Octoni escrita por Oni


Capítulo 3
Harry Kane: Tá olhando o quê?!?


Notas iniciais do capítulo

Esse é o capítulo de apresentação do Harry Kane, meu personagem preferido até então. Eu já interpreto ele faz uns 6 meses, por aí, mas com o nome de Davy e muito mais educado e bonzinho. Eu escolhi esse nome pois, Harry Kane tem a mesma pronúncia de Hurricane, que é furacão em inglês, ou algo do gênero -q



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– Relatório? Pra quê um relatório? Quer fazer uma bibliografia da minha vida, seu filho da puta? Hein? Hein? O quê? Me obrigando a contar? Por acaso você paga as minhas cont.. Ah é, você paga as minhas contas. Tá, tá, tá, desculpa. Muito bem, aí vai o relatório: Eu sou o cara mais incrível que esse universo já viu, eu me chamo Harry Kane, morro faz 17 anos, mas já sei como controlar a morte desde os meus 13 anos. Eu odeio o lugar em que eu nasci por isso não vou dizer. Um careca filho da puta muito parecido com você me mandou em uma missão, e... hm.. Acho que foi você. Me desculpe, é que eu odeio carecas. Eu odeio admitir, ou que joguem na minha cara, mas eu sou meio sensível quanto a carecas.

No lugar em que eu nasci, um careca me tirou daquela coisa que minha mãe tinha entre as pernas. Na verdade, todos eram carecas. Ele me levantou e me colocou na frente do sol, eu vi meu maldito cordão umbilical e vi ele cortando aquilo com uma tesoura. Encarei ele. Ele pareceu me ignorar. E se tem algo que me deixa muito puto é quando alguém resolve fingir que a minha presença não deve ser notada. Ou melhor, admirada. Então, aquele cara tinha as pernas da minha mãe abertas diante dele, estava sorrindo enquanto me segurava - Eu estava pelado - pelo calcanhar e ainda por cima tinha cortado meu cordão umbilical e ignorado a minha santa presença... Mas daí, chegou a maldita gota d'água, ele percebeu que eu não estava chorando, e sim, encarando ele. Então aquele velho pedófilo nojento me virou de costas e deu dois tapões na minha bunda. Ele era um homem, homens não podem bater na minha bunda sem perder alguns dentes, certo? Então eu peidei na mão dele e se eu não fosse um recém-nascido eu faria muito mais. Existem lendas que dizem que o meu peido desintegrou a mão dele naquele lugar cheio de monges... Tudo o que eu sei é que eu esperei até os meus um ano e meio para falar, e as minhas primeiras palavras foram para ele:

''Seu filho da puta! Cadê a vadia da sua mãe? Posso dar um tapa na poupança dela também?'' A minha mamãe sempre disse que eu sou um garoto doce.

Mas voltando a história, eu fui recrutado para uma missão com aquela garotinha, a Lina. Se existe alguém com quem vale a pena fazer uma missão, esse alguém é ela! Estávamos somente eu e os meus lindos cabelos ruivos, meu casaco negro, as minhas calças jeans e o meu melhor amigo logo atrás de mim, aquele que está sempre comigo em todos os momentos. Alguém da organização tinha detectado uma atividade fantasmagórica, e já que a organização por aqui mudou e nós agora caçamos fantasmas para reservas de ectoplasma, alguém tinha que se foder. Eu me fodi.

Tá, eu encontrei um fantasma em uma praça, lá tinha uns banquinhos muito lindos, que ficavam ao redor de uma fonte. Era tudo feito de pedra e a fonte estava congelada. Aquele era um local bonito para se procurar uma briga. Não é mais.

Aquele fantasma era uma tartaruga gigante de 5 metros de altura. Sinceramente, algum professor idiota já me explicou sobre essas coisas idiotas sobre almas e fantasmas. ''Blábláblá, tudo tem uma alma, almas são feitas de ectoplasma e espíritos. Espíritos soltam ectoplasma a droga do maldito tempo inteiro e quando o ectoplasma acaba eles somem. Almas diminuem a velocidade com que o ectoplasma sai dos espíritos. A minha bunda caga merda. E fantasmas são espíritos que escaparam das almas e ficaram presos ao mundo, por isso eles se fundem a outros fantasmas para durarem mais tempo..'' Nisso daí eu me pergunto, com que tipo de desgraçado uma tartaruga se funde para ficar assim? UMA PORRA DE UM MALDITO DINOSSAURO? O MEU PAU? Eu sou uma pessoa paciente, meu último psicologo, aquele em quem eu enfiei um espeto de churrasco na bunda me disse algo como ''Uau, a sua paciência é impressionante, agora eu já vi o que te fez te obrigarem a vir até mim''

Mas bem, eu vi aquela maldita criatura gigante e me aproximei dela. Fiz a minha melhor cara de mal e a encarei.

