Procura-se um Sangue Azul escrita por Mia Peckerham


Capítulo 12
Surpresas e suspeitas


Notas iniciais do capítulo

COMUNICADO IMPORTANTE: fiz uma cagada! Alguns caps. antes eu escrevi que a Erica era loira... Pois bem, ela não é. Tanto ela como Kirk (o irmão dela) têm cabelos castanho-escuros e olhos bem azuis, mas ela não é loira, não. Me desculpem ;-;
Mas eu vou ver se consigo algumas fotos de pessoas que se pareçam com os personagens (ou pelo menos com o que eu imagino para eles).

E agora, TOP 3 - Perguntas bizaaaarras sobre a fic:

3) "Martin Bellafonte é gay?!"
—->Geeeente asdfghjkljhgfdsaSDFGH
Não, a menos que você queira que ele seja :3

2) "Erica e Baruc tem um caso, não tem?"
—-> NÃO! Me desculpem mas, sério... Definitivamente NÃO! asdfghjklkjhgfdsasdfg'
Eles são muito amigos, só isso. Por Ophélia, não consigo imaginar os dois tendo um caso!!

1) "O rei é um pedófilo que gosta da Erica?! / O rei se apaixonou pela Erica?!"
—-> ESSA É A CAMPEÃ sdfghjklhsasdfghj
Não, gente, NÃO! É claro que a imaginação é do leitor, masssss...
Eu não consigo nem pensar numa coisas dessas kkkkkkkkkkk'

Continuem fazendo essas perguntas BIZONHAS, ou perguntas normais mesmo, do tipo "O que aconteceu com os pais de Erica?", etc...
Se tiver alguma pergunta pra fazer, deixe nos reviews ou no meu tumblr: http://k-r-a-k-e-n.tumblr.com/

Booooooa leitura :3



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Erica fechou os olhos, cerrou os punhos e resmungou entre os dentes:

O que foi que você fez?

Havia poucas coisas que Ezekiel detestava, e quase nenhuma que temia, mas Erica o estava assustando. O príncipe não imaginou que ela reagiria daquela forma quando lhe disse que a tinha livrado da morte.

– Bem, eu acho que salvei sua vida! - Ele retrucou.

– Salvou minha vida? - A garota gritava. Seus olhos estavam avermelhados de ódio, mas Zeke só conseguia reparar em como eram bonitos. - Me transformou numa escrava do seu castelo!

– Era isso ou a morte. - A calma do príncipe só servia para irritar ainda mais Erica. - Não sei por que não está agradecida.

– Esse não era nosso plano! Nosso acordo não envolvia um emprego no castelo! O que eu vou fazer com o meu irmão?

Erica se sentia muito feliz por Kirk não estar por perto para ouvi-los. Ela e o príncipe estavam outra vez sob os galhos nodosos de Notteria. Naquela madrugada haviam treinado a valsa, e Erica até tinha se divertido. Nunca antes havia dançado em toda sua vida, e era realmente difícil visto que não tinha experiência alguma, mas pensava que cada lição que aprendesse com sucesso a deixaria um passo mais perto de conseguir seu dinheiro e as Ilhas de Verão.

Eu quero as Ilhas de Verão, e não um emprego!, pensou.

– Podemos fugir da minha torre juntos todas as madrugadas. Seu quarto no castelo é bem próximo ao meu, posso te buscar em seus aposentos no horário certo e então nós visitamos seu irmão e passamos o resto do dia aqui, na árvore.

– E seus afazeres reais? - Erica arqueou as sobrancelhas. Ezekiel sabia que ela aceitaria sua proposta.

– Elas podem esperar - ele afirmou, sorrindo.

– Tá. E os meus afazeres? - Ela resmungou. Tem tanta teimosia que já não cabe dentro de si...

– Primeiramente, uma princesa não usa o termo "tá". É chulo e inconveniente. E depois, há muitas criadas no castelo. Você não será tão atarefada quanto pensa.

Erica bufou e estreitou os olhos:

– Tem noção do risco que nosso plano esta correndo?

Nosso plano, Ezekiel pensou. Como se ela sempre soubesse o que fazer desde o início...

– Não há porque se preocupar – Zeke afirmou. – Falta apenas dez dias para o baile. Você não vai ter que aturar isso por muito tempo...

– Dez dias – Erica assustou-se. – Nunca vou conseguir aprender tudo em dez dias!

– Há de conseguir. Iremos praticar mais.

– E se eu não conseguir...?

– Se não conseguir, nada de Ilhas de Verão. Portanto é melhor parar de pisar tanto nos meus pés porque, além de ser muito doloroso, a valsa não se dança numa arena.

Treinaram por mais algumas horas, até que o príncipe achou que já deviam estar de volta ao castelo.

– O almoço já deve estar sendo servido! – Exclamou. – Não deveríamos estar tão atrasados!

Só tinham um cavalo, e Erica foi à garupa, o que era muito constrangedor, ainda mais com as ofertas do príncipe:

– Não há espaço na sela para você, e não é seguro andar solta. Pode se apoiar em mim, se precisar.

