Entre Otakus escrita por Van Vet


Capítulo 41
Gina


Notas iniciais do capítulo

Primeiro dizer que vocês são todas impiedosas com o Córmaco ~chocada kkkkkkkkk
Capítulo entrando mais tarde, mas ainda na sexta.
Ótima leitura pra vocês, amores!

Beijos da Van!



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E então ela aceitou o convite de Erik. Não porque estava interessada pelo professor, embora o achasse bem atraente. Gina nutria um ódio maior do que o imaginado pela petulância de Harry e achou que aceitando sair com outro homem se sentiria vingada.

Surpresa foi provar mais que o sabor da revanche durante o encontro. Erik era despojado, leve e com um senso de humor na medida certa para ela. A ruiva se flagrou num contentamento genuíno por várias vezes no decorrer do jantar deles. Comiam hambúrgueres numa lanchonete modesta assistindo ao Chelsea contra Arsenal e comentando as jogadas.

As horas iam passando agradáveis agora, entretanto foi um dilema na cabeça da Weasley no início da noite.

Eles marcaram de sair logo ao término da aula. A moça ficou esperando-o tomar um banho rápido no vestiário da escola, sozinha dentro do salão vazio e todo iluminado.

Ela roeu as unhas, balançou os pés impacientes no banco e mirou através da janela a cidade, se decidindo sobre sua escolha. Evidentemente um friozinho corria por sua barriga. Tivera alguns ficantes para suprir a paixão platônica pelo amigo do irmão, entretanto um cara mais velho era outra coisa. Somente Harry fora seu impossível caso amoroso mais velho.

Quase escreveu um bilhete para o professor, com qualquer desculpa pouco convincente para que pudesse escapar. Só ficou porque teria de ser muito cara de pau para encarar ele na outra aula depois do “bolo”.

Como que prevendo a vontade de fuga dela, Erik apareceu rapidamente no salão. Vestia uma roupa casual de frio e finalmente sem seu vestuário de aula. Seria vexatório se usasse aquele colan que só ficava adequado no seu corpo musculoso dentro da escola, Gina pensou, e ela certamente teria um bom motivo para cancelar o encontro.

Foram juntos para o estacionamento embaixo do prédio, a jovem agarrada a sua bolsa, ele carregando a mochila. Ao apertar o botão do alarme, um imponente Audi respondeu na vaga adiante. O rapaz abriu o porta-malas e depositou a mochila.

— Um Audi! — ela acabou assoviando.

Erik a fitou com surpresa e riu.

— Quer dizer... — a garota ficou rubra vendo o quão ambicioso o comentário deve ter soado aos ouvidos do dono — Eu, eu...

— Gosta de carros?

Ela gostava mesmo. Um dia, se tivesse condições financeiras, teria um Chevrolet Camaro vermelho.

— Eu curto. — confessou.

— Dirige?

Possuía habilitação há três meses e só treinara algumas vezes com o carro de Carlinhos, contudo sabia pilotar com alguma segurança já.

— Bem, sim. — respondeu cautelosa.

— Então vá lá! — ele lhe lançou a chave.

— Sério?

Erik foi para a porta do passageiro.

— Sério. Estou curioso pra te ver atrás do volante.

— Não tenho muita prática. — foi sincera.

— A escola não te habilitou?

— Sim.

— Você teve que pagar pela carteira ou jogar seu charme para o instrutor?

— Não! — ela exclamou, achando graça.

— Então vamos lá, Gina. É uma máquina e tanto, aproveite.

Ela acabou por aceitar o desafio e meteu-se atrás do imperioso volante do carro. Enfiou a chave na ignição com os dedos trêmulos e ao girar escutou o resfolegar poderoso do motor vibrar. Apoiou as mãos na direção, estudando o próximo passo, seu coração a mil por estar prestes a encarar a responsabilidade de pilotar aquela aeronave.

Inesperadamente Erik aproximou seu corpo do dela. A ruiva se assustou, intimamente imaginando a intenção do professor, mas ele apenas passou o cinto de segurança nela. O cheiro simples de sabonete que exalava da pele dele era delicioso.

— Só não pode esquecer isso.

— Ah é... — concordou rindo aflitamente.

Gina deu ré com cuidado. Depois contornou o Audi entre as fileiras de carros estacionados e saiu rumo à avenida. A direção pareceu mais confiável a medida que avançava e o fato da marcha ser automática ajudava bastante. Outra coisa também a tranquilizou: o dono do carro estava esparramado no banco do passageiro sem um pingo de tensão, enquanto sua vida ficava a mercê de uma máquina de toneladas de ferro e uma garota inexperiente.

— Para onde vamos? — ela perguntou parando no primeiro semáforo.

— Queria comer, e você?

— Boa ideia. — continuava um tanto tímida naquele encontro. E também sem grana se ele sugerisse um lugar muito caro.

— Tem uma lanchonete que capricha nos lanches lá nas margens do Tamisa. Que tal?

Tamisa? Droga, vou ter que dirigir pra valer naquele trânsito.

— Ok. — respondeu sem certeza.

— Ok mesmo?

— É que lá é um pouco congestionado.

— E você tá com medo? — o rapaz a cutucou desafiador.

Ela ponderou a resposta. Escutou o motor ronronando no capô, pedindo uma chance de se provar potente aos cuidados dela. Gina comungou silenciosamente com o carro e suas escolhas, e decidiu que não tinha medo afinal.

— Vai me passando as coordenadas, tá legal?! — piscou-lhe desafiadora também.

Erik concordou parecendo orgulhoso de tê-la persuadido com sua insistência.


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