Timber escrita por Lecter


Capítulo 2
Fizemos um avanço!


Notas iniciais do capítulo

Oeeeee, eu queria agradecer muito, muito, mas muito mesmo A TODOS QUE COMENTARAM ♥ Vocês são muito importantes para mim ♥
Ok. NUNCA PULEM AS NOTAS por que sempre irá conter algo que eu estou anunciando sobre a história e tal. Por tanto, alguns recadinhos:
• Esqueci de por no outro capítulo que a Katniss tem um sotaque espanhol;
• Vou colocar alguns objetos e roupas que não são daquela época, mas nada muito extravagante que estrague o "velho oeste" da história;
• Eu uso muitas palavras que terminam com "mente/s" no final. Vou tentar melhorar isso.

OK, enfim: aproveitem a história, digam o que acharam, favoritem, mostre para o seu amigo, vizinho, cachorro e para o papagaio. -n

FELIZ NATAL PARA VOCES ♥
O meu natal foi meio xoxo, mas estou muito feliz por ter ganhado meu box do Academia de Vampiros e o de Harry Potter.

Ok, ok. Chega de enrolação. Boa leitura ♥



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No momento em que eu virei para pegar a cerveja eu sabia que ele estava olhando para a minha bunda. Termino de encher o caneco e o coloco com força demais em cima do balcão, gerando assim um estrondo.

– Calças jeans cortadas? – indaga ele enquanto puxa a cerveja e a leva até a boca, dando um pequeno gole.

– Isso se chama shorts. – respondo e cruzo os braços em frente ao peito.

Ele me analisa e prossegue:

– É interessante como ele se... Uh... Ajusta em você – ele diz e morde o lábio inferior, estreitando os olhos.

En nombre de Dios! – me inclino para frente e dou um tapa na sua orelha. Cruzo os braços novamente, indignada.

– AI! – ele esfrega a orelha – Por que isso?

– Eu não gosto de ser tratada como um objeto! – fuzilo-o com o olhar enquanto meio sussurro e meio grito. Tudo bem que eu flerto com alguns caras, mas isso é só uma conexão entre algum objetivo. Talvez eu seja um objeto.

– Pode deixar que eu vou me lembrar disso quando eu olhar para a sua bunda novamente – ele dá um sorrisinho safado.

Solto uma risada escandalosa que parece realmente sincera. Puxo a faca debaixo do balcão e a deixo fora de vista. O cowboy me acompanha na risada, porém a minha se transforma em um rosnado e eu finco a ponta da faca entre seus dedos no tampo de madeira do balcão. Solto o seu cabo e ela fica balançando e emitindo um som esquisito. Ele apenas me encara assustado, seus olhos azuis ainda incrédulos com o que acabou de acontecer. Regra número um: nem todas as garotas de cabelos claros, levemente ondulados e olhos cinza são inofensivas.

Na banqueta ao seu lado, outro cowboy se senta e eu o reconheço na hora. É Gloss, irmão de umas das dançarinas daqui. Ando em sua direção, mas paro bruscamente me lembrando de que eu não cobrei o assanhado pelo meu shorts. Eu tiro a faca de entre os seus dedos e a guardo novamente.

– Qual o seu nome? – digo e franzo o cenho.

– Peeta. Peeta Mellark – ele levanta o queixo quadrado quando diz o seu nome.

– Interessante. – assinto e continuou – Então Sr. Mellark, são três reais pela loira. – na última palavra eu enrolo a língua para provocá-lo.

Peeta coloca a mão no bolso, tira algumas moedas e as coloca em cima do balcão, mantendo a mão sobre elas.

– Qual o seu nome? – ele entorta a cabeça para o lado direito.

– Everdeen.

– Apenas “Everdeen”? – indaga.

– É. – minto. Ele tira a mão de cima das moedas. Eu as pego e continuo a caminhada interrompida antes até Gloss.

Pelo canto dos olhos vislumbro que ele ainda está sentado bebendo sua cerveja. E me encarando. Apoio os cotovelos no balcão – o que é uma posição já de costume – e me inclino o máximo que posso na direção dele. Jogo os cabelos para o lado esquerdo.

– E então... Gloss. O que vai querer? – pergunto e dou o sorriso mais simpático/sedutor que eu consigo.

– Pode me ver uma caipirinha?

– Claro, meu bem! – digo e me viro para preparar a bebida. Peeta não está olhando para a minha bunda. Muito bom! Fizemos um avanço.

É óbvio que Gloss não está interessado em mim e nem no que eu estou fazendo, mas nada me impede de tirar uma casquinha na frente de Peeta. Não sei o porquê disso, é apenas bom ver a cara de decepcionado e ainda assim extremamente sexy dele.

Levo o copo com uma rodela de limão encaixada na beirada dele até Gloss.

– Aqui está a bebida – sussurro em seu ouvido. – Cinco reais. – digo me afastando.

Ele solta uma risadinha, que combina ainda mais com a minha intenção.

– Ok e obrigada. – ele me dá uma piscadinha e eu faço o mesmo.

~

Já se passaram duas horas desde que eu servi a “loira” para o Mellark e ele ainda está aqui, debruçado e bêbado sobre o balcão. São 6 horas da tarde e os fregueses aumentaram gradativamente.

As garotas sentam junto aos caras barbudos e com uma pança significativa ou aos musculosos com olhares extremamente sedutores ou dançam no palco junto à barra de ferro pra conseguir uma graninha no fim do mês. Normalmente ganham gorjetas por suas performances provocantes.

