Octoni escrita por Oni


Capítulo 2
Lina Bors: Ciranda cirandinha, vamos todos nos matar.


Notas iniciais do capítulo

Nesse capítulo eu vou tentar passar a personagem Lina Bors, ela é bastante original até, pois eu não me baseei em personagem algum pra fazer ela. Completamente fruto da minha imaginação. Espero só que eu possa me orgulhar disso mais tarde... -q



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– Ah, o relatório? Tudo bem papai. Eu estava em uma missão com o Harry, aquele garoto fortão, sabe? Hihihi... Bem, eu estava andando por Bohruns, eu tinha esquecido o meu casaco papai, por isso estava bastante frio. Eu espirrei bastante por isso, meu nariz parecia estar cheio de bichinhos dentro, sabe? No começo eu pensei que isso fosse por causa do frio, mas logo eu percebi que estava espirrando tanto assim por causa de um cheiro muuuuuito ruim. E eu sou corajosa, não sou? Lembra de quando eu peguei aquela cascavel com as mãos vazias e dei um nó nela? Isso! Era essa mesma! Aquela com dois metros. Haha...

Bem, era um pouco chato correr por cima dos prédios, aquelas coisonas da chaminé que ficam no telhado sempre me atrapalhavam.. Eu bati a minha canela em uma delas e quase sujei o meu vestido. Mas eu sou uma garotinha corajosa, não sou papai? Por isso eu continuei andando e procurando pela boneca que vocês me pediram ''por favor, por favor'' para que eu fosse atrás e capturasse pra vocês brincarem. Quando eu cheguei em cima de um prédio, eu olhei pra baixo. Aquilo foi bem divertido, eu estava a um montão de metros do chão, lá embaixo era tudo branco por causa da neve, e tinha até uma névoa bastante fria. Acho que também vi um garoto, uma coisa passou muito rápido na frente dele. E ele parecia estar com muito medo... E, ah. Eu tenho uma piada. Hihihi... Você sabe o que é um ponto vermelho em um fundo branco?

Eu respondo, eu respondo: Assassinato.

Então eu pulei de lá do alto e pisei na cara da boneca que saiu do corpo da mulher quando ela foi cair em cima do garoto pra fazer psheen psheen no corpo dele e transformar ele em duas metades. Eu também me virei e fiquei deitadinha no ar, e dei um empurrão na boneca com o pé. Eu estava feliz por isso, e gritei, sabe... Não é todo dia que se acha algo tão divertido pra se fazer aqui, aonde nunca tem um dia ensolarado de verdade. Ele não conseguia se mexer por causa do medo, e eu achava isso engraçado, por isso fiquei lá em cima observando enquanto ele tremia.

Quase demorei demais de salvar ele Hahaha...

Eu empurrei a boneca com o chute, mas acho que fui meio mal-educada... Sabe? Eu cheguei e comecei a brincar com a boneca dele sem nem pedir permissão.. ''Não faça com os outros o que você não gostaria que fizessem com você'', é o que os adultos sempre me falavam, e eu com certeza chamaria o meu irmãozão pra matar qualquer um que pegasse nas minhas bonecas.

Ela voou longe, meu pé estava com aquela ''meia'', sabe? Aquela que você me mostrou como se faz, aquela pra tocar em fantasmas. Por isso eu quase certamente matei ela com o chute, eu ouvi o som do pescoço dela estalando enquanto ele virava para trás, e depois ouvi o som da pancada dela quando fez ''BUUUM'' na parede e voou fumaça do muro. Eu caí no chão com a minha base pronta pra brincar de lutinha, e falei, para tentar dar um jeito na minha falta de educação:

– Meu nome é Lina, Lina Bors. - Se você quer saber o nome de alguém, tem sempre que se apresentar primeiro, não é mesmo? - Quer ser meu amiguinho? Eu acho que vou pegar a sua boneca emprestada. - E ele pareceu relaxar um pouco, parou de tremer e caiu de joelhos no chão.

– Manda ver - Falou, colocando as mãos na neve, mas não era como se ele estivesse agora tentando se livrar do medo... Ele fazia uma cara engraçada, encarando a neve com uma sobrancelha curvada, acho que vocês chamam de franzida, parecia que ele queria dizer algo como ''Isso aqui tá muito divertido! Como a Lina é incrível!'' Ou então ''Em que droga eu me meti?!?'', é, acho que foi a primeira opção.

– É... Me desculpe dizer, mas eu acho que quebrei ela. - Mas, nesse momento, saindo do meio da fumaça, aquela mulher se levantou. Eu vi o ectoplasma saindo do corpo dela como se ela já estivesse no fim, e ela realmente já estava. As feições dela começaram a mudar e o ectoplasma foi embora, se dissipou no ambiente. A mulher estava morta, aquele era o fim da vida dela. Mas o fantasma não era só ela, havia algo a mais ali dentro.

Ah, e sabe? Eu vejo fantasmas. Com que frequência, você quer saber? Sempre que eu quero brincar.

