O mundo dos Espectros escrita por Patucio
Notas iniciais do capítulo
Imagem de referencia para ocorridos no capitulo:
Espectro de Borracha - http://3.bp.blogspot.com/-Q5vulAPzBgM/TsesAkjsOWI/AAAAAAAAAOE/987hMfAT89U/s1600/empty+nobody+dusk.jpg
Issamu estava nervoso, não tinha certeza do que fazer.
– Droga, tem que ser esta! – E assinalou a D. – Ufa...
Issamu terminou seu teste e foi saindo da escola para o pátio e no caminho foi entreouvindo as conversas das pessoas. “Você vai à festa hoje a noite?” , “Acho que vou, vai estar cheio de gatinhas cara!” , “Quantos garotos será que consigo pegar hoje?”... “Mas que bando de idiotas” pensou Issamu, “eles deviam se preocupar com o teste, não com uma festinha no bairro de Shibuya.” Ele chegou a um banco que sempre utilizava e relaxou...por pouco tempo.
– ISSAMUUUUUUU!!!! – A garota chegou gritando e pulando nas suas costas
– Gajiyo-chan, já falei pra não gritar meu nome assim do nada! Vão pensar que estamos juntos ou algo do tipo. – disse tirando ela de cima dele.
– Buuuuuu... Seu chato. – ela deu as costas e cruzou os braços “brava”, ela sempre fazia isso quando não conseguia algo que queria.
– E ai, o que você quer Gajiyo-chan ?
– Agora quer saber né? Então ta! – infelizmente para Issamu, ela era meio fofoqueira. – Hoje a noite vai ter aquela festa no bairro de Shibuya e eu fui convidada! – Ela estava radiante de alegria.
– Que bom. – Ele não estava nem ligando pra ela.
– E para a sua alegria, posso levar um acompanhante e você é minha escolha! Não vale dizer não. – E novamente fez aquela pose.
– Você é muito má, que droga.
Apesar de não querer ir Issamu é um bom amigo e resolveu acompanha-la. A festa ia começar às 22 horas.
– Então é aqui? O lugar é meio chique não acha? – Issamu estava desconfiado dessa situação.
– Sim sim! Este lugar é incrível! – Ela estava maravilhada.
– Midori-chan, lembre-se de me chamar de Mamoru ok? Não quero ser confundido pelo seu namorado toda vez que saímos juntos.
– Buuuu, então ta bom.
A festa estava lotada de gente de classe alta, Issamu realmente não sabia como a Midori tinha sido chamada para tal festa. E nem sabia onde ela estava, ela havia sumido a quase 1 hora.
– Acho que ela não vai nem notar se eu for embora... – E foi embora.
A caminhada era longa, eles tinham vindo de trem mas infelizmente a essa hora o trem não passava mais. “23 e 55... eu realmente perdi muito tempo la dentro.”
Ele parou em frente a uma torre com um relógio, estava quase dando meia noite. 5...4...3...2...1...
Ocorreu assim que o ponteiro chegou no 12. A lua cheia no céu ficou verde e Issamu se assustou com seu brilho, ele viu uma pessoa parada e correu em sua direção.
– Ei! Você viu o que aconteceu com a... - mas o resto da frase se perdeu, a pessoa estava sem rosto e paralisada. – O que é isso?!
Issamu correu rua abaixo e todos que ele viu estavam na mesma condição, até mesmo os raros cachorros e pombos que encontrava.
– O que esta acontecendo? Isso só pode ser um sonho! – Ele estava ficando desesperado.
Um homem surgiu na sua frente, ele não estava paralisado e tinha rosto, usava um tipo de smoking. Issamu achou que era confiável.
– Ei! Moço! O que esta acontecendo?
–Hehehe... Primeira vez aqui não é? Acho melhor eu acabar com você logo antes que descubra seu Espectro. – E começou a andar na sua direção.
– Como assim? Do que esta falando? – Ele recuava amedrontado.
