Percy and Annabeth fighting for the love. escrita por Little Dreamer


Capítulo 29
Capítulo 29 - Escolher


Notas iniciais do capítulo

Demorei, já podem me matar na guilhotina, mas entendam: eu demorei muito pra escrever esse capítulo. Eu tenho rascunho, mas nem os rascunhos ficaram do jeito que eu queria que o capítulo ficasse. E eu também fiquei meio relutante em postar porque eu li O Sangue do Olimpo, e muitas coisas mudaram, por isso eu provavelmente vou repostar a fanfic (acho que já disse isso antes), ou não, mas é isso, desculpa por ter demorado, agora já estou de férias e vou tentar colocar as fanfics em dia.
Boa leitura.



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POV Percy

Eu queria dizer que estava muito feliz pela volta de Annabeth, afinal, com ela viva eu poderia voltar a ter tudo que eu sempre precisei pra ser feliz, a não ser pelo fato dela ter simplesmente se esquecido de tudo o que vivemos. Eu estava feliz, Annabeth estava viva, isso é importante, mas acontece que, ela não se lembra de mim, ela não sente nada por mim. É um tanto egoísta pensar assim, mas eu voltei pra ela, o justo seria que ela também voltasse pra mim, eu estava com tanta saudade do sorriso, da voz dela, de beijá-la, mas ela estava lá e eu simplesmente tinha que me conter para não beijá-la, ela estava viva, dormindo no quarto ao lado, e eu teria que me controlar para não mostrar o quanto eu a amo. Isso é ridículo! Ela tinha que voltar inteiramente para mim!

– A memória dela pode voltar, é só uma questão de tempo, Percy. – repetia minha mãe.

– Isso vai demorar demais, ela...ela não se lembra mais da Sophie, deuses! Isso é horrível. E se a Sophie crescer e mesmo assim Annabeth não se lembrar dela? Se ela não se lembrar da própria filha? – perguntei aflito.

– Quando somos mães nunca esquecemos nossos filhos, de alguma forma estamos conectados a eles, Sophie tem uma aura forte, Annabeth vai sentir isso, e ai é só uma questão de tempo até ela se apaixonar pela Sophie, e lembrar-se de tudo. – minha mãe disse.

– Como você sabe disso? – perguntei

– Eu sou mãe, Percy, e ainda por cima sou avó! Eu poderia te localizar em uma rua cheia de garotos iguais a você, ou localizar Sophie numa maternidade cheia de bebês lindas e iguais a ela, é uma ótima habilidade, a melhor nas batalhas. – ela disse

– Como assim? No que isso pode ajudar em uma batalha? – perguntei

– É só uma forma de expressão, Percy. O que eu quis dizer é que, quando ela ver a Sophie, vai sentir tanta vontade de fazer tudo por ela, de protegê-la contra tudo, vai amá-la tanto que algo nela vai mudar, um sentimento tão forte assim tem que trazer de volta pelo menos parte da memória dela. – disse minha mãe.

– E por que quando ela me viu não sentiu nada disso? Eu sou o amor da vida dela, acho. – perguntei.

– Porque você entrou na vida dela como uma consequência do destino, vocês foram se conquistando, Sophie é a consequência de vocês dois, mas ela é parte de vocês, por isso. O que você sentiu da primeira vez que viu Sophie? – perguntou minha mãe.

– Vontade de não deixar ninguém encostar nela, ela parecia tão frágil, e tanta coisa estava em jogo naquela hora que a minha vontade era de parar o tempo e me esconder debaixo do cobertor e chorar, mas eu levaria Sophie comigo, e eu a protegeria. – respondi.

– Com as mães isso é mil vezes mais intenso. – disse a minha mãe.

– Eu só quero a Annie e a Sophie comigo! Por que sempre uma delas está em jogo? Annabeth sofreu muito na gravidez e... – parei de repente, minha mãe percebeu meu olhar perdido e me abraçou, eu precisava muito de um abraço, só queria que fosse de outra pessoa, da Annabeth, eu pensei tanto em como seria esse dia, eu quase comprei uma aliança de noivado! - eu estou cansado de tudo isso, mãe.

– E eu estou cansada de te ver chorando! – ela segurou meu rosto olhando nos meus olhos – eu simplesmente não compreendo como você sempre acha que as coisas vão ser fáceis pra você, não estou dizendo para esperar que coisas ruins aconteçam, estou dizendo para você encará-las, e não quero você dizendo que não consegue, eu sei que você consegue, as Parcas escreveram esse destino pra você, enfrente-o!

