Ironias do destino escrita por roxy winchester


Capítulo 15
Oficialmente de férias


Notas iniciais do capítulo

Volteeeii então pessoal não me esfolem ok? Eu sei que disse que postaria mais cedo, mas acabei ficando de castigo e sinto muito mesmo. Minha mãe só me liberou por agora sorry... mas aqui estou eu e com cap novinho pra vcs, com um novo ep da nossa querida novela mexicana Ironias do destino... kkk pois bem quero dar as boas vidas aos leitores novos, espero que estejam gostando. Mas agr vou parar de enrolar né... então podem ler!!



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–AIIIII MEGAN TA DOENDO –reclamei pela milésima vez.

–Pare de reclamar Carrie –disse enquanto passada um liquido estranho na minha barriga -, olha o que você fez garota, ta querendo morrer é? – pois é, contei a ela o que havia acontecendo... bom é que quando cheguei na casa do meu pai, acabei descobrindo que aquela dor que senti na barriga inicialmente, havia de certo modo sido mais grave do que pensei.

–Não, mas do jeito que as coisas vão indo... acho que morrerei logo – a vi revirar os olhos.

–Meu deus, mas que drama.

Um gemido doloroso saiu da minha boca. Ok confesso que talvez estivesse fazendo drama um pouquinho, mas é só um pouquinho. Por que de fato, este corte esta doendo. Mas era uma dor suportável, o que não era suportável, era o fato de ter me machucado somente para ver alguém que não valia a pena.

Ta, novamente estou exagerando. E eu realmente tinha que ir vê-lo de uma maneira ou de outra, não conseguiria me perdoar se não tivesse o feito. Afinal ele, apesar de ser um idiota, salvou a minha vida. Pensando bem... não só uma, mais duas vezes. Não posso me esquecer do lance do Josh, droga agora isso vai na minha cabeça.

Vejo os lábios de Megan se mexerem, mas estou desligada a tempo de mais para escutar o que ela esta me dizendo. Vish ela parou de falar, esta me olhando como se estivesse esperando por uma resposta minha... o que eu faço? Se eu não responder ela vai saber que não prestei atenção em nada do que ela me disse. Apenas concorde Carrie, vai dar certo, apenas concorde. Seguindo minha intuição, ou pelo menos a falta dela, assenti com a cabeça.

–Tem certeza que você quer ir? –perguntou apreensiva, e seu tom fez com que meu olhar se direcionasse ao dela, franzi a testa, apreensão nunca era um sinal bom. Mas o que foi que essa garota havia dito?

–Anh... eu não sei –falei, se eu perguntasse para onde iríamos, ela iria se tocar que eu não ouvi nadica de nada.

–Se você não quiser ir, tudo bem. Eu explico a Marie, que não vamos amanha... – ah então era isso, iríamos sair com a Marie. Abri o um pequeno sorriso.

–Não precisa –a interrompi -, acho que pode ser uma boa –vi minha amiga sorrir, para logo em seguida suspirar aliviada.

–Ah que bom –disse -, achei que você não iria... –por que ela achou que eu não iria? Pera ai, to confusa. – Sabe por causa desse lance que aconteceu com o Dean – no que eu me meti? Esse papo ta começando a ficar estranho... – fico aliviada, confesso que não queria dormir na casa da Marie sozinha...

–O que? –perguntei um pouco eufórica.

–Pois é, ela nos convidou. Mas como não conseguiu falar com você, pediu para que eu o fizesse –disse.

–E por que você achou que eu concordaria com um absurdo desse? –perguntei com a voz elevada, Megan me lançou um olhar reprendedor e apertou o pedaço de pano, que estava contra o meu machucado, com mais força. – Filha da...

–Mas respeito com a minha mãezinha –falou, ela tirou o pano, e fez um curativo.

–Você ainda não me respondeu, de onde tirou essa ideia Meg? -ela jogou uma blusa limpa pra mim, já que anterior estava suja com sangue, a vesti assim que o tecido se encontrava em meus dedos.

–De você Carrie –me acusou -, tirei de você – não consegui segurar, e uma gargalhada alta saiu da minha garganta.

