ser uma princesa, e depois pegamos nosso dinheiro e você chuta a bunda do príncipe e damos o fora, direto para as Ilhas do Verão! – Ele dissera.

Realmente, Erica tinha de admitir que pegar o dinheiro e chutar a bunda do príncipe seriam coisas que ela adoraria fazer naquele exato momento.

– Isso é estúpido e arriscado demais! - Ela gritou sussurrando para o príncipe. Gostaria de ter gritado de verdade, mas não podia fazer barulho enquanto iam para aonde quer que estivessem indo. Ezekiel não dissera muito bem para onde estava a levando.

– E você é muito exagerada... Nem estamos tão longe assim.

Erica achava a distância muito grande. Uma coisa era fugir pela janela do quarto de Zeke, que ficava logo ao lado; outra bem diferente era perambular pelo castelo no escuro depois do "toque de recolher".

– Só acho que não deveríamos estar aqui - ela sussurrou. - Deveríamos voltar para nossos quartos e dormir, ou ir para a árvore treinar qualquer coisa. Só temos mais cinco dias para o baile e eu ainda não sei quase nada sobre a história desse reino...

– Ninguém vai se preocupar com a história do reino - o príncipe disse, parando na frente de uma porta de madeira reforçada com ferro. - Nossas convidadas princesas só vão se preocupar com penteados, vestidos e pó para o rosto. É por isso que estamos aqui.

Ele bateu na porta uma sequência parecida com o toc toc to-toc toc toc com que costumava acordar Erica todas as madrugadas, antes de ela se mudar para o castelo. A lembrança de casa fez com que a garota se perguntasse novamente como tudo aquilo tinha acontecido, e tão rápido, e porque tudo de errado acontecia sempre na vida dela.

A porta se abriu ruidosamente e Ezekiel entrou, carregando Erica pelo pulso, e trancou-a atrás de si.

– Jade...? - O príncipe sussurrou na escuridão.

No fundo da sala uma vela se acendeu quase que por passe de mágica, e depois outra, e outra, e outra, e outra, e várias outras velas até tudo estar claro como o dia. Era uma sala pequena, mas cheia de tecidos de várias cores e tipos diferentes, um tear no fundo, grandes rolos de linha e rocas, e agulhas espetadas em almofadas sobre mesas e cadeiras em toda parte. No fundo da sala uma mulher que provavelmente teria a mesma idade de Erica sorria animadamente. Ela fez uma reverência e saudou o príncipe, que foi até ela arrastando Erica pelo braço.

– Está aqui sua encomenda - ele disse. - Consegue fazer algo para, hm... Dar um jeito nisso? - Ezekiel apontou para Erica dos pés à cabeça com um olhar de dó e desdém que a irritou no mesmo instante.

A mulher deu um tapinha no ar como se não fosse nada de mais:

– Pare de falar bobagens, a garota é linda!

O príncipe riu e virou-se para Erica:

– Não se impressione. Jade acha todas as pessoas bonitas.

– Mas você realmente é, Erica - Jade disse, sorrindo.

– Como sabe o meu nome? E porque eu estou aqui?

Os dois riram juntos. Erica detestava se sentir excluída daquela maneira.

– Não se preocupe. Vou apenas te deixar impecável para o baile - Jade disse com uma piscadela. - Sou uma das costureiras do castelo. Faço a maioria das vestes para a família real. - Ela se dirigiu ao príncipe: - Eu bordei essa insígnia na sua roupa.

– Um trabalho muito bem feito, devo elogiar - Zeke respondeu sorrindo.

– Bem, então vamos ver... Muitas possibilidades. Os seus olhos são azuis?

– Sim - Erica respondeu timidamente.

– Perfeito! Acho que este tecido aqui... Não, não, aquele... - Jade sumiu por entre os rolos gigantescos de tecido e voltou com três retalhos azuis nas mãos. - Qual desses tons a deixaria mais bonita? - Ela perguntou ao príncipe.

Mesmo à luz de velas Erica notou que as bochechas de Ezekiel estavam vermelhas.

– Não sei – ele respondeu, pigarreando para limpar a garganta. – Acho que o azul-turquesa realçaria muito bem a cor dos olhos dela. Ou o azul escuro, talvez...

Dessa vez, foi a vez de Erica de enrubescer.

– Ótimo! – Jade disse. – Vou tirar algumas medidas e depois faço o vestido.

E no segundo seguinte Erica estava cercada por laços e fitas, tecidos e retalhos, e com medo de se mover e acabar espetada por algum alfinete. Enfaixada como uma múmia, enquanto Jade se concentrava nas cores e combinações e Ezekiel ria da cara dela.

Quando foi que conseguimos essa intimidade?, Erica pensou. Ele não está nem disfarçando!

– Prontinho, querida – a costureira disse quando terminou de pegar as medidas. – Agora, me deem mais três dias e farei o vestido mais belo que qualquer pessoa no baile verá!

Jade jogou um manto sobre a cabeça, apagou as velas da sala e sumiu através dos corredores. Erica e Ezekiel ficaram imóveis enquanto se acostumavam com a claridade do local. Quando a luz do luar que entrava pelas janelas já parecia ser o suficiente para iluminar os corredores, voltaram pelo mesmo caminho que haviam feito até ali.

Ezekiel levou Erica até seu quarto e voltou ao dele. Cansado, se atirou na cama e repassou todo o seu plano. Erica iria ao baile como uma princesa, se misturaria com as outras e seria quase impossível que alguém a reconhecesse. Ele a escolheria, mas a rainha negaria sua bênção ao casamento. Ele não se casaria, e deixaria Erica ir embora com o dinheiro que havia lhe prometido.

O príncipe não encontrou nenhuma falha em seus planejamentos, nem mesmo nos detalhes, nem em nada. Erica já sabia quase que o suficiente para se passar por uma princesa, já havia decorado a Valsa Real até de trás para frente e logo teria um vestido digno de uma princesa.

Mas Ezekiel ainda se sentia incomodado com algum problema que não sabia identificar. Talvez estivesse apenas ansioso. Talvez tivesse medo de, na última hora, algo não funcionar como deveria.

Talvez fosse culpa de Erica. Talvez o príncipe não gostasse da ideia de deixá-la partir...

***

– Como assim um vestido? – A rainha indagou à Martin, nervosa, andando para lá e para cá com as sedas de sua camisola se arrastando levemente no chão.

– Passei pelo corredor esta noite e vi duas sombras. Quando as segui percebi que eram Ezekiel e a garota. Eles entraram numa das salas de costura e Jade já os esperava. Pela porta ouvi que a costureira vai fazer um vestido para Erica, que será usado no baile.

– Mas isso não pode ser! Eu jamais permitirei que Erica se case com o meu filho! – O modo como Orla dissera o nome da garota deixava claro que não havia entendimento entre as duas. – Obrigada pelo aviso, meu filho. Tomarei as providências necessárias para que essa tragédia não aconteça.

Martin deixou o quarto de sua mãe e foi para o seu. Não se sentia mais culpado fazendo aquilo do que se sentiria se não o fizesse. Pelo menos isso servia como um consolo. Se ele, Martin Bellafonte, não podia se casar com o amor de sua vida, Ezekiel também não poderia.


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Notas finais do capítulo

Outra coisinha: se houver erros gramaticais/de contexto/frases confusas/coisas sem nenhum sentido por favor me avisem!! :3 Thanks, ppl!!



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