The 39 Clues especial natal escrita por Kiwriah


Capítulo 3
Vingança




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Era cinco da manhã quando Sinead acordou. Seu despertador estava tocando. Era esse horário que a equipe aterrissaria na Inglaterra. Ela estava morrendo de sono. Não foi fácil dormir na central de comando com as duas Holt roncando do lado dela. Pareciam roncos de dinossauro, credo!

Aparentemente, ela foi a única que teve dificuldade para pegar no sono ali. Assim que as meninas pararam de reclamar que não tinham sido escaladas pra nada e que queriam ajudar, pegaram no sono. O resto do pessoal parecia ter desmaiado.

Ligou os monitores e estabilizou o satélite Gideon, exclusivo para os Cahill. Em seguida fez umas pesquisas e achou a localização da prisão:

Prisão de Fleet, 272 High Holborn, London WC1V 7EY, Reino Unido

Não era um grande avanço. Ela não estava pensando direito, devia estar mais dormindo que acordada. Fechou os olhos por um instante e, quando rodou a cadeira de rodinhas para trás, se assustou.

EITA!

Recuou com a cadeira e acordou de vez.

— Meu Deus, Ian, não poderia dar um sinal de vida antes que eu morra de susto? Tipo, dizer 'bom dia', 'ai que noite ruim', sei lá mais o que... Qualquer coisa que não seja aparecer do nada atrás de mim com essa cara de fantasma?!

Ele resmungou alguma coisa, irritado. Parecia que ele também não tivera uma boa noite de sono.

— Dá pra você parar de falar com essa voz irritante?

— É a única que eu tenho.

— Bela manhã de natal, ein?

Sinead não conseguiu conter uma risadinha. Aquilo tudo era tão estúpido!

— Ah, ok... Vamos fazer alguma coisa mais útil do que ficar aqui resmungando. Você sabe qual é o número da cela da sua mãe?

— Sinead, chame-a de Isabel, por favor. E não, mas conheço alguém que sabe. Espere um segundo...

Dan acordou com um solavanco. Quando sua vista entrou em foco, a primeira coisa que viu foi que despertou num carro, não no avião. A segunda coisa foi que a Natalie estava o encarando.

Esperando que ela desviasse o olhar, a encarou, mas ela continuou olhando. Então, Dan se ajeitou no banco e viu que estava no carro com Amy no banco da frente, Hamilton no banco de trás, e um homem que não conhecia dirigindo. E a Natalie não parava de olhar pra ele.

— O que tá olhando? Onde estamos?

— Pegamos um táxi e estamos indo para a prisão de Isabel investigar. A Amy não quis te acordar no aeroporto e, por isso, te carregou feito um bebê até aqui. – ela deu uma risadinha ao terminar.

Amy!!! Ele estava ficando muito vermelho, não sabia se de vergonha, raiva, ou as duas coisas juntas. Amy olhou de relance para trás como se dissesse: vingança, meu caro.

Depois da discussão acalmar, Amy releu a mensagem que Sinead tinha lhe mandado há alguns minutos:

“O endereço da prisão é 272 High Holborn, Londres WC1V 7EY. O número da cela de Isabel era 120 e Ian já arranjou funcionários que vão te deixar investigar. Conseguimos acessar um vídeo da câmera de segurança da cela e vimos pouca coisa, porque a imagem ficou fora de ar uns 10 minutos depois de Isabel mexer num sapato que parece não ser o da prisão. Achamos que tem alguém colaborando com ela, e mandou aquele sapato de presente, que na verdade era algum tipo de controle... Já em relação à forma como ela saiu, não encontramos nenhum vestígio de perfuração na cela, então isso é tarefa de vocês.”

Em Attleboro...

— Bom trabalho, Ian! – disse Sinead, girando sua cadeira em sua direção - Agora vejo que Amy fez o certo ao te deixar aqui, está sendo muito eficiente.

A cara do Ian, que Sinead esperava que ficasse feliz, ficou mais emburrada ainda, se é que era possível.

— Você não entende do que se trata. Vou tomar café.

Quando ele se virou, Sinead sorriu. Na verdade ela entendia muito bem.

Ela continuou olhando para a imagem de satélite daquela região da Inglaterra. Era nova tecnologia dos Ekaterina: ela podia apertar um botão e mudava de imagem de satélite para mapa político, vegetação natural, concentração populacional... até imagens em movimento ao vivo! Ei! Espere um pouco...

Sinead estreitou os olhos e deu zoom na imagem. Havia grande movimentação numa rua específica. Estavam todos concentrados perto de um caminhão, mas ela não conseguia ver o porquê. Prestou atenção nas pessoas: eram na maioria pais e filhos, mas tinham algumas pessoas filmando e muitos repórteres. Acionou a opção de identificar a ocupação das pessoas.

E arregalou os olhos.


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