–Do que esta falando? –consegui perguntar enfim.

–Eu acabei de te perguntar, duas vezes se você queria ir dormir na casa da Marie. Você ate respondeu ‘‘vai ser uma boa’’ – disse e fez ate aspas com os dedos, para dar ênfase na minha resposta. Levantei da cama e caminhei ate o banheiro que havia em meu quarto, me olhei no espelho, mas isso não durou mais que alguns segundo, pois logo já estava de costas, apoiando-a na pia. Ainda não conseguia me olhar no espelho. Ainda não conseguia me ver.

–Eu não disse isso –falei, e logo Megan apareceu na porta do banheiro.

–Ah não? –perguntou cínica.

–Não –respondi convicta -, eu falei: Pode ser uma boa. P-o-d-e.

–Isso não importa Carrie, o que importa é que você disse sim, e agora é tarde. Você vai e acabou. Eu não vou sozinha.

–Eu não vou Megan –disse firme -, além do que o Miller mais velho não gosta de mim.

–Quem? O Dean? –perguntou confusa.

–Não. Estou falando do Daniel.

–Eu te falei Carrie, ele vai esta viajando –disse confusa, ate que bem... ela entendeu. – Vadia, não acredito que eu estava falando sozinha esse tempo inteiro.

–Isso não importa –lhe disse -, eu não vou e acabou. Encerramos por aqui Meg. Fim de papo.

–Ah mais você vai sim senhora – seu tom era autoritário, apenas revirei os olhos e passei por ela ao voltar ao meu quarto. Me joguei na cama e a encarei. A chama do desafio que eu havia acendido nela, era extremamente visível.

–Eu não vou, você não manda em mim –falei. Minha amiga cruzou os braços e sorriu diabolicamente.

–Ah você vai. –Repetiu.

–Eu não vou Megan, e nada nem ninguém vai me convencer do contrario...

***

–Não acredito que esta me obrigando a fazer isso – murmurei incrédula.

–Eu disse que você ia –falou com um sorriso nos lábios.

–Por favor Meg –pedi, fazendo minha melhor cara de cachorrinho abandonado.

–Não cola Carrie, eu te conheço. Sei de todas as suas táticas, sem chances de você pular fora agora. Ate porque, bom... chegamos.

–Você me paga, vai me dever pro resto da sua vida –lhe disse, ela sorriu e saiu do carro.

Marie nos esperava do lado de fora, Megan seguiu em sua direção e a abraçou, fiquei um tempo encarando-as, tirei os óculos escuros que se encontravam em meu rosto e o coloquei em minha cabeça. Apesar de gostar muito de Marie, não queria esta aqui. Por que eu não deveria esta aqui. Não me queriam aqui. E se eu encontrasse com o senhor Miller, bom não seria um encontro muito agradável. Ta bom, sei que ele esta viajando e tudo mais, mas também sei bem da ‘‘ sorte’’ que possuo.

Sacudi a cabeça. Não queria pensar nisso. E bom já estava aqui, agora apenas aproveitaria a minha vinda. Sai do carro e segui em direção das garotas que agora conversavam animadamente.

–E ai? –pronunciei ao alcança-las, Marie me cumprimentou e eu a abracei.

–E ai Carrie –sorriu gentilmente -, que bom que aceitou meu convite... sinceramente achei que não viria.

–Também achei –murmurei baixo, mas sei que ela escutou, pois possuía um sorriso sem graça no rosto -, desculpe Marie, é só que... você sabe.

–Não se preocupe Car, como Megan já deve ter lhe contado, meu pai esta viajando, ficara fora por dois meses inteiro –em seus lábios continham um sorriso sapeca, era obvio que Marie estava aprontando algo.

–Você não me parece muito triste por isso – eu disse, franzindo o cenho e sorri nervosa, não podia ser algo bom.

–Já sou acostumada a isso Carrie. E bom confesso, com o tempo simplesmente parei de me importar... mas isso é irrelevante agora. Chamei o pessoal, todos estão vindo pra cá –falou, sua animação era extrema, já que a vi pular e soltar um gritinho, que garota doida. – Vamos fazer dessas férias improvisadas as melhores.