Uma onda de ectoplasma saiu do corpo da mulher, que estava brilhando verde, mas logo passou a brilhar azul-escuro. Ela soltava vapor, como todos os fantasmas. O vapor azul-escuro cobriu o corpo dela e fez uma bolota um pouco menor que um elefante.

Eu sei disso porque já matei um.

Aquela bola azul começou a flutuar, ficou dessa forma por alguns segundos, e voou na minha direção, a partir daquele momento eu sabia que ia ter que chamar o meu irmãozão pra lutar comigo.

– Irmãozão! - Eu pus a minha mão para trás e segurei o ar, deixei que os pedacinhos de ectoplasma se juntassem ali, eles eram cor de rosa. Começaram a se juntar na minha mão e formaram o cabo, eu segurei ele, eu sempre faço o cabo com dois metros, gosto que o machado seja 50 centímetros mais alto que eu. Levei o cabo até acima da minha cabeça e comecei a girá-lo com as duas mãos, o ectoplasma cor de rosa se juntou em uma das extremidades dele e ali estava a cabeça do machado. Meu irmãozão, aquele que sempre vem me defender quando eu tenho problemas, tinha aparecido para me salvar - Vamos brincar de Amarelinha!

Me virei de costas para o fantasma, pensando ''Para brincar de Amarelinha eu primeiro preciso de uma pedra.. Hm..'' Correndo, eu saí daquela esquina deixando o garoto para trás com a gigantesca esfera do tamanho de um elefante flutuando na direção dele. Ele correu atrás de mim para me acompanhar

– Ei... Não foge, não, não, não... Que bizarrice é essa, garotinha pirada? Pode brincar com a minha boneca, eu deixo, vai lá. Eu não quero mais ela. Bonecas sempre me assustaram... Arr.. - Ele até que corria bem rápido, para um covardão hihi - Vamos lá, pega ela, eu disse ''Manda ver!''

– Ei.. Silêncio. Me ouve.. - Ele respondeu me interrompendo após eu dizer isso, mas parecia ter, não sei, talvez medo de mim?

– Ei sua anã super-dotada... - Interrompi ele.

– .. Vaca Amarela..

– ... Nós não temos tempo para..

– Defecou na panela...

– ... Você me...

– Quem falar primeiro...

– Explicar..

– Quem falar primeiro vai brincar de pisa pé facial com a Lina! - Ele parecia querer falar, mas se calou instantaneamente. Ficou com um rosto de ''E quem sou eu pra discordar?'' O fantasma perseguia a gente atrás, aquela coisa me lembrava uma baleia sem rosto. Eu nunca matei uma baleia... Droga. Papai, seu careca feioso! Se lembre de me deixar visitar Pentairo!

Nós começamos a ir na direção de um outro beco, a rua estava estranhamente vazia, o que era bem bizarro, mesmo para aquele horário.

– Não entre nesse beco comigo! - Eu disse a ele, liberando ectoplasma verde das minhas costas para atrair o fantasma. ''Fantasmas são espíritos que não conseguiram adentrar a alma após a morte, por estarem muito presas á terra. Todos os fantasmas são feitos de ectoplasma, e, por não terem um corpo físico, libertam o ectoplasma a todo o tempo, quando todo o ectoplasma do corpo de um fantasma vai embora, ele morre. Por isso ele possui pessoas para tentar roubar suas almas e se fundem com outros fantasmas para se manterem vivos por mais tempo.'', foi isso que você me falou junto com aquela história toda das personalidades conflitantes dos fantasmas e deles serem irritados por isso, não é mesmo? Eu me lembrei disso e lancei meu ectoplasma para atrair ele. Ele me seguiu, eu olhei para trás e vi o meu poder se chocando contra ele e sumindo. Hihi..Funcionou!

A parede do muro estava a uns 15 metros, vi, quando olhei para frente. O Boneco Baleia estava atrás de mim acho que 5. Eu ainda não dominei aquele treinamento de espaço. Eu corri na frente dele, e eu ouvi um som de sucção. Senti o vento indo para trás de mim e sugando meus cabelos, acho que ele estava tentando me puxar. Quando eu olhei para trás de mim ele berrava abrindo uma boca feita de lábios inexistentes, cuja qual, dentro, só se podia ver vários espíritos brigando pra tomar o controle da alma. Eu hein...

Corri mais para a frente, aquele era um beco sem saída. Perfeito. Eu vou te dar uma dica, se algum dia você for brincar de lutinha com uma boneca mal-educada, faça isso em um beco sem saída, ela não vai poder fugir.

– Eeenie meenie mine moow - Comecei a cantar enquanto eu corria, o fantasma parecia se divertir atrás de mim junto comigo. - A boneca vai fazer BOOM BOOM KA-KA POOW.

