The Bodyguard escrita por AloeGreen


Capítulo 16
Capítulo XVI - Cruise


Notas iniciais do capítulo

ÊÊÊ, me!
Mais um capítulo aí que é pura enrolação e eu só quis mesmo escrever a cena em que a Sakura contrata o Shikamaru e o bando dele,rsrs. Esse capítulo era pra ser grandinho mas o sono está me dominando,arg,e eu precisava escrever ele hoje. Amanhã de noite irei postar o próximo! ;)
Beijos!



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Turno: Sakura Haruno

– Ele simplesmente se foi, Ino. Sem deixar recado nem nada. Eu pensei que iria ser diferente depois de ontem, mas...- Há algumas horas que Ino estava aqui em casa. Eu contava para ela a história mas a mesma não parecia satisfeita. Nem mesmo eu estou.

– Ai amiga, eu sinto muito. Sinto-me culpada com isso tudo... Afinal, eu que trouxera a ficha do Sasuke-san.- Um fato; porém, não podia culpar Ino por nada. Ela sempre me ajudara quando eu mais precisava.

– Esquece isso Ino. Acho que já estou acostumada com esses problemas amorosos...- Soltei algumas risadas, mas qualquer um percebia que não havia graça alguma em seu tom. A loira esboçara um sorriso amarelo, enxugando uma lágrima que escorria por minha bochecha corada.

– Ah, Sakura... Você até deixou que ele te tocasse...- Ino continuou acariciando meu rosto, me olhando com a mais profunda pena. Aquilo me doía; eu sempre sou a fraca da história.

Sim, eu deixei que tocasse meu corpo. Que o invadisse por completo; que retirasse com todo o cuidado e o aparente amor. E quando eu não senti seu corpo entrelaçado ao meu nesta manhã, senti que iria desabar.

– Bom, Sakura... Já chega de chorar. Temos que aproveitar esse Domingo, garota!- Ino tinha aquele jeitinho maravilhoso de insistir na felicidade dos outros. Não tive como rir.- Ainda mais amiga, eu queria que você uma surpresa mais legal, tipo, soltar confetes e fogos, mas lembra daquele sorteio na quermesse?- Agora que estava começando a me recordar; era um sorteio que quem ganhava recebia dois ingressos para um cruzeiro. Lembro-me que me inscrevi mas só agora que fui me lembrar disso.

– Sim...

– Eu ganhei, amiga! E como são quatro ingressos...- Ela tinha aquele sorrisinho maníaco nos lábios, apertando os ingressos nas mãos.

– Ah, Ino, eu não acredito!- Levantei subitamente, pulando em seus braços sentindo uma boa vibração emanar de nós duas.

– Assim acho que você consegue tirar uma pessoinha da cabeça, não? A gente resolve as outras duas pessoas depois.- A loira deu dois cutucões amistosos na minha cabeça.

– Sim. Espero que sim...- Abaixei o olhar.

[...]

Os dias passaram mais rápidos que uma bala de canhão; agora, apenas uma semana para o tão esperado cruzeiro que eu iria fazer com a Yamanaka. Concordamos em levar Naruto e Hinata, já que sobravam os outros dois ingressos. O verão estava chegando e eu não via a hora de entrar naquele navio gigantesco. Mas antes, preciso fazer algo.

– Detetive Shikamaru?- Dei dois toques na porta de vidro da delegacia, adentrando o distrito. Vocês devem estar se perguntando o por que de eu estar aqui; fácil, dois dias depois de o Sasuke partir, as mensagens voltaram. Ino dormiu em casa por um bom tempo. Ela via e podia sentir meu medo. E eu simplesmente não poderia dar o descuido de ir aquele navio sem proteção. Nem que eu precise botar uma “verdinha” na conversa.

– Sakura, não é?- O detetive estava sentado de um jeito desleixado em sua cadeira giratória; mas logo quando me viu, tomou providencias de sentar-se como qualquer pessoa normal.

– Sim, vejo que se lembra de mim.- Me sentei frente ao mesmo, com minha bolsa acima do colo.

– Quem não lembraria do alvoroço que seu namorado fez aqui...

– E-Ele não é meu namorado.- Meu coração palpitou no momento que ele pronunciou aquela palavra, “namorado”; rondei minhas mãos pelo pescoço, o massageando.

– Ah, sim.- Tirou da boca a caneta que mastigava incansavelmente.- Mas Sakura, o que devo a honra de recebe-la?- Aquilo em seu tom era sarcasmo? Não, não poderia ser.

– Bom, vamos lá. Aquele cara daquele dia era o meu guarda-costas.- Shikamaru não pareceu se surpreender, mantendo seu semblante de desincha vida.- Eu sei que você pensa que enganamos vocês da polícia, mas eu as pessoas que estão atrás de mim não estão de brincadeira. Vou direto ao assunto: preciso que sua escotilha me assegure que irão me manter a salvo quando eu e meus amigos formos ao cruzeiro nesta sexta.- Shikamaru se acomodou em sua cadeira, entrelaçando uma mão na outra.