–Tudo bem, eu acho –murmurei.

–Vão, peguem suas coisas, vou lhes mostrar onde irão ficar –minha amiga disse, Meg e eu apenas assentimos.

Segui em direção ao carro, assim como Megan e peguei, minha pequena mala, quando a mesma abriu o porta-malas do carro. Acabei pedindo para Megan que me explicasse novamente essa historia de irmos dormir na casa da Marie, e acabei por descobrir, que não ficaríamos ali apenas por uma noite e sim que ficaríamos ali ate que as aulas recomeçassem. O que significa que eu não sabia quantos dias passaria na casa de Marie.

Acho que estão curiosos a respeito do motivo de estar aqui certo? Só estou aqui por que a vadia da minha querida amiga, resolveu apelar e me ‘‘dedurou’’. Sim ela contou para o meu pai. Não tudo é claro, pois meu pai não sabia sobre Daniel, e pra ser sincera é melhor mesmo que ele não saiba. Mas foi isso, meu pai me obrigou a vir, alegando que seria bom eu esta perto dos meus amigos, claro eu não podia falar do verdadeiro motivo de não querer ir, por isso tive que vir. Mas não acredito muito na versão dele não. Esse papo de que iria ser melhor eu ficar perto dos meus amigos, é papo furado, é a desculpa mais esfarrapada que ele já me deu. A verdade é que, e eu conheço bem o meu pai para dizer isso, ele queria da uns pega na Rose, sua namorada.

Quando nos posicionamos em frente a casa de Marie, realmente pude repara-la, e nossa... uau. A casa era enorme, notava-se de longe que os pais de Marie eram ricos, apesar de que... bem eu já sabia disso. A família Miller, possuía muito dinheiro.

A casa era grande e bom bota grande nisso. Tinha dois andares, pelo que Marie me falou, mas de certa forma parecia ter mais. No primeiro andar, as janelas eram totalmente de vidros e se entendiam um pouco mais no comprimento, agora no andar superior aparentava ter apenas duas janelas, mas não acreditava muito nisso, pode ter atrás também sei la, porem elas não eram tão compridas, quantos das do andas inferior. O jardim da frente era simplesmente lindo, apesar de não possuir muitas flores, a grama era tão verdinha que qualquer se apaixonaria. Pelo fato de trazer paz e serenidade, entende?

–Ei Carrie, não vai entrar? –Marie perguntou me tirando do meu transe.

–Vou sim –disse, sem olha-la ainda admirando a casa. Apesar de ser bonita, não era muito a minha cara. Parei de encarar a construção na minha frente e segui minhas amigas para dentro.

***

–Bom é aqui que você vai ficar Carrie –Marie disse -, claro se não se importar.

–Não se preocupe Marie, esta perfeito –me pronunciei, e realmente estava. O quarto era grande e encostado em uma das paredes se encontrava uma cama de casal, ao lado desta tinha um criado mudo, com uma luminária em cima. Do outro lado do quarto havia um pequeno sofá, parecia ser um ótimo lugar para ler, não posso me esquecer disso. Ah e esqueci de falar, também havia um banheiro.

–Tudo bem então, agora que as duas já foram instaladas -, Marie já havia nos mostrado o quarto em que Megan ia ficar, e era lindo, ficava ao lado do meu -, vamos decidir os planos para a festa –disse animada, Megan também faltou dar pulinhos de alegria, enquanto a mim? Bom praticamente engasgava com a minha própria saliva.

–Uma festa? –perguntei e ela assentiu, droga.

–Pois é, estava pensando muito nisso ultimamente. Quero fazer uma festa de boas vindas para o Dean –dessa vez quase tenho um AVC, esta ideia não me cheirava nada bem. Mas se bem que Dean já devia esta em casa, ele não havia recebido alta ontem? Por que se escutei corretamente, aquela enfermeira disse que ele estava ótimo. Ótimo o bastante para... esquece Carrie, não é da sua conta.

–Mas ele não recebeu alta ontem? –perguntei confusa.

–Recebeu... calma ai, como você sabe? –rebateu, vish esqueci de só a Megan sabia o que havia acontecido ontem.

