Ironias do destino escrita por roxy winchester


Capítulo 10
Vergonha? Me da uma folga nesse final de semana!!!


Notas iniciais do capítulo

Eai pessoas? Surpresos? Eu não os culpo também estou kkkkk, postei mais um cap pra vcs, especialmente para vc Ju, agradeço por favoritar lírio, serio amei de coração, assim como seu comentário do ultimo cap, espero que gostem!!!!



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–O QUE? –Perguntei incrédula, fechei a porta na cara de Dean e encarei Marie – Por que? –Exigi uma explicação, minha amiga pareceu engolir em seco, mas logo se recompôs.

–Por favor Carrie –Marie pediu -, se ele não for eu não vou poder ir –falou fazendo biquinho.

–Por que Marie? -Insisti.

–Meu pai –ela disse-, eu falei a ele que dormiria na casa de uma amiga, mas...

–Mas ele não sabe que essa amiga sou eu –completei, ela assentiu – e se soubesse não deixaria que você fosse.

–Eu sei o que meu pai disse a você Carrie, Megan sabe...mas o Dean não sabe e se ele for pra casa, ele pode acabar falando algo e eu não quero que o episodio da cadeia se repita, tudo bem? –Assenti, ela tinha razão, nem eu queria ver o Sr. Miller tão cedo.

–Ok, agora vamos –retornei a abrir a porta e Dean ainda se encontrava do mesmo jeito que estava a alguns minutos atrás. Abri um sorriso um pouco forçado eu diria -, você dirige –falei em direção a ele, pude vê-lo assentir antes de seguir para fora da ala feminina, foi quando me toquei... – Ei, por que você nos esperou aqui? Sabe que a regras em relação a isso – ele revirou os olhos.

–Isso não me impediu de vir no seu quarto outro dia, impediu? –Ele sorriu de canto e pude sentir minhas bochechas corarem, odeio ficar constrangida, mas quem gosta?

–Você não me disse que o Dean te fez uma visita. Carrie? –Megan me chamou, desgraçado.

–Não disse, por que não teve importância –dei de ombros. Seguimos em direção ao carro de Dean e assim que ele destravou o mesmo, me sentei no banco da frente para poder guia-lo assim que seguíssemos para minha casa.

O caminho não era longo, demorava uns trinta, quarenta minutos de carro. Dean seguia fielmente as minhas coordenadas e não demorou muito para que chegássemos em minha casa, meu pai nos esperava na porta, já que durante o caminho eu havia ligado pra ele e havia avisado que estávamos indo.

Assim que o carro parou, desci apressada e corri em direção ao meu pai, que me recebeu de braços abertos - literalmente, adorava abraçar meu pai, era aconchegante e me sentia segura, com um simples abraço ele me dava todo o conforto que eu precisava. Quando me afastei ele sorriu ternamente, e beijou minha testa.

–Tio Ben –Megan praticamente gritou e correu para abraça-lo também -, senti tanto a sua falta.

–Eu também Meg, eu também.

–Pai? – O chamei indo em direção a Marie e Dean, me pondo entre os dois logo em seguida – Essa é Marie minha amiga do campus e esse é o Dean.

–Prazer em conhecê-lo senhor –Dean falou educadamente.

–Então você é o namorado da minha filha? –Meu pai perguntou já o abraçando.

–Não pai –murmurei, ai que vergonha -, estou livre, leve e solta –completei.

–A Carrie tem dificuldades de se relacionar com alguém, depois do James –continuou meu pai.

–Pai –o reprendi.

–Que foi, vocês formam um ótimo casal.

–Ah não –falei, vai ser assim até segunda?

–E você minha jovem –se referiu a Marie – não acha que Carrie daria uma boa nora? –Olhei para minha amiga a testando.

–Com certeza.

–Gostei de você –meu pai disse a abraçando, apenas bufei peguei minha mochila e entrei dentro da casa, mas antes de subir as escadas para o meu quarto pude ouvi-lo gritar –É falta de educação deixar as visitas de lado.

