Entre Otakus escrita por Van Vet


Capítulo 86
Marvin


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores... ainda estão por aí?
Mil desculpas pelo gigantesco hiato, ainda mais na reta final da fic. Espero que não tenham esquecido muita coisa da trama.
Tive e estou tendo alguns contratempos pessoais desde o fim do ano, portanto as postagens vão acontecer aos pouquinhos. Bem, mas o importante foi que voltou! o/
Aguardo ansiosa o "oi" de vocês.
Abraços!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/452408/chapter/86

Daquele dia não passava, prometeu Marvin determinantemente. Conversaram durante um longo tempo e ele quis refreá-la em sua decisão, mas ela estava mais do que decidida. Ocultar a verdade era tão culposo quando escondê-la e desde quando eles começaram a se relacionar a moça não sentiu um pingo de remorso. Não queria começar a experimentar essa sensação deteriorante destruindo seu estado de espírito repleto.

O namorado levantou-se da cama completamente nu. Marvin nunca parava de admirar aquele corpo esbelto e torneado, nem aquelas nádegas durinhas que agora podia apertar quando bem entendesse. Na noite passada haviam transado duas vezes seguidas e o ângulo vantajoso do espelho de teto fez com que ela se deliciasse admirando a retaguarda de Córmaco McLaggen enquanto penetrava-a.

Fora sugestão dela instalar aquele espelho no quarto do namorado. Córmaco concordou de prontidão, sempre ansioso para mergulhar nas aventuras propostas pela moça. Sua sogra que não gostou muito: resmungara que o aposento do filho parecia um motel. Marvin não fez ouvidos moucos e retrucou com um prazer devasso dizendo ser justamente essa a intenção. Irritar a Tremelique (um apelido docemente patenteado pela sua amiga) era praticamente uma terapia para o humor da garota de cabelos azuis.

— Não fica preocupado, Cormac. Pela minha experiência em Hermione Granger, ela vai ficar assustada, mas acabará levando numa boa.

— Estou contando muito com sua confiança. Pode ser nossa única solução. Quase que ela descobriu aquele dia na biblioteca da faculdade. Eu certamente não teria cara para dizer a ela “Mione, estou namorando a Theresa agora”.

— Errr, pare de me chamar por esse nome!

— Seus pais que lhe deram. Acho que cai como uma luva em você.

— Gostava quando me conhecia apenas como Marvin. — retrucou.

— Quando eu só te conhecia por Marvin? — ele fez um carinha de safado e vestiu a cueca lentamente — Naquela época eu não ficava tão cansado...

— O motor está arriando, é? — Marvin provocou livrando suas coxas grossas do edredom.

— Terceiro tempo? — Córmaco hesitou se vestia a camisa amarrotada em cima da poltrona ou não.

— Uma rapidinha para eu criar a motivação necessária e abrir o jogo com a Mione. — pediu a garota sapecamente.

O loiro voltou para a cama tirando a cueca com afobação, sedento pelos braços dela. Seu peso assentou sobre o da jovem e os corpos apaixonados ficaram colados, nus e empolgados, se amando. Beijaram-se num desespero frenético, os toques labiais servindo como achas de lenhas atiçando um fogaréu corrompido.

O desejo que os unia nasceu espontâneo, parecendo um vendaval oportuno num dia muito abafado. Marvin se deparou com Córmaco, ainda na figura derrotada do ex-noivo rejeitado da melhor amiga, sentado dentro de seu conversível observando a saída do campus da rua. Ela ia ralhar com ele, chamá-lo de lunático ou algo pior, e mandar que ficasse afastado de Hermione como solicitado. Ao aproximar-se do carro sentiu compaixão por aquele olhar e chamou-o para tomar um café. Passou a tarde e o início da noite ouvindo as lamúrias do rapaz e consolando-o. Toques, palavras carinhosas, sinceridade, contato verdadeiro com o deus grego da amiga balançou Marvin de jeito. Fragilizado, o rapaz rico deixou-se ser seduzido e rendido pelo amparo pleno dela. A garota acreditou que seria questão de tempo até ele sair da fossa e rejeitá-la, entretanto a melodia revelou-se imprevisível. Ele disse que estava apaixonado, a pediu em namoro e a presenteou com um anel de caveira totalmente de prata, exatamente nessa ordem. Estavam totalmente comprometidos, só faltava revelar a verdade para Hermione para sentirem-se livres de vez.

***

Marvin tocou a campainha da casa dos Granger. Sua mão suava um pouco e os músculos do pescoço eram pura tensão. Jane atendeu ao segundo toque, aquela mulher monumental, sorrindo para ela ao abrir a porta.

— Marvin! Ahh, sua sumidinha, entra. — pegou-a pela mão. — Tá gelada. Tá tudo bem?

— Tudo sim, Sra. Granger. — a moça forçou um sorriso. — Minhas mãos gostam de manter sua própria temperatura.

— Deve ser as provas de fim de semestre. Hermione está atolada de estudo também. Mal come, mal respira.

— Ela tá estudando agora?

— Sim, pra variar. — disse Jane antes de esticar o pescoço em direção da escada e gritar — HERMIONE, A MARVIN ESTÁ AQUI!

— Pode deixar, Sra. Granger. Eu subo lá. — Marvin começou a subir as escadas. Não queria que a mãe da amiga estivesse tão perto quando a verdade viesse à tona.

Quando ela chegou ao topo da escada, Hermione já estava na porta.

— Ei, que bicho te mordeu pra você aparecer aqui em pleno fim de semana? Eu estou estudando e você deveria estar fazendo o mesmo.

Marvin empurrou a morena para dentro do quarto e fechou a porta com um estrondo.

— Olha, não aguento mais esconder isso! Estou passando os fins de semana transando com seu ex!

Hermione deslizou para a cama, sentando-se lentamente. Primeiro pareceu confusa, depois pensativa, depois confusa de novo.

— O Ronald?

— Quem? O ruivo? Não! Eu tô falando do Córmaco!

Um misterioso peso soltou-se dos ombros dela.

— Córmaco? Córmaco? Como assim? Você tá transando com o Córmaco?

— É, Hermione. — Marvin sentiu os lábios tremendo — Tá surda? Estou pegando ele. Apertei aquela bunda linda uma dezenas de vezes e teve um dia que transamos tão gostoso que sua ex-sogra quase me olhou como se eu fosse um dos cavaleiros do apocalipse. Estamos namorando. Estamos apaixonados. Droga! Eu não queria te trair assim! — quase histérica, levou as mãos aos cabelos.

Hermione ergueu-se do colchão e caminhou até a amiga. Pegou-a delicada, mas firmemente pelos os pulsos e lhe deu uma sacudidela para que parasse de surtar.

— Está com ele antes ou depois de rompermos?

— Claro que foi depois. — respondeu Marvin chorando.

— Então pare de ser besta e me conte sobre como minha querida ex-sogra está reagindo a tudo isso. — ela sorria.

— É sério? Não quer me esganar? Me chamar de piranha e sair no tapa comigo?

— Primeiramente... — começou a morena enxugando as lágrimas do rosto da outra — eu perderia numa luta corpo a corpo com você. Segundo, você é minha melhor amiga e terceiro, mas de modo algum menos importante, é muito gratificante te ver tão realizada por estar apertando aquele traseiro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!