– Ei, fantasma de merda! - Eu disse, dando o meu cumprimento educado de sempre. Ela se virou e olhou para mim, um segundo antes ela estava gritando como um mamute sendo estuprado, mas quando eu a chamei ela parou e se virou para mim. Eu me aproximei ainda mais dela e fiquei encarando ela de baixo para cima - É o seguinte. Aqui tá fazendo frio o suficiente pra fazer um pinguim tremer - Disse de forma calma, balançando a cabeça para a frente e em um tom de voz que era quase gritar - E eu tô com fome suficiente para comer umas três de você, então se pudesse simplesmente me deixar te absorver e acabar logo com essa maldita putaria pra eu ir pra minha casa comer meu pedaço de bolo, eu não vou ter que foder com você! - Ela deu um grito, eu nem imagino o motivo. Eu fui bastante educado - Ah, então você não quer me deixar comer meu bolo? - Encarei ela por uns belos três segundos, fiz a minha melhor feição de raiva e ela ficou assustada. - É, não é? Então chegue mais perto, quero te dizer algo - Ela recuou ainda mais com o pescoço - EU DISSE PRA CHEGAR MAIS PERTO! - Ela se aproximou. Eu colei meus lábios em um buraco que eu acho que era o ouvido dela, e falei - Eu quero bolo. Pra comer bolo, eu preciso da sua ajuda, você quer me ajudar, não quer? - Ela balançou a cabeça positivamente - Você não quer cagar no meu bolo, não é? - Ela ficou parada, me obrigou a gritar - VOCÊ QUER CAGAR NO MEU BOLO?? - Respondi, tão doce quanto uma mãe - QUER CAGAR NO MEU BOLO? VOCÊ SABE QUE EU GOSTO DE BOLO SEM MERDA, NÃO SABE? - Ela balançou a cabeça positivamente. Eu não sabia bem se era sobre eu gostar do meu bolo com merda ou sobre não querer cagar no meu bolo. Parei de falar por alguns instantes. Meu melhor amigo estava nas minhas costas ainda. Eu dei uma risada, os monges tinham me ensinado a contar até dez para reprimir meus sentimentos. Mas contar até dez demorava demais, e isso me irritava.

Olhei para o ambiente ao meu redor, sentindo o peso do meu melhor amigo nas costas. Respirei bem o ar frio pro fundo dos meus pulmões, foi tão frio que doeu. Aquele ambiente tinha uma névoa branca flutuando, a neve era completamente branca embaixo, chegava a ser bonito. Aquele ambiente completamente branco começou a me acalmar sabe... Aquela sensação pacificadora que você tem, que te faz entrar em estado de transe e ignorar todo o mundo? Eu olhei bem para a pracinha, ela ficava sobre a neve, com escadas de pedra que a cercavam e a faziam ficar elevada. Na parte mais elevada, você ficava cercado por vários banquinhos, um em cada extremidade do quadrilátero... Eu até já podia perdoar a tartaruga.

Olhei bem para ela.. Seus olhos verdes, sua pele verde... Seu casco era legal, ela também era bem grandinha. Três metros. Podia dar uma boa invocação. Um mascote fantasma legal, ela não cagaria, ela não iria querer comida, e a minha alma poderia ser um bom abrigo.. Agora ela me encarava assustada, incapaz de me machucar.

Olhei para a cabeça dela.

Aquela maldita, que me deu a ilusão de que poderíamos ser amigos... Grrr.... ELA ERA CARECA!

Puxei o meu melhor amigo das costas; um martelo com dois metros de cabo e 1,30 de diâmetro, meu corpo inteiro foi cercado por ectoplasma para que eu pudesse carregá-lo, eu já devia estar morrendo havia algumas horas por isso estava tudo bem. Acertei o lado do queixo daquela maldita traidora e a cabeça dela se afastou, girando num movimento horário para longe do meu corpo, ainda presa aquele pescoço verde.

– Careca não é? EU SABIA QUE NÃO PODIA CONFIAR EM VOCÊ! - Disse, um tanto quanto emocionado. A cabeça dela voltou, me encarando, e eu levantei o martelo acima da minha cabeça, acertei ela com tanta força no que parecia ser o nariz, que ela bateu o queixo no chão e quicou. Era muito bom sentir o ectoplasma no meu corpo. Mas bem, assim que ela quicou, enquanto a cabeça dela subia, eu, fodástico como sou, girei e acertei o meu martelo novamente na lateral do corpo dela. Meu nome é Harry Kane, e eu adaptei as minhas habilidades para ser tão fodasticamente destrutivo quanto um furacão!