–Anh eu sei, porque... porque fui visita-lo ontem –disse, ela franziu as sobrancelhas.

–Achei que tinham lhe impedido de entrar –falou.

–E impediram – suspirei-, mas quando estávamos no campus, eu tive a ideia de... –fui interrompida.

–Ela teve a ‘‘brilhante’’ ideia, de por a própria vida em risco somente para vê-lo –Megan disse.

–O que? Como assim?

–A Carrie entrou pela janela, Marie.

–Mas a única janela que tinha lá... –foi quando ela entendeu, o olhar que Marie me lançou foi tão assustador quanto o de Megan, e isso fez com que eu me encolhesse um pouco – EU NÃO ACREDITO QUE TENHA FEITO ISSO CARRIE –gritou, agora sim, acho que só vivi até aqui... para morrer agora.

–Ele... ele salvou a minha vida Marie. O que queria que eu tivesse feito?

–QUALQUER COISA MENOS TER TENTADO SE MATAR –esbravejou.

–Eu não tentei me matar –revidei. Marie fechou os olhos e pareceu respirar fundo, quando os abriu novamente, eles pareciam esta mais calmos.

–Isso tem que acabar Carrie –falou -, você tem que dizer a ele o que sente.

–Mesmo se eu disser o que sinto... e olha que eu não disse que sinto –me justifiquei -, Dean não sente o mesmo por mim, Marie. Seria uma grande perda de tempo.

–Ele gosta de você... –não deixei que ela terminasse.

–Se ele gosta tanto, quanto vocês dizem –falei apontando para as duas -, por que ele transou com outra?

–O que?

–Foi isso que você ouviu Marie, enquanto eu arriscava minha vida, ele transava com uma das enfermeiras –disse por fim, pronto ninguém tinha argumento melhor do que o meu.

–Que vadio –minha amiga murmurou.

–Eu sei. –Disse, mas logo tratei de colocar um sorriso no rosto, não queria que aquele clima desmoronasse -, mas isso não importa agora, estamos em clima de festa.

–Ate desanimei agora – Marie disse, enquanto se jogava na cama, que por uns dias seria minha.

–Já falei que não importa, somos amigos. Ele não me devia nada. Fim de papo.

–Agora entendo do por que dele ter chegado deprimido ontem –suspirou, eu sei que é errado... mas quer saber que se dane. Posso ser uma garota iludida por alguns segundos.

–Ele chegou deprimido, foi? –perguntei, me sentando ao seu lado.

–Sim, assim que ele chegou foi direto para o quarto. Não saiu nem sequer pra comer. Pelo menos agora sabemos o por que –disse e sorriu em minha direção -, Carrie Cooper destroçando corações –sabe aquele momento, que o nosso corpo acaba nos traindo e assim sua face começa a esquentar e a ficar vermelha ao mesmo tempo? Pois é foi exatamente isso que aconteceu, posso jurar que meu rosto deve esta igual a um tomate maduro. Pelo menos uma vez na vida, a sorte virou para o meu lado,e a campainha toca.

–É garotas, vamos organizar uma festa – Megan disse. Marie logo se animou.

–Ehhh – balancei o braço no ar para demonstrar o quanto eu estava empolgada com tudo isso. Minha empolgação era enorme, tão grande, que me fez esquecer a te que na ultima festa que fui, quase abusaram de mim. Viu falei que isso iria ficar na minha cabeça. Mas tudo bem. Vamos apenas apertar o botão de deletar.

É. Talvez, dessa vez uma festa, seja uma boa.

***

–Ei Carrie – Henri me cumprimentou, para logo em seguida me abraçar.

–E ai bobão – assim que terminei de cumprimentar os outros, me sentei em uma das cadeiras que tinha na bancada da cozinha.

–Ok pessoal, vocês já sabem onde ficam os quartos, agora é só colocarem suas tralhas neles –disse Marie -, quem quiser ir pra piscina vai, ou se quiserem qualquer outra coisa é só falar comigo.

–Ei Marie? –a chamei e logo ela também se encontrava na cozinha.

–Fala baby.

