Quando O Vento Selvagem Sopra. escrita por Anna


Capítulo 44
Quarenta e quatro


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Como vão as coisas? Queria pedir desculpas por essa demora, mas nunca me vi tão atolada em provas e trabalhos como agora! Percebi que estava sendo boazinha demais, e há tempo demais, então...Espero que gostem, e boa leitura!



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Ela se encontrava em uma floresta. Não era bem uma floresta. Estava mais parecido com um parque. Crianças corriam de um lado a outro, seguidas pelos pais, que os chamavam, advertindo a velocidade em que estavam. Algumas árvores tinham suas copas coloridas, pintadas de rosa, amarelo, e, algumas, até mesmo em tons de azul.

Hermione parou para admirar algumas folhas caírem, proporcionando uma visão incrível a seus olhos. Deu alguns passos, ainda tomada pela admiração, e deu de cara com um rapaz, que a observava há algum tempo, e se aproximava cada vez mais.

—Desculpe-me. –ela se apressou em dizer, olhando para o rosto do rapaz. Seus olhos, de cor indefinida, eram familiares, assim como seu rosto. Porém, ela não conseguia lembrar quem era o rapaz, que apenas acenou com a cabeça e saiu dali, deixando a morena intrigada.

Por ímpeto, resolveu segui-lo, mesmo não sabendo as consequências que aquilo poderia lhe causar futuramente. Respirou fundo ao chegar em um beco, e adentrou uma porta quase camuflada em meio a escuridão. O lugar cheirava bebida alcóolica quando misturada a cigarros e charutos. Era como uma boate trouxa, sem música alta e a pista cheia. O ambiente tinha um ar sombrio, e não havia nenhuma iluminação decente, aos padrões de Hermione, naquele local.

Não demorou muito tempo até avistar seu alvo, mesmo que ainda não o reconhecesse. Sabia que ele era importante, mas, assim como estava certa disso, estava certa em não saber o porquê. O seguiu através de mais uma porta, nos fundos do ambiente mal iluminado, e se viu em um longo corredor. A garota estava confusa, e não sabia que estava sendo vítima de um truque do rapaz, que não tinha boas intenções ao fechá-la em uma sala sem ventilação.

Assim que a deixou na saleta, o rapaz se dirigiu ao chefe, que o esperava na sala ao lado, acariciando o gato preto, do qual não vivia sem. O homem de idade quase avançada apenas acenou com a cabeça, mandando o estagiário sair do local. Ele iria agir.

Hermione estava confusa na saleta, tateava nas paredes, em busca de alguma porta, ou quem sabe, um interruptor. Estava sem a varinha, por isso encontrava-se totalmente indefesa, caso algo acontecesse.

Ficou em silencio alguns instantes, enquanto a porta do outro lado dela era aberta, e um gato preto adentrava o lugar, seguido por seu dono. A garota assustou-se com a claridade, e ainda mais com o que –ou quem – acabara de ver.

Um de seus melhores amigos estava parado na porta, apenas observando-a, enquanto mantinha uma faca de prata presa a garganta de Teddy, que era calado por uma mordaça. Hermione viu um filete de sangue escorrer pelo pescoço do pequeno, e deu um passo, aterrorizada, mas isso de nada adiantou. Ela não entendia o porquê de ele estar fazendo isso. Eram amigos. Sempre foram. Não havia razão nenhuma para ele querer se vingar, exceto...

—Sim, minha querida. Que bom que entendeu.

A única coisa que ela viu, ou ouviu, antes de apagar, foi sangue jorrando por alguns metros, e seu grito, um tanto estridente, enquanto uma pequena cabeça estava pendurada nas mãos do assassino.

****** ****** ******



—Hermione? Hermione, acorda.

Abri os olhos, ofegante. Sentia meu corpo tremer, e a única coisa da qual queria me certificar, era de que aquilo não havia passado de um sonho. Um sonho muito ruim.

Sentei-me rapidamente, olhando para os lados, até encontrar Teddy, que dormia serenamente ao meu lado. Ofeguei mais uma vez e soltei um soluço, não conseguindo conter as lágrimas. Senti os braços de Harry ao meu redor e me encolhi, permitindo que ele me envolvesse um pouco mais.