–Já vou voltar pai –gritei de volta, entrei em meu quarto e coloquei minha mochila no chão, descendo logo em seguida, peguei as coisas de Marie e Megan -, vocês vão dormir comigo, Dean fica no quarto de hospedes –virei para ele que me olhava atentamente -, vou mostrar meu quarto para Marie e Megan, então eu te mostro o quarto de hospedes ok? –Perguntei e ele assentiu – Já desço.

Subi novamente as escadas, com minhas amigas atrás de mim. Coloquei as coisas no chão, assim que novamente entrei em meu quarto.

–Então a gente pode colocar alguns colchões no chão, o que acham?

–Perfeito –Marie falou se jogando em minha cama -, seu pai é muito legal, Carrie –não pude evitar que os cantos dos meus lábios se repuxassem para cima.

–Eu sei –falei.

–Carrie se eu fosse você mostrava logo a Dean o quarto que ele vai ficar, antes que o tio Ben comece a falar... –não deixei que ela terminasse de falar corri porta a fora, descia as escadas tão rápido que nos últimos degraus tropecei em meus próprios pés fazendo com que eu caísse com tudo.

–Querida você esta bem? –Olhei para cima e vi meu pai e Dean sentados no sofá, ambos seguravam o riso, olhei para o topo da escada e vi Marie e Megan, mas ao invés delas fazerem como meu pai e Dean, as duas riam feito duas hienas . Levantei do chão e os encarei, eles pararam de ri imediatamente.

–O que foi? –Perguntei, meu pai levantou do sofá apressado e caminhou em minha direção, foi só ai que senti um liquido morno escorrendo pelo meu rosto, toquei minha testa e gemi por conta da dor, e em meus dedos continha um pouco de sangue.

–Vem, deixe-me cuidar desse machucado –meu pai falou preocupado.

–Estou bem pai –falei tentando acalma-lo -, vê –apontei para minha testa – foi apenas um corte, não se preocupe –ele não parecia convencido – olha eu vou na cozinha e pego um pouco de gelo, não precisa ficar preocupado.

–Tudo bem então –ele falou e voltou a se sentar no sofá, segui em direção a cozinha e abri a geladeira pegando um pouco de gelo e colocando em um pedaço de pano. Quando me virei, deparei com minha pizza favorita em cima da mesa, não conseguindo controlar, peguei um pedaço e comecei a comer. Meu pedaço estava quase acabando quando escuto Megan falar.

–Pera ai, tio Ben o senhor fez pizza hoje?

–Fiz sim minha querida –escutei meu pai responde-la.

–E ainda deixou Carrie ir pra cozinha –ela reclamou e gritou logo em seguida -, CARRIE LARGUE ESSE PEDAÇO DE PIZZA – é acho que Megan me conhecia bem, larguei o pequeno pedaço que havia restado e logo minha amiga apareceu, juntamente com meu pai, Dean e Marie, todos eles estavam rindo.

–Desculpe não resisti –falei .

–Bom crianças sirvam-se –meu pai falou.

–Não somos mais crianças pai.

–Eles podem até não ser, mas você ainda é... ainda é a minha filhinha –ele beijou minha cabeça e eu corei, escutei uma risada baixa e encarei a pessoa que havia rido, Dean continha um lindo sorriso nos lábios e seus olhos demonstravam uma espécie de admiração que até então eu nunca havia visto, ao menos vindo dele.

Enquanto eles se serviam, peguei uma garrafa de coca-cola dentro da geladeira, coloquei nos copos para todo mundo, e quando todos já estavam servidos fomos para a sala. Me sentei no chão encostando as costas no sofá, meu pai sentou em uma poltrona, Marie e Megan sentaram no sofá onde eu me encostava e Dean também havia sentado no chão.

–Pai? –O chamei e ele virou a cabeça em minha direção – Pode passar o controle por favor? –Ele jogou o controle em minha direção e eu o peguei no ar, fiquei mudando os canais até encontrar algo que me agradava, quer dizer até achar a serie que eu amava de paixão.

–Ah não Carrie –reclamou meu pai, eu apenas sorri.

–O que foi pai?

–Você não cansa de assistir essa serie não? –Perguntou-me fazendo uma careta.

–Mas é claro que não, é minha série favorita, nunca vou me cansar -falei.