– Já está preparada para hoje? – pergunta Finnick apoiando as mãos perto das minhas e se posicionando atrás de mim, me assustando.

– Em primeiro lugar: você não deveria se preocupar se Annie está olhando para cá neste momento? – ele dá uma risadinha. – E em segundo lugar: o que tem hoje?

– Respondendo a sua primeira pergunta: não, pois ela está no meu escritório ocupada com... – ele hesita- Algumas coisas. Segunda pergunta: como assim? – sinto a sua respiração da minha nuca – Hoje é a sua noite de dançar.

Opa, opa, opa! Como assim pergunto eu! Eu não ensaiei nada, ninguém me avisou e eu não sei qual das roupas devo usar. Aliás, não vou dançar com ele aqui. Por mais que esteja bêbado.

– Tá, ok. – digo concordando com aquela palhaçada – Pode me passar as chaves do quartinho?

– Claro. – ele as coloca no meu bolso de trás, demorando tempo demais sua mão lá – Arrase. – Finnick sussurra em meu ouvido e se afasta, indo cumprimentar alguns caras nas mesas próximas.

Oh, droga. Simplesmente odeio isso. Essas apresentações insinuam que talvez eu seja uma mulher da vida, coisa que agora e sempre está fora de cogitação. Não sou um objeto. Não gosto de ser tratada como um.

– Vocês sempre ficam nessa posição ou é só por que eu estou aqui? – Peeta fala e as palavras saem meio estranguladas, já que está bêbado e com a boca contra o balcão, e eu entendo apenas Vucis semp ficam ness posiça ou é su pur qui iu stou aqui?

Fico surpresa em ouvi-lo falar, por que eu quase havia esquecido que ele estava ali. Quase.

– Cala a boca e volta a dormir, seu bêbum. – digo sorrindo e ele retribui mandando um beijinho.

No canto perto da porta, Finnick aponta com a cabeça para o vestiário com as fantasias. Tenho que me apressar. Aviso para Peeta que vou ir me apresentar e ele assente.

~

Vesti a fantasia que era composta por um corpete preto e uma saia com camadas e camadas de babados pretos, brancos e vermelhos que ia até uns seis centímetros acima do joelho. Prendi o cabelo em um rabo de cavalo alto e coloquei uma bota. Agora eu estava atrás da cortina esperando a jukebox começar a tocar e o chefe me anunciar para poder entrar e fazer o meu show o mais rápido possível.

Ouço Finnick falando coisas como Confiram agora a melhor das melhores garotas, rapazes!, e ouço também a música começar a tocar na jukebox. Hora do show. Entro rebolando no ritmo da música e coloco a mão na barra de ferro. Vejo do outro lado Peeta recostado no balcão com uma cara de demente. Engato a perna direita e giro para o mesmo lado, descendo lentamente até o chão. Apoio às duas mãos juntas na parte inferior do poste e iço o meu corpo para cima, enroscando as pernas e soltando as mãos, arrancando alguns assovios da plateia.

Depois de mais uma série de manobras, vejo algumas notas verdes voando aos meus pés. Boa, garota!, penso. Para finalizar, junto às duas mãos no ponto mais alto, puxo as pernas para cima e as coloco lado a lado, com a barra no meio. Vou descendo e jogo o torso para trás, junto com os braços. Bato com as nádegas no chão e ouço muitos aplausos e gritos como Delícia, gostosa, entre outros. Faço uma reverência antes de sair e me embrenho em meio às cortinas. Chego à sala de roupas e coloco as peças que eu estava usando antes, voltando para trás do balcão, onde é o meu lugar.

– Bom show. – diz ele mordendo a língua enquanto fala.

– Você provavelmente não viu direito, já que você está... Bem... Você sabe. Bêbado. – ele solta uma risada e em seguida arrota. – Porco.

Levanto seu caneco de cerveja e passo um pano por baixo, limpando o suor do recipiente que ficou no tampo de madeira. Espero que Finnick recolha o meu dinheiro do palco e me dê depois exatamente o que eu tenho direito.

Os minutos se arrastam com Peeta me encarando e abrindo um sorrisinho de vez em quando. Olho para o relógio com o pêndulo oscilando para o lado esquerdo e direito e vejo que já são onze e cinquenta e cinco. Hora de fechar! O Saloon não fica aberto em dias úteis depois da meia-noite, pois é nessas horas que as encrencas chegam.

Finnick, Annie, Glimmer e todos os outros, incluindo os clientes, já foram embora e restam apenas eu e Peeta aqui.

– Hora de ir, hombre.

Hombre? Você fala espanhol? – sua fala ainda sai enrolada.

– Família, origens e toda essa baboseira. Vamos, vou te levar para casa.

Ele hesita antes de falar.

– Eu não tenho casa. – ele diz e eu penso a respeito. Chego a conclusão de que eu vou o levar para a minha casa, já que eu não sei mais nada a respeito dele que não seja isso: Se chama Peeta Mellark e é um cowboy extremamente atraente.
– Tudo bem. Você... – hesito – Você pode vir comigo. – abro um sorriso de solidariedade.

– Hum. Legal. – os cantos da sua boca se levantam e seus olhos me percorrem de novo, só que um pouco mais lentamente.

– Sem gracinhas Mellark, en nombre de Dios! – ele levanta o dedo indicador e o do meio juntos em sinal de juramento e eu dou um sorrisinho de canto.


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Notas finais do capítulo

ACADEMIA DE VAMPIROS, CARA OMZ OMZ! Ok, recomendo a vocês lerem esse diwoso mundo da Richelle Mead ~diwa, fabulosa e ruiva pfta~