Quando eu acertei ela, comecei a sentir um cheiro extremamente estranho... Ela voou para longe girando e se remexendo como se tivesse um piolho de cobra no rabo, afinal, tinha acabado de levar um golpe... MEU! Eu dobrei as minhas pernas enquanto a via voando no céu passando por cima de um prédio, sentindo os meus músculos se retraírem, e, então, liberando toda a minha força - o que é MUUITA coisa - eu pisei no chão com os dois pés e voei, destruindo completamente a pracinha, rachando aquele quadrilátero e deixando sulcos ali. Não sei porque chamam de sucos, eu nunca bebi aquilo. Um cara chamado Newton me falou que aquilo era Ação e Ração, eu perguntei se ele tava me chamando de cachorro, e ele disse que não. Era mesmo um maldito mentiroso! A língua dele deve estar bem melhor esmagada embaixo de uma maçã e presa por um prego no chão!

Vi os metros crescendo embaixo do meu pé e voei na direção daquela maldita coisa careca voadora, com os ventos irritantemente fazendo meus cabelos se balançaram, levantei meus dois braços segurando o cabo do martelo acima da minha cabeça com as duas mãos bem próximas, na extremidade, com as duas pernas bem dobradas pra aumentar a velocidade do movimento, cheguei bem em cima dela e desci o meu martelo para a frente do meu corpo, desabando de uma vez sobre o casco dela, que se rachou, mas não quebrou. Acho que aquela coisa queria me desafiar...

– ROAAAAARRR - Uma vez os monges me falaram de ''mantra'', uma parada idiota que eles faziam com a boca pra se concentrar melhor, eu comecei a gritar ''FOOOOODAAAAAAAAAA-SEEEEEEE'' como o meu mantra, e, bem, funcionava. Mas eles não eram as pessoas mais pacientes do mundo, entende? Por isso eu troquei meu mantra pra algo que soava melhor aos ouvidos deles - MORRA! - Gritei, girando no ar usando o peso do martelo como forma de me mover no ar o lançando em um arco ao redor do meu corpo ainda segurando o cabo e acertando o corpo da tartaruga, o casco se rachou completamente e ela voou - enquanto voava -, acompanhada por um rastro de cacos de casco. Eu gargalhei muito alto, alguma vez você já viu uma tartaruga-fantasma pelada se remexendo por causa do frio enquanto voa? Haha,, Mas depois não foi tão engraçado.

Eu persegui o corpo dela logo depois que caí, me lembrei que eu tinha uma missão... Capturar o ectoplasma dela. Quando eu cheguei lá, vi um pedaço de seu casco se dissolvendo, tendo acabado de atravessar uma mulher e cortá-la ao meio. A mulher devia ter 1,65, cabelos castanhos. E nossa, é o tipo de mulher que eu estupraria. Mas ela já estava morta, com um caco de casco espetado na barriga. MERDA!

– Ai meu caralho - Falei, eu tinha feito uma merda muito grande. Ah, falando nisso, bem na minha frente, tinha uma merda muito grande. De verdade, acho que a tartaruga cagou com medo de mim enquanto voava. Eu dei risada enquanto o casco começava a se dissolver... A mulher estava inconsciente, o espírito da tartaruga provavelmente ainda estava vivo... Aquele era o momento perfeito para ela possuir a mulher e virar o regente daquela alma. O que faria com que o espírito da tartaruga, ou melhor, fantasma da tartaruga, pudesse ganhar um local onde duraria mais tempo e, caso morresse, poder ser substituído pelos prováveis milhares de espíritos ali dentro... Ou seja, alguém ia se foder. A merda que eu havia feito a tartaruga feder fedia demais para um lugar frio como aquele.

Deniu Walker e Lina Bors se foderam.

Me virei e fugi atrás da Lina pra a gente cair fora, o cheiro da merda ainda estava no ar e o casco já havia se dissolvido, a alma da tartaruga já pegava o fantasma da mulher e um fantasma se formava. Eu falei que eu fugi? Bem... Claro que eu não fugi. Aquilo foi só uma retirada estratégica, sabe? Eu estava com frio e com fome, queria o meu bolo, e a tartaruga realmente tinha cagado em tudo. Eu não tive medo... Pfff.. O que milhares de almas podem fazer de mais comigo? Claro que não... É só que eu não queria interagir com carecas, o único careca que eu gosto é o meu saco raspado!

Depois de algum tempo, ouvi barulhos vindo de outro beco, devia ser a Lina, quando eu cheguei lá, Deniu Walker, aquele cara que eu conheceria logo depois, estava espancando um enorme touro vermelho. Uou, aquele cara merecia o meu respeito.


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Notas finais do capítulo

Continuem escrevendo no Review, eu amo isso e me motiva muito a continuar



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