–Deixa ai tio Ben adoro ver o tanquinho do Dean –Megan falou, meu pai apenas levantou os braços como se estivesse se rendendo, enquanto Dean soltava uma gargalhada alta.

–Se quer que eu tire a camisa, é só pedir Megan –ele disse, minha amiga pegou a primeira almofada que viu e tacou em Dean, que consequentemente quase acertou em mim.

–Ela não estava falando de você Miller –murmurei entrando na brincadeira-, ela falava do Winchester, que a propósito deve ter um corpo bem mais bonito do que o seu –provoquei.

–Se você quiser Carrie, a gente pode subir agora e eu posso provar que sua teoria esta errada.

–Vai deixar pai, ele ta na sua casa e ta querendo tirar minha inocência – falei com meu pai que não disse nada, acredita, ele apenas caiu na gargalhada junto com minhas amigas -, o que foi? –Perguntei confusa.

–Só tem uma coisa a declarar -ele disse. -Não deixe de usar camisinha Car -abri a boca teatralmente.

–Meu próprio pai -coloquei minha mão direita no meu peito e sacudi a cabeça -, esse mundo está perdido.

–Conta outra Carrie –falou Megan entre uma de suas crises de risos -, quer enganar quem? Você não é mais virgem desde... –em um sobressalto tapei a boca de Megan.

–Cale a boca Meg –pedi. Retirei a mão de sua boca e me sentei novamente no chão, podia sentir os olhares curiosos sobre mim -, o que foi?

–Fala –meu pai pediu, disse aquilo como um adolescente curioso .

–Eu não quero –lhe disse.

–Por que não? –Ele insistiu.

–Por que?- Soprei a franja que havia caído em meu rosto – Ahn deixe-me ver, pelo fato da minha primeira vez ter sido no banco passageiro do carro de James, ou ter sido basicamente a base de pressão? –Perguntei e todos me olhavam incrédulos, sorri para aliviar um pouco a tensão – Sinceramente acho que a única coisa boa nisso tudo... é que foi ao som do Guns –falei sorrindo e eles me acompanharam.

–Sinto muito –Marie falou, sorri pra ela.

–Não sinta, é com os erros que aprendemos não é?

–Acho que já deu minha hora crianças –meu pai falou se levantando.

–Mas ta cedo pai –falei olhando as horas do meu celular, não tinha nem passado das dez ainda.

–Eu sei querida, mas quero esta bem amanha de manha, tenho um encontro – o refrigerante que eu bebia no momento saiu todo da minha boca, fazendo com que eu engasgasse, comecei a tossir tanto que Marie veio ver se eu estava bem. Fiz um gesto com a cabeça de que estava, assim que consegui controlar minha respiração.

–O que? –Consegui perguntar.

–Da última vez que nos vimos, você havia me dito pra tentar me socializar um pouco, para que eu não ficasse sozinho e bem é isso que estou fazendo, conheci uma grande mulher conversamos por um tempo, então criei coragem e a chamei para sair –sorri, não acredito, finalmente meu pai vai sair com alguém desde que minha mãe morreu – e se tudo ocorrer bem amanha, pretendo chama-la para jantar.

–Fico feliz pelo senhor pai –me levantei e o abracei -, prometo tentar não fazer barulho.

–Isso já é um começo –ele disse -, boa noite crianças.

–Boa noite senhor...

–Oh desculpem-me e a minha filha de cabeça oca, que esqueceu de me apresentar, assim como aquela ali –balançou a cabeça em direção a Megan, que apenas revirou os olhos, ei esse gesto é meu, brincks -, sou Benjamin, mas podem me chamar de Ben... quer dizer faço questão que me chamem assim –ele sorriu.

–Boa noite senhor Ben –Marie disse com doçura.

–Boa noite- Dean murmurou, meu pai sorriu, abraçou Megan e subiu.

–Ao som de Guns, foi?

–Cale a boca Dean –falei.

–Só me pareceu um pouco excitante.

–Pra mim também –brinquei - pena que não aconteceu a mesma coisa com ele –falei rindo e Dean me acompanhou, assim como Marie e Megan.

–Então quem lava a louça? –Meg perguntou e logo completou – Eu não, o mais justo seria Carrie lavar, já que a casa é dela e tal.