–Quando vai ser a festa? –perguntei.

–Nesse final de semana –falou-, vai ficar aqui Car? Não vai nadar um pouco? – fiz uma careta.

–Seria ate bom se eu pudesse –lhe respondi.

–Ah entendi, esta naqueles dias... – uma risada ficou presa na minha garganta.

–Na verdade, é por causa disso aqui –mostrei-lhe o corte que estava na minha barriga, colocando o curativo novamente em seguida.

–O que foi isso? –ela perguntou espantada. É ia ficar uma bela cicatriz.

Consequência- disse somente, e logo Marie pareceu entender.

–É, vai ficar sem nadar –assenti.

–Vai se divertir você –falei -, é só me arranjar um papel, uma caneta e eu faço a lista do que vai precisar para a festa –ela hesitou -, não se preocupe comigo.

–Ta, mas qualquer coisa é só me chamar –disse, e maneei a cabeça afirmando. Antes que Marie saísse da cozinha, Henri apareceu.

–Marie, onde esta o Dean?

–Lá em cima. Por favor Henri, tire meu irmão daquele quarto. Ele vai acabar morrendo se continuar enfurnado naquele lugar –pediu, e logo se virou pra mim -, Dean praticamente vive em um chiqueiro –sorriu.

–Não exagere, Marie. O lugar nem é tão ruim assim. –Não falei nada apenas, observei meus dois amigos se retirarem da cozinha.

Marie havia chamado todos do grupo. Lembra das pessoas que ela havia me apresentado no meu primeiro dia no campus? Pois é, todo mundo estava lá. Henri, Matt, Bonnie e infelizmente Joy. Eles iriam ficar ate que as aulas do campus retornasse, assim como eu e Meg. Repassei mentalmente o que colocaria na lista, antes que Marie voltasse. Parei somente quando ouvi um pigarreio, me virei na direção que veio o som.

–Achei que estava no quarto –disse, enquanto meus olhos encontraram os de Dean.

–Henri me expulsou de lá – falou, o silencio acabou se estendendo por um longo tempo, um tempo constrangedor. Dean adentrou a cozinha e caminhou em direção a geladeira.

–Quando Marie me disse que havia convidado você e a Megan, achei que não viria.

–Achou certo.

–Não tenho mais certeza disso, já que esta aqui –retrucou, depois de alguns instantes em silencio, ele voltou a falar -, então o que fez você mudar de ideia? –perguntou se sentando em uma das cadeiras a minha frente.

–O que fez você transar com aquela enfermeira?

–Vamos ficar assim o dia todo?

–Me diz você –falei.

–Por que você não decreta as regras desse jogo Carrie? –minha resposta saiu de imediato.

–Porque pra mim, isso não é um jogo –lhe disse, naquele momento não existia nada alem de mim e Dean, não conseguia ouvir o que os outros planejavam, ou se havia mais alguém na cozinha, ele apoiou os braços na bancada e se inclinou pra frente.

–Olha Carrie, sobre ontem... –não deixei que terminasse aquela frase, apenas me inclinei mais pra frente assim como ele, fazendo com que nossos rostos ficassem a centímetros de distancia.

–Esquece Dean, não é dá minha conta –falei e voltei a me sentar direito na cadeira, assim que olhei novamente em seu rosto, percebi que ele falaria algo, mas isso acabou não acontecendo. Joy apareceu na cozinha.

–Eu estava procurando por você –disse e logo ficou de costas para ele -, será que da pra amarrar a parte de cima do meu biquine?

–Por que estava procurando por mim Joy? A Bonnie e Marie, também estão nessa casa sabia? –ele disse, sem sequer levantar um dedo pra ajudar a garota. É errado eu esta comemorando internamente? Bom, se for... gosto de esta errada, gosto mesmo.

–A qual é Dean, fala serio –ela reclamou, mas logo soltou uma risada, que pra mim foi extremamente desagradável e desnecessário. – Eu pensei que sei lá, se fosse você a fazer isso, talvez essa pequena peça, pudesse acabar escorregando – disse tentando soar sedutora. Mas cá entre nos, só tentando mesmo.

Deus eu não precisava aturar aquilo, não mesmo.