– Quieto, eu, Abarai do Espectro de Ventríloquo, irei acabar com você! Espectros de Borracha... Vão! – E ergueu os braços para o céu.
Por um momento Issamu achou que o homem estava louco, mas então as pessoas e animais sem rosto começaram a vagarosamente a se movimentar em sua direção. Issamu saiu correndo de medo do homem e das pessoas, ele finalmente reparou que algo estava muito errado.
Enquanto corria sem direção, as pessoas começaram a se deformar e a virar coisas molengas. Sempre que uma chegava perto o suficiente ela pulava pra cima dele para ataca-lo. Issamu desviava todas as vezes graças as suas habilidades em queimada. Mas a escuridão lhe pregou uma peça, ele acabou em um beco sem saída.
– Droga! Não pode ser! – Quando olhou para trás, 4 daquelas criaturas estavam atrás dele, se preparando para atacar.
A primeira pulou em sua direção, com o “braço” esticado, mas algo aconteceu, Issamu colocou o braço direito na frente para se proteger, mas não sentiu o impacto. Quando olhou, um estranho braço espectral, um pouco maior que seu tronco, estava parando a criatura.
– Eim? O que é esse braço? – Quando notou, sentiu como se realmente estivesse segurando a criatura em sua mão, ele experimentou e tentou arremessa-la. Ele tomou um grande susto quando o braço fez exatamente o que ele havia ordenado seus músculos a fazerem. – Esse braço... É meu?
Outra criatura pulo em sua direção, dessa vez ele a agarrou no ar e a jogou na direção de outra, quando colidiram, elas se fundiram momentaneamente antes de explodirem em vagalumes negros.
– Tenho que sair daqui. – Ele foi ao ultimo que sobrou e o tirou do caminho com uma pancada.
Conforme corria o braço imitava exatamente o que seu braço direito fazia, até os movimentos mais sutis, como um pulsar de uma veia.
O homem surgiu de novo. Estava irritado.
– Como alguém que acabou de despertar pode ser tão forte? Parece que terei que usar outras coisas contra você.
E ergueu os braços, mas dessa vez algumas das criaturas se uniram no ar formando uma bolha que quando caiu no chão, gerou uma grande criatura do tamanho de uma casa.
A criatura lhe deu um soco e Issamu tentou segurar o golpe com o braço, mas eles estavam de igual para igual, mas diferente de Issamu, a criatura não cansava.
– Dr-droga...!
Mas de súbito, uma bola de fogo acertou a criatura e a queimou viva. Um rapaz loiro também de terno estava em um telhado com uma mão pegando fogo.
– Que bom que não me atrasei, acho que esse dai teria conseguido te matar moleque.
Issamu não sabia se agradecia ou indagava quem ele era.
– Abarai, sinto lhe informar, mas a Hora Negra chegou ao fim – O rapaz estava com um sorriso maldoso. – Garoto, já sei onde mora e onde estuda, lhe explicarei tudo amanhã de manhã, por enquanto, trate de voltar para casa. – Sorriu e deu uma piscada.
No tempo de uma batida, o mundo havia voltado ao normal e Issamu estava ne frente da torre e era meia noite e uma.
Issamu não entendeu como veio parar ali, mas viu que o braço havia sumido.
–ISSAMUUUUUUUUUU!!!!! – Midori chegou pulando nele e acabou derrubando-o.
– Ai! Essa doeu Midori. - Ele a ajudou a se levantar.
– O que estava fazendo ai? Venha, eu arranjei carona. – E o arrastou até uma limosine.
Dentro, Issamu viu um rapaz loiro estranhamente familiar. Eles se olharam e o rapaz sorriu.
– Venha para este endereço amanhã assim que possível, pode levar a sua amiga se quiser, lhe direi tudo o que houve.
Issamu pegou o bilhete e encarou o rapaz. “Esse rapaz, aquele homem, aquelas criaturas e aquele braço” pensou enquanto se deitava já na sua casa “amanhã descobrirei o que aconteceu esta noite” e logo adormeceu em sua cama.
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