–Justo pra quem? –Protestei , colocando as mãos na cintura.

–Para de drama Carrie –Meg prosseguiu e em seguida olhou pra Marie, as duas lançaram uma para outra um sorriso cúmplice, não gostei nada, nada disso -, você lava e o Dean seca –olhei para o mesmo que apenas deu de ombros.

–Ok...mas a louça de amanha é de vocês.

–Justo –falou Marie estendendo a mão para mim que prontamente aceitei.

Seguimos em direção a cozinha em silêncio. E o silêncio predominou por um longo tempo, ainda estava um pouco irritada com Dean, mas qual é? Eu não tinha motivo para tal sentimento, ele podia ficar com quem ele quisesse. Estava lavando a louça e ele se encontrava do meu lado secando os pratos que eu o entregava, estávamos perto, tanto que eu podia sentir o calor que emanava do seu corpo. Cansada do silêncio, e com uma ideia em mente, me inclinei um pouco em direção a pia.

–Ta vendo isso Dean? –Perguntei e meu tom demonstrava preocupação.

–O que? –Ele perguntou enquanto se inclinava para ver o que tinha dentro da pia, mas as únicas coisas que continha lá eram alguns pratos sujos e água, muita água. Como uma garotinha enchi minha mão de água e joguei em seu rosto, ele foi pra trás com o susto colocando as duas mãos no rosto, enquanto eu não parava de rir – Meus olhos estão ardendo –ele disse, vish será que eu tinha jogado água com sabão? Me aproximei de Dean.

–Deixe-me ver... –me aproximei dele e o fiz tirar as mãos de seu rosto, ele olhava fixamente em meus olhos e eu nos seus – não esta ardendo coisa nenhuma ou esta? –perguntei e ele apenas riu. –Idiota –bufei, já ia me afastar mas sou interrompida quando Dean joga água em meu rosto -, seu... seu... –tentei formular um xingamento decente – idiota –é não consegui, ele estava rindo e muito eu diria, quando dei por mim estava rindo junto com ele.

Peguei sabão e joguei na pia, mexi a água para que fizesse espuma e assim que já tinha uma quantidade suficiente, peguei um pouco e esfreguei na cara de Dean. Carrie 01x00 Dean. Ele passou a mão no rosto e tentou retirar o sabão, ele me olhou com um olhar assassino e quando eu vi já estava vindo atrás de mim. Me coloquei atrás da mesa, deixando a mesma entre a gente, ele ia para direita eu também, para que ainda continuasse a uma distância segura. Mas quem eu estou querendo enganar, Dean é bem mais rápido que eu. Assim que novamente tentei correr ele me puxou pela cintura me retirando do chão, não consegui parar de rir.

–Me larga Dean –pedi entre um riso e outro.

–Por que? Ta tão divertido a gente assim, juntos –me virou fazendo com que eu ficasse de frente para ele, seu rosto ainda continha sabão, e isso me fez abrir um sorriso, estávamos próximos o suficiente para que eu escutasse sua respiração -... eu vou te beijar agora Carrie –ele se inclinou e sussurrou em meu ouvido -, então se não quiser apenas diga –novamente Dean se inclinou, nossos narizes se encostaram , eu queria beija-lo e nossa como eu queria, minha respiração estava falha e ele sabia que mesmo que eu não quisesse ficaria difícil falar, então apenas o empurrei de leve, ele estava com a Joy e apesar de não ter ido com a cara dela, não faria ela passar o mesmo que passei com James.

–Vem vou te mostrar o quarto de hospedes, pegue suas coisas e tome um banho quente, não quero que fique resfriado –sai da cozinha antes que ele pudesse dizer alguma coisa, as garotas assistiam Tv na sala e nem perceberam quando me apoiei na parede da passagem da cozinha ou quando Dean apareceu e pegou suas coisa, na verdade acho mesmo que elas fingiram não perceber.

Subi as escadas e Dean apenas me seguiu sem dizer nada. Andei pelo corredor até me deparar com o quarto de hospedes, abri a porta e logo acendi a luz. Esperei que Dean entrasse e colocasse suas coisas em cima da cama.