– Cruzeiro?

– Sim, minha amiga Ino ganhou ingressos num sorteio.- Expliquei com mais calma.

– E o seu guarda costas? Ele que não deveria estar fazendo este trabalho?- A tensão tomou conta do meu corpo novamente; passei a língua entre os lábios, abaixando o olhar por uma fração de segundos, encarando-o de novo.

– Ele não está mais comigo.- Disse apenas isso; ele não precisava saber todos os detalhes.- Sei que você irá querer um valor mais alto, mas tudo bem então, eu não tenho mais problema com isso.

– Está certo então.- Eu não gostava do jeito de detetive Shikamaru. Ele era tão calmo, tão fiel a si mesmo. Ou talvez eu que seja a medrosa da história.- Eu mesmo e alguns dos meus guardas iremos lhe acompanhar na viagem. Certifique-se de me avisar caso role algum imprevisto antes de adentrarmos o navio.- Pego o cartão com o número dele e da delegacia, o guardando na bolsa. Discutimos mais alguns detalhes de que horas nos encontraríamos no porto e outros pequenos detalhes.

[...]

Nada de interessante se passara na véspera da viagem. Me aproximei de detetive Shikamaru e de sua escotilha, procurando me informar sobre cada um; numa dessas, descobri que o primo de Hinata era um dos seguranças que iriam me cobrir no cruzeiro. Foi realmente difícil de Neji aceitar o Naruto na viagem; já que o loiro, pelo que fiquei sabendo, aprontou com a minha aluna “pura” na casa da mesma. Mas de tanto todos nós insistirmos, ele concordou. Afinal, Hina agora faz parte da nossa pequena família de amigos.

Acordei me espreguiçando, toda sonolenta. O alarme tocou uns minutos atrasados, o que fez eu me apressar. Ino iria passar aqui em casa de táxi e seguiremos para casa de Naruto e de Hinata-chan. Minhas malas já estavam prontas; eram três no total (exagerado?). Liguei a ducha, entrando na água gelada mesmo. Me banhei rapidamente e logo já escolhia uma roupa para estrear no navio. Um shorts vermelho de filetes rasgados na coxa, um top preto e um blusão branco sem ombros que caiam naturalmente no meu corpo. Fui para frente do espelho e percebi que meu cabelo estava já bem crescidinho; uns dois dedos abaixo dos ombros. Os deixei volumosos, como sempre, e nos lábios dei uma pincelada de gloss para dar uma cor leve e brilho. Rímel e uma fina camada de lápiz marrom, para não ficar exagerado, já que não combinava com a roupa. Escuto um carro buzinando e presumo ser Ino; pego minha bolsa de ombro e calço minhas gladiadoras beges. Dou um sorrisinho de lado saindo do apê e descendo as escadas ligeiramente. Aceno para Ino de longe e ela repete o gesto. O taxista me ajuda a colocar as malas no táxi, e enquanto isso, dou um super abraço na loira.

– Finalmente o dia chegou, amiga!- Ino estava bela, como sempre; apesar das olheiras debaixo dos olhos que tentou em vã esconder, estranhei mas mesmo assim não comentei nada.

– Sim, estou muito ansiosa!- Abri um sorriso largo e adentramos no táxi. Seguimos caminho até a casa de Naruto, onde o pegamos com sua blusa de havaiano que estampava na cara das pessoas “eu sou turista”. Próxima parada: casa da Hinata. Hina estava toda fofinha com uma saia de preguinha branca com estampas de flores e uma simples regata amarela que combinava com a saia. Todos viam o brilho nos olhos do baka do Naruto quando ela entrou no carro. Assim, com toda a galera no carro, partimos para o porto. Chegando lá, Shikamaru e sua escotilha esperavam a gente com malas e roupas de verão. O detetive estava com seus cabelos tipicamente amarrados em um rabo de cavalo, usava uma bermuda larga branca com uma camisa cheia de estampas e seus óculos de sol davam um ar superior a ele.

– Hinata, você não acha que essa saia está curta demais?- Neji saia de trás de Shikamaru, com os braços cruzados em uma postura séria.

– A-Ah, me desculpe Neji-kun, quando chegarmos dentro do navio farei questão de vestir outra coisa.- Hinata deslizava as mãos pelas saias freneticamente, tentando abaixa-la. Revirei os olhos e apertei as alças de minha mochilinha nas costas.

– Melhor entrarmos!- Dei um passo pesado para frente e subimos uma rampa de madeira que dava entrada ao grande cruzeiro. Respirei fundo ao pé da entrada e finalmente adentrei aquele enorme navio. Meus amigos conversavam entre si e os policiais também. Algumas pessoas passavam apressadas pela recepção do navio. Senti que faltava alguém alí do meu lado. Aquele alguém.


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