E naquele momento minha mãe não parecia a doce e simpática Sally de sempre, ela nem mesmo parecia ser Sally Jackson, ela falava como se todas as mães do mundo tivessem falando por ela, e isso me fez pensar em Hera, que por mais irritante que fosse era quem mantinha o Olimpo junto, quem zelava pelas mães e pelos filhos, lembrei-me de quando cheguei em casa depois de 8 meses sem nenhum contato com a minha mãe, ela me olhava com orgulho e agora ela me olha com uma mistura de súplica, pena, saudades (?) e raiva. Eu não queria mais que as pessoas olhassem pra mim com pena, muito menos que uma dessas pessoas fosse a minha mãe.

– Acho que você quer ficar sozinho agora, durma um pouco. – ela disse e se retirou do meu quarto, mas antes que ela pudesse sair a chamei.

– Obrigado, você tem razão, eu preciso enfrentar isso tudo. – disse com a voz firme – Eu te amo.

Ela simplesmente abriu um sorriso e saiu como se dissesse “Eu sempre tenho razão, sou sua mãe, Percy!”, uma coisa que Annabeth e minha mãe tinham em comum era o fato de serem bastante convencidas às vezes.

Senti meus músculos pedirem por descanso, eu estava tenso, tomei um banho gelado e pensei que fosse me sentir melhor, mas não surtiu o mesmo efeito que antes, eu estava me sentindo revigorado, só que parecia mais físico do que mental, isso me lembra de quando Annabeth virava noites desenhando algum projeto, ou fazendo algum trabalho, no qual ela insistia em ter que ficar perfeito, e eu falava pra ela descansar a mente, e então ela dormia abraçada comigo e mantinha sua cabeça na direção do meu coração, ela dizia que o som da batida do meu coração era como o som das ondas batendo nas rochas, claro que era só uma forma de ela relaxar e de me fazer rir, mas agora, se meu coração batesse como as ondas, provavelmente essas ondas seriam cansadas, ondas que imploram para que o mar acalme para que elas possam finalmente descansar, e se dependesse de mim esse descanso viria rápido porque eu não aguentava mais ficar em pé. Deitei-me só com uma cueca Box e quase instantaneamente caí no sono.

No meu sonho eu estava no fundo do mar, e havia mais dois corpos por perto, dois corpos parecidos, porém distantes, olhei em todas as direções e percebi que éramos só nós três lá, prestei mais atenção no corpo da esquerda e notei que era maior, bem maior, do que o corpo da direita, e que possuía algumas cicatrizes, cicatrizes de batalha, como algumas das que eu tinha, e de repente notei que a coloração de seus cabelos era loiro, assim como a coloração dos cabelos do corpo a direita. Cabelos loiros, cicatrizes de batalha, corpo atlético, Annabeth, o outro corpo, da direita, pequeno, cabelos loiros escuros, sem cicatrizes de batalha, estava envolto por uma camada que parecia ser uma bolha. Claro! Uma bolha de ar, a única pessoa que poderia fazer uma bolha de ar e com aquelas características seria a Sophie, apesar de ela ser um bebê prematuro, que não tem a mínima ideia de como fazer isso. Tentei mover as correntes para observá-las de mais perto, mas nada aconteceu, eu estava no mar, e estava sem poderes. Olhei mais uma vez em volta e olhei para cima procurando o Sol, que não aparecia, o que poderia significar que era noite, ou que estávamos em uma profundidade muito arriscada. Quando voltei a olhar para frente em busca delas percebi que o corpo de Annabeth estava sendo impulsionado cada vez mais para o fundo e que naquela profundidade a pressão a esmagaria, de repente o mar pareceu tremer, e senti que eu tinha certa influência sobre a água. Quando uma voz ecoou na minha cabeça.

– Escolha. – disse a voz grave e desafiadora.

Escolher. Naquele momento todos os palavrões em inglês, grego e latim que eu conhecia passaram pela minha cabeça, era como perguntar a um Pégaso qual das patas ele preferia, ou a um peixe qual das barbatanas ele mais gostava. Eu simplesmente não poderia escolher entre a Annabeth e a Sophie, eu preferia morrer a isso.

A ideia me ocorreu como um choque, ergui os braços e juntei o máximo de correntes de água que eu conseguia, movi Sophie e Annabeth na mesma direção, até que a bolha de ar de Sophie abrangesse Annabeth, e me concentrei em liberar todo a minha influência na água em mantê-las juntas, a dor que eu sentiria se isso fosse verdade seria o suficiente para me deixar completamente sem força alguma, e era isso que eu faria. Minha visão foi ficando embaçada e senti meu corpo ser impulsionado para baixo até que tudo estava completamente escuro.

Acordei ofegante, mas não fiz questão de levantar, ou de qualquer coisa, apenas fechei os olhos e voltei a dormir, sem pesadelos dessa vez.


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Notas finais do capítulo

Ta complicado para o Percy, e podem deixar, eu vou piorar mais, eu estou com muitas dúvidas sobre o final da fanfic, mas vou cuidar para não decepcionar ninguém, espero que tenham gostado, comentem e me sigam no Twitter: @nicolorido. Bjos