–O banheiro fica ali –falei acenando com a cabeça em direção a uma portinha -, tome um banho quente, depois se quiser descer... vou preparar um pouco de pipoca e vamos assistir um filme – segui em direção ao guarda-roupa que continha ali e peguei uma toalha branca, entreguei a ele tentando ao máximo não olha-lo nos olhos -, vou terminar de lavar a louça –disse e sai do quarto.

***

Dean não desceu.

Assistimos a vários filmes e em todos eles me peguei pensando no que ele estaria fazendo, me repreendi varias vezes por isso. Depois de ter lavado a louça eu havia ido para meu quarto, tomei um banho e coloquei meu pijama, que era basicamente uma calça de moletom cinza e uma regata preta.

As garotas caíram no sono cedo, bem pelo menos estava cedo pra mim. Acordei as duas e as fiz subir até o meu quarto, assim que já estavam dormindo de novo, desci novamente para sala. Me joguei no sofá e coloquei um filme qualquer, peguei um punhado de pipoca na mão e comecei a comer.

Para falar a verdade não prestei atenção ao filme e novamente pensei em Dean, ele deve esta dormindo agora, assim como as garotas. Quando consegui sair do meu mundo particular percebi que já rolava os creditos do filme.

Me levantei do sofá, peguei as coisas que havíamos deixado em cima da mesinha de centro e segui para cozinha. Coloquei o resto da pipoca em cima da bancada tampando logo em seguida para que não entrasse nenhum tipo de bicho, e coloquei os copos dentro da pia, lavei um deles e abri a geladeira para pegar um pouco de água. Quando já continha água em meu copo fechei a geladeira e me virei. Dean estava apoiado na bancada e isso fez com eu levasse um tremendo susto, quase deixando meu copo cair, quando consegui me recompor o susto passou a ser raiva.

–O que faz aqui? –Perguntei rudemente.

–Calminha ai, só vim pegar um copo d’água, só esperei que saísse da frente da geladeira –falou sorrindo sarcasticamente.

–Desculpe –murmurei em tom baixo, mas, sei que ele escutou.

–Calma ai o que disse? Não consegui escutar –revirei os olhos, e sai de frente da geladeira.

–Você me ouviu muito bem e não eu não vou repetir, idiota –falei e sai da cozinha, já estava prestes a subir para meu quarto quando sinto Dean segurar gentilmente meu braço -... isso já esta virando um hábito –lhe disse, assim que me virei -, você não cansa? –Perguntei libertando meu pulso de sua mão.

–Eu nunca vou me cansar de ir atrás de você Carrie.

–Por que você não para? –Falei baixo para que não acordasse ninguém do andar superior, porém firme.

–Com o que?

–Com isso –fiz um gesto com a mão indicando a mim e ele -, seja lá o que isso for.

–Por que eu não consigo –falou se aproximando de mim.

–Então apenas tente –disse colocando minha mão fechada em seu peito, para mantê-lo a uma distância segura -, você esta com a Joy, Dean...

–Isso é apenas ciúmes Carrie? –Fiquei com raiva, que droga tá tão na cara assim? Calma ai, o que?

–Não, até por que você come a puta que quiser –falei irritada, me virei e dessa vez consegui subir três degraus (olha que progresso), antes de Dean segurar novamente meu pulso me impedindo de ir adiante, bufei -, por que não me deixar ir Dean? –Perguntei descendo os degraus até parar frente a frente com ele – por que tem tanta dificuldade em me deixar ir embora?

–Porque não consigo suportar a ideia, que mais alguém importante na minha vida vá embora –pisquei os olhos. Nossa por essa eu realmente não esperava, já disse que não gosto de ser pega de surpresa? Dean não olhava pra mim, seus olhos haviam se fixado no chão, uma parte de mim não suportava vê-lo daquele jeito, estava tão...vulnerável. Acho que nunca realmente cheguei a pensar que ele tinha um lado que todos desconhecem.

–Ei Dean –falei levantando seu queixo, para que ele pudesse ver a sinceridade que emanava dos meus olhos -, eu não vou a lugar algum –sorri -... até por que eu estou na minha casa –ele soltou uma leve gargalhada.

–Você realmente sabe estragar um momento Carrie –ele me disse, apenas dei de ombros.

–Acho que esse é o meu dom.

