Esquizo escrita por Yori Sora


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Bem, gente, andei passando por alguns problemas nesse Natal. Como tá no meu perfil, tenho Transtorno de Personalidade Esquizoide, o que torna quase nula a minha vida social, com a exceção de eu manter amizade com dois primos e com uma amiga de infância. Fui passar o Natal com essa amiga, ela tbm tem um transtorno mental, nos tratamos no mesmo psicólogo, mas ele não pôde me dizer o que ela tem porque há uma lei que o proíbe de revelar sobre seus pacientes, mas ele deixou escapar que ela tem depressão psicótica leve e um outro problema que a torna próxima da Esquizofrenia (ou loucura mesmo). O meu transtorno tbm me faz ficar à um passo da Esquizofrenia, e sobre isso...

Bem, eu tava na casa dela e tive uns surtos, meio que fora da realidade. Comecei a ver coisas, ouvir coisas e achar insistentemente que havia alguém na cozinha. Disse que não tava bem e voltei pra casa. Portanto, me perdoem se hoje esse capítulo sair caótico, estou o escrevendo porque quero fazer um teste comigo mesmo, como escritor... porque hoje eu não I'm not okay (isso me lembra àquela música do My Chemical Romance - sim, eu ouço MCR), então quero ver se mesmo assim ainda consigo manter uma história num ritmo razoável.

Muito obrigado, agradeço mesmo a quem leu até aqui e vamos ao capítulo. ;D

Obs: essa fanfic é sobre laços e amizade e baseei algumas características da Hinata nessa minha amiga, mas isso vai ser mostrado mais pra frente.



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"Eu não estou bem, eu não estou bem! Bem, eu não estou bem, eu não estou bem nem fodendo!"

Hinata riu. Uma risada seca e maléfica, que não combinava com seu rosto angelical e com seus ótimos traços, leves e que pareciam até ser macios. Ela tornava Naruto ansioso, tão indecifrável, mas ao mesmo tempo tão próxima... era como se ambos vivessem no mesmo lugar e viessem dele. Estavam tão próximos e tão distantes, que isso fazia Naruto não se sentir bem. Ele se lembrava da música de uma banda norte-americana quando estava perto dela. Aquele par de olhos perolados o fitavam, depois da curta risada, parecia que ela esperava alguma reação dele, que ele dissesse ou fizesse algo, que ele ao menos fosse fiel a si mesmo. Um desejo inútil, ele não diria nada, então ela sorriu.

– Ora, e o que faz você querer me ajudar? - ela pergunta num tom irônico, olhando para Naruto como se ele fosse um enigma. - Eu sou só a maluquinha da classe - essa última parte foi dita de uma forma quase erótica. Se Naruto não tivesse libido baixa, teria uma ereção.

Ele respirou profundamente, se preparando para realmente dizer algo. E ele realmente disse, seria um pecado não fazê-lo, não? Aquela garota atiçava tanto a sua curiosidade, ela era tão atípica, que ele sentiu que sua missão de vida era falar com ela e esse pensamento era torturante, ele não queria se imaginar interagindo com alguém de fora do Mundo dos Sonhos Eternos. Mas mesmo assim, ele a respondeu, era a sua responsabilidade, não?

– Bem, agora você compartilha esse título de maluca comigo - ele disse, com uma enorme força de vontade. Era difícil e estressante para ele falar com a maioria das pessoas, e o fato de Hinata ser uma garota tão interessante não ajudava.

Ela ergueu uma sobrancelha.

– E-escute - ele gaguejou, mas ainda manteve sua voz num tom sério e frio em seguida -, ninguém aqui gosta de mim e eu não gosto de você, então...

– Então...?

– Então apenas aceite esse bentõ! - essa última parte foi dita como se aceitar a oferta fosse algo irrecusável.

Hinata suspirou pesadamente. Naruto foi capaz de ouvir o ar passar pelo o corpo dela, entrar e sair ritmicamente. Ele inevitavelmente sorriu, as atitudes dela eram completamente interessantes, até mesmo o ato de respirar. Ela então estendeu as duas mãos em direção a Naruto, e ele quase deu alguns passos para trás, mas não o fez. Ele permaneceu corajosamente ali, com todos olhando para os dois, até que as os braços de Hinata estavam completamente alongados.

– Vou aceitar a sua petição, me dê o bentõ - ela disse com um sorriso brincalhão. Naruto, levemente hipnotizado, levemente encantado e enlaçado, entrega o bentõ. Sempre levemente, nessa linha que o separava do médio e do profundo. - Em troca, quero que me faça um favor.

E então ela assumiu uma feição séria e autoritária - era surpreendente essa habilidade da mesma de mudar de feição tão rapidamente quanto inalava e exalava ar.

– Que favor? - Naruto perguntou.

– Saia comigo.


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Notas finais do capítulo

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