—Está tudo bem. Foi só um sonho, não é?! –ele disse, acariciando meus cabelos.

Concordei em silêncio e olhei para ele, que ainda mantinha seus braços ao meu redor.

—Desculpe ter te acordado. –sussurrei, assim que me recompus.

—Tudo bem. Eu senti você se mexer desse lado da cama, e, quando olhei para você, estava tremendo e sussurrando coisas sem sentido, então resolvi te acordar. Imaginei que seria algum pesadelo.

—Obrigada.

—O que aconteceu? –uma voz baixa e sonolenta chega a meus ouvidos, me tranquilizando mais uma vez.

—Nada importante pequenino. –responde Harry, virando-se para Teddy.

—Então por que a Tia Hermione está chorando?

—Foi só um sonho ruim. –me pronuncio, beijando o topo de sua cabeça. –Agora vamos voltar a dormir. É tarde, e teremos um longo dia amanhã.

—Boa noite. –o pequeno deu de ombros, deitando-se novamente, com os olhos fechados.

—Está bem mesmo?

—Sim, Harry. Obrigada. –tento sorrir, olhando para ele, sentado a minha frente.

—Então boa noite. –ele sorri.

Respiro fundo e faço força para não me repreender mentalmente por isso.

—Harry?

—Sim?

—Será que você poderia...dormir mais perto? –falo, olhando paras as cobertas.

—Claro que sim. –ele responde, se deitando novamente, e chegando o mais perto o possível, deixando Teddy no meio, que se aconchegou entre nós.

—Boa noite.

***** ***** *****


P.o.v. Harry

Acordei com Hermione aconchegada em meu peito, sua respiração pesada. Observo-a dormir por alguns instantes, pensando em que algumas coisas sempre permanecem iguais, não importa o tempo que passe. Balanço a cabeça, sorrindo, e viro o rosto, procurando por um ser de cabelos azuis, que não se encontrava mais na cama.

Percorro o olhar pelo quarto bagunçado, e encontro-o aninhado na janela, acariciando uma coruja marrom. Assim que percebe meu olhar sobre ele, pula do batente da janela e vem até mim, um envelope pardo na mão.

—Olha, tio Harry. A corujinha deixou isso aqui. –ele fala, subindo na cama.

—Hey. –sussurro, apontando Hermione, que ainda dormia pesadamente. Acaricio seus cabelos, garantindo que ela não tenha acordado, e me volto para o pequeno. –Para quem é?

—Eu não sei. –ele disse, e me pareceu cabisbaixo por um momento.

—Tudo bem, depois vemos isso.

—Tio Harry?

—Sim?

—Posso acordá-la?

—Não sei se é uma boa ideia...Ela vai correr atrás de você feito Fred e Jorge quando inventaram as Gemialidades. –ri um pouco.

—Eles tiveram que correr dela? –ele sorri, maroto.

—Na verdade, eles tiveram que correr da Senhora Weasley. –ele riu ainda mais, e o acompanhei, divertido com a expressão dele.

—Então podemos ler a carta? –ele pergunta, ao se recompor.

—Só se me disser de quem é.

Ficamos alguns minutos envolvidos em descobrir para quem era, e, quando o fizemos, Teddy deu um pulo na cama, quase acordando Hermione.


‘’Querido Harry,

Mesmo não tendo certeza que permite que eu lhe chame de querido, o fiz mesmo assim. Mesmo não sendo uma carta bem elaborada, é importante, e não sei como não ser formal, se é quem me entende.

Mas chega de lhe enrolar. Nós precisamos conversar. Eu preciso que venha. É importante, e você não sabe o quanto.

Daqui três dias, no café de sempre, e de preferência, vá sozinho.

Por favor, Harry. Por favor.

Anges. ‘’


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Notas finais do capítulo

Digam o que acharam!!! E, bem, eu queria agradecer a todos que tem acompanhado a história. Mesmo vocês não se manifestando muito, é bom saber que estão gostando (espero que sim, pelo menos.). Enfim, até o próximo!



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