– Não será necessário. – Erica compreendia que ele só estava sendo educado, mas ainda assim sentia suas bochechas corarem.

Chegaram ao castelo com quase meia hora de atraso. Zeke atou a rédea de seu cavalo ao estábulo e levou Erica escadaria acima através de vários lances de escada para lhe mostrar seu quarto. Ficava logo atrás do de Ezekiel, e era muito mais luxuoso que o quarto das outras empregadas.

– Não vão achar isso estranho? – Erica perturbou-se.

– Vão – Ezekiel deu de ombros. – Mas não creio que alguém vá se atrever a questionar as decisões de um futuro rei... Agora, fiquei aí dentro e calada. Há uniformes iguais aos das empregadas dentro dos armários. Não saia zanzando por aí, pois vai se perder. O castelo é enorme, e cheio de corredores. Devo ir almoçar com minha família. Se alguém entrar aí, finja que está lustrando os móveis e evite conversas muito longas. Volto assim que for possível.

Erica assentiu enquanto via o príncipe virar as costas e sair pela porta.

***

Ezekiel saudou os guardas com um enorme sorriso no rosto. Conseguira salvar a vida de Erica, treiná-la para a Valsa Real – que, diferente das valsas comuns, era típica de seu reino e passada família por família, de geração em geração, durante toda a linhagem Bellafonte, e era cheia de passos complicados e extremamente coreográficos -, dar continuidade ao seu plano, colocá-la dentro do castelo, encontrar para ela um quarto próximo ao seu e chegar apenas 8 minutos e trinta e sete segundos atrasado para o almoço. Tudo isso em uma só manhã...

As portas duplas do salão foram abertas ruidosamente para anunciar a entrada do príncipe, que se curvou e pediu autorização do rei e da rainha para sentar-se à mesa.

Daragh logo se animou com a presença de seu filho favorito, enquanto que a rainha parecia estar com o mesmo humor ácido de sempre.

– Está atrasado novamente, Ezekiel. Onde esteve esse tempo todo? Desfilando por aí nas ruas do reino? Trocando ideias com nossa criminosa?

Zeke mal tinha colocado sua refeição na boca e já havia perdido o apetite.

– Na verdade, Erica recusou-se a aceitar o emprego, Majestade. – Ezekiel detestava ter que tratar os pais como reis. – Como estava ali apenas para cumprir ordens do meu rei, persegui a garota e a trouxe para o castelo.

– Deveria tê-la deixado correr – Orla disse, no ímpeto de sua amargura.

– E trazer essa derrota para casa? E pelas mãos de uma mulher? – O rei riu sonoramente. – Zeke nunca foi de deixar-se vencer. Meu filho tem o meu sangue em suas veias. Não é um derrotado. É um grande orgulho!

O príncipe reparou que Martin o observava com o mesmo olhar malicioso de antes, mas não se manifestou em momento algum. Terminaram o almoço, todos em silêncio, quando Martin pediu licença para se retirar:

– Desculpem-me pela pressa. Tenho tarefas pendentes. Parece absurdo, mas preciso me retirar para escovar a crina do meu cavalo.

Era um código, e Ezekiel sabia disso. Quando pequenos, os três irmãos, Arthur, Zeke e Martin, haviam criado códigos para coisas que precisavam fazer em segredo. Pentear a crina de seu cavalo significava, literalmente, “venha logo aqui e vamos resolver as nossas diferenças, seu bundão”. É claro que, na época, bundão era um forte xingamento... Hoje teriam coisas piores para definir um ao outro.

Zeke esperou alguns minutos e se retirou também, dizendo apenas que já estava satisfeito com a refeição que fizera.

Encontrou Martin em seu quarto, esperando-o. Trocaram longos olhares, todos muito significativos. O olhar malicioso do irmão preocupava Ezekiel.

– Então Erica está entre nós! – Martin ironizou, sorrindo.

Zeke também sorriu como resposta.

– Seria um grande fiasco se essa garota fizesse algo errado no castelo... Depois de tanta proteção que teve... – Martin provocava seu irmão sem nenhuma cautela.

– Ela veio a trabalho. O que poderia fazer de errado?

– Talvez fosse encontrada na cama do príncipe... - Agora o sorriso de Martin sumira e seu maxilar estava contraído. Seu olhar já não era malicioso, e sim repreendedor.

Ezekiel imitou a expressão do irmão:

– De qual príncipe estamos falando?

– Eu não sei quanto a você – Martin disse com frieza -, mas me casarei com uma princesa de um reino muito nobre, que escolherei á dedo daqui a dez dias.

– Eu espero também escolher a dama certa nessa mesma data, Martin – Ezekiel sorriu por estar dizendo a verdade. – Espero sinceramente que seja um baile muito proveitoso.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?
ENQUETE: Martin está agindo como um fresco babaca? E por que sim? UHAUSHAUHSU'



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