–Vem –ele acenou com a cabeça, ergui as sobrancelhas -, vamos assistir um filme.

–Eu não acho que seja uma boa ideia... –me interrompeu.

–Eu não vou tentar nada, prometo –sua expressão parecia sincera como eu nunca havia tido a oportunidade de ver antes, ele sorriu e me estendeu a mão, esse sorriso não havia sido como os outros, não havia sarcasmo ou malicia escondido em lugar algum, segurei sua mão e me deixei ser guiada até o sofá.

Ele se sentou na ponta e eu fui pegar o controle, assim que o mesmo já estava em minhas mãos me sentei na outra ponta, só por precaução. Dean podia esta sendo sincero sobre suas intenções, mas eu não tinha a mínima ideia em relação as minhas.

–Qual é Carrie? Eu não mordo –ele disse e acenou com a mão para que eu me aproximasse e quando eu o fiz, ele completou -... a não ser que você peça.

–Como se eu fosse muito falar, oh Dean me morda – e ele me mordeu. O desgraçado mordeu minha bochecha -, seu filho da mãe.

–Você que pediu –se defendeu e de certo modo não pude evitar rir de seu argumento -, então que filme vamos ver?

–Não sei você escolhe –disse me ajeitando no sofá, ou ao menos tentando já que eu não conseguia achar uma posição confortável.

–Para de frescura Carri –ele falou e eu o encarei confusa, Dean não falou mais nada, apenas me puxou pela cintura e me aconchegou em seu peito, não disse nada, até por que o que eu iria dizer? Tava mais confortável assim.

–Você tá cheiroso –falei quebrando aquele silêncio constrangedor que havia se instalado no local, ele riu.

–Eu sou cheiroso Carrie, você só tem que se acostumar a esse fato.

–Nossa... nenhum pouco convencido –murmurei, e comecei a mudar os canais de Tv.

–Ei volta lá –fiz o que ele pediu -, gosto desse filme –falou empolgado.

–Dean –reclamei -, você sabe que eu tenho medo de filme de terror.

–Ah é, foi mal... Pode mudar então –a empolgação da sua voz havia sumido, e eu sabia que ele só tava fazendo drama, mesmo assim...argh.

–Tanto faz é só um filme.

***

Os feixes de luz que batiam em meu rosto me incomodava, por isso decidi virar, suspirei. Nossa parecia que não dormia bem assim a séculos. Senti uma respiração quente batendo em meu rosto... calma ai respiração? Abri os olhos e levantei um pouco a cabeça, eu me encontrava deitada em cima de Dean, meu rosto antes se encontrava na curvatura de seu pescoço, e seus braços fortes rodeavam minha cintura, me prendendo junto ao seu corpo. Foi quando me lembrei da noite passada, acabamos dormindo no sofá.

Sem perceber comecei a admira-lo, Dean ficava ainda mais bonito enquanto dormia, sua expressão era calma e o leve sorriso que continha em seus lábios demonstrava que ele provavelmente estava tendo um sonho bom. Me inclinei ainda mais em sua direção e toquei meus lábios nos seus, num selinho que por alguma razão eu decidi prolonga-lo. Assim que me afastei, Dean abriu os olhos, ai meu deus que vergonha. Pode dizer senhor eu só posso ter grudado chiclete em cima da cruz. Fiz menção de sair, mas antes que pudesse Dean apertou ainda mais seus braços em volta de mim.

–Fica. –Ele me olhava diretamente nos olhos, retirou a mexa de cabelo que havia caído em meu rosto a colocando atrás da minha orelha – Quero ficar assim, só mais um pouquinho. Não quero acordar e vê que foi tudo um sonho. – Foi então que eu entendi, ele achava que aquilo era um sonho, e parte de mim se incomodou por isso, acariciei sua bochecha a beijando logo em seguida.

–Feche os olhos Dean –sussurrei em seu ouvido -, você esta sonhando... apenas feche os olhos. – quando me afastei notei que sua respiração estava calma outra vez –Bons sonhos.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Espero ouvir a opinião sincera de vcs, comentem galera adoro ver os comentários de vcs, eles me motivam ainda mais... Bjos e ate o proximo cap!!!!!



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