Corri e saltei na parede na minha frente, pisei nela e mantive meu pé ali por frações de tempo que pareceram uma eternidade. O fantasma veio atrás de mim, aquele beco era até grandinho para um beco, e ele coube perfeitamente bem. Coube? Ou o certo é cabeu? Ah, ok, ele coube. Ele estava a uns dois metros de mim, com a boca aberta, eu estava beeeeem acima dele, me mantendo ainda na parede graças a força, não tinha passado nem um segundo. Dobrei a minha perna devido ao movimento, ainda me chocando contra a parede em câmera lenta. Não sei ao certo se aquela era uma parede qualquer do fim de um beco ou a de um prédio. Eu só me lembro de ter usado o meu machado para cortar a parede enquanto eu pulava para o meu lado, ter girado no ar, ter pisado de novo na parede, e de subir, assim fugindo da mordida da baleia-fantasma, que se bateu na parede afundando nela, e depois, bem lá no alto, eu pulei para o lado de onde eu tinha vindo, cortando e girando a parede com o meu machado, e, depois, segurando ele com bastante força e o puxando com as duas mãos para os dois lados, ter dividido meu irmãozão em dois, fazendo ele terminar de cortar os dois lados que faltavam para fazer um quadrado, cortando para baixo enquanto dava uma cambalhota para a frente.

O quadrado de tijolo que eu havia formado caiu em cima da baleia quando eu ainda estava no ar, e fez ''BUUUUM'', ele esmagou ela.

Eu caí do lado dela e ela ainda estava viva, embaixo daquele pedação da parede. Dentro da parede devia ter bastante ectoplasma para poder tocar nela. Juntei meus Irmãozões de novo em um, encostando os dois. Era agora que começava a amarelinha.

Peguei o meu irmãozão e escrevi na neve, bem na frente dela: ''Inferno''

Concentrei a ''meia'' de ectoplasma novamente no meu pé direito ''Você não pode tocar fantasmas sem estar coberto de ectoplasma, caso o tente fazer, será possuído ou atravessado'' Me ensinaram assim, por isso foi assim que eu dei o segundo chute nela.

Eu dei um chute vertical de baixo para cima no que parecia ser o queixo dela. Ela voou alguns metros para o alto e girou em torno de si, a pedra voou para longe. Eu contei quantas vezes a pedra quicava no chão. ''Uma, duas, três, quatro, cinco, seis, Paraíso'' É, eu tinha lançado a pedra bem longe, ela tinha caído bem aonde eu queria. Saltei e peguei a baleia que começava a se desfazer com o ectoplasma saindo de seu corpo todo como vapor. Um, dois, três, sete, doze, quinze. Quando eu vi, eu tava acima do chão 15 metros. Juntei todo o meu ectoplasma restante e dei um soco nela, minha mão afundou no corpo dela momentaneamente, e saiu ectoplasma daquela parte dela como doces saem de uma pinãta, mas era uma fumacinha. Ela voou e caiu bem em cima da pedra ''Paraíso'' pensei, e parece que eu tinha vencido o jogo de Amarelinha. Pousei no chão e fez uma grande barulheira, meu Irmãozão se desfez na minha mão por causa da minha falta de morte em mim. Me senti cheia de energia.

Começou a sair ectoplasma dela, e ela começou a brilhar de outra cor, o que significava que lá vinha um novo fantasma. Aquele garoto estava atrás dela, com a boca aberta, encarando todo o estrago que eu tinha feito. Ele tinha uma sobrancelha curvada.

– Wow.

– Ei, qual o seu nome? - Eu perguntei, aquele mal-educado ainda não tinha dito!

– Meu nome é Deniu Walker. Eu acho que você já pode me chamar de Den... É que, você brincou com a minha boneca e essas coisas todas...

– Bom, Den, a quanto tempo você está morrendo?

– O quê? Espere... Morrendo? Como assim morrendo? - Ele se espantou, será que ele ficou com medo de uma pergunta boboca?

– Hm... Bom, eu já estou morrendo faz duas horas. Eu aprendi a controlar o meu poder quando eu estava morrendo a cinco anos... A quanto tempo você está morrendo?

– Hm.. Acho que... Nossa, que droga de pergunta.. Você quer saber a minha idade?

– Acho que sim.

– Dezessete anos. Como assim estou morrendo? Eu estou vivo a dezessete anos.. - Ele começou a massagear a testa com os dedos dele. Será que ele era burro? - Você começa a morrer quando... - É, ele era burro.

– Todos morrem um dia. O copo está meio cheio, ou meio vazio? Se algum dia você vai morrer, você morre um pouco todos os dias, a cada segundo. Haha.. Você é engraçado. Mas bem, é o seguinte, se você morreu durante 17 anos, você deve estar cheio de energia, não é mesmo? Eu quero te chamar pra jogar um jogo comigo, esse fantasma aí na frente tem uma alma, ele deve ficar voltar em outra forma mais umas duzentas vezes, ou pra sempre, sei lá. Só há uma forma de parar ele.... - É, não sei se eu peguei pesado demais, mas eu falei a verdade, ele só deve ter interpretado errado, ou sei lá. Mas eu achei a cara que ele fez logo depois divertida - Você vai ter que deixar a morte te comandar.


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Notas finais do capítulo

Valeu por ler até aqui. Comenta aí, eu preciso que vocês inflem meu ego pra eu ter boa vontade pra continuar -q



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