Me levantei da cadeira e segui em direção a sala, mas antes que eu pudesse completar o meu ato, Dean apareceu na minha frente do nada... como esse garoto fez isso?

–Como...? –tentei formular algo coerente, mas a única coisa que saiu foi -, você sabe se teletransportar?

–O que? –perguntou como se não tivesse me escutado, mas obviamente tinha, já que um sorriso extremamente idiota estava estampado em seus lábios.

–Nada –falei irritada-, será que da pra você sair da minha frente? –pedi.

–Ah vamos lá Carrie, é falta de educação sair quando ainda esta conversando com outra pessoa.

–Falta de educação? –repeti e balancei a cabeça positivamente, como se realmente estivesse cogitando a ideia – Meu Deus como pude cometer esse deslize, acho que esta certo, mas quer saber? -perguntei irritada.- Que se dane. Não nasci pra ficar segurando vela.

–Você não estava segurando vela –ele disse.

–Dean, tenho certeza de que você não precisa ficar se explicando pra esse tipinho –ah então quer dizer que a mocreia, havia decidido me seguir também. Me virei para dar uma boa resposta nela, mas parece que alguém acabou sendo mais rápido.

–Fica na sua Joy –Dean falou.

–O que? –perguntou, somente eu escutava o quanto a voz dela era enjoada? – Não acredito que vai defender essa vadia.

–Primeiro: não preciso de ninguém para me defender, pois eu sei lidar com garotas iguais a você e sou extremamente capaz de me virar sozinha; segundo: ele apenas pediu para que ficasse quieta, pois ninguém suporta ouvir a sua voz; e terceiro: bom, acho que a vadia aqui é você. Já que esta na casa de uma amiga sua e usa só a parte de baixo do biquine. –Falei, e ela me olhava incrédula.

–Eu não estou só com a parte debaixo do biquine –tentou se defender, mas pra ser sincera eu já estava com saco cheio, aproveitei que ela ainda não havia amarrado a parte de cima e a puxei com força, a pegando desprevenida, sendo assim acabou sendo mais fácil deixa-la nua da cintura pra cima. Caminhei um pouco pra trás e joguei a peça de roupa pela janela.

–Agora esta –falei com deboche, ela cruzou os braços para que pudesse tapar os seus seios e saiu com raiva. Sim a garota estava realmente puta da vida, era quase possível ver a fumacinha saindo por suas orelhas.

Olhei para Dean, e o mesmo me encarava de um jeito bem estranho. Estreitei meus olhos e levantei uma das sobrancelhas.

–O que foi? –perguntei, ele não respondeu e isso estava me assustando será que havia algo nos meus dentes? O que? Carrie para de ser besta, você ainda não comeu nada hoje . Ah é verdade. – Dean você esta me assustando, será que da para dizer, o que olha tanto?

–Você. –Disse apenas, levantei as mãos pro alto, eu mereço Deus.

–Ótimo, respondeu a todas as minhas perguntas – falei de modo irônico. – O que esta fazendo? -perguntei assim que o vi se aproximar, pois a cada passo que ele dava em minha direção, era praticamente dois passos meus dados pra trás. Porem não tive como fugir quando bati minhas costas na parede, e o espaço que havia entre nos dois, ia se rompendo cada vez mas. – Será que você pode responder, pelo menos uma das minha perguntas? – e novamente não ouve uma resposta, ele abriu seu sorriso de lado e disse apenas.

–Você Carrie Cooper, fala demais. – Assim que eu ia manda-lo e para o quinto dos infernos, ele me beijou, ele me beijou e caramba que beijo.

Dean me prensou ainda mais contra parede, e logo nossas línguas travavam uma batalha que eu tinha certeza que ele ia ganhar. Eu não tinha a mínima chance, por que cá entre nos, eu não tinha exatamente o controle do meu corpo e se Dean, não apertasse minha cintura com tanta força, talvez eu cairia. Passei meus braços pelos seu pescoço e o puxei para mais perto de mim, se possível. Paramos apenas quando o ar se fez necessário, não consegui abrir os olhos, fiquei com medo daquilo não ser real, sabe? Só a minha imaginação.

Senti sua respiração batendo em meu rosto, e logo em seguida seus lábios se encontraram novamente com os meus, em um selinho calmo e mais demorado do que o normal. Não parecia real. Provavelmente eu estava apenas sonhando, como das outras vezes. Sim eu já havia sonhado com algo parecido e todas as vezes que eu abria olhos... ele simplesmente sumia.

–Abra os olhos Carrie –o ouvi sussurrar, e isso fez com que minha pele se arrepiasse.

–Não –disse com dificuldade.

–Por que não? –perguntou, e logo senti a ponta do seu nariz passando pela extensão do meu pescoço.

–Não quero abrir o os olhos e descobrir que não é real –falei.

–É real –ele disse -, senti isso? – ele beijou minha bochecha – ou isso? – pude senti-lo passar seus dedos lentamente pelo meu braço-, e isso? – suas mãos desceram pelos meus braços ate encontrar as minhas, entrelaçando nossos dedos em seguida – e o mais importante Carrie, senti isso? – ele colocou minha mão direita em seu peito, as batidas rápidas do seu coração me fizeram abrir os olhos. – Ele não esta batendo rápido por causa do nosso beijo Carrie, ele só bate rápido assim quando estou com você. E por você.

Uou. Ok talvez isso seja real. Mas se realmente for, o que eu não estou dizendo que é. Com o meu azar logo ira aparecer alguém, e estragara o clima. Dean me encarava com expectativa, mas o que eu lhe diria? Minha mente havia virado gelatina nos primeiros cinco segundos que sua língua estava na minha boca.

A única coisa que eu consegui fazer era olha-lo nos olhos. Suas mãos ainda seguravam as minhas, e eu estava adorando essa sensação que ele me proporcionava. Eu sabia que Dean queria que eu fizesse ou dissesse algo. Respirei fundo, assim que abri minha boca pra falar o que saiu foi.

–Por que vocês dois não vão para um dos quartos vagos que tem lá em cima? – Pera, eu não disse isso.

–Não enche Henri , vai embora –Dean falou irritado, agora ta explicado. Era o Henri. O que significa que eu não consegui dizer nada. É Carrie, você é uma tremenda filha da mãe covarde e orgulhosa.

–Não precisa ir Henri -, pigarreei – eu já estava de saída mesmo –disse, mas ainda estava imóvel. Por que? Bem, Dean olhava pra mim intensamente e isso me fez ficar paralisada. Logo um sorriso largo se espalhou pelo seu rosto, não entendi o por que ate sentir minhas bochechas arderem. Filho. Da. Puta.

O empurrei de leve, tentando sair do seus braços. Quando consegui, sai sem olha-lo nos olhos e assim que passei por Henri o ouvi soltar uma risadinha.

–Cala a boca –falei baixo, segui em direção a escada, eu mesma encontraria algo onde eu pudesse escrever a lista, precisava de um tempo sozinha, apenas para pensar, sem nenhuma cobrança, somente eu e um bloquinho de papel. Estava no terceiro degrau da escada quando me lembrei... voltei a onde Henri se encontrava e sorri sacanamente -, se você contar a alguém sobre o que viu, eu vou contar a Marie que você me beijou de novo – ameacei e ele arregalou os olhos. Bem digamos que o tempo que Dean estava no hospital, ajudou Henri a se aproximar de Marie, os dois acabaram ficando muito, mais muito próximos.

–Você não faria isso Carrie –ele disse.

–Não? –levantei uma da sobrancelhas, é claro que eu nunca faria isso com uma amiga, mas Henri mal me conhecia, então... – Se não acredita, pague pra ver.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim... Oq acharam da cena fofinha do Dean e da Carrie. Muitas coisas ainda estão por vir... surpresas, tragedias e muito drama, como ja devem ter percebido e praticamente a marca da Carrie. Mas então pessoal eu quero saber o que vcs pensam, digam sobre o que gostaram, ou oq nao gostaram. Critiquem, elogiem estou totalmente pronta para os bombardeios kkkkk, mas é isso ai, nos vemos no proximo cap!!!!bjos O.o



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